O Globo

Fla vence o Vasco e sonha alto

Vitória por 2 a 1 deixa rubro-negro próximo do grupo que vai à Libertadores

O que era impossível há algumas rodadas, começa a virar um sonho para a torcida rubro-negra. Com a vitória de 2 a 1, ontem, no Maracanã, sobre o Vasco, o Flamengo chegou a 46 pontos e está a apenas cinco do Grêmio, o quarto colocado, e que hoje estaria classificado para a Copa Libertadores do ano que vem. Domingo, o Flamengo recebe exatamente o Grêmio, no Maracanã, e, se vencer, diminuirá a diferença para dois pontos. Agora, o rubro-negro está a dois pontos do Fluminense, sexto colocado e o melhor carioca no Campeonato Brasileiro.

Ontem, ao contrário do que acontecera no jogo do Brasil com o Equador, o estacionamento estava liberado nas avenidas Maracanã e Radial Oeste e na Rua Eurico Rabello, o que acabou causando retenções no trânsito, próximo a um dos acessos ao estádio.

Obina joga graças a liminar

O policiamento teve mais trabalho do que na quarta-feira, apesar do público muito inferior. Houve briga entre torcedores dos dois times no viaduto Oduvaldo Cozzi e a PM teve que intervir.

O jogo começou debaixo de muita fumaça, devido aos fogos usados pelas torcidas. A visibilidade ainda era ruim quando Rômulo torceu o joelho e foi substituído pelo argentino Colace. E logo no primeiro chute a gol, o Flamengo abriu o marcador. Aos oito minutos, Toró arriscou de longe e, com a colaboração de Sílvio Luiz, fez 1 a 0. Foi o primeiro gol do jogador com a camisa do Flamengo.

O Vasco não se abalou e aos 15, chegou ao empate. Toró cometeu falta desnecessária em Perdigão próximo à entrada da área. Andrade bateu rasteiro e Bruno não alcançou. Seis minutos depois, Colace, que mal tinha tocado na bola, deu um carrinho por trás e foi expulso.

Com um homem a mais, o Vasco quase desempata aos 22. Marcelinho entrou livre e chutou rasteiro, Bruno rebateu e Leandro Amaral perdeu com o gol aberto. Joel Santana não perdeu tempo: tirou Maxi e pôs Renato Augusto para reforçar o meio-campo.

Aos 32 minutos, Léo Moura aproveitou falha de Rubens Júnior e penetrou na área. Quando ia chutar, foi agarrado pelo lateral do Vasco. O árbitro marcou pênalti, que Ibson converteu, fazendo 2 a 1 para o Flamengo.

O Vasco sentiu o gol e não se encontrou mais. Para piorar as coisas, Marcelinho, que já tinha cartão amarelo, fez falta dura em Toró e foi expulso.

Em desvantagem no placar, o Vasco voltou com o atacante Rafael no lugar do zagueiro Vílson. Logo no início da segunda etapa, Andrade deu um carrinho por trás em Renato Augusto e só recebeu amarelo.

Com muita raça, o time do Flamengo não deixava o Vasco jogar. Aos 30 minutos, Obina, que horas antes do clássico tivera a pena de 120 dias reduzida para cinco jogos, mas que só teve condições de atuar devido a uma liminar, entrou no lugar de Toró. No lance seguinte, Bruno fez grande defesa em cabeçada de Leandro Amaral.

Aos 36, Celso Roth fez duas substituições: tirou Júlio Santos e pôs Dudar e trocou Rubens Júnior por Alan Kardec. Nada aconteceu. No fim, Obina cabeceou na trave.

Vasco: Sílvio Luiz, Vílson, Jorge Luiz e Júlio Santos; Wagner Diniz, Andrade, Perdigão, Conca e Rubens; Marcelinho e Leandro Amaral. Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Rodrigo Arroz, Ronaldo Angelin e Juan; Rômulo (Colace), Cristian, Ibson e Toró; Maxi (Renato Augusto) e Souza. Juiz: Evandro Rogério Roman (PR). Cartões amarelos: Rubens Júnior, Marcelinho, Júlio Santos, Toró, Juan, Leonardo Moura. Cartões vermelhos: Colace e Marcelinho. Renda: R$553.174. Público pagante: 37.990 (44.473 presentes).

FLAMENGO

BRUNO: Foi traído pela barreira no gol de falta de Andrade. Fez uma boa defesa em cabeçada de Leandro Amaral. 6.

LEONARDO MOURA: Oportunista, aproveitou-se de uma bobeada de Rubens Júnior e sofreu o pênalti que originou o segundo gol. Na etapa final, subiu de produção. 7.

RODRIGO ARROZ: Teve pouco trabalho pelo lado direito da defesa. Apareceu melhor nas bolas altas. 6.

RONALDO ANGELIM: Foi envolvido em algumas tabelas do ataque do Vasco em velocidade, mas se saiu bem na cobertura de Juan. 5,5.

JUAN: Tecnicamente não atravessa um bom momento, mas voltou a ser boa opção de ataque do Flamengo. 6.

RÔMULO: Torceu o joelho com apenas seis minutos de jogo. Sem nota.

COLACE entrou e não conseguiu ficar em campo quinze minutos, pois foi expulso após dar um carrinho por trás em Marcelinho. 0.

CRISTIAN: Atuação discreta, porém eficiente, em especial na marcação. Arriscou chutes de fora, todos sem direção. 6,5.

IBSON: No primeiro tempo, organizou o time e cobrou o pênalti sofrido por Leonardo Moura com perfeição. 7.

TORÓ: Fez um bonito gol, num chute de longe, mas abusou das faltas. 6. OBINA acertou bela cabeçada na trave. 5.

MAXI: Nos 30 minutos em que jogou, movimentou-se bem mas não fez nada de produtivo. 5. RENATO AUGUSTO não é nem sombra da promessa de craque que surgiu no clube. Mas correu bastante. 5.

ARBITRAGEM

Evandro Rogério Roman usou critérios distintos na distribuição dos cartões, mas acertou ao expulsar Colace e Marcelinho.

Vasco vai recorrer contra Obina

Para o Vasco, o jogo não acabou. O vice-presidente jurídico, Paulo Reis, adiantou que o clube deve recorrer da liberação de Obina, que tinha sido punido com suspensão de cinco partidas, mas atuou garantido por uma liminar.

- Não posso fornecer muitas informações, porque tira o que poderemos fazer. Vamos estudar o caso a fundo, porque cabe discussão - declarou o dirigente.

O técnico Celso Roth explicou o motivo de ter deixado Romário no banco e preferir colocar Alan Kardec para jogar na última partida do Vasco no Maracanã em 2007.

- Ele deve ter ficado triste. Mas o Romário não tinha condições de atuar 15 minutos, quanto mais virar uma partida. - afirmou Roth.

CLÁSSICO: De volta ao time, Obina é festejado por torcida e companheiros

Joel Santana já vê Flamengo bem perto do céu no Brasileiro

Jogadores falam que, com empenho, time pode brigar pela Libertadores

Se após a derrota para o Fluminense, há duas rodadas, o Flamengo voltou a se preocupar com a ameaça de rebaixamento, ontem a gangorra rubro-negra subiu novamente. A apenas cinco pontos do Grêmio, quarto na tabela e, hoje, um dos clubes virtualmente classificados para a Libertadores, o time já sonha com uma vitória sobre os gaúchos, domingo, no Maracanã, que o deixaria ainda mais próximo de brigar por uma das vagas na edição de 2008 da principal competição sul-americana.

- Vencemos mais uma batalha. Agora, precisamos nos empenhar um pouco mais. E estamos aí - disse Toró, que marcou seu primeiro gol com a camisa do Flamengo, o primeiro na vitória de ontem.

Juan, Rômulo e Toró não jogam no domingo

O lateral Leonardo Moura, destaque rubro-negro ao lado de Ibson, ressaltou a importância da vitória sobre o Vasco, que, além de melhorar a situação do time na tabela, levará um bom público ao Maracanã para o importante jogo contra o Grêmio. Diferentemente das últimas rodadas, quando se mostrou reticente quanto às possibilidades do time, o técnico Joel Santana também se mostrou otimista.

- Não estamos no céu, mas bem próximos dele - afirmou o treinador.

Um dos jogadores mais festejados pela torcida e pelos próprios jogadores, Obina, que jogou graças a uma liminar, agradeceu o carinho de todos em sua volta ao time:

- Isso é fundamental para mim. Estou rouco de tanto incentivar meus companheiros.

O Flamengo, no entanto, tem problemas para o jogo com o Grêmio, que também vem ao Rio desfalcado. Rômulo torceu o joelho e não tem condições. Juan e Toró receberam o terceiro cartão amarelo contra o Vasco e cumprirão suspensão automática.

Ancelmo Gois

Fla no Engenhão

Com o acerto quase certo da CBF para gerir o Maracanã e fazer do estádio a casa da seleção, o Flamengo voltou a conversar com o Botafogo para dividir a gestão do Engenhão.

Jornal dos Sports

Obrigado, Nação!

Apoio da torcida é o combustível do Flamengo para alcançar a tão sonhada vaga na Libertadores

Diego marrul e Thiago Bokel

No último clássico carioca do ano, prevaleceu a força do time de maior torcida do Brasil. E como não poderia deixar de ser, a força vinda das arquibancadas foi apontada pelos jogadores como o fator fundamental para que a equipe conquistasse a suada vitória.

“No início do campeonato, os resultados não estavam aparecendo, mas agora a sorte voltou para o nosso lado e com o apoio dessa torcida maravilhosa, não tem como não se dedicar. Além disso, a chegada do Joel teve uma grande importância, pois é o cara certo, um paizão para o grupo, que tem a cara do Flamengo”, disse o eufórico Toró, que fez seu primeiro gol com a camisa rubro-negra.

Vaga provável

A chegada de Joel realmente mudou a forma de jogar do time. Se quando ele assumiu, no final de julho, a equipe ocupava as últimas colocações e era séria candidata ao rebaixamento, agora a realidade é totalmente oposta. O Flamengo, com 46 pontos, está a apenas cinco da zona da libertadores. Mesmo assim, o apoiador Ibson ainda não vê a vaga na competição sul-americana como uma hipótese provável.

“Éramos o pior time do Rio até bem pouco tempo e muitos não acreditavam na nossa recuperação. Felizmente conseguimos corresponder ao apoio dado pela comissão técnica e pela torcida, mas o nosso objetivo ainda é o de distanciar da zona de rebaixamento. Quanto à Libertadores, se passarmos pelo Grêmio, um adversário direto, no domingo, já poderemos sonhar”, avaliou Ibson.

Na visão do técnico Joel Santana o clássico teve a cara da tradição de um Flamengo e Vasco. Ele classificou a entrega dos seus jogadores com primordial para chegar ao êxito.

“Clássico é assim mesmo. Nem sempre as partes técnica e tática prevalecem, mas a vontade dos jogadores acabou definindo o placar. Perdemos dois jogadores importantes (Rômulo e Colace), mas tivemos a calma de mudar nossa forma de jogar e conseguimos a vantagem. Foi um jogo vibrante”, definiu o treinador, que não terá o lateral Juan para a partida contra o Grêmio. Ele levou o terceiro cartão amarelo.

Mengão em noite de Toró

Jogador faz seu primeiro gol com a camisa rubro-negra e afunda o Vasco no Maracanã

Diego Marrul e Thiago Bokel

Para desespero de Perdigão e Leandro Amaral, o apoiador Toró prepara a bomba para marcar o primeiro gol do Flamengo no jogo contra o Vasco

Com a tradição de um Flamengo e Vasco, o jogo de ontem, no Maracanã, em nada deixou a dever aos grandes duelos que marcaram a história desse confronto. A vitória de 2 a 1 do Rubro-Negro coroou a equipe que mostra uma incrível recuperação e já se aproxima da zona da Libertadores, com sete rodadas para o final do Brasileiro.

A chuva forte, que caiu horas antes do jogo, e a forte fumaça provocada pela festa das torcidas deram uma falsa impressão de que o jogo seria ruim. O Flamengo ainda teve a infelicidade de perder Rômulo logo aos sete minutos, com uma torção no joelho direito, dando lugar ao argentino Colace.

O que parecia se tornar ruim para o time de Joel mudou no minuto seguinte, quando Toró roubou a bola de Perdigão e chutou forte de fora da área, sem dar chance para Sílvio Luiz. O Fla, que recuou após o gol, observou o Vasco empatar numa cobrança de falta de Andrade, aos 15 minutos.

Pouco depois, Colace fez falta em Marcelinho e acabou expulso.

E quase que o castigo veio na seqüência, quando Leandro Amaral finalizou para fora. Com um a menos, tudo indicava que a virada vascaína viria em minutos. Mas  foi o Flamengo que voltou a se superar.

Dominando a partida, o Fla chegou ao segundo gol aos 32 minutos, depois de um lançamento de Renato Augusto, que havia entrado um pouco antes no lugar de Maxi, em que o desatento Rubens Júnior deixou passar e, após o domínio de Leonardo Moura, acabou cometendo um pênalti. Ibson cobrou com força, deixando o Flamengo novamente na frente. No final do primeiro tempo, Marcelinho, que já tinha cartão amarelo, fez uma falta indecente em Toró e também foi expulso.

Arena de batalha\ O ritmo forte do primeiro tempo pesou para os dois times no segundo. Com muitas faltas, o jogo não era nem sombra do envolvente início. Mas, se antes o Flamengo era superior, dessa vez, o equilíbrio foi a principal característica. Os inúmeros cartões amarelos transformavam um grande espetáculo numa arena de batalha.\

A volta da emoção estava guardada para os últimos 15 minutos. Logo depois de Leandro Amaral errar uma cabeçada na frente de Bruno, Obina puxou o contra-ataque, tocou para Léo Moura chutar cruzado, obrigando Sílvio Luiz a se esticar todo para evitar o gol. No rebote, o mesmo Obina não teve pernas para concluir com precisão. No final, ainda cabeceou no travessão, num jogo que fechou com chave de ouro os clássicos cariocas em 2007.

Fla vence o clássico das milhões de emoções

Gabriel Santos gsantos@jsports.com.br

Os jogadores do Fla comemoram o gol de Toró

Em um jogo com cara de decisão e principalmente um grande clássico, o Flamengo venceu o Vasco, por 2 a 1, nesta quinta-feira, no Maracanã. Com o resultado o time da Gávea continua com chances de se classificar para a Libertadores, chegando aos 45 pontos, na sétima colocação. Já o clube cruzmaltino está uma posição atrás, com 43, cada vez mais longe de voltar a principal competição sul-americana.

Sob muita fumaça, o jogo começou de forma brigada e assim como na primeira partida entre as equipes na competição, logo aos seis minutos, um jogador flamenguista saiu lesionado. Rômulo, com uma torção no joelho, deu lugar a Colace.

Com mais vontade, logo aos seis minutos o Fla abriu o placar. Numa noite chuvosa, foi a vez de Toró roubar a bola de Perdigão, avançar pelo meio e chutar no canto de Sílvio Luiz, para abrir o placar, no Clássico dos Milhões. Mas o jogo era muito movimentado desde o início e aos 14, após falta de Toró na intermediária, Andrade soltou uma bomba no canto direito de Bruno e empatou o jogo.

Com todo o clima dos grandes clássicos, Colace, que havia acabado de entrar, chegou por trás em Marcelinho e foi expulso. Logo na seqüência, Leandro Amaral fez boa jogada pelo meio, tocou para Marcelinho sozinho, na área. O atacante chutou para grande defesa de Bruno. No rebote, Leandro, sozinho, chutou para fora.

O jogo não parou nem um minuto e aos 27, Souza avançou pela esquerda e chutou rasteiro, muito perto da trave de Silvio Luiz. Mesmo com um a menos, o Rubro-negro continuou atacando com intensidade . Aos 31, Leonardo Moura avançou em muita velocidade pela direita e sofreu pênalti de Rubens júnior. Ibson cobrou e voltou a colocar o Fla em vantagem no placar.

O time de Celso Roth ainda tentou chegar, uma vez com Jorge Luiz, em chute de longe e no final do primeiro tempo, após bate-rebate, Leandro Amaral chutou e Bruno fez outra grande defesa.

Eletrizante, o jogo ficou igual aos 45 minutos. Primeiro Marcelinho chutou uma bola, quando o jogo estava parado e levou amarelo e na seqüência, fez falta em dura em Toró e levou o segundo cartão, sendo expulso. Assim, o primeiro tempo acabou, após duas expulsões, três gols e muita emoção.

Na segunda etapa, a tônica era a mesma. Os dois times muito nervosos e se movimentando muito. Logo aos seis minutos, Andrade cometeu falta muito dura em Renato Augusto e recebeu apenas amarelo. Logo aos 10, o Fla teve boa chance com Juan, após falta cobrada por Leo Moura, o camisa seis pegou de primeira, para fora.

O clássico continuou muito corrido e com os dois times buscando o gol de qualquer maneira. Mas, nenhuma conseguia chegar com muito perigo, apesar de estar sempre rondando a área adversária.

Depois dos 20 minutos, as equipes não agüentaram o ritmo intenso e passaram a cadenciar um pouco mais a partida, mas sem deixar de buscar o gol, que poderia reacender as esperanças vascaínas ou tranqüilizar os rubro-negros.

Aos 31 minutos, porém, os cruzmaltinos voltaram a assustar com Leandro Amaral, de cabeça. No contra-ataque, Obina, que havia acabado de entrar, puxou o Fla a frente, passou para Leo Moura, que chutou cruzado para a defesa de Silvio Luiz, no rebote, o xodó da torcida flamenguista chutou para fora.

O Megão ainda assustou mais uma vez no último minuto de jogo, com Obina. O atacante, voltado de suspensão, mostrou estar bem na partida e acertou uma cabeçada na trave, assustando a torcida.

Na próxima rodada, o Vasco vai ao Mineirão para jogar contra o Atlético-MG, domingo, às 16h. Já o Fla, enfrenta o Grêmio, no mesmo dia, às 18h10, com expectativa de um grande público.

Ibson ironiza os críticos

Com a vitória de 2 a 1 sobre o Vasco, nesta quinta-feira, no Maracanã, o Flamengo passou a ser o segundo melhor time carioca no Campeonato Brasileiro, sonhando ainda com um vaga na Libertadores de 2008. Após um inicio ruim, o Fla chegou a ser considerado o pior dos cariocas e agora deu a resposta dentro de campo. Para Ibson, autor do gol da virada, essa resposta foi muito importante

“Todo mundo duvidou da gente. Mas nosso time foi reforçado com vários jogadores e cresceu durante o torneio. Vencemos muitas em casa e subimos. Nós éramos o pior time do Rio, né? E agora? Cadê?” ironizou o meio campo.

Flamengo em dose dupla

Equipes adultas de basquete e futsal jogam nesta sexta-feira no ginásio Hélio Maurício, na Gávea

Rafael Oliveira

O Flamengo, de Sixell, vem fazendo uma boa campanha no Estadual e conta com o apoio da torcida

Os rubro-negros têm um compromisso hoje com seu clube de coração. A partir das 18h, o ginásio Hélio Maurício, na Gávea, será palco de uma rodada dupla. Primeiro, Marcelinho e cia entram em quadra buscando a quarta vitória no Estadual de Basquete. Logo em seguida, será a vez da equipe de Futsal, que enfrentará o Macaé pelo segunda rodada do returno do  Estadual.

Um dos mais animados com a integração entre os esportes é Cid Escarlate, técnico do time de Futsal. Ele acredita que quando seus comandados entrarem em quadra, a torcida já estará inflamada pela partida de Basquete.

"Contamos, mais do que ninguém, com a vitória do pessoal do basquete. Assim, quando nossa partida começar, a torcida já estará entusiasmada e irá colocar nosso time mais para frente", afirmou o treinador, que conhece muito bem seus companheiros de Flamengo.

"Treinamos na mesma quadra. Quando eles estão saindo, nós começamos. Logo, todo dia a gente se esbarra".

O Flamengo, que vinha mandando seus jogos no Poliesportivo de Duque de Caxias, decidiu retornar à Gávea.

"Queríamos voltar a jogar dentro de nossa casa. Por melhor que fosse o ginásio de Caxias, não há nada melhor do que respirar esses ares rubro-negros".

Cid ressaltou que a partida de hoje é a mais importante para as pretensões do clube no campeonato. O Macaé é concorrente direto na briga pelo segundo lugar do grupo B. Apenas um ponto separa as duas equipes.

"Eles são um dos pretendentes ao título, Não podemos dar bobeira. Precisamos vencer para ampliar nossa vantagem sobre eles. Para isso, temos que estar bem atentos".

Mais quatro partidas mobilizam o Estadual. No ginásio de Campos Sales, o América recebe o líder Cabo Frio precisando da vitória para manter as chances de classificação. Ainda pelo grupo B, o Piedade vai a Cabo Frio enfrentar o lanterna Drogaria do Povo. Já no grupo A, que chega a terceira rodada, o Vasco / USS recebe o Canto do Rio e o CSSE enfrenta o Montanha. Todas as partidas começam às 20h.

Em busca da quarta vitória no Estadual de Basquete

O armador Duda teve boas atuações nos três primeiros jogos do Mengão

Os jogadores do Flamengo voltam à quadra nesta sexta-feira, a partir das 18h, no ginásio Hélio Maurício, com um único objetivo em mente: vencer o Campos para se manter na liderança do Estadual de Basquete. Cada partida é uma decisão para o Rubro-negro, que não pode perder nenhum ponto em um campeonato tão concorrido como este.

"Será um jogo de defesa forte e contra-ataques. Contra o Municipal já erramos bem menos e isso cria uma expectativa de que com a seqüência de jogos a equipe encontre o ritmo e a harmonia necessária para engrenar de vez na competição. Não podemos nem pensar em derrota", explicou o técnico Paulo Chupeta.

O ala Marcelinho Machado, destaque do clube nas últimas duas partidas (Fluminense e Municipal), alertou sobre os perigos do adversário desta noite.

"Campos é um time muito rápido e que marca forte, sem espaços praticamente o jogo todo, e vem jogando bem dessa forma. Por isso é ainda mais importante que tenhamos paciência, jogando com inteligência quando tivermos a bola e sem deixar que chutem da linha dos três, porque o aproveitamento é muito bom".

Marcelinho ainda comentou sobre o entrosamento entre os jogadores da Gávea. A falta de ritmo de jogo sempre foi uma das maiores dores de cabeça do técnico Paulo Chupeta. Mas, com o campeonato já entrando em sua quarta semana, este problema vai ficando cada vez mais para trás.

"Trabalhamos bem essa semana, principalmente nas variações de defesa e ataque, e o entrosamento do time começa a melhorar, começamos a mostrar mais conjunto. Vamos ver se nós conseguimos mostrar já mais nesse jogo contra Campos", contou o ala.

OUTRA PARTIDA - Também pelo Estadual de Basquete, o Macaé recebe o Municipal hoje, a partir das 19h30m. O clube do Norte Fluminense buscará sua segunda vitória consecutiva. Na última quarta-feira, derrotou o Campos por 84 a 82. Já a equipe tijucana ainda luta pelo seu primeiro triunfo.

FLAMENGO

Duda, Marcelinho, Fernando, Mineiro, Coloneze, Alírio.\ Técnico: Paulo Chupeta\

CAMPOS

Felipinho, Mutombo, Manuil, Lúcio, Gustavo.\ Técnico: Luiz Felipe.\

Local: Ginásio Hélio Maurício, Gávea\ Hora: 18h\

O Dia

Fla vence o Vasco no Maracanã: 2 a 1

Janir Júnior

Rio - Um dia depois da Seleção, a festa no Maracanã mudou do verde-amarelo para o vermelho e preto. Em jogo emocionante, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 1, chegou aos 46 pontos, subiu para a 7ª colocação e manteve vivo o sonho de chegar à Libertadores. Domingo, o Rubro-Negro recebe o Grêmio. Já o time vascaíno, com 43, caiu para 8º e pega o Atlético-MG, no Mineirão.

O primeiro tempo começou com chuva fina e muita nuvem de fumaça devido aos sinalizadores usados pela torcida. A partida pegou fogo. Aos 7 minutos, Toró desarmou Perdigão, arriscou de longe e a bola quicou antes de entrar: 1 a 0. A partida ficou movimentada, a essa altura com Colace na vaga de Rômulo, que saiu machucado.

Aos 15, Perdigão foi derrubado por Toró. Andrade cobrou falta de longe, a barreira abriu, a bola desviou em Cristian e morreu no fundo da rede: 1 a 1.

O jogo ganhou mais emoção quando Colace, que não tinha amarelo, fez falta em Marcelinho e foi expulso, aos 21. Logo em seguida, Marcelinho finalizou dentro da área, Bruno salvou com o pé e, na seqüência, Leandro Amaral perdeu grande chance.

Com brio, o Flamengo respondeu à altura. Aos 26, Souza partiu com a bola dominada e bateu cruzado, rente à trave. O clima quente da partida fez Íbson e Cristian discutirem. Pouco depois, os dois vibrariam juntos. Aos 31, Rubens Júnior vacilou, perdeu a bola para Leonardo Moura e cometeu pênalti no lateral rubro-negro. Íbson bateu bem, no minuto seguinte, e colocou o Flamengo em vantagem: 2 a 1. No banco, Romário parecia não acreditar no que via. No fim do primeiro tempo, Marcelinho foi expulso infantilmente e ficou 10 contra 10.

No início do segundo tempo, Andrade fez falta criminosa em Renato Augusto, mas recebeu apenas amarelo. A partida seguiu muito disputada. Aos 30, a torcida rubro-negra foi à loucura quando Joel lançou Obina na vaga de Toró. Aos 31, Bruno fez grande defesa em cabeçada de Leandro Amaral. Aos 43, Obina cabeceou no travessão. Fim de jogo, taça do Souza Aguiar em homenagem ao Dia do Médico erguida pelos rubro-negros e Romário, o paciente terminal, assistindo do banco.

Anjo Negro incendeia

Obina tem pena reduzida, volta cheio de gás e leva os rubro-negros à loucura

José Luiz de Pinho e Marluci Martins

Rio - Para a torcida rubro-negra não poderia ser melhor. O atacante Obina teve pena reduzida pelo tribunal pleno do STJD de 120 dias para cinco jogos, se juntou ao grupo poucas horas antes do grande clássico e voltou ao time contra o Vasco, na primeira vitória sobre o arqui-rival na temporada.

O Anjo Negro da Gávea entrou aos 31 minutos do segundo tempo, no lugar de Toró, e logo na primeira jogada, incendiou a torcida e o time rubro-negro. Aos 44 minutos, ele escorou de cabeça um córner da direita e acertou o travessão, com o goleiro vascaíno já batido.

Como já havia cumprido os cinco jogos, o advogado Michel Assef Filho conseguiu que a pena fosse aplicada imediatamente, já que o julgamento foi realizado pelo Tribunal Pleno e não pela Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

“Estou muito feliz. Não merecia aquela punição anterior. Queria muito jogar. Nesse momento especial, Deus é mesmo rubro-negro. E o melhor de tudo é que ajudei o time a vencer ”, festejou o atacante.

Para o jogo contra o Grêmio, domingo, no Maracanã, o técnico Joel Santana terá a volta do capitão Fábio Luciano.

Mas o time deve ficar sem o volante Rômulo, que saiu machucado, e será reavaliado hoje pelo departamento médico. Juan, suspenso, está fora do time.

Vasco promete recorrer ao Tribunal

Pode parecer muito estranho, mas os dirigentes do Vasco torceram para que o atacante Obina entrasse em campo ontem. O atacante rubro-negro entrou no segundo tempo . Agora, os dirigentes estudam a possibilidade de entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva para tentar reaver os pontos perdidos no jogo de ontem.

Quem não gostou nada do jogo foi o atacante Romário. O técnico Celso Roth fez três substituições e deixou o Baixinho no aquecimento e não entrou em campo. Poderia ter sido seu último Fla x Vasco da carreira.

“Um dia, estava assistindo ao jogo do Brasil, e, no outro, sentado no banco. Foram duas emoções diferentes”, disse Romário, antes da partida de ontem.

Somando suas partidas desde os tempos de infantil, Romário havia enfrentado o Flamengo 44 vezes, e marcado 19 gols (16 vestindo a camisa vascaína). No último encontro com o clube da Gávea, o atacante fez o seu gol de número 999.

O técnico Celso Roth, que mais uma vez foi vaiado pela torcida, não vai contar com o zagueiro Júlio Santos, que está suspenso e não vai enfrentar o Atlético-MG, domingo, no Mineirão.

Andrade, autor do gol contra o Flamengo, lamentou a derrota. “Não faltou empenho. O Flamengo teve mais sorte e venceu”.

Gazeta Esportiva

Flamengo supera Vasco, é sétimo e complica rival\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - O Flamengo derrotou o Vasco por 2 a 1 nesta quinta-feira, no Maracanã, em partida atrasada da sétima rodada do Campeonato Brasileiro.\ Com a vitória, o time rubro-negro chegou aos 46 pontos e agora ocupa a sétima posição. A equipe da Gávea passou a ver mais de perto o sonho de disputar a Libertadores. Já o Vasco ficou nos 43 pontos e está na oitava posição.\

Se não bastasse frustrar o rival, a torcida rubro-negro pôde ver novamente Obina em campo, que teve a pena reduzida pelo STJD, entrou nos minutos finais da partida, o que deve provocar um protesto do Vasco.

Já o atacante Romário viu frustrado seu desejo de disputar o clássico, porque o técnico Celso Roth decidiu não colocar o Baixinho em campo já que a equipe estava perdendo e ele temia pelas condições físicas do Baixinho.

Na próxima rodada, o Flamengo receberá o Grêmio no Maracanã enquanto o Vasco vai ao Mineirão encarar o Atlético Mineiro. As duas partidas serão realizadas neste domingo.

O jogo\ O clássico começou em alta velocidade apesar da pouca visibilidade em função dos sinalizadores atirados pela torcida. Logo aos quatro minutos, o volante Rômulo torceu o joelho numa dividida e acabou substituido pelo argentino Colace.\

Quatro minutos depois, o placar foi aberto na primeira chance de gol. Perdigão perdeu a bola na intermediária, Toró avançou e arriscou. A bola quicou no gramado e encobriu o goleiro Sílvio Luiz para festa da torcida do Flamengo.

Mesmo em desvantagem, o Vasco não se abateu e chegou ao empate, aos 14, em cobrança de falta de Andrade. A bola também bateu no gramado e enganou o goleiro Bruno.

Sete minutos depois, um golpe duro para o rubro-negro, com a expulsão do argentino Colace, após falta dura em Marcelinho. Aos 18, o Vasco aproveitou e quase virou, com Marcelinho, que recebeu de Leandro Amaral e chutou no peito de Bruno. No rebote, Leandro Amaral, livre, chutou para fora com o gol vazio na sua frente.

Um minuto depois, o técnico Joel Santana decidiu recompor a equipe tirando o argentino Maxi, para irritação da torcida, e colocou Renato Augusto que voltava de contusão. Mas o técnico acabou vendo o Flamengo retomar a frente.

Aos 31 minutos, a bola foi lançada pela direita do ataque do Flamengo, Rubens Júnior tentou proteger a bola, mas falhou, permitindo que Leonardo Moura passasse à sua frente. O jogador vascaíno puxou a camisa do adversário e o árbitro Evandro Roman marcou pênalti. Ibson bateu com categoria e desempatou.

A torcida do Vasco se irritou, chamou o técnico Celso Roth de 'burro' e deixou o time ainda mais nervoso. Aos 45 minutos, Marcelinho que já tinha cartão amarelo, cometeu falta em Toró e acabou expulso, deixando as duas equipes com o mesmo número de jogadores.

O Vasco voltou para o segundo tempo com o volante Rafael no lugar do zagueiro Vilson, em uma tentativa de tornar o time mais agressivo. Só que o domínio continuou sendo da equipe rubro-negra que não deixava o adversário armar jogadas de ataque. Depois de um chute de Juan que levou perigo, o árbitro deixou de marcar uma falta de Juan em Wagner Diniz na entrada da área. Aos 16 minutos, Rafael tabelou com Conca e bateu de esquerda por cima da trave.

O Vasco só conseguiu um lance efetivo de perigo aos 31, em cabeçada de Leandro Amaral que Bruno defendeu. A resposta do Flamengo quase decide o jogo. Obina lançou Leonardo Moura que chutou cruzado. Silvio Luiz rebateu e Obina concluiu para fora.

Aos 33 minutos, Celso Roth acabou com as chances de Romário entrar ao preferir colocar Alan Kardec para tentar as jogadas aéreas. Cinco minutos depois, Conca fez bom passe para Alan Kardec, que concluiu precipitadamente e errou.

O Flamengo decidiu segurar o resultado e o Vasco partiu para o desespero, mas o time rubro-negro se defendeu com garra e quase marcou o terceiro em cabeçada de Obina, que acertou a trave aos 43.

Joel destaca evolução do Flamengo e elogia raça dos atletas

Rio de Janeiro (RJ) - Satisfeito com a vitória por 2 a 1 no clássico contra o Vasco, o treinador do Flamengo, Joel Santana, elogiou a determinação de seus jogadores. Para ele, a equipe evoluiu desde a última vez em que os dois times se enfrentaram pela primeira vez no Campeonato Brasileiro.\ No dia 16 de setembro, o Rubro-negro empatou com o Gigante da Colina por 1 a 1, em uma partida onde o time cruzmaltino teve um maior domínio de jogo. Segundo Joel, isso mostra a melhora da equipe da Gávea. “Naquele jogo, ficamos sem força de frente. Hoje (quinta-feira) foi diferente”, declarou. “Eles não tiveram muito perigo, só com o Leandro em uma cabeçada”.\

Depois de abrir o placar com Toró, o Flamengo cedeu o empate em uma cobrança de falta de Andrade e, logo após isso, viu Colace ser expulso. Entretanto, o time não diminuiu o ritmo e, em um pênalti convertido por Ibson, voltou a ficar na frente do marcador. Animado, o técnico ressaltou a superação de seus comandados nos momentos mais difíceis do jogo. “Sofremos o gol e aí perdemos um jogador. Aí fica complicado, mas tivemos calma e colocamos a vantagem”, afirmou. “A determinação do time voltou a ser o diferencial”.

Ibson, autor do segundo gol da equipe, concordou com seu treinador. “O Flamengo é isso. É vontade. O importante é que conseguimos sair com o resultado positivo”, explicou o atleta, que já está pensando no duelo deste domingo. “Agora é pensar no Grêmio. A partir de sexta, já vamos nos concentrar para esse jogo em busca de mais três pontos na nossa casa”, finalizou.

Após vitória, elenco rubro-negro diverge sobre Libertadores

Rio de Janeiro (RJ) - Após a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, o elenco do Flamengo divergiu sobre as possibilidades do time conseguir uma vaga na Copa Libertadores. Enquanto uns mostravam-se otimistas, outros pediam calma e atenção inclusive com a zona de rebaixamento.\ Um dos mais animados era Leonardo Moura. O lateral-direito, que sofreu um pênalti no primeiro tempo convertido por Ibson, garantiu o Rubro-negro carioca na Libertadores do ano que vem. “É uma vitória importante para dar seguimento. Tem o Grêmio, mas estamos coladinhos e vamos passar fácil”, declarou, confiante. No próximo domingo, o time da Gávea encara justamente o Tricolor gaúcho, no Maracanã.\

Já Ibson foi mais cauteloso, exigindo respeito com o oponente e com o risco de cair para a Segundona. “Nosso objetivo é o de se distanciar do rebaixamento e não pensar na Libertadores”, afirmou.

Apesar disso, o meio-campista elogiou a recuperação do Flamengo. “Nós éramos o pior time carioca. Agora estamos provando a força e a união desse grupo”, explicou. Com o resultado desta quinta-feira, só o Fluminense tem uma melhor campanha do que o Rubro-negro entre as equipes do Rio de Janeiro.

O próprio treinador Joel Santana comentou sobre as chances de seu time chegar ao G-4. “Como é que vamos pensar na Libertadores se não saímos daquele zona perigosa?”, perguntou. Mesmo assim, ele mantém as esperanças de disputar a competição no ano que vem. “O importante é que estamos perto do céu. Não entramos, mas estamos perto.

De volta aos gramados, Obina comemora vitória e é homenageado

Rio de Janeiro (RJ) - Após ficar afastado por conta de uma decisão do STJD, Obina voltou a ser julgado nesta quinta-feira e pôde atuar na vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Vasco. Animado, o atacante comemorou muito seu retorno, além de ser homenageado por seus companheiros.\ “Hoje (quinta-feira) foi tudo. Fui julgado, peguei cinco jogos e, como já cumpri, pude entrar em campo e ajudar meus companheiros a sair com a vitória”, declarou o centroavante, que cabeceou uma bola no travessão. “Estou até rouco de tanto incentivar meus companheiros”.\

Quando entrou em campo no lugar de Toró, Obina foi ovacionado pelos torcedores rubro-negros. E ele não escondeu de agradecer o apoio. “Foi uma noite muito feliz. O carinho, a força e a determinação da torcida me ajudaram muito nesse momento”, afirmou.

Autor do segundo gol da equipe em uma cobrança de pênalti, Ibson também comentou sobre o retorno do xodó dos flamenguistas. “Essa vitória é uma homenagem para o Obina, que sofreu muito antes de poder voltar a jogar”, explicou.

Com o resultado, o Flamengo chegou aos 46 pontos no Campeonato Brasileiro. O Grêmio, último colocado dentro do G-4, tem 51.

Flamengo supera Vasco, é sétimo e complica rival\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - O Flamengo derrotou o Vasco por 2 a 1 nesta quinta-feira, no Maracanã, em partida atrasada da sétima rodada do Campeonato Brasileiro.\ Com a vitória, o time rubro-negro chegou aos 46 pontos e agora ocupa a sétima posição. A equipe da Gávea passou a ver mais de perto o sonho de disputar a Libertadores. Já o Vasco ficou nos 43 pontos e está na oitava posição.\

Se não bastasse frustrar o rival, a torcida rubro-negro pôde ver novamente Obina em campo, que teve a pena reduzida pelo STJD, entrou nos minutos finais da partida, o que deve provocar um protesto do Vasco.

Já o atacante Romário viu frustrado seu desejo de disputar o clássico, porque o técnico Celso Roth decidiu não colocar o Baixinho em campo já que a equipe estava perdendo e ele temia pelas condições físicas do Baixinho.

Na próxima rodada, o Flamengo receberá o Grêmio no Maracanã enquanto o Vasco vai ao Mineirão encarar o Atlético Mineiro. As duas partidas serão realizadas neste domingo.

O jogo

O clássico começou em alta velocidade apesar da pouca visibilidade em função dos sinalizadores atirados pela torcida. Logo aos quatro minutos, o volante Rômulo torceu o joelho numa dividida e acabou substituido pelo argentino Colace.

Quatro minutos depois, o placar foi aberto na primeira chance de gol. Perdigão perdeu a bola na intermediária, Toró avançou e arriscou. A bola quicou no gramado e encobriu o goleiro Sílvio Luiz para festa da torcida do Flamengo.

Mesmo em desvantagem, o Vasco não se abateu e chegou ao empate, aos 14, em cobrança de falta de Andrade. A bola também bateu no gramado e enganou o goleiro Bruno.

Sete minutos depois, um golpe duro para o rubro-negro, com a expulsão do argentino Colace, após falta dura em Marcelinho. Aos 18, o Vasco aproveitou e quase virou, com Marcelinho, que recebeu de Leandro Amaral e chutou no peito de Bruno. No rebote, Leandro Amaral, livre, chutou para fora com o gol vazio na sua frente.

Um minuto depois, o técnico Joel Santana decidiu recompor a equipe tirando o argentino Maxi, para irritação da torcida, e colocou Renato Augusto que voltava de contusão. Mas o técnico acabou vendo o Flamengo retomar a frente.

Aos 31 minutos, a bola foi lançada pela direita do ataque do Flamengo, Rubens Júnior tentou proteger a bola, mas falhou, permitindo que Leonardo Moura passasse à sua frente. O jogador vascaíno puxou a camisa do adversário e o árbitro Evandro Roman marcou pênalti. Ibson bateu com categoria e desempatou.

A torcida do Vasco se irritou, chamou o técnico Celso Roth de 'burro' e deixou o time ainda mais nervoso. Aos 45 minutos, Marcelinho que já tinha cartão amarelo, cometeu falta em Toró e acabou expulso, deixando as duas equipes com o mesmo número de jogadores.

O Vasco voltou para o segundo tempo com o volante Rafael no lugar do zagueiro Vilson, em uma tentativa de tornar o time mais agressivo. Só que o domínio continuou sendo da equipe rubro-negra que não deixava o adversário armar jogadas de ataque. Depois de um chute de Juan que levou perigo, o árbitro deixou de marcar uma falta de Juan em Wagner Diniz na entrada da área. Aos 16 minutos, Rafael tabelou com Conca e bateu de esquerda por cima da trave.

O Vasco só conseguiu um lance efetivo de perigo aos 31, em cabeçada de Leandro Amaral que Bruno defendeu. A resposta do Flamengo quase decide o jogo. Obina lançou Leonardo Moura que chutou cruzado. Silvio Luiz rebateu e Obina concluiu para fora.

Aos 33 minutos, Celso Roth acabou com as chances de Romário entrar ao preferir colocar Alan Kardec para tentar as jogadas aéreas. Cinco minutos depois, Conca fez bom passe para Alan Kardec, que concluiu precipitadamente e errou.

O Flamengo decidiu segurar o resultado e o Vasco partiu para o desespero, mas o time rubro-negro se defendeu com garra e quase marcou o terceiro em cabeçada de Obina, que acertou a trave aos 43.

PeléNet

Flamengo supera o Vasco em mais um show no Maracanã

Do UOL Esporte\ Em São Paulo\

A festa da torcida e o brilhantismo da seleção brasileira no Maracanã, na quarta-feira, diante do Equador, parece ter inspirado Flamengo e Vasco. No clássico da noite desta quinta, em jogo adiado pela sétima rodada do Brasileirão por causa do Pan do Rio, as duas equipes fizeram uma partida movimentada e repleta de emoções. Os flamenguistas levaram a melhor ao ganharem por 2 a 1 - os três gols saíram na etapa inicial.

FLA BATE O ARQUI-RIVAL

Com o triunfo, o Flamengo volta a sonhar com uma vaga na Copa Libertadores da América 2008. O time dirigido pelo treinador Joel Santana pulou para a sétima posição no Nacional e soma agora 46 pontos, cinco atrás do Grêmio, último a assegurar a classificação ao torneio continental. O Vasco vem logo atrás do arqui-rival, no oitavo posto, com 43 pontos.

O clássico ainda marcou a volta de dois ídolos. Pelo lado rubro-negro, Obina iniciou no banco de reservas após ter a suspensão de dois meses reduzida para apenas cinco jogos. O atacante, porém, foi para campo no segundo tempo após conseguir sua liberação no tribunal horas antes da partida e teve boa participação. Já no Vasco, o veterano Romário também ficou no banco depois de ficar longe dos gramados por mais de quatro meses por causa de uma contusão no tornozelo.

Embalado pela vitória sobre o Paraná fora de casa, na rodada passada, e com a possibilidade de se aproximar da zona da Libertadores, o Flamengo começou o confronto arrasador e saiu na frente logo aos 8 minutos do primeiro tempo, quando Toró roubou a bola de Perdigão e chutou forte de fora da área. A bola picou no gramado antes de entrar no canto esquerdo do goleiro Silvio Luiz.

O tento de empate vascaíno contou com a presença dos mesmos personagens, uma vez que Toró derrubou Perdigão perto da área e a falta foi assinalada. Na cobrança, Andrade mandou forte para superar o arqueiro Bruno. A equipe de São Januário ganhou uma motivação logo após empatar o duelo. O volante Hugo Colace, que recém havia substituído o lesionado Rômulo, recebeu cartão vermelho por entrada violenta em Marcelinho.

Mas o Vasco não soube aproveitar a vantagem e deixou o adversário rubro-negro voltar à frente do marcador aos 32 minutos. Em rápido contra-ataque, Leo Moura invadiu a área e foi empurrado por Rubens Júnior. O árbitro Evandro Rogério Roman apontou a penalidade, e Ibson converteu. Pouco antes do intervalo, o vascaíno Marcelinho também foi expulso após levar o segundo amarelo ao fazer falta dura em Toró.

Os dois times não conseguiram repetir o ritmo frenético e empolgante na etapa final e o que mais foi visto foram faltas duras e uma chuva de cartões. Ao todo, o juiz Evandro Rogério Roman mostrou oito amarelos e dois vermelhos ao longo do confronto. No melhor lance, Obina desviou um cruzamento de cabeça e acertou o travessão. Um pouco antes, Perdigão perdeu um dente em disputa com centroavante flamenguista.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo faz um duelo direto pela Libertadores, pois recebe o Grêmio, às 18h10 de domingo, no estádio do Maracanã. No mesmo dia, às 16h, o Vasco encara o Atlético-MG, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Aprovado no treino, Ibson marca gol da vitória do Flamengo

Do UOL Esporte\ Em São Paulo\

Quando Leonardo Moura foi derrubado por Rubens Júnior dentro da área nesta quinta-feira, no Maracanã, o próprio lateral-direito levantou e caminhou na direção da bola. No entanto, quem se encarregou de bater o pênalti aos 32min do primeiro tempo foi o meio-campista Ibson, que chutou no canto direito de Sílvio Luiz e marcou o segundo gol do Flamengo na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco.

No entanto, a história poderia ter sido diferente se não fosse uma conversa entre o goleiro Bruno e o treinador Joel Santana no vestiário, momentos antes do jogo desta quinta-feira. O comandante do Flamengo questionou o camisa 1 sobre a melhor opção em caso de penalidades, e o jogador respondeu com base no treino da última quarta-feira.

"Eu não era o batedor oficial, mas cobramos 12 pênaltis no treino de ontem [quarta] e eu tive 100% de aproveitamento. O professor Joel sempre acompanha essas atividades e perguntou para o Bruno na preleção. Ele disse que eu precisava bater", contou Ibson.

Além do apoio de Bruno, Ibson contou com a postura do próprio Leonardo Moura antes de cobrar o pênalti contra o Vasco. O lateral conversou com o cobrador e procurou amenizar a responsabilidade.

"Ele me passou muita tranqüilidade e pediu pra eu ter confiança no meu potencial", explicou Ibson.

Na comemoração, o meio-campista do Flamengo aproveitou para homenagear um amigo skatista: "Eu tinha prometido que lembraria dele e ele não estava acreditando. Quando saiu o gol, tentei imitar uns movimentos de skate."

Jogadores do Flamengo exaltam determinação no clássico

Do UOL Esporte\ Em São Paulo\

Os jogadores do Flamengo adotaram um discurso bastante similar para explicar a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco nesta quinta-feira, em partida válida pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro e que havia sido adiada por conta do Pan-Americano do Rio de Janeiro. Quando questionados sobre o diferencial da equipe rubro-negra, todos eles citaram a determinação e a entrega em campo.

"Um clássico entre Flamengo e Vasco é sempre uma guerra. Hoje [quinta-feira] nós tivemos mais um jogo assim, truncado e bastante disputado, mas valeu a dedicação do nosso grupo. Lutamos muito e isso foi determinante para o resultado", analisou o meio-campista Toró, autor do primeiro gol rubro-negro nesta quinta-feira.

O discurso de Toró foi corroborado por todo o elenco do Flamengo depois do clássico contra o Vasco. "Nosso time é isso mesmo. Todo mundo tem de correr até o fim sempre porque é preciso ter raça para vestir essa camisa. Esse empenho é sempre importante, ainda mais em um clássico", disse Renato Augusto.

"Foi um jogo extremamente difícil, mas os jogadores do Flamengo tiveram calma e mostraram muita garra. Tanto é que nós conseguimos construir a vantagem quando estávamos com um homem a menos", lembrou o treinador Joel Santana.

O comandante da equipe da Gávea lembrou que a postura de seus jogadores foi fundamental para que a equipe se adequasse às características do confronto com o Vasco: "Foi uma partida vibrante e não adiantava querermos alguma coisa sem muita determinação".

Até o atacante Souza, que atuou isolado no setor ofensivo do Flamengo, lembrou a raça como diferencial da equipe rubro-negra. Sobretudo no segundo tempo, o camisa 9 foi obrigado a segurar a bola no meio da defesa do Vasco para que sua equipe pudesse respirar.

"Jogar assim cansa bastante porque você tem de correr o campo inteiro, mas o importante é a vitória. Todo mundo correu e procurou o resultado", enalteceu Souza.

No primeiro tempo do clássico, a postura dos jogadores do Flamengo chegou a gerar um desentendimento entre os meio-campistas Ibson e Cristian depois de uma falta cometida sobre Marcelinho na intermediária.

"Foi uma coisa de jogo", minimizou Ibson. "Não posso pedir dentro de campo para ele marcar o adversário, por favor. Todo mundo se cobra em prol do grupo, mas a vontade às vezes nos faz extrapolar", continuou o meio-campista.

Joel diz que falta muito pouco para o Fla chegar "ao céu"

Da Agência Placar\ No Rio de Janeiro\

A vitória por 2 a 1 sobre o arqui-rival Vasco, nesta quinta-feira, no Maracanã, em confronto adiado da sétima rodada do Brasileiro, deixou o Flamengo ainda esperançoso em conquistar uma das quatro vagas para a Copa Libertadores do próximo ano. Segundo o técnico Joel Santana, a equipe rubro-negra está próxima de alcançar seu objetivo.

"Vencemos um adversário direto, e subimos na tabela. O time está perto do céu, bem perto mesmo, mas ainda não entramos", ressaltou o treinador, alertando para os cinco pontos que ainda separam o clube da Gávea da zona de classificação à Libertadores, que tem o Grêmio como o último integrante.

Analisando o clássico, Joel fez questão de lembrar que a partida foi coberta de alternâncias, mas frisou que o Flamengo mostrou méritos para obter o resultado.

"Um jogo cheio de alternativas, mas nossos jogadores tiveram calma e se portaram muito bem. Mudamos a forma de jogar, fizemos marcação por zona. E quando colocamos nova vantagem, um jogador deles (Marcelinho) foi expulso, e ficou igual (o argentino Colace já tinha recebido cartão vermelho pelo Fla). No segundo tempo, não sofremos sustos e ainda poderíamos ter chegado ao terceiro gol", observou Joel.

Leonardo Moura ergue taça e ironiza o Vasco no Maracanã

Do UOL Esporte\ Em São Paulo\

Uma promoção realizada pelo Hospital Municipal Souza Aguiar aumentou o clima de decisão do clássico entre Flamengo e Vasco, no Maracanã, nesta quinta-feira. Como parte da comemoração por seu centenário, o centro de atendimento ofereceu uma taça ao vencedor do confronto entre as equipes cariocas. E Leonardo Moura, capitão rubro-negro, aproveitou a comemoração para ironizar os rivais.

Entre 1996 e 2006, o Vasco acumulou seis derrotas para o Flamengo em decisões. Os sucessivos insucessos são lembrados constantemente pela torcida rubro-negra como forma de minimizar a situação dos rivais no confronto direto.

"O jogo contra o Vasco é sempre uma decisão, ainda mais quando tem taça envolvida. E quando é decisão eles são vice", disse Leonardo Moura após mostrar o troféu à torcida rubro-negra. "Temos de dividir esse momento com eles, que são muito importantes para o nosso sucesso", continuou o camisa 2.

Autor do primeiro gol do Flamengo nesta quinta, o meio-campista Toró também enalteceu a participação dos torcedores para a vitória sobre o Vasco: "Não é por acaso que dizem que eles são nosso 12º jogador. Quando as arquibancadas estão lotadas e eles nos apóiam, não tem como não render em campo".

Outro que citou a importância dos torcedores nesta quinta foi o atacante Obina, que voltou aos gramados depois de ter cumprido cinco jogos de uma suspensão imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. "Eu vi o carinho deles comigo e isso é uma motivação sensacional. Em uma partida como essa contra o Vasco, o papel deles foi decisivo", classificou.

Com a vitória no clássico, o Flamengo comemorou uma injeção extra de motivação para a reta final do Campeonato Brasileiro. "O jogo contra eles é uma competição paralela e a vitória nos deixa muito animados", admitiu Leonardo Moura.

"Ganhamos uma motivação nova hoje [quinta-feira] porque o Vasco é um adversário especial. Vencemos um clássico, que é uma partida muito importante e que nos dá moral. Mostramos que temos condições de brigar com qualquer um", ressaltou o meio-campista Ibson.

Competição paralela

Com o triunfo sobre o Vasco nesta quinta, o Flamengo chegou a 46 pontos e ascendeu à sétima colocação do Campeonato Brasileiro. Com isso, a equipe rubro-negra ultrapassou o rival na tabela e já é a segunda melhor do Rio de Janeiro na competição nacional - o time oriundo do Rio de Janeiro que mais somou pontos é o Fluminense, que tem 48 e está no sexto lugar.

"No começo do campeonato, muita gente disse que nós brigaríamos para não cair e que éramos a pior equipe do Rio de Janeiro no Brasileiro. Estamos mostrando a força desse grupo", disse o meio-campista Ibson.

Flamengo revê história, mas comemora mudança de desfecho

Do UOL Esporte\ Em São Paulo\

As histórias dos dois clássicos entre Flamengo e Vasco no Campeonato Brasileiro de 2007 são extremamente parecidas. Nesta quinta-feira, em partida válida pelo primeiro turno e que havia sido adiada por causa dos Jogos Pan-Americanos, os torcedores que foram ao Maracanã viram um enredo muito semelhante ao do confronto entre as duas equipes, no mesmo lugar, no dia 16 de setembro. O desfecho, porém, foi ainda melhor para os rubro-negros.

Assim como no primeiro clássico, o Flamengo perdeu dois jogadores ainda no primeiro tempo desta quinta-feira. Logo aos 5min, Rômulo sentiu uma lesão e foi substituído pelo argentino Colace, que foi expulso aos 23min.

No clássico do dia 16 de setembro, o Flamengo perdeu Renato Augusto logo no início por conta de uma lesão e o substituto dele, Paulo Sérgio, sofreu um problema na clavícula e precisou sair ainda no primeiro tempo.

Outra coisa que se repetiu nesta quinta-feira é que todos os gols da vitória rubro-negra por 2 a 1 aconteceram no primeiro tempo, assim como o primeiro confronto - empate por 1 a 1.

E para aumentar a lista de coincidências, o segundo gol do Flamengo aconteceu em uma jogada do lateral-direito Leonardo Moura, que empatou a partida do dia 16 de setembro quando a equipe rubro-negra perdia por 1 a 0 para o Vasco.

"Um jogo entre Flamengo e Vasco é sempre especial, mas o momento transformou as coisas na partida de hoje [quinta-feira]. As duas equipes estavam empatadas [ambas com 43 pontos] e o vencedor subiria muito na tabela. Isso fez do jogo uma verdadeira decisão", classificou o meio-campista rubro-negro Renato Augusto.

Flamengo tem noite de reencontros e primeiro gol

Do UOL Esporte\ Em São Paulo\

A torcida do Flamengo vivenciou sentimentos contraditórios nesta quinta-feira, no clássico contra o Vasco, válido pelo Campeonato Brasileiro. O jogo foi marcado pelo reencontro do público que esteve no Maracanã com dois atletas rubro-negros, mas também teve o primeiro gol do volante Toró com a camisa da equipe da Gávea.

O primeiro jogador a rever a torcida do Flamengo nesta quinta-feira foi o meio-campista Renato Augusto. Ele não entrava em campo desde o dia 16 de setembro, quando o clube carioca empatou por 1 a 1 justamente com o Vasco e ele saiu lesionado ainda no primeiro tempo.

Renato Augusto começou o clássico desta quinta entre os reservas, mas entrou em campo depois da expulsão do argentino Colace. "Não tenho pressa para voltar a ser titular e sei que isso faz parte da minha recuperação. Já fico feliz por estar no Maracanã cheio, por ver essa galera e por saber que não tenho mais problemas físicos", comemorou o meio-campista.

O banco de reservas do Flamengo ainda teve outra novidade no clássico contra o Vasco. O atacante Obina, suspenso em primeira instância pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva por 120 dias, teve sua pena reduzida para cinco partidas em julgamento realizado nesta quinta.

Como já cumpriu esses cinco jogos, Obina deveria ser liberado para atuar em 24 horas. Contudo, o advogado Michel Assef Filho entrou com um pedido para que a pena do jogador fosse aplicada imediatamente e foi atendido por Virgílio Val, presidente em exercício do STJD.

"Eu fui pego de surpresa, mas vinha treinando normalmente. Estava ansioso para voltar e hoje é um dia especial por eu ter realizado isso", comemorou Obina, que entrou no lugar de Toró aos 31min do segundo tempo do clássico desta quinta e mandou uma bola na trave de cabeça aos 44min.

O tom saudosista, entretanto, não foi o único do clássico. A torcida do Flamengo também viu pela primeira vez uma comemoração do meio-campista Toró, que nunca havia balançado as redes com a camisa rubro-negra e anotou o primeiro do clássico nesta quinta-feira.

"É uma emoção muito grande, que eu queria dividir com toda a minha família. Minha esposa e minha mãe sempre estiveram comigo e eu não podia deixar de falar delas agora", disse o camisa 11 do time dirigido por Joel Santana.

GloboEsporte

Mengão vence Vasco em clássico dramático

Times jogam com dez desde o 1º tempo e no fim rubro-negros conseguem sofrida vitória

Eduardo Peixoto

A Taça Libertadores segue em pauta no Flamengo. Nesta quinta-feira, em um clássico tenso, o time rubro-negro sofreu, mas venceu o Vasco por 2 a 1, no Maracanã. O jogo era adiado da sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Toró e Ibson, o craque da partida, fizeram para os vencedores e Andrade descontou (assista aos gols no vídeo ao lado).

Enfim com o mesmo número de partidas que os demais concorrentes da competição, o Fla pula para a sétima colocação, com 46 pontos. A distância para a "zona Libertadores" é de cinco pontos, mas o adversário do próximo domingo, em casa, é justamente o quarto colocado Grêmio. Um incentivo a mais para a torcida rubro-negra que, mais uma vez, deu show ao som da versão do tema da vitória: "Tu és time de tradição...".

A derrota para o maior rival deixa o Vasco na oitava colocação, com 43 pontos. As chances de chegar à principal competição continental reduzem-se praticamente a pó.

Antes de o jogo começar, as manchetes estavam voltadas para o banco de reservas: Romário, de um lado, e Obina, de outro. Entretanto, as expulsões do primeiro tempo e as falhas grotescas de parte a parte roubaram a cena. Sobre os dois protagonistas, pouca coisa a dizer. Romário assistiu à partida sentado e Obina entrou aos 30 minutos do segundo tempo.

Próximos jogos\ Adversário Data Local\ FLAMENGO x Grêmio 21/10/07 (18h10m) Maracanã\ Atlético-MG x VASCO 21/10/07 (16h) Mineirão\

'Os Trapalhões': Bruno, Sílvio, Colace, Rubens e Marcelinho

O início do jogo foi marcado pela presença de muita fumaça dentro de campo

O jogo começou com uma má e uma ótima notícia para a torcida do Flamengo. Primeiro, Rômulo sofreu uma entorse no joelho direito e precisou ser substituído por Colace. Quando o argentino entrava em campo, Toró ajeitou e chutou de longe. A bola quicou no gramado molhado e entrou no canto esquerdo do atrasado Sílvio Luiz, aos oito minutos.

Parece que Bruno ficou com inveja do goleiro vascaíno. Aos 15 minutos, Andrade cobrou falta da intermediária e o camisa 1 do Flamengo aceitou. O jogo começou a se complicar para os rubro-negros aos 23 minutos. Colace deu uma entrada duríssima em Marcelinho e foi expulso.

No lance seguinte, Marcelinho chutou cara a cara e Bruno defendeu com os pés. No rebote, com o gol vazio, Leandro Amaral chutou para fora. Souza contragolpeou e chutou próximo à trave esquerda direita vascaína.

As falhas continuaram grotescas e foi a vez de Rubens Junior entregar a bola nos pés de Leo Moura e depois fazer o pênalti. Na cobrança, Ibson chutou no canto direito e desempatou a partida.

Ao contrário da série de TV, "Os Trapalhões" do primeiro tempo de Fla e Vasco não teve só quatro elementos. Depois de Silvio Luiz, Bruno, Colace e Rubens Junior, foi a vez de Marcelinho "comprar" lugar no grupo. Ele fez duas faltas consecutivas e foi expulso aos 45 minutos.

Pressão vascaína inútil

Ibson e Leo Moura comemoram a vitóra

O segundo tempo começou com o Flamengo superior. O Vasco exagerou no nervosismo e passou a distribuir pontapés. As chances, contudo foram raras. Rafael, que entrou na vaga de Vilson, chutou para fora aos 13. Logo depois, Juan perdeu duas vezes dentro da grande área.

Aos 32 minutos, Leandro Amaral cabeceou e Bruno fez defesa milagrosa. Depois, no contra-ataque, Leonardo Moura finalizou, Sílvio Luiz defendeu parcialmente e Obina mandou para fora.

Nos minutos finais, os vascaínos pressionaram, mas o Flamengo soube resistir e mantém vivo o sonho de chegar à Libertadores. Aos 44, Obina ainda acertou o travessão.

'Cadê o pior time do Rio?', pergunta Ibson

Após partida, herói do clássico desabafa contra aqueles que duvidaram do Flamengo

Eduardo Peixoto

Sétimo lugar, 46 pontos e possibilidade de chegar à Taça Libertadores. O panorama do Flamengo após o clássico contra o Vasco é bem diferente daquele que Ibson encontrou no clube em julho. O clube era quase lanterna da competição e cotado ao rebaixamento (assista ao vídeo com o gol de Ibson).

- Todo mundo duvidou da gente. Mas nosso time foi reforçado com vários jogadores e cresceu durante o torneio. Vencemos muitas em casa e subimos. Nós éramos o pior time do Rio, né? E agora? Cadê? - ironiza o autor do gol da vitória no clássico.

Na tabela, o Fla está dois pontos atrás do Fluminense, três à frente do Vasco e tem quatro de vantagem sobre o Botafogo.

Joel proíbe assunto Libertadores

Técnico flamenguista diz que não adianta equipe viver de sonho no Brasileiro

Eduardo Peixoto

A vitória sobre o Vasco levantou o assunto "classificação à Libertadores" no Flamengo. Porém, o técnico Joel Santana fez questão de frear a euforia pós-clássico. O assunto está proibido no clube.

- Na Gávea, estamos proibidos de falar em Libertadores. A nossa proposta é fazer 50 pontos. Não temos que viver de sonho e sim da nossa realidade. Daqui para frente, todos os jogos são decisões, partidas terríveis - declara o técnico.

O Rubro-Negro está em sétimo lugar, com 46 pontos. O Grêmio, primeiro clube da área Libertadores, tem 51. As duas equipes se enfrentam no próximo domingo, no Maracanã. O técnico do Fla filosofa sobre a fase da equipe:

- Estávamos nos afogando e agora temos que subir no barco. Se quando estivermos seguros virmos um horizonte de brigadeiro, ótimo.

Fla comemora mais um 'título'

Vitória sobre o rival no Maraca tem até taça dada pelo Hospital do Souza Aguiar

A vitória sobre o Vasco por 2 a 1 nesta quinta-feira, no Maracanã, significou muito mais do que os três pontos na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Mais uma vez, um triunfo diante da torcida foi comemorado como se o Flamengo tivesse conquistado um título. Diferentemente da outras vezes, os rubro-negros levantaram uma taça, dada pelo Hospital Souza Aguiar.

Jogadores do Flamengo comemoram com a taça dada pelo Hospital Souza Aguiar e mostram para a torcida

Nos últimos minutos, jogadores do banco de reservas e a comissão técnica pediam o encerramento da partida. Após o apito final, jogador do Flamengo correram em direção à torcida e comemoraram, erguerndo a taça.

- A cara da torcida foi a cara do Flamengo nesse jogo - diz Toró, em meio à euforia pela vitória sobre o rival.

O zagueiro Rodrigo Arroz fez o mesmo gesto da final da Copa do Brasil de 2006, quando o Flamengo venceu a competição ao bater o Vasco e ficar com a taça. O jogador ajoelhou no gramado e parecia estar agradecendo o resultado.

Com a vitória, o Flamengo passou a ocupar a sétima colocação no Campeonato Brasileiro, com 46 pontos, a cinco da zona da Libertadores.

Fla inicia escolha da camisa do torcedor

Rubro-negros já podem enviar sugestões de modelos para o uniforme número 12

Torcida comemora no Maracanã: a camisa 12 é só da nação rubro-negra!

Atenção, torcedor rubro-negro: você já pode enviar sua idéia para o modelo da camisa 12 do Flamengo, que agora é sua! A promoção "Camisa Nação Rubro-Negra" começou nesta quinta-feira, dia 18.

Em parceria com o GLOBOESPORTE.COM, o clube vai escolher o modelo da torcida em seu site oficial (www.flamengo.com.br). O dinheiro arrecadado com a venda do uniforme do torcedor será revertido para a construção do Centro de Treinamento Ninho do Urubu, em Vargem Grande.

Qualquer torcedor poderá participar da promoção. É só acessar o site do Flamengo, preencher o "formulário virtual" e enviar uma sugestão de desenho para a nova camisa 12. No dia 4 de novembro, serão anunciadas as três idéias finalistas. A vencedora será escolhida em votação popular, entre os dias 4 e 11 de novembro.

- Essa promoção simboliza a relação de proximidade entre a torcida e o clube. E com o valor conseguido com as vendas, nós ainda encontraremos uma forma de retomar a construção do CT - declara o vice-presidente de marketing do Flamengo, Ricardo Hinrichsen.

Leo Moura não perdoa: 'É vice de novo'

Lateral-direito recebe troféu Souza Aguiar e tira onda com os vascaínos

Eduardo Peixoto

Leo Moura, com o troféu Souza Aguiar, em comemoração aos 100 anos do hospital

O lateral-direito Leo Moura não perdeu a oportunidade de debochar dos vascaínos após o clássico de quinta-feira. Ao receber o trofeú Souza Aguiar pela vitória do Flamengo, o jogador ironizou.

- Eles não falam que Flamengo e Vasco é um campeonato à parte? Então, somos campeões e eles vice de novo. É vice de novo! - diz, enquanto ergue o troféu simbólico.

Nas arquibancadas, o tom de ironia dos rubro-negros foi o mesmo. A sina de os cruzmaltinos perderem seguidas finais para o Fla não foi perdoada: "O Vasco é sempre vice do meu Mengão....".

Além da rivalidade normal, os jogadores rubro-negros entraram com uma motivação a mais em campo. Após o último clássico, que terminou empatado por 1 a 1, os vascaínos declararam que "engoliram e poderiam ter goleado" o rival. O ar de superioridade serviu como motivação na Gávea.

- Alguns jogadores ficaram chateados com as declarações deles. Isso nos ajudou - afirma Ibson.

Confusão na saída do clássico

Torcidas de Vasco e Flamengo espalham pânico nas ruas próximas ao Maracanã

Eduardo Peixoto

Mais uma vez, o clássico Vasco x Flamengo termina em confusão fora do Maracanã. Após a partida desta quinta-feira, integrantes das torcidas dos dois times se envolveram em diversos conflitos nas ruas próximas ao estádio.

Segundo um policial militar, o nível dos confrontos foi "mais ou menos". Entretanto, há pelo menos um ferido. Um torcedor do Vasco foi esfaqueado próximo à rua São Francisco Xavier e teve de ser levado ao hospital Souza Aguiar.

Diversas pessoas que saíram do Maracanã pela rampa da Uerj relataram cenas de guerra, com muita pancadaria e tiros de borracha.

Expulsão de Colace irrita Kléber Leite

Evandro Rogério Roman já havia sido alvo da ira do Fla duas vezes neste Brasileirão

Fred Huber

A decisão do árbitro Evandro Rogério Roman, que expulsou o volante argentino Colace aos 23 minutos do primeiro tempo do clássico Flamengo x Vasco, nesta quinta-feira, deixou o