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Clipp 23/fevereiro

Noticiário do Flamengo na midia

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O GLOBO

Muralha rubro-negra capaz de fechar o gol e as suas emoções

Abandonado na infância, Bruno conquistou a mãe e o carinho de uma nação

BRUNO PREPARA a defesa no treino do Flamengo ontem na Gávea

Pedro Motta Gueiros

Rivelino deixava a barba por fazer e vomitava antes de entrar em campo. Pelé era capaz de cochilar no vestiário, onde Romário se aquecia com um copo de café na mão. Diferente dos três craques, pela posição e prestígio, Bruno não tem muito a dizer sobre suas mudanças de comportamento. Às vésperas da final da Taça Guanabara, amanhã, contra o Botafogo, o goleiro do Flamengo prefere o silêncio. Abandonado aos dois anos pela mãe, que só veio a encontrar em 2006, Bruno descobriu na profissão a chance de redimir-se das dores do passado. Apesar da solidão no gol, já não vive isolado. Além dos jogos decisivos, o que transforma este mineiro de 23 anos é sentir-se amado pela maior torcida do Brasil.

No treino, Joel troca Obina e Kleberson por Toró e Jaílton

Do sonho de ser mecânico de aviões, acabou voando como goleiro para agarrar aquilo que perdera. No futebol, imaginava que teria mais visibilidade e chances de localizar a mãe. Não apenas para escolher o canto certo nas cobranças de pênaltis, sua intuição tem se mostrado aguçada:

- Minha busca durou quase 20 anos.

Num da primeiras tentativas, achou uma avenida no lugar da casa onde foi criado pelos avós na periferia de Belo Horizonte. Apesar da falta de de oportunidades em sua passagem pelo Corinthians, é dela que guarda sua maior conquista. Graças a uma campanha de TV, sua mãe foi localizada na Bahia. Diante da emoção do reencontro, ela foi hospitalizada. Além da cirurgia cardíaca, Bruno arcou com a reconstrução da família. Internamente, o preço é ainda mais alto:

- A carência fica marcada. Para preenchê-la, ele busca sempre resgatar uma boa situação. Isso os torna um jogador muito mais atento que qualquer outro - disse o psicólogo Paulo Ribeiro.

Por sua capacidade de fechar o gol e suas emoções, Bruno ganhou o apelido de Muralha. Na semana da decisão, tornou-se intransponível. Em todas as entrevistas que concedeu foi preciso a mediação profissional e afetiva de uma assessora. Diante do universo feminino, Bruno é mais tolerante.

- A capacidade de perdoar alguém surge quando você sabe que ama essa pessoa. No Dia das Mães eu me perguntava se poderia revê-la. Olhava as mulheres nas ruas e me perguntava se alguma delas não poderia ser a minha mãe.

Diante dos atacantes, Bruno não tem as dúvidas que o técnico Joel Santana procura passar para o rival. No coletivo de ontem, o time começou com Kleberson e Obina nos lugares de Toró e Jaíllton, mas depois voltou à formação que deve iniciar mais uma decisão contra o Botafogo. Na final do Estadual, Bruno defendeu os chutes de Juninho e Lúcio Flávio. Nas duas últimas semifinais contra o Vasco, pegou a cobrança de Edmundo no tempo normal e os chutes de Dudar, Amaral e Diego, na disputa de pênaltis.

- Sou um maluco consciente - disse, após aquela classificação, lembrando das dificuldades enfrentadas no Atlético-MG, em 2005, quando passou uma noite na delegacia, acusado de agredir um torcedor - A primeira coisa que fiz foi mudar o comportamento. Sou grato ao Flamengo.

Nem sempre o goleiro é capaz de verbalizar as emoções. Em seu código, vestir rubro-negro indica fidelidade. No ano passado, cismou que jogaria com uma camisa que ganhou da torcida. Impedido de fazê-lo, Bruno só entrou em campo consolado pelos companheiros. Na quinta-feira, voltou a brigar pela camisa ao saber que o modelo desejado não ficaria pronto:

- Então vou jogar com uma camisa minha mesmo.

A agressividade e a timidez são complementares em sua saga. Bruno não teve os títulos de Rivelino, o reino de Pelé, o carisma de Romário nem a mãe por 20 anos. Mas, ninguém, além dele, carrega nas costas o número um na preferência da maior torcida do país. Bruno talvez não seja o melhor, como cantam os rubro-negros. Mas pode se orgulhar de ser o mais querido do Brasil.

NACIONAL DE BASQUETE

Pelo Nacional Masculino de Basquete, o Flamengo chegou à décima vitória em dez jogos, com 96 a 89 sobre o Pitágoras/Minas, ontem, na Gávea. Hoje, às 21h30m, Colchões Castor/FIO/Unimed/Ourinhos e Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva fazem o primeiro jogo final do Nacional Feminino.

JORNAL DOS SPORTS

Joel mantém suspense na escalação

Joel Santana não vai revelar a escalação antes da hora

O técnico Joel Santana vem mantendo um suspense para a escalação do time no domingo. A final contra o Botafogo pode ser de enorme importância para alguns jogadores que ainda não asseguraram vaga como titulares. Kleberson jogou o último jogo como titular, mas pode perder a vaga para Toró, que se recuperou da lesão e mesmo não estando totalmente apto deve ser escalado. Diego Tardelli também pode sair da equipe, dando lugar a Marcinho.

O treinador comentou sobre a escalação e preferiu não dar nenhuma dica.

”Seria prematuro divulgar o time, tenho direito de guardar a sete chaves”, disse Joel à Rádio Tupi.

Pelo lado do Botafogo, também há dúvidas, mas os problemas são justamente o contrário, a falta dos principais jogadores, como o apoiador Zé Carlos e o atacante Jorge Henrique.

O técnico rubro-negro enalteceu o apoio da torcida e o desempenho dos jogadores na primeira fase da competição.

“Fomos os melhores da competição e o nosso torcedor está maciçamente mostrando confiança no nosso trabalho”, disse.

Quando perguntado sobre a importância da Taça Guanabara, o treinador foi enfático:

“Taça Guanabara é título sim. É uma competição histórica, tem volta olímpica e até taça”, finalizou o técnico do Flamengo.

Provocação de Castillo irrita jogadores

Suposta declaração de Castillo, deixou Souza bravo: ‘Quem tem boca fala o que quer’

O duelo entre os jogadores do Flamengo e o goleiro do Botafogo, Castillo, começou antes mesmo da final. Ontem, após o último coletivo realizado na Gávea, os atletas rubro-negros responderam a uma declaração do camisa 1 alvinegro de que calaria a maior torcida do Brasil no Maracanã. Apesar de o uruguaio ter negado o que disse, o atacante Souza e o cabeça-de-área Cristian, não perdoaram o arqueiro.

"Quem tem boca fala o que quer, e quem falou muito da última vez acabou nem chegando a final", disse Souza, relembrando as declarações de Thiago Neves antes das semifinais contra o Botafogo.

"Vou deixar isso para lá, até porque quando eu falo as coisas, dizem que sou polêmico. Quero marcar meu gol e conversar só depois da partida", disparou o artilheiro.

Já o cabeça-de-área Cristian, que participou de todo o coletivo de ontem como titular, comparou o goleiro a um papagaio — animal que não pensa no que fala, apenas repete o que os outros dizem.

"Deixa ele falar, até papagaio, que não pensa, fala mesmo. Não vou responder este tipo de declaração. Vamos pregar o respeito aqui. Se ele fala, deve ter algum motivo para isso. Vamos ter um grande jogo domingo e será ótimo ver o Maracanã lotado", disse Cristian.

Ainda em clima de provocação, o atacante Souza lembrou da seqüencia de 14 jogos nos quais o Flamengo está sem perder para o Botafogo. A última vitória do time alvinegro aconteceu no dia 14 de março de 2004, por 1 a 0.

"Eles estão realmente há muito tempo sem vencer a gente, estão parecendo o Vasco", brincou o atacante.

Como bom carioca, Joel ama a Taça GB

Criada em 1965 para definir o representante do Estado da Guanabara (atual cidade do Rio de Janeiro) na Taça Brasil — torneio nacional disputado até 1968 —, a Taça Guanabara acabou tornando-se, em 1972, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. A partir de então, virou tradição entre os cariocas, acostumados a comemorar um título a mais dentro da competição local.

Com três conquistas da Taça Guanabara no currículo (92,96 e 97), o técnico Joel Santana é um grande defensor da disputa.

"O campeonato do Rio é assim e os torcedores gostam disso. Eles estão habituados a gritar 'é campeão' ao vencer o primeiro turno do Estadual. Quem não gosta que deixe suas críticas para lá. Não temos que dar atenção às minhocas que vêm de outros lugares. Nosso campeonato é bom deste jeito e atrai grandes públicos, como veremos domingo”, afirmou Joel.

O técnico rubro-negro disse ainda estar ansioso para dar a tradicional volta olímpica:

"Para nós, vale muito. É um título, com direito a volta olímpica. Temos que valorizar o que é nosso, e a Taça Guanabara faz parte da cultura do Rio de Janeiro", completou.

E para que seu desejo se concretize, o comandante dá a receita:

"Vamos entrar com tudo e espero dar a essa torcida maravilhosa, que vai lotar o Maracanã, o que ela merece", ressaltou.

Joel esconde o jogo

Tardelli tem ótima participação no coletivo antes da final, mas técnico não divulga escalação

Diego Marrul, Nathan de Lima e Thiago Bokel

O time já está definido na prancheta, mas Joel Santana promete fazer mistério até o limite para esconder do inimigo os 11 que entrarão em campo na final. Prova disso foi o coletivo de ontem, em que os titulares golearam os reservas por 4 a 1. Joel colocou uma formação inicial totalmente surpreendente, com Obina no lugar de Jaílton e Kleberson no de Toró. Porém, o tiro saiu pela culatra e ele acabou ganhando uma outra dúvida. O atacante Diego Tardelli teve sua melhor participação desde que chegou ao clube, marcando dois gols, um por cada time.

Após vencer a primeira parte do coletivo por 1 a 0, gol de Fábio Luciano, Joel voltou com a formação que deverá começar a partida. Depois de Tardelli empatar para os reservas, Joel optou por escalá-lo no lugar de Marcinho, quando os titulares já venciam por 2 a 1, gol de Ibson. O atacante, então, marcou mais um, aumentando a vantagem para os titulares. No final, Cristian completou o placar.

"O Tardelli fez seu melhor coletivo desde que chegou. É uma boa opção, mas pretendo conversar com a minha comissão técnica, pois gostei das duas formações. Não posso também mexer em tudo que foi feito neste tempo que estou aqui por causa de um treinamento", explicou Joel.

Já o 'ameaçado' Marcinho não se mostrou preocupado com a boa atuação do concorrente:

"Também tenho treinado bem e estou confiante. O mais importante aqui é o Flamengo, independentemente de quem irá jogar. Se for escolhido, prometo muita vontade", avisou o apoiador.

Duelo acirrado

Desde que chegou ao Rubro-Negro, em janeiro, Tardelli marcou apenas um gol, que foi logo na sua estréia pelo clube. Já Marcinho — que no primeiro jogo do Fla na temporada, contra o Boavista, foi fundamental para a equipe vencer por 2 a 0 —, acabou ganhando uma chance entre os titulares mais cedo do que esperava, pois o então 'intocável' Renato Augusto fraturou o osso malar.

No entanto, o apoiador não conseguiu manter o ritmo inicial e perdeu espaço. A boa estréia de Tardelli acabou sendo fundamental também para isso. Agora, os papéis se inverteram. O baixo rendimento nas últimas convenceu o técnico rubro-negro de que uma nova mudança precisava ser efetuada. Tardelli versus  Marcinho, esta briga promete esquentar durante o ano.

Uma dúvida ao menos foi tirada ontem: Cristian está confirmado no time.

Uma festa cinqüentenária

Desde que foi inaugurado, Maracanã é palco de comemorações criativas e originais

Tiago da Costa

Quem vai dançar o "créu" na final da Taça Guanabara?

A letra de um dos hits mais ouvidos pelos cariocas neste verão, diz que para se realizar a “Dança do Créu”, é preciso ter disposição e habilidade. Esta mesma qualidade tem de acompanhar os jogadores de futebol que a usam na comemoração de gols e de vitórias sobre os rivais. Positivamente, a dança virou moda nos estádios neste Estadual. Não apenas no campo. Ela também já tomou conta das arquibancadas. No último final de semana, torcedores do Botafogo e do Flamengo fizeram com sincronismo, regidas pelos atletas no gramado, a coreografia celebrando os triunfos sobre Fluminense e Vasco.

A dança gerou muita polêmica  quando, no Fla-Flu do último dia 10, Thiago Neves partiu em direção à torcida do Flamengo fazendo seus gestos, considerados, de certa forma, obscenos e provocativos. Na semifinal do último sábado, na qual o Fluminense acabou derrotado por 2 a 0, foi a sua vez de assistir à torcida e aos jogadores do Botafogo dabçarem o créu. Até o goleiro uruguaio Castillo participou, de forma desengonçada, da brincadeira. No dia seguinte, torcedores e atletas do Flamengo também festejaram a vitória sobre o Vasco com a frenética dança.

Soco de Pelé

Há muito tempo, as comemorações de jogadores tornaram-se uma atração à parte nos campos de futebol: desde as famosas homenagens a amigos e familiares em datas comemorativas e situações especiais, até a algumas formas personalizadas de se comemorar os gols. Uma das imagens mais marcantes foi o soco, no ar, imortalizado por Pelé. O gesto de abrir os braços que Romário eternizou serviu de modelo para a sua estátua eregida em sua homenagem em São Januário.

O atacante Paulo Nunes, que defendeu o Flamengo e o Palmeiras, entre outros, tinha o costume de fazer comemorações irreverentes. Viola ficou famoso por provocar os rivais. Já Bebeto sempre será lembrado por homenagear o nascimento de seu filho com o “Nana-Nenê” após marcar um gol contra a Holanda nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1994.

Algumas comemorações de jogadores badalados como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, e Kaká, do Milan, são tão conhecidas, que são representadas nos atuais jogos de video game. No Campeonato Carioca do ano passado, Renato, ainda no Flamengo, comemorou o título sobre o Botafogo com uma máscara de urubu, em alusão ao mascote do clube da Gávea.

Touradas no Maracanã

Mas os jogadores não são os únicos a estravazarem suas emoções em momentos de gols e vitórias. Nas arquibancadas, as torcidas fazem um belo espetáculo com hinos, marchinhas de carnaval, cantos de amor ao clube e de provocação aos rivais, coreografias e gritos de guerra. A primeira grande música cantada pelos torcedores no Maracanã foi no dia 13 de julho de 1950, na goleada por 6 a 1 sobre a Espanha na fase final Copa do Mundo. Touradas em Madri, composta por João de Barro e Alberto Ribeiro, impulsionou a Seleção rumo à vitória.

Um clássico entre Flamengo e Botafogo, que curiosamente também aconteceu em uma final de Taça Guanabara, entrou para a história pelo show da torcida alvinegra. O dia 18 de setembro de 1968 ficou marcado como o Dia do Olé. Com um excelente desempenho em campo, o Botafogo levou seus torcedores ao delírio e aos gritos de olé. No fim, uma vitória emblemática por 4 a 1.

Quase 50 anos depois, os dois clubes voltam a decidir a Taça Guanabara. E a única certeza por enquanto é que torcedores de Flamengo ou Botafogo prometem não cansar de tanto dançar o créu.

Flamengo, recordista de conquistas

O Flamengo é o clube que mais vezes conquistou a Taça Guanabara, cuja 49ª versão será decidida amanhã, às 16h. Criada em 1965 para indicar o representante do antigo Estado da Guanabara à Taça Brasil (o campeonato brasileiro da época), ela foi ganha pelo Flamengo em 17 oportunidades (1970, 72, 73, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 88, 89, 95, 96, 99, 2001, 04 e 07). No ano passado, o Flamengo superou o Madureira na decisão. Perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, gol de Maicon, e goleou no segundo por 4 a 1. Souza (dois), Renato Augusto e Renato, de pênalti, marcaram. Léo Fortunato anotou o único dos perdedores, no Maracanã.

O Vasco é o segundo com o maior número de conquistas. Tem 11 títulos (1965, 76, 77, 86, 87, 90, 92, 94, 98, 2000 e 03), seguido pelo Fluminense, vencedor oito vezes (1966, 69, 71, 75, 83, 85, 91 e 93). O Botafogo levantou a Taça em quatro anos (1967, 68, 97 e 2006). Curiosamente, sempre ganhando o Campeonato Carioca/Estadual na mesma temporada. América (1974), Americano (2002) e Volta Redonda (2005) foram os outros campeões.

A Taça Guanabara foi disputada independente do Campeonato Carioca/Estadual entre 1965 e 71 e em 1980. De 1972 a 79, 81 a 93 e a partir de 1996 foi o primeiro turno da competição maior. Em 1994 e 95 reuniu os dois melhores times de uma fase de classificação.

Campeão em dois clubes se diz rubro-negro

Diego Marrul

Foto Ursula Nery

Leandro voltou à Gávea para apoiar os jogadores às vésperas de mais uma decisão

A Gávea contou com uma presença ilustre para engrossar o coro de torcedores que incentivaram a equipe durante o treinamento de ontem. Com passagens por Botafogo e Flamengo, o volante Leandro Ávila, acostumado, portanto, a disputar o clássico por ambos os clubes, apareceu para cumprimentar o elenco rubro-negro. E, perguntado de que lado estará amanhã, não titubeou.

"Adoro o Botafogo, mas Flamengo é Flamengo. Aqui, fui mais feliz", declarou o jogador, tricampeão carioca pelo Rubro-Negro (1999, 2000 e 2001), onde esteve de 1998 a 2001.

No Alvinegro, por onde passou em 1995 e 2001, Leandro conquistou o Campeonato Brasileiro (1995).

"Vai ser um jogo disputado, disso eu tenho certeza. Mas é um clássico imprevisível, com dois times em grande fase. Os dois estão equilibrados", avaliou.

No entanto, Leandro dá a dica do que pode desequilibrar uma partida como essa. O ingrediente principal, segundo ele, é algo que não faltou em sua própria carreira.

"É claro que, quando um lado mostra raça, o outro sente. Assim como a torcida, que passa a incentivar mais", destacou. "A vontade é importante para se unir à técnica em um confronto assim", completou.

Fla, imbatível, faz nova vítima

Time derrota o Minas, na Gávea, e chega à décima vitória no Nacional de Basquete

Pedro Ivo de Almeida e Mariana Land

Úrsula Nery

O ala Duda se prepara para fazer mais dois pontos, de bandeja, no jogo contra o Minas

O Flamengo se mantém invicto no Nacional de Basquete. Desta vez a vitória foi contra o Minas por 96 a 89, ontem a noite no Ginásio Hélio Maurício, na Gávea. Com esse resultado o time rubro-negro permanece na liderança da competição.

O Rubro-Negro começou a partida imprimindo um forte ritmo diante da equipe mineira. O ala Duda foi destaque no primeiro quarto, tendo um ótimo aproveitamento nos arremessos de dois e traçando ótimas jogadas para seus companheiros, que também foram ajudados por Alírio, conseguindo alguns rebotes. Mas o equilíbrio predominou no final do quarto, terminando 23 a 22.

O segundo quarto, no qual os dois times estiveram à frente, foi muito disputado. Amiel, do lado do time da casa e que entrou na parcial, foi quem teve melhor aproveitamento nas bolas de três, acertando três de quatro tentativas seguidas. Já Marcelinho, que costuma ser muito superior, não tava se mostrou inspirado antes do intervalo. No Minas, Soró continuou no comando, junto com seu companheiro Jonhson, com aproveitamento total dos lances livres, e assim os visitantes venceram a etapa (22 a 23).

“A nossa equipe já esperava essa dificuldade. Os dois times estão na busca pelo título, assim como Brasília. Então não teremos vida boa nessa competição”, afirmou Duda.

Na volta do intervalo, Duda continuou se destacando, armando ótimas jogadas e com um bom aproveitamento nos arremessos de dois pontos. Em contrapartida, Amiel, que vinha bem, desconcentrou-se e voltou mal para a quadra. O Minas soube aproveitar o momento de tensão, causado até certo ponto pela fraca arbitragem, e passou a frente, mantendo uma diferença de quatro pontos que durou até o final (20 a 24).

No quarto final, o Flamengo voltou melhor, com mais disposição e vontade de vencer. O Minas continuou assustando, principalmente com Jonhson, mas do lado rubro-negro tinha Duda, inspirado, Marcelinho, que mesmo num dia de pouco brilhantismo ele consegue desequilibrar o placar, além de Coloneze, nos lances livres. O time da casa fechou a etapa e a partida fazendo 31 a 20.

Flamengo: Fred (2), Duda (17), Alírio (8), Coloneze (18), Marcelinho (24), Hélio (7), Wagner, Amiel (11) e Fernando (9)\ Técnico: Paulo Chupeta\

Minas: Mãozão (7), Soró (16), André (10), L. Felipe (5), Sucatsky (7), André (10), Jonhson (27), Wanderson (13) e Márcio (4)\ Técnico: Flávio Davis\

Local: Ginásio Hélio Mauricio, Gávea\ Árbitro: Cristiano Maranho, Fernando Serpa e Guilherme Locatelli\

O DIA

Fla e Bota estão quase prontos para a final

Rio - Está quase tudo pronto para a decisão. Nesta sexta-feira, Flamengo e Botafogo acertaram os últimos detalhes para a decisão deste domingo, às 16h, no Maracanã. Muito mais do que uma simples final da Taça Guanabara, o jogo está sendo encarado como um tira-teima da partida que decidiu o Carioca de 2007. Na ocasião, o Flamengo levou a melhor nos pênaltis, após empate eletrizante em 2 a 2 no tempo normal. No alvinegro, os jogadores evitam falar em revanche, mas o sentimento é notório em cada torcedor. Pelo lado rubro-negro, muita cautela e uma opinião quase unânime: o Botafogo não vai repetir os erros do ano passado.

Apesar da semana de treinamentos intensos, os clubes viveram momentos bem diferentes nesses dias que antecedem o clássico. No Flamengo, o técnico Joel Santana faz mistério e pode se dar ao luxo de escolher os jogadores que vão começar jogando. No setor defensivo, nehuma dúvida. Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan estão confirmados. No meio, devem entrar Jaílton, Cristian, Toró e Ibson. Souza também está garantido, e Marcinho, Tardelli e Obina brigam por uma vaga. Apesar de essa ser a provável formação, Joel testou a equipe com Kleberson nesta sexta.

O capitão Fábio Luciano, que machucou o braço no jogo na semifinal contra o Vasco, disse que não terá qualquer problema para entrar em campo.

"Não tenho medo, confio nos médicos que me liberaram. Ainda tenho um edema, mas no dia do jogo estará bem melhor. Jogarei da mesma forma, o braço não atrapalhará", garantiu.

Já no Botafogo, o treinador Cuca está com muitos problemas para escalar o time. O atacante Zé Carlos, que foi poupado dos treinos ao longo da semana por estar com dores musculares, participou da atividade com bola, mas voltou a sentir. Por outro lado, o meia Lúcio Flávio levou uma pancada na perna direita e deixou o campo com dores. O jogador foi avaliado pelos médicos, mas não é possível ainda saber o grau da lesão.

"Vamos torcer para que tenha sido só uma pancada e nada mais", disse o técnico Cuca, em entrevista à Rádio Globo. O técnico comentou também sobre a possibilidade de contar com o atacante Jorge Henrique, que segue fazendo tratamento para se recuperar de lesão.

"Isso depende muito do atleta. Quando eu jogava, sabia o tamanho da minha dor. Se a minha vontade de jogar fosse maior que a dor e eu achasse que poderia ajudar o time eu ia para o jogo. Só o jogador pode avaliar se tem condições", explicou Cuca, que com tantos problemas só deve definir o time no domingo.

Salários atrasados e contusão são assuntos proibidos para Fábio Luciano

Rio - Após o assunto "salários atrasados" rondar mais uma vez a Gávea, o capitão e líder do grupo, Fábio Luciano, mostrou irritação ao ser abordado nesta quinta-feira sobre possíveis influências dentro de campo.

"A gente tem uma final domingo, nossas cabeças estão voltadas para isso. Não é o momento de conversar sobre esse assunto, e sim de pensar no Botafogo", sentenciou o capitão.

Com a mesma veemência, O camisa 3 da Gávea, um dos heróis da vitória na semifinal contra o Vasco, afirmou que não tem receio de entrar em campo com o braço contundido

"Não tenho medo, confio nos médicos que me liberaram. AInda tenho um edema, mas no dia do jogo estará bem melhor. Jogarei da mesma forma, o braço não atrapalhará", garantiu.

O zagueiro também disse não acreditar que os técnicos de Flamengo e Botafogo estejam fazendo mistério sobre as escalações  das equipes:

"Não tem muito mistério, existem preocupações do Cuca com as contusões da sua equipe e dúvidas do Joel quanto a tática do Flamengo, mas os adversários se conhecem bem. O jogo será equilibrado, as equipes entrarão em campo com o mesmo pensamento de vitória e com muita vontade", opinou.

Para Joel, vale tudo na hora da final

Janir Júnior

Rio - Joel Santana tomou todas as precauções no treino de ontem para não sofrer com o fator surpresa na decisão de amanhã. O técnico iniciou o coletivo com time modificado, pediu que não fossem feitas imagens das jogadas de bola parada, treinou cobranças de pênaltis e depois usou frases de efeito para dar ênfase à importância de conquistar a Taça Guanabara.

“Tudo é válido nessa hora para não sermos surpreendidos. O Botafogo merece muita atenção, pois faz bem o tico-tico-no-fubá e, além disso, é forte nas jogadas de bola parada”, disse Joel.

O coletivo de ontem começou com Cristian, Kléberson, Íbson e Marcinho no meio-campo, e Obina e Souza no ataque. A formação, porém, era apenas uma alternativa em caso de desvantagem no placar. A equipe está definida com Bruno, Leorando Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Toró e Íbson; Marcinho e Souza. “Em um treino não posso mexer em tudo que foi feito nos últimos encaixes da equipe”, afirmou Joel.

Depois, o técnico pediu que não fossem feitas imagens de cobranças de faltas e pênaltis. “Os jogos entre Fluminense e Botafogo, e Flamengo e Vasco foram decididos em lances que surgiram da bola parada. Não podemos dar nenhuma coisa de mão beijada para o time adversário”, ressaltou Joel.

Depois, na entrevista coletiva, ele frisou a todo momento a importância da conquista do título. “A decisão é à vera e a taça não é de lata”, lembrou o treinador

Souza, o iluminado

Há quatro jogos sem balançar a rede, Souza está contagiado pelo clima da decisão: “Sou um iluminado em finais. Já marquei pelo Internacional, pelo Goiás, pelo Vasco e pelo Flamengo. Espero continuar com essa sorte Quero fazer gols para depois falar qualquer coisa. É um momento importante”.

Diretoria quitará atrasados e pagará 'bicho' de R$10 mil caso a Taça GB vá para a Gávea

Rio - Os jogadores do Flamengo receberam, nesta quinta-feira, uma notícia que, além de ser um alívio, representa uma motivação a mais para a decisão da Taça Guanabara contra o Botafogo, domingo, no Maracanã. A diretoria rubro-negra garantiu que quitará na próxima semana os salários atrasados - parcela de 50% ao pagamento de dezembro e o mês de janeiro.

A novidade ficou por conta do alto "bicho" prometido pela diretoria: em caso de vitória no domingo, cada jogador titular levará a bagatela de R$ 10 mil.

Rubro-negros ironizam goleiro Castillo

Rio - Algumas declarações do goleiro uruguaio Castillo, de quer gostaria de calar milhões de torcedores do Flamengo, foram rebatidas por Cristian. “Papagaio repete tudo que alguém fala. Se ouvir cala a boca, vai repetir. Mas ele deve ter certeza do que está falando. Nós, do Flamengo, vamos respeitar a opinião dele e tentar mostrar dentro de campo o nosso trabalho”, afirmou o jogador rubro-negro.

Souza também comentou as declarações do goleiro alvinegro. “Quem tem boca fala o que quer. Quem falou muito nas últimas vezes está fora da final”, enfatizou o atacante.\ Joel Santana esquivou-se da polêmica. “Não vale a pena entrar nessa. O que foi dito não nos interessa em nada. Estamos tranqüilos e cientes do que devemos fazer dentro de campo”, disse o treinador\

GAZETA ESPORTIVA

Toró treina e garante escalação na decisão\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Uma boa notícia para o técnico Joel Santana nesta sexta-feira. O meia Toró treinou normalmente, sem reclamar de dores musculares, e reforçará o Flamengo na decisão da Taça Guanabara, domingo, contra o Botafogo, no Maracanã.\ O jogador vinha reclamando de um incômodo na coxa direita, problema que o havia afastado da semifinal contra o Vasco. “Espero que eu erre pouco e que os jogadores saibam das suas responsabilidades. Chegamos até aqui porque fomos melhores na primeira fase”, comentou Joel.\

Durante o treinamento, Joel Santana fez algumas experiências na equipe. Contudo, ele voltou a afirmar, como fez durante toda a semana, que só divulgará a escalação nos vestiários.

Fábio Luciano minimiza problemas financeiros do Fla\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Enquanto no Botafogo a diretoria tentou motivar o elenco pagando o salário de janeiro e sorteando laptops, o Flamengo convive com alguns problemas financeiros na semana que antecede a decisão da Taça Guanabara. O elenco está com seus vencimentos atrasados e, além de não receber o salário de janeiro, ainda espera pelo pagamento de metade dos valores de dezembro. Apesar disso, o grupo rubro-negro garante que o problema não influenciará no rendimento da equipe, neste domingo.\ 'Isso não é assunto de momento. Temos uma final no domingo e pensamos só nisso. Não houve nenhuma conversa sobre este assunto', afirmou o zagueiro Fábio Luciano, com a moral de quem é capitão da equipe comandada por Joel Santana. Apesar de Fábio Luciano evitar falar sobre o assunto, os dirigentes garantiram que as contas estarão em dia na próxima semana. E pelo acertado com o elenco, cada titular receberá R$ 10 mil caso o Flamengo conquiste a Taça Guanabara.\

Deixando a parte financeira de lado, Fábio Luciano espera por uma partida muito complicada neste domingo. Mesmo com o mistério feito pelo técnico Joel Santana, o zagueiro não espera por nenhuma surpresa no clássico. 'O Joel ainda tem algumas dúvidas na cabeça, mas os adversários se conhecem bem. Vai ser um jogo difícil, equilibrado. Vamos respeitar o Botafogo e procurar fazer o nosso trabalho', comentou o defensor.

Uma das principais peças do time comandado por Joel, o meia Ibson pede atenção a seus companheiros para evitar sustos durante a final. 'Não podemos deixar espaço para os contra-ataques do Botafogo. Erramos muito isso contra o Vasco e não podemos repetir estes erros', salientou. No ataque, Souza enfrenta um jejum e não marca gols desde o dia 27 de janeiro. Apesar disso, o jogador está confiante de dar a volta por cima diante do Botafogo.

'Sempre consegui me destacar em jogos decisivos e espero novamente me dar bem. Gosto de atuar com estádio cheio', que marcou dois gols na decisão da Taça Guanabara de 2007, quando o Flamengo derrotou o Madureira na final. A tendência é que Joel Santana barre o volante Jônatas e o atacante Diego Tardelli para as entradas de Cristian e Marcinho. O Flamengo encerra sua preparação para a decisão com um treino recreativo na manhã deste sábado, na Gávea. Após a atividade, o elenco retorna para a concentração na zona oeste do Rio de Janeiro.

Fenômeno nega doping e sonha com despedida no Flamengo

Paris (França) - Na saída do hospital Pitié-Salpétriere, em Paris, uma semana após passar por uma cirurgia de reconstrução de seu joelho esquerdo, o atacante Ronaldo comentou sobre as declarações dadas pelo médico Bernardino Santi, ex- coordenador de doping da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).\ Na semana passada, um dia depois de o brasileiro romper o tendão patelar do joelho esquerdo, o dirigente afirmou que as graves lesões que o jogador sofreu podem ter sido conseqüência do uso de anabolizantes quando atuou pelo PSV, da Holanda, para adquirir massa muscular. Por conta da declaração, aliás, ele acabou demitido pela entidade máxima do futebol nacional.\

Ronaldo, porém, negou as acusações do médico. “Eu nunca usei anabolizantes. Eu nunca vi essa pessoa que falou isso e ela nunca trabalhou comigo”, rebateu o Fenômeno nesta sexta-feira.

Após receber alta, o atleta agora passará uma semana em seu apartamento na França. Seu primeiro mês de tratamento acontecerá na Europa, entre Paris e Milão. No final de março, ele se submeterá a uma nova ressonância magnética e finalizará o seu processo de recuperação no Rio de Janeiro se liberado.

Sonho: Mesmo deixando em dúvida o seu futuro no futebol, Ronaldo deu uma boa notícia aos dirigentes e torcedores do Flamengo nesta sexta-feira, já que reiterou o seu desejo de encerrar a carreira no Rubro-negro, seu time do coração.

''Sempre foi meu sonho terminar a carreira no Flamengo”, reiterou o jogador. ''Mas para pensar no Flamengo e em uma possível despedida do futebol, tenho de superar esse obstáculo”, completou, referindo-se a sua nova contusão.

Os dirigentes do Fla lançaram uma ofensiva para tentar tirar o atleta do Milan no começo da temporada, mas não obtiveram sucesso. O brasileiro tem contrato com o time italiano até junho de 2008, quando ainda estará em processo de recuperação.

Mesmo sem contar com o atleta, porém, dirigentes do Milan já admitiram prolongar o acordo com o brasileiro, que desconversa sobre o assunto. “Não estou em condições de falar sobre um contrato'', disse ele.

No entanto, mesmo que não continue no Milan ou que não realize o sonho de defender o Fla, Ronaldo se diz realizado no futebol. “Sinto-me realizado por ter conquistado tudo com que sempre sonhei, sempre com muito suor, sacrifício, e às vezes muito choro também”, encerrou.

PELÉNET

Joel Santana treina alternativas em coletivo do Flamengo

Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\

Estrategista declarado, o técnico Joel Santana resolveu testar algumas alternativas no treinamento coletivo do Flamengo desta sexta-feira, na Gávea, a dois dias da final da Taça Guanabara, contra o Botafogo, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Para a surpresa de muitos, ele sacou Jaílton e Toró e promoveu as entradas de Kléberson e Obina na equipe titular.

Com isso, o treinador rubro-negro recuou o atacante Marcinho e colocou o xodó da torcida ao lado de Souza na frente. Cristian, Kléberson e Ibson completaram o meio campo.

Durante a atividade, Joel tirou Kleberson, Marcinho e Obina, colocando Toró, Jaílton e Diego Tardelli. O coletivo terminou 4 a 1 para os titulares, gols de Fábio Luciano, Ibson, Tardelli e Cristian. Tardelli também fez para os reservas. O atacante, alías, recebeu intensos elogios do treinador.

"O Tardelli fez o melhor coletivo desde que chegou. Atuou bem tanto nos titulares quanto nos reservas. Testei várias formações e pude ver melhor os jogadores", disse.

Após o treino, os jogadores cobraram pênaltis, já que a partida decisiva será definida nas penalidades se terminar empatada. Esta deverá ser a última movimentação mais forte do Flamengo. Neste sábado, os jogadores treinam pela manhã e depois entram em concentração.

A equipe da Gávea, que busca o bicampeonato da competição, deverá ter a seguinte escalação neste embate: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Jaílton, Toró e Ibson, Souza e Marcinho.

Flamengo é o recordista de título na Taça Guanabara

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Flamengo é o clube que mais vezes conquistou a Taça Guanabara, que será decidida nbeste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, entre o Rubro-Negro e o Botafogo. Criado em 1965 para indicar o representante do antigo estado da Guanabara à Taça Brasil, o Troféu foi ganho pelo clube da Gávea em 17 oportunidades (1970, 72, 73, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 88, 89, 95, 96, 99, 2001, 04 e 07).

No ano passado, o Flamengo superou o Madureira na decisão. Perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, gol de Maicon, e goleou no segundo por 4 a 1. Souza (2), Renato Augusto e Renato, de pênalti, marcaram. Léo Fortunato anotou o único dos perdedores, no Maracanã.

O Vasco é o segundo com o maior número de conquistas, com 11 títulos (1965, 76, 77, 86, 87, 90, 92, 94, 98, 2000 e 03), seguido pelo Fluminense, vencedor oito vezes (1966, 69, 71, 75, 83, 85, 91 e 93). O Botafogo levantou a Taça em quatro anos (1967, 68, 97 e 2006). Curiosamente, sempre ganhando o Campeonato Carioca/Estadual na mesma temporada. América (1974), Americano (2002) e Volta Redonda (2005) foram os outros campeões.

A Taça Guanabara foi disputada independente do Campeonato Carioca/Estadual entre 1965 e 71 e em 1980. De 1972 a 79, 81 a 93 e a partir de 1996 foi o primeiro turno da competição maior. Em 1994 e 95 reuniu os dois melhores times de uma fase de classificação.

Joel Santana pode conquistar pela quinta vez a Taça Guanabara

Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\

Papão de títulos da Taça Guanabara, o técnico do Flamengo, Joel Santana pode dar sua quinta volta olímpica neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Botafogo, no Maracanã, pela decisão do primeiro turno do Campeonato Estadual.

O treinador de 59 anos, já levantou o caneco em 1987 e 1992 (Vasco), 1996 (Flamengo), e 1997 (Botafogo). Vitorioso no futebol, sobretudo na competição doméstica, ele foi só elogios para a fórmula do Carioca, que premia o vencedor de cada turno com uma taça: a Guanabara e a Rio de Janeiro.

"É um campeonato romântico e muito disputado. Não é a toa que vamos jogar para 60, 70 mil pessoas no próximo domingo. Se não tivesse uma taça em jogo, talvez jogássemos para 20 mil pessoas", analisou Joel.

Em seguida, o treinador fez questão de elogiar o futebol do Rio, que foi bastante criticado em anos anteriores.

"Temos esse hábito de disputar muitos jogos decisivos em nosso campeonato. Isso motiva o torcedor. Em outros estados, os públicos contam com a metade dos nossos em clássicos. Precisamos valorizar nosso futebol e as escolas de samba daqui", brincou.

Atacante Souza rebate declarações do goleiro Castillo

Mariana Canedo e Pedro Ponzoni\ Em Niterói e no Rio de Janeiro\

Souza não digeriu muito bem às declarações de Castillo. O atacante do Flamengo respondeu o depoimento dado pelo goleiro do Botafogo ao jornal Lance. Na ocasião, arqueiro afirmou que, caso o Alvinegro derrote o time da Gávea na final de domingo, no Maracanã, pela Taça Guanabara, irá calar metade do Maracanã e milhões de torcedores por todo o Brasil.

"Quem tem boca fala o que quer. Outras pessoas falaram o que não deviam e se deram mal. Temos que ficar quietos e trabalhar para sairmos de campo com a passagem para a final", disse.

O recado foi uma clara alusão às palavras do meia Thiago Neves, do Fluminense. Na semana da semifinal contra o Botafogo, o jogador afirmou que gostaria de enfrentar o Flamengo na final da Taça Guanabara.

No último domingo, o Alvinegro e o Rubro-Negro derrotaram Fluminense e Vasco, respectivamente e vão decidir a passagem para a final do Campeonato Carioca.

Castillo se esquiva e não alimenta polêmicas

Nesta sexta-feira, Castillo se defendeu e disse que foi mal interpretado pelo jornalista que escreveu a matéria para o jornal. O arqueiro afirmou que não tinha o porquê dar tal declaração.

"Ele (jornalista) fez uma comparação com a situação do Uruguai em 1950. Não teria como dizer que vou calar o Maracanã inteiro, pois metade do estádio vai estar cheio de botafoguenses. Acho que fui mal interpretado", disse, para brincar em seguida.

"Agora que este episódio aconteceu, certamente farei um curso de línguas agora", encerrou.

Joel Santana treina alternativas em coletivo do Flamengo

Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\

Estrategista declarado, o técnico Joel Santana resolveu testar algumas alternativas no treinamento coletivo do Flamengo desta sexta-feira, na Gávea, a dois dias da final da Taça Guanabara, contra o Botafogo, domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. Para a surpresa de muitos, ele sacou Jaílton e Toró e promoveu as entradas de Kléberson e Obina na equipe titular.

Com isso, o treinador rubro-negro recuou o atacante Marcinho e colocou o xodó da torcida ao lado de Souza na frente. Cristian, Kléberson e Ibson completaram o meio campo.

Durante a atividade, Joel tirou Kleberson, Marcinho e Obina, colocando Toró, Jaílton e Diego Tardelli. O coletivo terminou 4 a 1 para os titulares, gols de Fábio Luciano, Ibson, Tardelli e Cristian. Tardelli também fez para os reservas. O atacante, alías, recebeu intensos elogios do treinador.

"O Tardelli fez o melhor coletivo desde que chegou. Atuou bem tanto nos titulares quanto nos reservas. Testei várias formações e pude ver melhor os jogadores", disse.

Após o treino, os jogadores cobraram pênaltis, já que a partida decisiva será definida nas penalidades se terminar empatada. Esta deverá ser a última movimentação mais forte do Flamengo. Neste sábado, os jogadores treinam pela manhã e depois entram em concentração.

A equipe da Gávea, que busca o bicampeonato da competição, deverá ter a seguinte escalação neste embate: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Jaílton, Toró e Ibson, Souza e Marcinho.

GLOBOESPORTE

Fla x Bota: um detalhe pode decidir

Cheio de ingredientes, clássico deste domingo, no Maraca, vale título da Taça Guanabara

Bruno, do Fla, e Castillo, do Bota, podem decidir o título da Taça Guanabara\ Os ingredientes para a decisão da Taça Guanabara, neste domingo, às 16h, são muitos para os torcedores de Flamengo e Botafogo que conseguiram comprar uma das mais de 68 mil entradas disponíveis para entrar no Maracanã. De um lado, Castillo, Lucio Flavio e Wellington Paulista. Do outro, Bruno, Ibson e Souza. Essas são apenas algumas possibilidades de confrontos no jogão que decide o campeão do primeiro turno do Campeonato Carioca. Além das "batalhas" individuais, para o Alvinegro, a partida tem um gosto de vingança e pode valer a virada de mesa em uma invencibilidade do rival. No Rubro-Negro, o retrospecto dos últimos jogos é mais do que favorável. Foram seis vitórias e oito empates, sendo cinco nas últimas cinco partidas.\

Durante toda a semana, os técnicos e jogadores de Botafogo e Flamengo evitaram declarações polêmicas ou provocações aos rivais. No lado rubro-negro, por exemplo, Bruno e Souza, que costumam ser "bocudos", falaram pouco com os jornalistas. No Alvinegro, a recomendação para não dar armas ao inimigo foi dada pelo técnico Cuca. No clássico de domingo, nada de bate-boca pela imprensa. Acompanhe o jogão ao vivo pela Rede Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.

Base de 2007 na decisão

No Flamengo, o técnico Joel Santana bem que tentou esconder a escalação da equipe. Mas em todos os treinamentos do time rubro-negro na semana que antedeceu o clássico, o treinador apostou na formação utilizada no ano passado, com Marcinho na vaga de Renato Augusto, que ainda se recupera de uma cirurgia no rosto. No fim das contas, Jônatas, Kleberson e Diego Tardelli foram barrados.

A boa notícia para o treinador rubro-negro é que ele vai poder contar com Toró, recuperado de um problema na parte posterior da coxa direita, e com Fábio Luciano, que sofreu uma pancada no cotovelo direito na semifinal da Taça GB. Com os dois, o treinador praticamente definiu a sua escalação na última quarta-feira, quando comandou um treino tático na Gávea.

- Essa competição tem história. Por que colocaríamos 70 mil pessoas no estádio? Considero como um título. Os clássicos de todas as regiões não dão nem metade do público dos nossos. Vamos dar valor à nossa cultura, ao nosso futebol, ao nosso carnaval - diz o treinador, referindo-se ao Rio de Janeiro.

Apesar de evitar as polêmica e as provocações, Leo Moura, que não sabe o que é perder para o rival desde que chegou ao Flamengo, decidiu fazer uma aposta com o amigo Renato Augusto, do Botafogo. Vale tudo na hora da decisão.

- Aposto uma janta com ele. Vale apostar algo que não crie rivalidade na hora do jogo. Ele é um grande companheiro, mas vai defender o lado dele, e eu, o meu - diz Leo.

Fogão entra desfalcado na decisão

O Botafogo teria alguns motivos para entrar em campo com gosto de vingança. Afinal, não vence o Flamengo desde 2004 e perdeu para o Rubro-Negro a última decisão. Mas a equipe promete entrar em campo apenas com o pensamento em garantir antecipadamente uma vaga na decisão do Campeonato Carioca.

Durante toda a semana, o Botafogo procurou não se deixar levar pela boa vitória sobre o Fluminense, na semifinal da Taça Guanabara. O discurso esteve focado na humildade e no pensamento de que o Flamengo tem um grupo mais forte. Esta é certamente a tentativa de manter a receita que levou o Alvinegro a chegar à decisão deste domingo: favoritismo zero, mas sem perder a confiança.

- A gente começou o campeonato como uma zebra, mas eu sempre disse a todo mundo que o Botafogo apresentaria um bom futebol, o que acabou acontecendo. Por isso estamos na final. Se formos campeões, seremos um time lembrado pelo conjunto, e não pela individualidade - explica o atacante Wellington Paulista.

Apesar desta confiança, os últimos dias foram de apreensão no Botafogo. Com um estiramento na coxa esquerda, Jorge Henrique esteve em tratamento intensivo, mas tem remotas condições de jogar. Isso fez com que o técnico Cuca buscasse algumas alternativas nos treinamentos, já que Zé Carlos e Fábio também tiveram problemas musculares. Desfalque certo mesmo, por enquanto, é Triguinho, que foi expulso na semifinal. Edson e Eduardo disputam a posição.

O discurso é de que o Flamengo possui um grupo que dá ao técnico Joel Santana mais opções. Mesmo assim, o Botafogo se mostra confiante de que, mesmo com desfalques, poderá fazer uma decisão equilibrada no domingo.

- Na teoria estamos em desvantagem, mas dentro de campo são 11 contra 11. Quem errar menos vai ser o campeão - prevê o zagueiro Renato Silva.

Cristian: 'Papagaio diz o que quer'

Volante do Fla não gosta de saber que uruguaio pretende 'calar flamenguistas'

Castillo, goleiro do Bota, cria polêmica

Mal interpretadas ou não, as declarações de Castillo não repercutiram bem na Gávea. O volante Cristian não gostou de saber que o goleiro do Botafogo pretende repetir 1950 e "calar milhões de torcedores" no domingo.

- Quem é papagaio fala o que quer. Geralmente, os papagaios repetem o que os outros falam. Se falarem cala a boca, ele vai repetir. Mas deixa para lá. Não vamos cair na pilha - diz o volante do Flamengo.

No Caio Martins, o goleiro Castillo tentou se defender da polêmica. Ele afirmou que começou a fazer aulas de português para evitar esse tipo de problema.

- Acho que foi uma interpretação errada do que eu disse. Comentei sobre a decisão da Copa de 50, quando o Uruguai calou o Maracanã lotado. Como o Flamengo tem uma das maiores torcidas do mundo, disse que "gostaria" de silenciá-los no domingo, não disse que ia calar o estádio. Até porque se vencermos, uma metade do Maracanã vai estar gritando. Tenho muito respeito pelo Flamengo - declara.

Apesar da "mea culpa", o atacante Souza lembra que recentemente um outro jogador que falou muito acabou mal. Ele ironizou o tricolor Thiago Neves, que debochou do Flamengo e ficou fora da decisão da Taça Guanabara.

- Quem tem boca fala o que quer. A gente viu recentmente que o cara que falou muito ficou fora da final. Deixa o Castillo lá e eu aqui. Depois do jogo a gente conversa - declara.

Em coletivo, Joel tenta confundir

Técnico coloca Kleberson e Obina na equipe titular do Flamengo. Cristian está confirmado

Márcio Iannacca e Eduardo Peixoto

Fábio Luciano, capitão do Flamengo, está confirmado contra o Botafogo

No último coletivo antes da decisão da Taça Guanabara, o técnico Joel Santana tentou despistar sobre a escalação do Flamengo para o jogo contra o Botafogo. Se nos dias anteriores, as novidades foram Cristian e Marcinho, desta vez, o treinador testou Kleberson e Obina entre os titulares. Nesta formação, Jaílton e Toró, respectivamente, foram para o time reserva.

O time titular abriu o placar com Fábio Luciano. Depois, Diego Tardelli empatou. Joel Santana retornou à equipe original e colocou Jaílton e Toró. Ibson fez mais um para a equipe principal.

No fim, o treinador rubro-negro deu uma chance a Diego Tardelli na vaga de Marcinho. Ele entrou muito bem, marcou o terceiro e Cristian fechou o placar em 4 a 1 para equipe principal.

- As duas formações me agradaram plenamente. Tenho peças para manipular e não vou divulgar a escalação antes para não dar armas ao adversário - diz o técnico Joel Santana. Ele comemorou o fato de o time não ter problemas médicos, além de Renato Augusto e Rodrigo, que estão fora há algum tempo.

Apesar do mistério, o Flamengo deve entrar em campo com: Bruno; Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Ibson e Toró; Marcinho e Souza.

Souza: 'Sou um iluminado em decisões'

Sem marcar há quatro jogos, atacante espera acabar com jejum na final deste domingo

Márcio Iannacca

Souza quer desencantar na decisão deste domingo, contra o Botafogo, no Maraca

Nos últimos anos, Souza ficou marcado por ser artilheiro nos times onde passou. No Flamengo, ano passado, o atacante deixou a sua marca na final da Taça Guanabara, contra o Madureira. No primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca também em 2007, diante do Botafogo, mesmo adversário da decisão deste domingo, ele voltou a marcar. Agora, em 2008, o camisa 9 quer manter a boa fase em finais.

Em um bate-papo com a imprensa, logo após o treino desta sexta-feira, na Gávea, Souza admitiu costuma dar sorte em finais.

- Sou um iluminado em decisões. Costumo marcar gols em finais de estaduais. Já marquei pelo Internacional, pelo Goiás, pelo Vasco e pelo Flamengo. Espero continuar com essa mesma sorte - diz Souza.

Sem marcar um gol há quatro jogos, Souza quer desencantar e ajudar o Flamengo na conquista do primeiro turno do Carioca.

- Claro que estou sentindo falta de marcar gols. Atacante sempre gosta de deixar o seu, comigo não é diferente. Espero marcar na decisão - afirma Souza.

Fla segue invicto na liderança do Nacional

Em casa, Rubro-Negro supera o Minas e alcança décima vitória seguida na competição

O Flamengo venceu o Minas por 96 a 89, nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, e se manteve invicto no Nacional de Basquete masculino. O time da Gávea agora tem dez vitórias, e continua isolado na liderança da competição. Os cestinhas da partida foram Jonhson, do Minas, e Marcelinho, do Flamengo, com 27 e 24 pontos, respectivamente.

- Não começamos bem, mas a equipe soube buscar o melhor posicionamento em quadra para fazer seu jogo. Mérito também para os jogadores que vieram do banco, que conseguiram dar um novo ritmo. Mostramos que temos um grupo forte e homogêneo, com condições de brigar pelo título - diz o ala-armador Marcelinho, do Flamengo, em comunicado enviado pela CBB.

No outro jogo da noite, o Londrina perdeu em casa para o Uberlândia, por 83 a 69. O cestinha da partida foi Alexandre Olivinha, do Uberlândia, com 20 pontos. Pelo Londrina, o maior pontuador foi Guto, com 14.

Com esses resultados, o Flamengo segue na liderança do Nacional, com 100% de aproveitamento em dez jogos. O Joinville sobe para segundo, com 70% (7v e 3d), e o Minas cai para terceiro, com 62,5% (5v e 3d).

Renato Augusto se recupera bem

Meia já treina fisicamente e deve voltar a jogar em quatro semanas pelo Flamengo

Renato Augusto conversa com médico Marcelo Soares, durante treino do Flamengo nesta sexta-feira. Em duas semanas, o meia-atacante deve voltar a treinar com bola e daqui a um mês deve estar liberado para jogar normalmente

Sem alarde, 'mineiro' Marcinho vira titular

Meia-atacante ganha confiança de Joel e posição na equipe titular na final da Taça GB

Márcio Iannacca e Eduardo Peixoto

Marcinho quer seu oitavo título. Ele já venceu no Atlético-MG e no Cruzeiro

Marcinho chamou a atenção no futebol atuando em clubes de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, o meia-atacante conquistou títulos no Cruzeiro e no Atlético-MG. Quando desembarcou no Rio de Janeiro para defender o Flamengo, muita gente pensou que o atleta fosse mineiro. Porém, o titular da camisa 22 é paulista. E devagar, o jogador foi conquistando o seu espaço com o técnico Joel Santana.

Em uma conversa com o GLOBOESPORTE.COM, Marcinho, que venceu sete das oito finais que disputou na carreira, afirmou que não ficou surpreso com a posição de titular na equipe, mas revelou que a sua oportunidade no time principal chegou mais cedo do que esperava.

- Quando cheguei ao Flamengo, a idéia era ficar entre os 18. Depois disso, queria ficar entre os 11. As coisas foram acontecendo naturalmente, mas não esperava que eu fosse virar titular logo na primeira partida. Aos poucos fui ganhando a confiança do treinador e também fui pegando mais confiança - conta o jogador, de 23 anos.

Solteiro, Marcinho escolheu a Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para morar na cidade maravilhosa. Nesse início de trajetória do Flamengo, ele tem optado por passar mais tempo em casa do que sair para conhecer as belezas da capital carioca. Em campo, o meia-atacante só quer saber de garantir o seu lugar no time principal e no coração dos rubro-negros.

- Conheço a minha capacidade e sei o que eu posso fazer no Flamengo. Sabia que mais cedo ou mais tarde uma chance e que aproveitaria da melhor forma possível - diz Marcinho, que não se importa em atuar no ataque.

Preparador papa-títulos troca de lado

Ronaldo Torres conquistou oito troféus pelo Bota. Agora, defende o Flamengo

Márcio Iannacca e Eduardo Peixoto

A família de Ronaldo Torres é toda formada por botafoguenses. As principais glórias de seu currículo como preparador físico também vieram de seu período no Alvinegro. Entretanto, apesar da estreita ligação, ele trocou de lado e na final da Taça Guanabara, domingo, vestirá o uniforme do Flamengo.

O reencontro não é inédito. Ele já enfrentou o Bota em outras duas ocasiões: vitória por 3 a 1 em 2005 e empate por 1 a 1 no ano passado. Mas agora chegou a hora de cobrar outra conta.

- Eles têm de me devolver as taças que ganhei lá - brinca Ronaldo, de 47 anos.

Apesar da brincadeira, ele tem razão ao exaltar sua participação no rival do Rubro-Negro. De 1993 a 1998 foram oito títulos, incluindo uma Conmebol, um Brasileiro e um Estadual.

Na Gávea, por enquanto, Ronaldo ainda está "zerado". Mas isso não é mau sinal. Em 2005, ajudou a livrar o Flamengo de um rebaixameno quase irreversível. Ano passado, colaborou decisivamente para ascensão que tirou o time da área de descenso e o colocou na Taça Libertadores.

- Sempre tive sucesso por onde passei. Ganhar a Taça Guanabara seria legal, claro. Mas sonho mesmo é com a Libertadores e o Mundial - diz.

Às vésperas da decisão, recebeu a ligação do irmão, Gilson Torres, e do pai, Giusepe Verdy.

- Eles falaram que são botafoguenses, mas com o coração no Flamengo por minha causa. Só quero ver em qual torcida ficarão - declara Ronaldo Torres.

Confira os títulos de Ronaldo Torres no Botafogo\ 1993 - Copa Conmebol\ 1995 - Campeonato Brasileiro\ 1996 - Troféu Teresa Herrera\ 1996 - Taça Cidade Maravilhosa\ 1997 - Taça Guanabara\ 1997 - Taça Rio\ 1997 - Campeonato Carioca\ 1998 - Torneio Rio-São Paulo\

Ibson recebe visita especial na Gávea

Filho do meia aparece no clube para levar boa sorte para a decisão de domingo

Márcio Iannacca e Eduardo Peixoto

Ibson, Cinthia e Ibson Junior em um momento de descontração na Gávea

Ibson não poderia estar passando por fase melhor na vida pessoal e na carreira. Em campo, ele tem sido um dos destaques do Flamengo na disputa da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. Em casa, o jogador está vivendo um momento especial. Em novembro passado, o atleta ganhou um presente de Deus, o nascimento de Ibson Junior, hoje com três meses. O menino esteve na Gávea na última sexta-feira, acompanhado da esposa do meia, Cinthia.

- O momento é especial. Um filho sempre amadurece uma pessoa e comigo não é diferente. Agora, a gente faz tudo pensando no menino - diz Ibson, que viu o garoto se divertindo em seu carrinho com uma bola do Flamengo.

Logo após o nascimento do filho, no ano passado, Ibson fez uma homenagem ao garoto: tatuou o seu nome no antebraço direito.

- É uma homenagem e isso sempre é válido. Quem sabe não pinta outra novidade mais para frente - afirma o jogador, admitindo que pode personalizar a sua chuteira com o nome do menino.

Cithia, esposa do jogador, e Ibson Junior se despediram do meia, desejando toda a sorte do mundo e que o domingo da família seja feliz e, de preferência, rubro-negro.

Cuca x Joel: a diferença dos semelhantes

Com estilo de trabalho parecido, treinadores se distanciam quando mostram currículo

Joel conquistou o primeiro título aos 44 anos, idade que Cuca tem atualmente

A final da Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo, no próximo domingo, às 16h, no Maracanã, colocará frente a frente dois treinadores de características semelhantes, mas com histórias na profissão bem distintas. Conhecidos por seus instintos paternalistas no trato com os jogadores e por conseguirem ter o grupo 'fechado' a seu favor, Joel Santana e Cuca são bem diferentes quando o assunto é experiência em levantar títulos no comando de um time: são 17 do rubro-negro contra apenas um do rival, sendo três Taças Guanabara.

A favor do alvinegro, no entanto, pesa a idade e uma coincidência interessante: hoje com 59 anos, Joel Santana conquistou seu primeiro título justamente com 44 anos, idade atual do botafoguense. A conquista aconteceu em 1992, quando dirigindo o Vasco venceu o primeiro dos seis títulos estaduais que conquistaria em seqüência, o que lhe rendeu o apelido de Mister Estadual.

Entre as façanhas do técnico do Fla está também o fato de ter levantado o troféu do Carioca pelo quatro clubes grandes do estado, além de ser apontado por Romário como o melhor comandante que teve na carreira.

Dos 11 títulos de Joel, nove são estaduais. A solução para colocar um ponto final na fama de treinador caseiro caiu no colo dele quando foi convidado para assumir novamente o Vasco, nas decisões da Copa João Havelange, o Brasileirão de 2000, e da Mercosul do mesmo ano, após a demissão de Oswaldo de Oliveira. Ele venceu ambas.

Com dez anos de carreira como treinador, o paranaense Alexis Stival, o Cuca, evita frases feitas, mas o famoso clichê de quem já roeu bastante o osso e agora quer comer o filé-mignon se encaixa bem à sua história. Depois de iniciar a carreira em clubes pequenos no Sul, como o Brasil de Pelotas (RS) e o Internacional de Lages (SC), ele virou figurinha fácil entre as equipes que lutavam contra o rebaixamento no Brasileirão.

Assim, evitou as quedas de Paraná e Goiás, até encarar o primeiro grande desafio na carreira: dirigir o São Paulo no retorno à Taça Libertadores da América, em 2004. A eliminação na semifinal o fez deixar o Tricolor e peregrinar por equipes em crise, inclusive o Flamengo, até chegar ao Glorioso em maio de 2006. Em General Severeiro são quase dois anos de reestruturação, turbulências, uma relação de amor com a torcida e o único título da carreira: a Taça Rio de 2007.

Botafoguense fez mais história dentro de campo

Se à beira do gramado Joel Santana é muito superior em relação a títulos, dentro dele Cuca fez muito mais história. Ídolo da dupla Gre-Nal, o ex-atacante tem seis títulos no currículo, sendo cinco Gauchões e a Copa do Brasil de 89, quando foi o herói gremista. Entre as façanhas ele orgulha-se também de ter envergado a camisa 10 do Santos, que foi de Pelé.

Ao melhor estilo zagueirão, Joel jogou profissionalmente de 1974 até 1980, pelo Vasco e pelo América-RN, e conquistou quatro títulos: três estaduais do Rio Grande do Norte e o Brasileirão de 74.

Confira o currículo de cada um

Joel Santana

Campeão Carioca: 92, 93, 95, 96 e 97\ Campeão Baiano: 94, 99 e 2003\ Supercampeão baiano: 2002\ Taça Guanabara: 92, 96 e 97\ Taça Rio: 93, 96 e 97\ Copa João Havelange: 2000\ Mercosul: 2000\

Cuca\ Taça Rio: 2007\

Nos cambistas, ingresso custa até R$ 250

Restando pouquíssimas entradas, torcedor desesperado recorre ao mercado paralelo

Maracanã quase sem fila para compra de ingressos para a decisão de domingo

A fila para comprar entradas para a final da Taça Guanabara, neste domingo, entre Flamengo e Botafogo, já não existe mais. Restando pouquíssimos ingressos para o jogão que decide o primeiro turno do Campeonato Carioca, os torcedores têm pouco tempo para tentar garantir uma cadeira azul, único setor que ainda está à venda na bilheteria 8 do Maracanã. Os mais desesperados ainda encontram bilhetes nas mãos de cambistas e o preço pode chegar até R$ 250.

Em uma passagem pelo Maracanã, a reportagem do GLOBOESPORTE.COM foi abordado por um cambista que tinha uma lista vasta de preços. Todos os setores de arquibancada estão saindo a R$ 150. A cadeira azul, que ainda pode ser encontrada na bilheteria 8, sai a R$ 50. E as cadeiras especiais custam R$ 250.

- Temos ingressos para todos os setores. Você quer quantas? Vou ficar aqui até às 18h. Depois disso, só no sábado e no dia do jogo - diz o cambista.

No caminho da bilheteria 5 para a 8, o cambista explicou como consegue comprar tantas entradas pela metade do preço.

- Hoje em dia todo mundo quer ganhar um dinheirinho. A gente chega com umas cinco carteiras de estudante, algumas falsificadas, e pagamos um preço para o bilheteiro. Se a meia-entrada custa R$ 20, pagamos R$ 23. Se comprarmos 50 entradas, ele leva R$ 150 para casa. Vale o preço - explica.

Na bilheteria 8, os cambistas trabalham livremente e sem a repressão da polícia, que está no local para conter possíveis brigas de torcedores.

Cristian, de novo titular: 'Voltei a sorrir

Joel Santana ainda não confirma, mas jogador admite que jogará contra o Botafogo

Eduardo Peixoto

Cristian manteve a paciência e volta ao time titular na final da Taça GB

Cristian tinha em mãos uma polpuda proposta do Lokomotiv Moscou, da Rússia. Chegou a balançar. Mas tudo o que viveu no Flamengo em 2007 o fez ficar e renovar por mais três anos. O ano começou e ele acabou relegado à reserva.

Abateu-se e encontrou na esposa, Camila, e na filha, Ana Beatriz, a força que precisava para recuperar o espaço. Contra o Vasco, entrou no segundo tempo e convenceu Joel Santana de que chegou a hora de receber uma nova oportunidade na final da Taça Guanabara, domingo, contra o Botafogo. O técnico ainda não confirma a saída de Jônatas, mas o volante entrega.

- Passei por uma situação complicada. Saí do time sem explicação. Mas sabia que ia surgir oportunidade e agora apareceu. Voltei a sorrir - conta, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.

Recuperar o lugar na equipe principal não é o único desejo de Cristian. Durante o Brasileirão de 2007, ele disse que, se fizesse gol, gostaria de pular no fosso para festejar com a torcida. Exageros à parte, ele quer voltar a marcar. O último - e único - gol pelo Fla foi contra o Atlético-MG, dia 29 de setembro.

GLOBOESPORTE.COM: Como é entrar na vaga do Jônatas, um jogador que foi repatriado pelo Flamengo a peso de ouro no início deste ano?

Cristian: Não vejo como uma vitória pessoal. Foi um trabalho que desenvolvi desde o ano passado. Mesmo quando perdi a vaga, respeitei o treinador sem criticar ninguém.

Durante a última semana, você falou que estava faltando ao Flamengo voltar a jogar como em 2007...

É, ano passado o time marcava muito forte e saía rápido para o ataque. Neste ano até mantivemos um pouco a pegada, mas estava faltando embalar.

Depois da derrota por 4 a 1 para o Fluminense, algumas pessoas comentaram que você chegou inconformado ao vestiário, praticamente chorando de raiva. Por que sentiu tanto aquela derrota?

Foi uma dor muito grande porque naquele jogo, dependendo do resultado, eu poderia colocar dúvidas na cabeça do treinador. E deu tudo errado. Várias pessoas me criticaram. Divido quarto com o Obina na concentração e ficamos muito mal. Não conseguíamos dormir, comer. Foi complicado.

Nas férias, você recebeu uma proposta tentadora do Lokomotiv Moscou, da Rússia. Pensou em sair do Flamengo?

Pensei bastante se iria ficar ou não. Sabia que teria muitas barreiras pelas contratações que o Flamengo fez para o meio-campo. Realmente estive bem próximo de ir para a Rússia. Mas conversei muito com a minha esposa e vi que, por tudo o que passei aqui, valeria a pena renovar por mais três anos.

Ser barrado logo no início do ano o fez se arrepender de ficar?

Não podia desanimar, mas fiquei triste. Me apoiei na família para levantar a cabeça. Foi uma situação complicada, pois saí do time sem explicação. Sabia que ia surgir oportunidade e agora apareceu. Voltei a sorrir.

Porém, nem só a titularidade basta. Ano passado, você chegou a dizer que sonha comemorar um gol pulando no fosso do Maracanã...

(risos) É perigoso, né? Mas na adrenalina posso fazer tudo. Ainda tem o sonho de pular o fosso e comemorar com a minha torcida. Vamos ver se consigo.

Domingo você jogará sua primeira final pelo Flamengo.