O GLOBO
O futuro em 90 minutos
Fla põe estabilidade, valorização do elenco e dinheiro em jogo contra o Nacional
Legenda da foto: JUAN REPÕE a bola em jogo na pelada dos jogadores, ontem, na Gávea: após apenas 16 minutos de coletivo, Joel Santana liberou os jogadores para a brincadeira
Carlos Eduardo Mansur
Em 90 minutos, o Flamengo colocará em jogo, contra o Nacional, do Uruguai, muito mais do que três pontos. Hoje, às 21h45m, no Maracanã, um tropeço pode ser fatal e tornar pequenas as chances de classificação para a segunda fase da Libertadores, competição que concentra boa parte do planejamento rubro-negro para a temporada de 2008. Na Gávea, onde só se cogitava superar a campanha do ano passado, as conseqüências de um mau resultado podem ser sentidas por longo tempo.
Para mostrar força no Maracanã, o Flamengo terá importante apoio. Até ontem, quase 30 mil ingressos haviam sido vendidos. A expectativa é de que 45 mil rubro-negros estejam no Maracanã. Se vencer, o time volta, ao menos provisoriamente, à liderança do Grupo 4.
Uma derrota, no entanto, provocará sério abalo no projeto de valorização patrimonial do clube. A política rubro-negra em 2008 foi a de investir quase R$14 milhões na compra de direitos de jogadores e fazer contratos longos para lucrar com a valorização dos atletas.
- Avaliamos ter, hoje, um patrimônio próximo de 50 milhões em nosso elenco. Mas isto só se materializa com resultados bons em competições de projeção internacional - disse o vice de futebol, Kleber Leite. - Não seria o fim do mundo. Temos um projeto para o ano todo. Mas tem um peso enorme em todos os sentidos e espero que os jogadores tenham esta consciência.
- A Libertadores é o principal. É nela que apostamos - afirmou o técnico Joel Santana.
Marcinho deverá\ ser titular hoje\
Outro temor na Gávea é a instabilidade que uma queda precoce na Libertadores traria. Em 2007, a derrota para o Defensor trouxe efeitos que duraram quase todo o primeiro turno do Brasileiro.
- Com todo este investimento, é preciso ganhar - avisou o presidente Márcio Braga.
- Com o time que montamos, é duro sair prematuramente - avaliou Kleber Leite.
Há ainda o lado financeiro. Por participar da primeira fase, o Flamengo já recebeu US$330 mil. Ir às oitavas-de-final garante mais US$180 mil. Quem vai às quartas recebe mais US$220 mil e o semifinalista ganha mais US$310 mil. O campeão recebe mais US$2 milhões, contra US$600 mil do vice. Ao todo, o caminho das oitavas ao título rende US$2,7 milhões, além de US$4 milhões pela participação no Mundial da Fifa. Há ainda, no clube, a expectativa de arrecadar mais R$2 milhões em bilheteria indo às finais da Libertadores.
- É preciso pagar a conta no fim do mês. Mas, como negócio, a Libertadores está longe de ser o paraíso. Só fica razoável nas finais - afirmou Kleber Leite.
Ontem, um coletivo de 16 minutos fez Joel Santana praticamente decidir escalar Marcinho como titular. Na véspera, ele testara Diego Tardelli em seu lugar. Joel manteve a dúvida no ar, mas mostrou que o time que treinou ontem deverá jogar.
- Marcinho ajuda no combate e precisamos de operários - disse Joel, que explicou a curta duração do coletivo, seguido pela tradicional pelada dos jogadores. - Disse ao grupo que faria um coletivo de 25 a 30 minutos e eles só pediram que, depois, eu os deixasse fazer a brincadeira deles. O coletivo foi bom, me deixou tranqüilo e decidi interromper e liberar os jogadores para a pelada.
Hoje, o psicólogo Paulo Ribeiro fará um trabalho com o elenco.
- Eles terão que controlar a ansiedade, não discutir com o árbitro, engolir sapos, se ajudar em campo. E tudo isto sob intensa cobrança. A responsabilidade de vencer é toda do Flamengo - disse o psicólogo.
Flamengo: Bruno, Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Ibson, Kleberson e Marcinho; Renato Augusto e Souza. Nacional: Vieira, Romero, Acosta, Victorino e Barone; Oscar Morales, Cardacio, Bertolo e Arismendi; Fornaroli e Richard Morales. Juiz: Carlos Amarilla (Paraguai).\ TRANSMISSÃO: Rede Globo e Rádios Globo e CBN\
Súmula pode ajudar Jônatas
Diretoria rubro-negra vai mostrar que árbitro cometeu erro
A diretoria do Flamengo já sabe como agir para absolver Jônatas, expulso contra o Botafogo. A defesa irá se basear na própria súmula do árbitro Marcelo de Souza Pinto. Ele relata que expulsou Jônatas porque, após receber cartão amarelo, o jogador continuou reclamando. No entanto, as imagens do jogo mostram que o árbitro aplicou cartão amarelo e, imediatamente, tirou o vermelho do bolso e o mostrou a Jônatas, que não tinha recebido outro cartão amarelo durante o jogo, fato comprovado pela própria súmula. Assim, não se justifica a aplicação, em seqüência, dos cartões amarelo e vermelho.
Ontem, o vice de futebol do Flamengo, Kleber Leite, disse que, ao chamar a atenção do procurador do tribunal para as atitudes dos jogadores rubro-negros, Carlos Augusto Montenegro, dirigente do Botafogo, cometeu um engano, ao afirmar que a diretoria do Flamengo reconhecera que houve violência por parte de seus atletas.
- Ninguém aqui disse que houve violência. Houve sim, destempero. A impressão que tenho é que o Montenegro inaugurou um novo tipo de chororô, o chororô da vitória - alfinetou Kleber.
Do outro lado, Montenegro rebateu de primeira. Reafirmou suas acusações e não poupou Toró:
- Pelo Botafogo, estou sempre chorando e rindo. E acho errado só reclamar quando perde. Alguns jogadores do Flamengo foram extremamente violentos. O Toró disse que futebol é coisa para macho. Também acho. Mas macho não chuta a cabeça de ninguém e muito menos agride gandulas. Isso é coisa de covarde, de marginal.
JORNAL DOS SPORTS
Uruguaios escondem o jogo e dizem não temer o Maracanã
Foto de Wallace Teixeira
Os uruguaios, Morales à frente, treinaram à noite no Maracanã
A catimba começou antes de a bola rolar. No Rio desde segunda-feira, o Nacional de Montevidéu tem adotado a tática do mistério para não dar pista alguma ao Flamengo. No dia que desembarcaram na Cidade, havia um treino marcado para às 20h, nas Laranjeiras. No entanto, o grupo só chegou à sede do Fluminense às 22h30min. Mesmo assim, o técnico Gerardo Pelusso não testou qualquer jogada ensaiada.
Ontem, os uruguaios passaram o dia inteiro no hotel em que estão, na Barra da Tijuca, e não desceram para atender à imprensa. Apenas o reserva Lorero conversou com os jornalistas.
No início da noite, o grupo foi ao Maracanã fazer o reconhecimento do gramado mas, novamente, chegou com atraso, desta vez, de 30 minutos. Eles fizeram um treino recreativo, seguido de uma atividade tática rápida.
Apesar do mistério, o que se sabe sobre a equipe é que o seu melhor jogador, Martin Ligüera, deverá ficar no banco de reservas, pois Pelusso acha que o jogador não encaixa no esquema 4-4-2, que será adotado esta noite. Com isso, a principal ameaça dos uruguaios será o atacante grandalhão Richard Morales, que recentemente afirmou não ter medo de jogar em um Maracanã lotado de rubro-negros.
Mengo joga o ano em 90 minutos
Destino do clube em 2008 depende do resultado da partida de hoje, contra o Nacional
Diego Marrul, Nathan de Lima e Thiago Bokel
Foto de Úrsula Nery
Marcinho pode começar o jogo, no qual uma vitória vale a manutenção do sonho da Libertadores
Um ano em 90 minutos. Por mais que possa parecer um exagero, este é o prazo que o Flamengo tem para definir seu destino em 2008. Isso porque, se não derrotar o Nacional de Montevidéu, hoje, às 21h50min, no Maracanã, dificilmente conseguirá manter viva as chances de permanecer na Copa Libertadores, a competição mais importante deste ano.
A importância de um resultado positivo está muito além das quatro linhas. Só em contratações, o Flamengo gastou mais de R$ 14 milhões para se reforçar. Uma eliminação precoce poderá causar danos financeiros irreparáveis. Além disso, é certo que cabeças rolarão em caso de fracasso. Com este clima de tensão, os jogadores ainda têm a obrigação de mostrar que o destempero psicológico visto em alguns jogos, já faz parte do passado.
Não são apenas estas as provas que o Flamengo terá de passar hoje. Os jogadores estão encarregados de comprovar em campo que a Família do Papai Joel continua mais forte e unida do que nunca e que ainda é possível que consiguir reconquistar o futebol vitorioso do ano passado, que tanto encantou a torcida, mesmo não beirando ao espetáculo.
Venda de ingressos não está empolgando
Como já virou rotina, sempre que o Flamengo precisa de uma vitória recorre ao seu maior aliado: o torcedor. Mas para este jogo decisivo, contra o Nacional, as vendas não estão empolgando. Até ontem, haviam sido vendidos 29.899 ingressos, dos 68.080 colocados à venda. A expectativa para hoje é de que o público seja de aproximadamente 50 mil pessoas, um número modesto para uma torcida capaz de, sozinha, lotar o Maracanã .
Até por isso, o goleiro Bruno, um dos maiores ídolos da equipe, fez questão de convocar os torcedores para comparecerem ao jogo.
"Quando jogamos no Maracanã é diferente. Estamos em casa, o gramado é maior e, principalmente, temos o apoio do nosso torcedor. Tenho certeza de que eles farão a diferença", previu o goleiro, que ainda mostrou os atalhos para que o Flamengo saia vitorioso hoje à noite: "Precisamos de tranqüilidade pois o Nacional virá para fazer catimba. O forte deles são as jogadas aéreas, inclusive, contam com um atacante grande (Richard Morales), que é muito bom. Mas vamos jogar como se fosse a última partida de nossas vidas", prometeu.
Marcinho preparado — Surpresa do técnico Joel Santana no coletivo de ontem, o apoiador Marcinho não fugiu do discurso habitual para descrever sua expectativa de ser titular na partida de hoje: "Ainda não sei se vou jogar, mas estou pronto, treinei muito. Se o Joel me escalar, vou procurar corresponder", avisou Marcinho, que disputa a vaga com Diego Tardelli. (T.B.)
Juniores fazem clássico adiado
Após protagonizarem mais uma eletrizante partida no último domingo, pelos profissionais, Flamengo e Botafogo voltam a medir forças, mas desta vez no Campeonato Carioca de Juniores. A partidal, válida pela quarta rodada, foi remarcada para hoje, às 15h, na Gávea.
O Botafogo poderá ter quatro importantes reforços que estavam treinando entre os profissionais. São eles: o lateral-direito Índio, o zagueiro Rodrigo Fabiano, o cabeça-de-área Wellington Júnior e o apoiador Rodrigo Dantas. Porém, Wellington Júnior, com dores no calcanhar, e o atacante Victor Castro, que levou um pisão no treino, são dúvida. No Flamengo, a esperança fica por conta de dois jogadores que estão atravessando excelente fase: o apoiador Erick Flores e o atacante Pedro Beda.
Flamengo - Marcelo, Davidson, Anderson, Rafael e Léo; Airton, D. Moura, Erick Flores e Guilherme; Paulo Sérgio e Pedro Beda.\ Técnico: Adílio.\
Botafogo - Bruno, Índio, R. Fabiano, Alex e Gabriel; Romário (Wellington Jr.), Édson, Jougle e R. Dantas; Júnior e Diego (Victor Castro).\ Técnico: Luizinho Rangel.\
Prima pobre da Liga dos Campeões
Kleber Leite lamenta a premiação da Libertadores: “Primeira fase é uma piada”
Nathan de Lima e Thiago Bokel
Úrsula Nery/JS
Joel conversa com os jogadores antes do treino que definiu o time que enfrenta o Nacional
A Copa Libertadores é o sonho de consumo de qualquer time brasileiro. Mas, financeiramente, a principal competição de clubes das Américas está longe de agradar a seus dirigentes. Segundo o vice-presidente de Futebol, Kleber Leite, o que as equipes recebem para jogar a primeira fase da competição é ”uma grande piada”, já que saem dos cofres do próprio clube todas as despesas envolvidas nas viagens.
Enquanto na Europa, a Liga dos Campeões paga aos clubes aproximadamente R$ 3 milhões por ponto conquistado na primeira fase, aqui na América, a Conmebol disponibiliza para todas as equipes apenas US$ 10 mil dólares por jogo como mandante. Como na primeira fase cada equipe realiza três jogos em casa, e somando os US$ 300 mil das cotas de TV, cada clube recebe apenas US$ 330 mil por seis partidas, o que da uma média de US$ 55 mil por jogo.
"Sei que é uma outra realidade, mas na Europa paga-se 1 milhão de Euros por ponto conquistado. O Barcelona fez 16 pontos na primeira fase e recebeu 16 milhões de Euros. Aqui o que recebemos por jogo é digno de risada", disse.
Logo após o treino de ontem, Kleber Leite rebateu as acusações do ex-presidente e colaborador do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, que acusou o procurador do Triubunal de Justiça Desportiva (TJD), André Luiz Valentim, de ser menos rigoroso com os jogadores do Flamengo do que foi com os do Botafogo, por ocasião da final da Taça Guanabara.
Kleber Leite respondeu às críticas de Montenegro com muito bom humor dizendo que não, ao contrário do que foi divulgado por Montenegro, em nenhum momento a diretoria do Flamengo disse que seus jogadores foram violentos.
"O Carlos Augusto Montenegro deu uma declaração que não corresponde à realidade. Ele disse que a nossa Diretoria teria concordado com a acusação, segundo a qual, nossos jogadores tinham sido violentos. Nós nunca falamos isso. Quando pedimos desculpas a nossa torcida foi pelo destempero dos jogadores e não por violência. O Montenegro inaugurou o novo tipo de chororô, o chororô da vitória", ironizou o dirigente.
Joel sai em defesa da equipe
O time do Flamengo tem participado de muitas confusões este ano, resultando em muitas expulsões, algo que já está incomodando a diretoria do clube. O técnico Joel Santana defendeu seus jogadores e o espírito de luta da equipe.
"O torcedor entende a nossa proposta e nós entendemos ele. Tudo que ele quer é ir para o estádio e ver uma equipe com raça, atitude. No jogo contra o Botafogo ficamos com nove em campo e mesmo assim fomos para cima do adversário. Isso tem que ser exaltado, pois não acontece todo dia", disse o comandante.
O treinador fez questão de lembrar que as derrotas estão tendo proporções maiores do que realmente deveriam ter, afinal foram apenas três, sendo duas delas com o time de reservas.
"Nós ganhamos a Taça Guanabara, só que aqui a vitória virou coisa comum e as derrotas viraram pesadelos. O jogo que realmente está fazendo a diferença é o do Bolognesi,quando jogamos melhor e não conseguimos a vitória, contra o Nacional, foi normal, realmente não fizemos uma grande partida e merecemos perder", finalizou.
Kleber Leite: 'Montenegro está inventando um novo tipo de choro'
Arquivo/JS
Kléber Leite, dirigente do Flamengo, não gostou nem um pouco das declarações de Carlos Augusto Montenegro, colaborador de Futebol do Botafogo. Montenegro disse em entrevista recente que a diretoria do Flamengo teria reconhecido a violência de seus jogadores no clássico do último domingo. Kléber Leite fez questão de responder ao botafoguense e alegou não ter dito nada disso, apenas teria pedido mais calma aos jogadores.
"O carrinho do Obina foi uma atitude violenta sim, mas não houve agressão. Já no caso do Jônatas não houve nem o contato, se tivesse acontecido ele teria pelo menos um galinho na cabeça. Aqui não houve reconhecimento de agressão. O Montenegro está inventando um novo tipo de choro,o choro de quem vence, nunca existiu isso", disse Kléber à Rádio Globo
Instabilidade
Em um jogo, as brigas, polêmicas e vaidades precisarão ser esquecidas. Caso vença, poucos lembrarão da derrota com um time misto para o Botafogo no domingo, ou acima de tudo, da instabilidade emocional que se viu em Montevidéu, quando teve dois jogadores expulsos e foi goleado por 3 a 0. Neste ponto, entra uma outra necessidade: devolver aos uruguaios o resultado negativo.
Por todos estes motivos, o Flamengo deverá ser uma equipe muito mais do que guerreira esta noite. O saldo do Departamento de Futebol ainda não está no vermelho, em razão da conquista da Taça Guanabara, que provou que o time pode ser competitivo. No entanto, o mais importante neste momento é não perder a confiança do seu maior aliado, o torcedor, que junto com a equipe, torna o Flamengo praticamente imbatível no Maracanã.
Flamengo: Bruno, Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Ibson, Kleberson e Renato Augusto;\ Marcinho (Diego Tardelli) e Souza\ Técnico: Joel Santana\
Nacional: Viera, Acosta, Victorino, Barone e Romero; Cardacio, O. Morales, Arismendi e Bertolo; Richard Morales e Fornaroli\ Técnico: Gerardo Pelusso\
O DIA
Marcinho pode ganhar vaga de Diego Tardelli
Rio - No treino desta terça-feira na Gávea, o técnico Joel Santana usou cerca de 15 minutos para testar uma possível alternativa para a partida de quarta-feira, contra o Nacional, no Maracanã, válida pela Copa Libertadores.
Na equipe titular, o treinador testou o meia-atacante Marcinho na vaga de Diego Tardelli, tentando dar mais velocidade ao ataque. O teste funcionou. Apesar do 0 a 0 no rápido coletivo, os titulares pressionaram o tempo todo e chegaram a mandar duas bolas na trave, em chutes do próprio Marcinho e de Kleberson. Renato Augusto treinou entre os titulares o tempo todo e foi confirmado por Joel para o jogo contra os uruguaios.
"O Renato vai para o jogo. A única dúvida é entre o Marcinho e o Diego Tardelli", revelou o treinador.
Depois do rápido coletivo, os jogadores voltaram a disputar um rachão. Obina e Juan foram os goleiros de suas equipes.
O Flamengo está na terceira posição do Grupo 4 da Libertadores, com quatro pontos ganhos em três partidas. O adversário lidera o grupo, com seis pontos (mesmo pontuação do Cienciano), mas leva vantagem no saldo de gols.
Fla terá gandula alvinegro na partida contra o Nacional
Raphael Roque
Rio - No Uruguai, o Flamengo sofreu com o gandula Nicolas Domínguez, que provocou a expulsão de Toró. Hoje, quando enfrentar o Nacional no Maracanã, às 21h45, o Rubro-Negro, desesperado pela vitória, terá apoio do lado de fora do campo para acelerar as reposições de bola. Mas podem apostar que não será total. Um dos gandulas, José Carlos Góes Jr, é... alvinegro!!!
Ele estava trabalhando no clássico do último domingo, quando foi proibido pelos rubro-negros de recolocar rapidamente a bola na marca de escanteio. O objetivo era evitar surpresas na cobrança rápida de Lúcio Flávio, uma arma mortal do Botafogo. Agora, José Carlos estranha que o Flamengo esteja com tanta pressa.
“No domingo, eles pediram para colocar a bola bem devagar. Então, não há motivo para ter pressa amanhã (hoje)”, disse maliciosamente o garoto, de apenas 15 anos.
Se não chega a atrasar o jogo, uma tática para não acelerá-lo é deixar a bola no chão, na lateral de campo, em vez de entregá-la na mão dos jogadores. José Carlos promete fazer seu trabalho, mas de forma tranqüila, sem desespero. Ele costuma pedir camisa aos ídolos, mas dessa vez declina. A não ser que seja uma uruguaia, claro.
“Quando o time está perdendo eles reclamam muito, ficam nervosos. Mas eu não me abalo”, disse o menino, que trabalhará pela quinta vez como gandula.
Com quase 30 mil ingressos vendidos até ontem, a expectativa é de grande público no Maracanã. A vitória é essencial ao Flamengo, que está em terceiro no Grupo 4, com quatro pontos. Nacional e Cienciano dividem a ponta, com seis.
Correr mais
O rubro-negro William Henrique Gomes, de 17 anos, está empolgado com a possibilidade de ajudar seu time. “Vou ter que correr mais, né? A bola não pode parar fora do campo”, disse o rapaz, que apesar da paixão não absolve o algoz de seu companheiro de função.
“O Toró não podia ter feito aquilo no Uruguai. Fiquei chateado. Se fosse comigo, ele ia ver só”, desafiou.
Apesar da preferência da Suderj por gandulas que sejam torcedores dos times envolvidos nos jogos, eles são proibidos de vibrar com os gols. Também não podem entrar em campo ao fim das partidas para comemorar vitórias ou títulos. A pena para quem descumprir a determinação é a exclusão do quadro. Hoje, um dos dois precisará se esforçar para conter a felicidade. Ao torcedor ou ao secador, um largo sorriso será o máximo permitido.
Chororô de alegria
Bruno se emociona ao ganhar bandeira da torcida e faz juras de amor eterno
Rodrigo Lima
Rio - A muralha rubro-negra derreteu-se como uma manteiga ontem. O goleiro Bruno caiu no chororô, mas foi de alegria. O jogador recebeu uma homenagem da torcida Urubu Guerreiro, que mandou confeccionar uma bandeira com o rosto do camisa 1 rubro-negro. “Agora ele está no mesmo patamar dos grandes ídolos, como Zico, Nunes, Dida, entre outros”, afirmou José Carlos Peruano, líder da torcida.
Bruno ficou emocionado e chorou como uma criança ao lembrar a infância difícil e o sonho de se tornar ídolo de uma nação. “Cheguei aqui há dois anos e nunca imaginei que isso aconteceria”, disse o goleiro, fazendo juras de amor ao Flamengo. “Por essas coisas é que digo sempre que quero jogar mais dez anos aqui”.
Mas a emoção deu lugar a seriedade. Bruno sabe que toda essa paixão pode se transformar em frustração caso o time não consiga uma vitória sobre o Nacional hoje, Por isso, o goleiro que é um exemplo de sobriedade em campo, exigiu calma aos seus companheiros. “Temos de fazer o que a gente sabe. Temos time para superar mais esse adversário, apesar de ser como uma final.
Porém, nas últimas decisões o time se comportou muito bem. É só repetir a fórmula”, disse o jogador, que vai recomendar ao elenco um doping de leveza. “Vamos tomar suco de maracujá no almoço”, brincou.
O técnico Joel Santana tem noção do caráter decisivo da partida de hoje. Tanto que o treinador quebrou a rotina de treinos e, a pedido da equipe, que perdera de 3 a 0 para os juniores na segunda-feira, fez um coletivo ontem, de apenas 16 minutos, um dia antes da partida.
Joel testou uma formação bem ofensiva, com Marcinho no meio de campo. Mesmo fazendo mistério, o técnico deu a entender que vai adiantar Renato Augusto ao lado de Souza no ataque, barrando Diego Tardelli.
O apoiador Léo Medeiros vai deixar à Gávea. A pedido de Ney Franco, o Atlético-PR vai contratar o jogador por empréstimo até o fim do ano.
Joel avisa que Flamengo vai jogar para a torcida
Rio - A expressão jogar para a torcida nunca fez tanto sentido. Para o técnico rubro-negro Joel Santana, o caminho da vitória do Flamengo será guiado pela característica rubro-negra que mais agrada à Nação: a raça. O treinador, mostrando a cumplicidade entre a equipe e o seu décimo segundo jogador, afirmou que "a torcida entende a proposta da equipe e a equipe, a deles".
"Queremos a torcida que vem nos ajudando há seis meses. O torcedor entende a nossa proposta e a gente, a deles. O que queremos? Uma torcida aguerrida, confiante, que vai para o Maraca sabendo que vamos dar para ela o que ela quer: raça, vontade, determinação, aplicação, senão não tem graça. A nossa proposta de jogo é essa: dar isso para torcida, é isso que esperamos dos jogadores" explicou Joel em entrevista à Rádio Globo.
Ao ser perguntado quais seriam as influências dos recentes insucessos contra o próprio Nacional, para quem o Flamengo perdeu de 3 a 0 no jogo de ida no Uruguai e contra o Botafogo, por que foi derrotado por 3 a 2, no último domingo, o treinador rubro-negro minimizou os resultados:
"Acho que estamos construindo muito mais vitórias que derrotas, ganhamos a Taça Guanabra, por exemplo. O problema é que aqui, no momento, as vitórias são normais e as derrotas, pesadelos", disse o técnico, que, após a derrota para o Botafogo, irritou-se com as reclamações dos botafoguenses de agressões por parte dos rubronegros, afirmando que "nós sempre somos os diabinhos e eles (alvinegros), os anjinhos".
Para o homem da prancheta, o que realmente fez a diferença negativa na temporada rubro-negra, foi o empate com o fraco Coronel Bolognesi, no Peru, pela 1ª rodada da Copa Libertadores.
"O que fez a diferença foi o jogo contra o Bolognesi, que poderíamos ter vencido e aí já estaríamos praticamente classificados. Das três competições que vamos disputar esse ano, a Libertadores é a principal. Não queremos sair agora, queremos continuar mais um pouco nesse caminho", declarou, em tom preocupado.
Terapia em grupo antes da partida
Time vai assistir a vídeo para aprender a controlar os nervos e não cair na catimba uruguaia
Marluci Martins
Rio - Não será num divã — aquele sofá sem encosto dos analistas —, mas em cadeiras comuns. Tampouco será num consultório, e, sim, na concentração. Lá, numa conversa de 15 minutos com o psicólogo Paulo Ribeiro, os jogadores do Flamengo passarão por uma espécie de terapia em grupo.
Um vídeo de 7 minutos, sob o título ‘Escolha’, vai ilustrar a palestra que antecederá a preleção do técnico Joel Santana. Dessa forma, Paulo Ribeiro, psicólogo do clube há 19 anos, espera colocar a cabeça dos jogadores em forma para o jogo contra o Nacional.
“O jogador do Flamengo terá sempre os nervos à flor da pele, mas estou certo de que o comportamento do time já será positivo, apesar de eu ter detectado uma ansiedade muito forte”, disse, preocupado com o péssimo comportamento do time nos últimos jogos, e, principalmente, na derrota (3 a 2) para o Botafogo.
A caça aos fantasmas que assombram a cabeça dos rubro-negros começou na noite de segunda-feira. Após o jantar, os jogadores tiveram uma reunião de 40 minutos com o psicólogo, o técnico Joel Santana e o vice de futebol Kléber Leite.
“A gente não encontrou uma explicação para o que está acontecendo. O comportamento fora de campo não retrata o que acontece no jogo. Não vou dizer que todos têm afinidade, mas o clima é de amizade”, afirmou o psicólogo. “Por mais que não tenhamos desvendado o que está acontecendo, cada um ficou com o compromisso de fazer uma reflexão”.
Souza em tratamento
O trabalho desenvolvido pelo psicólogo tem sido direcionado ao grupo, mas um jogador em especial vem recebendo tratamento individualizado: o atacante Souza.
“Orientei-o a respirar e contar até cinco antes de ter uma reação explosiva. Ele me chama de ‘meu psicólogo’ e já está admitindo que tem conseguido se controlar, mas espera receber elogios por isso, o que não vem acontecendo”, destacou.
Kléber Leite: 'Montenegro está inaugurando o chororô na vitória'
Colaborador alvinegro rebate a ironia do vice-presidente do Flamengo
Rio - O vice-presidente do Flamengo, Kléber Leite, se mostrou irritado com as declarações do colaborador do futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, que cobrou punição aos rubro-negros que teriam agredido os jogadores alvinegros e argumentou dizendo que a própria diretoria do Fla reconhecia as agressões.
"A atitude do Obina foi errada, foi uma entrada violenta sem necessidade. No caso do Jônatas, se fosse agressão o adversário teria ao menos um galinho na cabeça. O que não foi constadado. Que nós reconhecemos é que houve um destempero. Só isso. O Montenegro está inaugurando uma nova etapa do chororô. O chororô na vitória", desabafou.
O colaborador de futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, respondeu as declarações de Kléber, que o ironizou ao dizer que o alvinegro estava inaugurando o chororô na vitória.
O alvinegro admitiu que vai sempre chorar pelo Botafogo, seja nas derrotas ou nas vitórias. E que sempre vai reclamar quando sentir que foi prejudicado ou que houve alguma agressão, independentemente do resultado da partida.
Por último, Montenegro disse que concorda com Toró, jogador do Fla, quando este diz que futebol é para macho, mas alfinetou o meia rubro-negro ao declarar que quem chuta a cabeça de um adversário é covarde.
GAZETA ESPORTIVA
Flamengo decide sobrevida contra Nacional\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - Lutando contra problemas de disciplina de seu time, que tem perdido muitos jogadores expulsos nesta temporada, o Flamengo se prepara para uma verdadeira decisão nesta quarta-feira. Na terceira colocação de seu grupo na Copa Libertadores, o Rubro-Negro encara o Nacional-URU, às 21h50 (de Brasília), no Maracanã.\ O Flamengo precisa desesperadamente da vitória para continuar com boas chances de classificação, uma vez que soma quatro pontos e está dois atrás de Nacional e Cienciano-PER. Nos dias que antecederam o jogo desta quarta, o técnico Joel Santana e a diretoria do Flamengo tentaram conversar com o grupo, ressaltando a necessidade da manutenção do equilíbrio, caso queira alcançar os seus objetivos na temporada.\
“Não sei se é a vida de hoje, o estresse, mas o jogador perde um jogo e parece que acabou o mundo. Esporte não é isso. Claro que todos nós buscamos sempre a vitória, mas não podemos perder a cabeça em situações adversas”, afirmou o treinador.
Apesar da aparente tranqüilidade de Joel Santana, o elenco rubro-negro sabe que o ambiente na Gávea poderá mudar em caso de um tropeço contra os uruguaios. A Libertadores é considerada a grande prioridade no clube para 2008. “Está todo mundo muito ansioso para chegar logo a hora deste jogo contra o Nacional. Queremos provar que aquilo que aconteceu no Uruguai (derrota de 3 a 0) foi uma fatalidade”, disse o meia Ibson.
Para tentar acalmar o elenco, o psicólogo Paulo Ribeiro conversou com o elenco do Flamengo, na noite de segunda-feira, na concentração do clube. “Foi uma reunião muito importante. Tentamos buscar possíveis causas para o que está acontecendo. E para nossa surpresa não encontramos, porque o quadro que aparece não é o retrato do elenco do Flamengo, onde a amizade é muito grande. O que tem acontecido não condiz com a realidade do Flamengo. Mas precisamos mudar um pouco o tom para que essas situações não voltem a ocorrer”, disse Paulo.
Como foram expulsos no confronto contra o Nacional em Montevidéu, o lateral-direito Leonardo Moura e o meia Toró ficam de fora, cumprindo suspensão. Desta maneira, Joel Santana deve escalar Luizinho na ala e Renato Augusto como principal homem de organização do meio-campo rubro-negro.
No lado do Nacional, o time garante que não teme enfrentar um Maracanã lotado nesta quarta-feira. Principal referência do time uruguaio, o atacante Richard Morales diz que a equipe celeste está preparada para voltar do Rio de Janeiro com um bom resultado. “O Nacional é um time experiente, acostumado a jogar fora de casa, e que sabe lidar com a pressão e controlar um jogo”, afirmou Morales.
No Flamengo, Joel testa Marcinho entre os titulares\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - O mau rendimento dos titulares no coletivo de segunda-feira fez com que Joel Santana realizasse uma experiência no Flamengo, no rápido treinamento que comandou na tarde desta terça, na Gávea. O meia-atacante Marcinho treinou na vaga de Diego Tardelli, mas o treinador não confirmou se a mudança se repetirá no jogo desta quarta, contra o Nacional-URU, pela Copa Libertadores.\ Certo é que o lateral-direito Luizinho e o meia Renato Augusto substituirão os suspensos Leonardo Moura e Toró. Assim como na véspera, os dois voltaram a ser escalados entre os titulares nesta terça.\
Com quatro pontos em seu grupo, o Flamengo precisa vencer para não complicar ainda mais as suas chances de classificação.
Presidente do Cienciano diz que Flamengo teme Cusco
Cusco (Peru) - Juvenal Silva, presidente do Cienciano, afirmou nesta terça-feira que o Flamengo tem medo de jogar em Cusco, cidade localizada a 3300 metros de altitude e que receberá o duelo entre as duas equipes, no próximo dia 9 de abril, pelo grupo 4 da Copa Libertadores da América.\ “É claro que eles têm medo”, disparou o mandatário, acrescentando que o presidente do Fla, Márcio Braga, está “equivocado” ao defender que seu time não jogará em Cusco por esta ser uma das cidades com altitude vetadas pela Fifa.\
“Argentinos e uruguaios já jogaram em Cusco e ninguém morreu. Pelo contrário, eles voltaram para seus países mais fortes e cheios de energia porque se deram ao luxo de conhecer Machu Picchu”, emendou Juvenal Silva.
Outro que também colocou polêmica na partida é o atacante Gustavo Vassalo, que garantiu que nenhum jogador teve qualquer problema em Cusco por conta da altitude. “Se eles se acham os melhores, que demonstrem no dia do jogo”, provocou o jogador.
PELÉNET
Titulares do Flamengo minimizam derrota para reservas em coletivo
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
A semana de preparação do Flamengo para a partida contra o Nacional-URU, quarta-feira, no Maracanã, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores da América, começou mal. Nesta segunda, na Gávea, os titulares foram derrotados pelos reservas (com alguns juniores) por 3 a 0. Apesar do fracasso, os jogadores tentaram minimizar o problema.
Volante Kléberson não vê problema na derrota da equipe titular para a reserva
"O coletivo é bem diferente de uma partida. Alguns jogadores não entram com tudo nas divididas, até para evitar que algum companheiros se machuque", salientou o volante Kléberson.
Fábio Luciano também endossou as palavras do cabeça-de-área. Porém, analisando de uma outra maneira, o zagueiro gostou da derrota no coletivo.
"Foi bom que aconteceu agora, pois podemos corrigir os nossos erros. Nosso objetivo é chegar na partida contra o Nacional pronto para vencer e sair do Maracanã com os três pontos", destacou.
Independentemente do resultado do coletivo, o Flamengo já está definido para o duelo. O meia Renato Augusto treinou entre os titulares e está confirmado. O lateral-direito Leonardo Moura e o apoiador Toró, suspensos, não jogam.
O goleiro Bruno, que participou do clássico contra o Botafogo (derrota rubro-negra por 3 a 2), neste domingo, no Maracanã, pela Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual, não participou do coletivo e ficou fazendo um trabalho à parte. Eles foi substituído por Marcelo Lomba.
Sendo assim, totalmente definido, o Flamengo encara os uruguaios desta forma: Bruno, Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson, Ibson e Renato Augusto; Diego Tardelli e Souza.
Com quatro pontos, o Flamengo está na terceira posição do Grupo 4. Nacional e Cienciano-PER estão na liderança com seis, mas os uruguaios levam vantagem no saldo de gols (3 a 1). O Coronel Bolognesi-PER é o lanterna, com apenas um.
Flamengo conta com a força da torcida para vencer o Nacional
Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\
Os jogadores e o técnico do Flamengo, Joel Santana, contarão com um importante aliado para seguir com chances de classificação às oitavas-de-final da Copa Libertadores da América: o torcedor. Foram vendidos até o fim da tarde desta terça-feira 29.899 ingressos para o importante duelo com o Nacional-URU, quarta-feira, às 21h50, no Maracanã. O jogo é válido pela quarta rodada do Grupo 4 da competição sul-americana.
Técnico Joel Santana confia na força do torcedor rubro-negro na partida desta quarta
"A diferença desta partida para aquele do Uruguai (derrota por 3 a 0), é que jogaremos em casa. Vamos atuar dentro de nossa pátria amada e contaremos com nossa torcida", afirmou Joel Santana, acrescentando.
"Seremos aguerridos. O Flamengo vai mostrar muita raça e aplicação do primeiro ao último minuto de partida. Vamos atuar do jeito que o torcedor gosta, podem ter certeza", acrescentou.
O goleiro Bruno endossou as palavras do comandante rubro-negro. Porém, o camisa 1 foi mais além e avisou que o Flamengo vai encarar o Nacional com o espírito da reta final do Campeonato Brasileiro de 2007.
"Sabemos que esse jogo é decisivo para o Flamengo. Precisamos entrar com a mesma disposição dos últimos jogos do ano passado. Precisamos mostrar quem manda no Maracanã", disse.
Na edição de 2007 do Brasileiro, o Flamengo deu um arrancada muito boa e terminou o certame na terceira posição. A boa colocação garantiu o Rubro-Negro na Libertadores deste ano.
Kleber Leite: "O Botafogo inaugurou o chororô da vitória"
Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\
No último domingo, o Botafogo venceu o Flamengo por 3 a 2, em jogo válido pela quarta rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual. Porém, o clássico ainda é assunto e o clima continua quente, principalmente nos bastidores.
Tudo começou na segunda-feira, quando o colaborador da diretoria alvinegra Carlos Augusto Montenegro disse que a diretoria do Flamengo reconheceu que seus jogadores abusaram da violência no clássico. Sendo assim, Jônatas, Toró e Obina deveriam ser punidos pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ).
Irritado com as declarações de Montenegro, o vice de futebol do Flamengo, Kleber Leite, nesta terça-feira, na Gávea, reuniu os jornalistas para uma "entrevista coletiva".
"Ele não respondeu com a verdade quando afirmou isso. A diretoria do Flamengo nunca reconheceu que seus jogadores foram agressivos. Falamos sim, que houve um destempero. O Botafogo inaugurou o chororô da vitória", ironizou.
Kleber Leite fez referência às reclamações dos jogadores do Botafogo e do técnico Cuca, após a derrota alvinegra para o próprio Flamengo na final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Estadual.
No clássico do último domingo, o volante Jônatas e o atacante Obina foram expulsos. Além disso, Toró foi flagrado pelas câmeras de tv dando um chute na cabeça do goleiro Castillo, do Botafogo, após o segundo gol do Flamengo.
Perguntado se tomará alguma medida administrativa em relação aos jogadores expulsos no clássico, Kleber Leite afirmou que o assunto é de ordem interna.
"Tivemos uma reunião proveitosa na concentração. Muita coisa foi falada. Os jogadores do Flamengo não vão repetir as atitudes destemperadas dos últimos jogos. Sobre qualquer tipo de punição, não irei comentar aqui, pois quero preservá-los", encerrou.
Em coletivo de 16 minutos, Joel muda o Flamengo para quarta-feira
Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\
Joel Santana comandou um coletivo, de apenas 16 minutos, na tarde desta terça-feira, na Gávea. Em relação ao trabalho realizado na segunda (titulares perderam por 3 a 0), o treinador rubro-negro sacou o atacante Diego Tardelli e testou o meia Marcinho.
Marcinho participa do coletivo entre os titulares e deve ser titular nesta quarta-feira
Com esta mudança, o apoiador Renato Augusto saiu da sua posição de origem e foi para o ataque, ao lado de Souza. No mais, o time não sofreu qualquer tipo de alteração. O lateral-direito Leonardo Moura e o meia Toró, expulsos no duelo em Montevidéu, são os únicos desfalques.
"Marcinho é rápido e bom na marcação. Estou com uma dúvida e posso também escalar o Diego Tardelli. Mas ainda tenho tempo pra decidir. Somos operários e todos os jogadores estão dando conta do recado", avisou Joel Santana.
Desta maneira, o Flamengo deve encarar o Nacional-URU, nesta quarta-feira, no Maracanã, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores da América com a seguinte formação: Bruno, Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson, Ibson e Marcinho; Renato Augusto e Souza.
Com quatro pontos, o Rubro-Negro está na terceira posição do grupo, atrás dos próprios uruguaios e do Cienciano-PER, que estão com seis. O Coronel Bolognesi é o lanterna, com apenas um.
Para psicólogo do Flamengo, time precisa ter atitude e equilíbrio
Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\
O descontrole do Flamengo nas partidas é o principal assunto do momento na Gávea. Na partida contra o Nacional-URU, em Montevidéu, pela Libertadores, o meia Toró e o lateral-direito Leonardo Moura foram expulsos. No último domingo, diante do Botafogo, pelo Estadual, o volante Jônatas e o atacante Obina levaram cartão vermelho.
Nesta quarta-feira, o Flamengo precisa vencer o Nacional, no Maracanã, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores da América. Com quatro pontos, o Rubro-Negro está na terceira posição, atrás dos próprios uruguaios e do Cienciano-PER, que estão com seis. O Coronel Bolognesi é o lanterna, com apenas um.
Toró foi expulso no jogo em Montevidéu e desfalca o Flamengo nesta quarta-feira
"O retrato do Flamengo em campo não é que vemos aqui na Gávea diariamente. Precisamos assumir um compromisso sobre o nosso comportamento. É importante ter atitude e equilíbrio", salientou o psicólogo Paulo Ribeiro, que acrescentou.
"Tudo no Flamengo ganha uma dimensão maior, inclusive ansiedade. É um fator que pode estar atrapalhando o time. Precisamos enfrentar este problema de forma harmônica", emendou.
Apesar das dificuldades, o psicólogo rubro-negro acredita na recuperação do time. Paulo Ribeiro deu como exemplo o Campeonato Brasileiro de 2007.
"Passamos por enormes problemas no ano passado, quando saímos de uma situação complicada no Brasileiro e conseguimos uma vaga na Copa Libertadores da América. Não vai ser agora que teremos obstáculos", destacou.
Sobre punir os jogadores expulsos, como já determinou o vice de futebol do Flamengo, Kleber Leite, Paulo Ribeiro preferiu não entrar no mérito da questão, apesar de concordar com o dirigente.
"Algumas regras precisam ser cumpridas no clube, como em toda a nossa sociedade. Porém, não sou a pessoa mais indicada para falar sobre o assunto. De qualquer maneira, não descarto a possibilidade de algum jogador ser multado", encerrou.
Presidente do Cienciano diz que Fla tem medo de jogar em Cuzco
Em Lima (Peru)
O presidente do clube Cienciano, Juvenal Silva, disse nesta terça-feira que o Flamengo "tem medo de jogar em Cuzco", local da partida de 9 de abril entre as duas equipes pelo Grupo 4 da Taça Libertadores da América.
"É claro que eles têm medo", disparou Silva em declarações à imprensa esportiva peruana, qualificando de "equivocada" a posição do presidente do Flamengo, Márcio Braga, que disse que sua equipe não jogará na altitude de Cuzco porque a cidade peruana, a 3.300 metros de altura, faz parte das cidades vetadas pela Fifa.
"Esse senhor está totalmente equivocado. A Fifa não proíbe a realização de jogos em altitude", sustentou o dirigente peruano.
"Argentinos e uruguaios já jogaram em Cuzco e ninguém morreu. Pelo contrário, eles voltaram para seus países mais fortes e cheios de energia porque se deram ao luxo de conhecer Machu Picchu", acrescentou.
O atacante do Cienciano Gustavo Vassallo afirmou, por sua vez, que nenhum jogador nunca teve qualquer problema em Cuzco, e lembrou que muitas equipes obtiveram bons resultados na cidade peruana.
"Se eles se acham os melhores, que o demonstrem no dia do jogo", disparou o jogador.
O Cienciano tem seis pontos e domina o Grupo 4 junto com o Nacional, do Uruguai. O Flamengo aparece na terceira posição com quatro pontos. O também peruano Coronel Bolognesi ocupa a lanterna da chave, com apenas um ponto.
GLOBOESPORTE
Por sobrevivência, Fla encara o Nacional
Clube rubro-negro precisa da vitória para livrar-se de situação incômoda na Libertadores
Eduardo Peixoto
Joel Santana conversa com os jogadores no treino do Flamengo
Um Flamengo descontrolado e impaciente ou vibrante e fatal? As multifacetas da equipe nesta temporada intrigam a torcida. De campeão da Taça Guanabara com gols nos minutos finais a time desequilibrado emocionalmente foi questão de poucos dias. Nesta quarta-feira, contra o Nacional não há espaço para erros. A partir de 21h45m, no Maracanã, o clube rubro-negro coloca à prova sua sobrevivência na Taça Libertadores e todo o planejamento da temporada.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha o duelo em Tempo Real a partir de 20h30m. A TV Globo também transmite ao vivo.
Em três rodadas, o time conquistou quatro pontos e ocupa a terceira posição no Grupo 4, atrás de Cienciano e Nacional, que tem seis. Pior do que isso é constatar que, por enquanto, a equipe ainda não entrou no clima da Libertadores. Os jogadores sabem que estão devendo. Mas prometem outro enredo nesta quarta.
- Jogando no Maracanã é diferente. Temos a nossa torcida. Precisamos aproveitar essa situação, onde vai decidir se classifica ou não. Vamos entrar como se fosse o último jogo da nossa vida. Com vontade, raça e apoio da torcida vamos chegar onde a gente quer - diz o goleiro Bruno.
Os dias que antecederam ao duelo contra o Nacional não foram dos mais tranqüilos na Gávea. A derrota por 3 a 2 para o Botafogo - vale lembrar que o Fla atuou com um time misto - até foi encarada com naturalidade. Mas a reincidência de expulsões fez com que a diretoria avisasse aos atletas que novos casos de indisciplina não serão tolerados.
- O Flamengo dá uma topadinha e vira um tormento. Mas temos de ganhar esse jogo - diz o técnico Joel Santana, que descarta uma tática suicida:
- Se partirmos com tudo para cima nos 20 primeiros minutos, tudo bem. Mas e o que fazemos com os outros 70? O importante é que temos de vencer independentemente de placar.
Nacional não teme a pressão no Maraca
Em Montevidéu, o Nacional ganhou facilmente por 3 a 0 e chega ao Rio em busca de um empate. Autor de dois gols no primeiro jogo, o gigante Richard Morales, de 1,96m, avisou que a equipe não sentirá a pressão do Maracanã cheio - a expectativa é de cerca de 55 mil pessoas.
- O Nacional é um time experiente, acostumado a jogar fora de casa, e que sabe lidar com a pressão e controlar um jogo. O Flamengo tem um bom time, mas me pareceu nervoso - diz "El Chengue".
Com os desfalques de Leo Moura e Toró, suspensos, o treinador Joel Santana os substituiu por Luizinho e Renato Augusto. A única dúvida está na frente: Marcinho ou Diego Tardelli. O fato é que técnico pretende que o Flamengo retome a forma de jogar que o levou à Libertadores.
- Temos de voltar às origens, com o Cristian no lugar do Jaílton e o Kleberson na vaga do próprio Cristian. Por isso, coloquei o Renato Augusto mais à frente e o Marcinho fazendo a função que seria do Toró - declara Joel.
O Nacional fez um treino de reconhecimento no Maracanã na noite desta terça-feira. O técnico Gerardo Pelusso deve manter a base da equipe que perdeu para o Miramar no último fim de semana, pelo Campeonato Uruguaio.
Um dos destaques do time, o meio-campo Ligüera ainda se recupera de dores na coxa e ficará no banco de reservas. Richard Morales está confirmado.
- Lógico que a vitória é o melhor resultado. Mas um empate também nos deixa em boa situação - diz Pelusso.
Joel apronta o Fla em 16 minutos
Jogadores pedem e técnico encurta atividade. Ele testa Marcinho na vaga de Tardelli
Eduardo Peixoto
Na véspera da partida contra o Nacional, o Flamengo realizou um rápido coletivo de 16 minutos. Mas para quem estranhou a pouca duração da atividade, o técnico Joel Santana explicou.
A idéia inicial era realizar meia hora de coletivo, mas os jogadores fizeram um apelo:
- Eles têm aquele hábito do rachão e me pediram para reduzir o coletivo. Como o rendimento foi bom, aceitei - diz o treinador.
Em relação ao time que perdeu para os reservas na segunda-feira, Joel fez uma alteração: trocou Diego Tardelli por Marcinho. Renato Augusto permaneceu entre os titulares.
- O Renato está confirmado. A única dúvida é entre o Tardelli e o Marcinho mesmo - diz.
O treinador escalou os suplentes na retranca, com duas linhas de quatro, para simular a provável postura do time uruguaio.
Ao contrário do dia anterior, quando perdeu por 3 a 0, o time principal dominou as ações desde o princípio e sufocou os reservas nos 16 minutos de atividade. Marcinho e Kleberson deram dois chutes na trave de Diego, mas os gols não saíram. O Flamengo treinou com: Bruno; Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kleberson, Ibson e Renato Augusto; Marcinho e Souza.
Depois do rápido teste, Juan e Obina colocaram as luvas e foram os goleiros de seus times no tradicional - e aclamado - recreativo rubro-negro.
A partida decisiva contra o Nacional acontece às 21h45m (horário de Brasília) desta quarta-feira, no Maracanã. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real e a TV Globo também transmite.
Leo Medeiros interessa ao Atlético-PR
Volante do Flamengo recebe proposta e pode deixar a Gávea até esta quinta-feira
Eduardo Peixoto
Léo Medeiros no treino do Flamengo
O Atlético-PR procurou o Flamengo nesta semana para contratar o volante Leo Medeiros por empréstimo até o fim do ano. O jogador é um pedido especial do técnico Ney Franco, com quem trabalhou tanto na Gávea quanto no Ipatinga.
De acordo com informações ligadas ao clube paranaense, o desfecho da negociação pode acontecer até a próxima quinta-feira. No momento, Leo é pouco utilizado por Joel Santana no Fla, o que facilitaria a transferência.
Leo Medeiros está na Gávea desde 2006 e tem contrato até o fim de 2010. Ele é considerado o melhor cobrador de faltas do elenco rubro-negro.
Kléber: 'Bota inaugura chororô da vitória'
Dirigente do Flamengo ironiza declarações de Carlos Augusto Montenegro, do Alvinegro
Eduardo Peixoto
O Flamengo deu uma breve pausa no assunto Nacional para voltar a ironizar o Botafogo. O vice-presidente de futebol do clube, Kléber Leite, procurou a imprensa na tarde desta terça-feira para devolver as declarações do dirigente botafoguense Carlos Augusto Montenegro. Ao GLOBOESPORTE.COM, Montenegro pediu punição aos jogadores rubro-negros que teriam agredido os botafoguenses e usou como argumento uma suposta confissão da diretoria do Fla.
- Meu amigo Carlos Augusto Montenegro inaugurou o chororô da vitória - declara Kléber Leite.
Após o clássico do último domingo, o vice de futebol rubro-negro pediu desculpas pelo desequilíbrio de alguns jogadores e avisou que os incidentes não se repetiriam.
- A diretoria não concordou que houve violência. Reconhecemos o destempero, o que é bem diferente. O Obina entrou feio e foi expulso. Já o Jônatas, se tivesse agredido alguém, o jogador do Botafogo teria de estar pelo menos com um galinho na cabeça.
A guerra verbal entre Flamengo e Botafogo começou após a final da Taça Guanabara, quando todo o elenco, a comissão técnica e os dirigentes do Alvinegro protagonizaram a cena do choro coletivo na sala de entrevistas. Segundo eles, o título do Fla só ocorreu por causa da arbitragem.
Zico: 'Fla não cai na mesma armadilha'
Ídolo rubro-negro aconselha a equipe a não aceitar as provocações dos uruguaios
Rodrigo Breves
Zico dá dicas para o Rubro-Negro não dar mole diante do Nacional
Mesmo concentrado nas quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, Zico está ligado no Flamengo e torcendo pela vitória diante do Nacional, nesta quarta, pela Libertadores. O maior ídolo rubro-negro assistiu aos lances de descontrole no jogo de Montevidéu e considerou que a expulsão de Toró, por empurrar o gandula Nicolas Dominguez, foi determinante para a derrota, mas acredita que o time está vacinado para a partida no Maracanã.
- O Flamengo deve se concentrar em somente jogar futebol. Acho que, depois do que eles passaram no Uruguai, não vão cair na mesma armadilha. Mas é preciso muito cuidado, pois os adversários estão de olho - diz o técnico do Fenerbahçe ao GLOBOESPORTE.COM.
O clima de revanche pela derrota por 3 a 0 para os uruguaios também não vai ajudar a conseguir um resultado diferente em casa de acordo com o Galinho. Ele também não condena a parte psicológica pelo destempero e acha que foi uma situação de jogo.
- Talvez a inexperiência do Toró possa ter afetado todo o time, pois é raro acontecer um caso assim no futebol. No CFZ, já vi um jogador nosso ser expulso porque xingou o treinador adversário e aí houve um descontrole geral - lembra.
Zico recomenda que a equipe tenha calma nesta quarta-feira para construir uma história diferente na segunda partida frente ao Nacional.
- Quem ainda não passou por competições como a Libertadores sente mesmo, por mais que a direção previna. É preciso estar sempre lembrando que não se pode aceitar provocações, dentro e fora do campo - aconselha.
Fla tenta justificar descontrole emocional
Capitão Fábio Luciano já considera uma vitória terminar partida com 11 em campo
Discussões entre si, confusões com adversários e até gandulas. O Flamengo versão 2008 varia o tipo de problema, mas jogo a jogo mostra descontrole emocional. Enquanto há o questionamento do porquê de tanto destempero, a diretoria busca soluções. Vai punir os próximos indisciplinados.
Mas até tomarem tal atitude, os dirigentes passaram a mão na cabeça dos esquentadinhos. Ibson e Souza brigaram entre si. O último também já se envolveu em brigas com jogadores do Botafogo.
No divã rubro-negro, a personalidade de Toró nos últimos jogos surpreendeu. Nas divisões de base do Fluminense, o jogador teve duas acusações pesadas por agressão. Agora, depois de um início "tranqüilo", envolveu-se em duas polêmicas num curto espaço de 15 dias.
Primeiro, empurrou um gandula de 13 anos na partida contra o Nacional. No último domingo, deu um leve chute na cabeça do alvinegro Castillo, que estava caído (assista ao vídeo acima). Para piorar, completou o problema com uma declaração polêmica para se justificar.
- Futebol é para macho. Não chutei a cabeça do Castillo. Se não quiser contato, tem que jogar tênis - declara, tentando desmentir as imagens.
Cristian concorda que a fama de "brigão" do Flamengo incomoda. Mas quando o assunto são as discussões entre os próprios atletas, ele tem uma opinião igual à de Toró.
- Nosso time não é de mulher. Tem sempre de haver discussão para melhorar. Jogador de futebol não pede por favor dentro de campo - avisa Cristian.
Na partida desta quarta-feira contra o Nacional, o Flamengo tem uma oportunidade de começar a reverter a estatística de 56 cartões no ano - 50 amarelos e 6 vermelhos. Jônatas, por exemplo, já recebeu cinco advertências, além de uma expulsão. Isso mesmo iniciando a maioria das partidas no banco.
- Vou me policiar - garante.
Meta: terminar a partida com 11 jogadores
A situação é tão preocupante que até o capitão do Flamengo, Fábio Luciano, considera uma vitória terminar o jogo da próxima quarta-feira, contra o Nacional, sem nenhum jogador a menos.
- É uma boa oportunidade de terminarmos a partida com 11 atletas em campo e mostrar para a nossa torcida que temos controle. Lógico que algumas expulsões são normais, do jogo. Mas outras não podem mais acontecer - diz o jogador, que em Montevidéu deixou o pé na cara de Fornaroli e escapou do vermelho porque o árbitro não viu o lance.
Assim como fez nas últimas preleções, o técnico Joel Santana avisou durante o bate-papo contra os flamenguistas que o time uruguaio virá para atiçá-los no jogo desta quarta. E espera um comportamento melhor dos atletas.
O treinador citou especialmente o caso de Obina. O atacante foi punido em 2007 por dar um soco em Índio, do Internacional. Pacato fora de campo, o baiano, de acordo com Joel, está com síndrome de fortão e não tem agüentado as provocações. Depois da expulsão por um carrinho violento e de ser flagrado pelas câmeras dando um soco em Castillo, o atacante apareceu na Gávea visivelmente constrangido.
O psicólogo do Flamengo, Paulo Ribeiro, não esteve no clube na segunda-feira. Mas avisou na semana passada que esse excesso de preocupação com a catimba rival também pode atrapalhar.
- Às vezes o time entra tão na defensiva em relação à catimba que acaba se prejudicando. Lá em Montevidéu foi assim. O Nacional fez um jogo normal e no primeiro lance que houve algo diferente, com o gandula, o Toró explodiu - opina
LANCE
Torcida faz bandeira em homenagem a Bruno
Goleiro fica emocionado com o reconhecimento dos fãs
Rodrigo Benchimol RIO DE JANEIRO
A torcida do Flamengo tem bandeiras em homenagem aos grandes ídolos da geração da década de 80. Mas a partir do jogo desta quarta-feira, o goleiro Bruno também terá seu rosto estampado na arquibancada. Nesta terça-feira, ele chegou às lagrimas ao ver a sua.
- Estou sem palavras. Nunca imaginei isso. Chego a me emocionar. Se já estou arrepiado agora, imagine no jogo. Só a torcida do Flamengo mesmo. É por isso que eu quero ficar aqui mais uns 10 anos - disse Bruno, que ficou lisonjeado ao saber que somente craques como Zico, Júnior, Leandro, etc. foram homenageados desta forma.
'Chego a me emocionar. Se já estou arrepiado agora, imagine no jogo'
Por isso, o goleiro quer entrar para a história do Flamengo, mas sabe que ainda precisa fazer mais para ser comparado a esta geração.
- São jogadores que fizeram história e conquistaram títulos. Vou em busca disto também. As coisas aconteceram rapidamente e em dois anos aqui já consegui me identificar com a torcida - afirmou.
'Agora me segure, pois depois disso vou me empenhar ainda mais'
Na nova bandeira, presente da facção Urubu Guerreiro, o nome de Bruno aparece acompanhado de um adjetivo especial: muralha. Algo que Bruno vê, ao mesmo tempo, com certa restrição e orgulho.
- A torcida me vê assim, mas ali existe um ser humano, que quer sempre superar os seus erros. Mas agora me segure, pois depois disso vou me empenhar ainda mais - disse o goleiro, para brincar:
- O desenho ficou até mais bonito na bandeira do que pessoalmente.
Técnico do Nacional questiona força da torcida rubro-negra
Gerardo Pelasso diz que seu time não vai sofrer pressão da arquibancada
Daniel Leal RIO DE JANEIRO
Após o reconhecimento do gramado do Maracanã, na noite de terça-feira, o técnico Gerardo Pelasso demonstrou que o Nacional (URU) não vai se intimidar pela torcida do Flamengo, adversário de quarta, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores.
Segundo ele, a pressão dos torcedores não vai sair da arquibancada.
– Não vai ter pressão porque a torcida não joga. Sabe quem vai jogar aqui? Nossa equipe. Porque nós é que ganhamos por 3 a 0 lá no Uruguai – indagou.
Tranqüilo, Pelasso garante que o nervosismo não atingir sua equipe. O técnico espera que o descontrole emocional fique com o Flamengo, assim como em Montevidéu.
– Seria fantástico uma partida como a que foi no Uruguai. Nosso time é muito tranqüilo e entra em campo apenas para jogar – afirmou, provocando os rubro-negros, que precisam da vitória.
Fla joga todas suas fichas contra o Nacional, no Maraca
Qualquer resultado que não a vitória complica clube na Libertadores
Mengão ou Nacional: quem leva? (Crédito: Adriano Dyonisio)
LANCEPRESS!
Terceiro colocado no Grupo 4 da Libertadores, o Flamengo enfrenta o Nacional nesta quarta-feira com a obrigação da vitória. O jogo, que será realizado às 21h50min (de Brasília), no Maracanã, é promessa de um confronto ataque x defesa. Joel Santana vem realizando testes no setor ofensivo. Os uruguaios, por sua vez, viajaram com apenas três atacantes, sendo dois titulares (Richard Morales e Fornaroli).
O time de Joel Santana tem quatro pontos, dois a menos que Nacional e Cienciano, que dividem a liderança da chave.
Além da preocupação em atacar o adversário a todo instante, a palavra de ordem na Gávea é a tranqüilidade. No jogo de Montevidéu, vencido por 3 a 0 pelo Nacional, Leonardo Moura e Toró foram expulsos. Atos de indisciplina voltaram a ser cometidos pelo próprio Toró, e por Jônatas, ambos contra o Botafogo, no domingo.
O Flamengo está praticamente definido, deixando apenas como dúvida a escalação de Diego Tardelli, que pode dar vaga a Marcinho.
Pelo Nacional, Richard Morales, o grandalhão de 1,96m, chegou ao Rio de Janeiro mostrando tranqüilidade e confiança em um bom resultado. Morales, no entanto, reforçou os indícios de que deve-se ver um Nacional muito defensivo no jogo desta quarta-feira.
- O Nacional não pode ficar atrás, mas também tem que saber segurar o Flamengo - explicou.
Nacional é freguês do Flamengo no Rio
Clube uruguaio venceu uma vez em cinco confrontos no Maracanã\ LANCEPRESS!\
Baseada no retrospecto do Flamengo em jogos contra o Nacional no Maracanã, a torcida rubro-negra pode se encher de esperança para o jogo desta quarta-feira. Dos cinco jogos entre os clubes no Maior Estádio do Mundo, o Rubro-Negro venceu quatro vezes.
O primeiro confronto entre os clubes no Maracanã aconteceu em 9 de junho de 1955, quando, em um amistoso, o Flamengo venceu por 3 a 2. No mesmo ano, nova vitória rubro-negra pelo mesmo placar.
Flamengo e Nacional voltaram a se enfrentar no Maracanã somente em 1988, ano da única vitória uruguaia no Rio de Janeiro (2 a 0, pela Supercopa daquele ano).
Em 1991, no único confronto entre os clubes no Maracanã pela Libertadores, goleada rubro-negra: 4 a 0, com gols de Gaúcho (dois), Marcelinho Carioca e Alcindo.
Em 1995, ano do último embate entre os clubes no Maior do Mundo, vitória por 1 a 0 do Flamengo.
Psicólogo tenta acalmar os ânimos na Gávea
Paulo Ribeiro busca controlar o nervosismo demonstrado pelos jogadores
LANCEPRESS! As recentes demonstrações de nervosismo dos jogadores fizeram com que o psicólogo Paulo Ribeiro entrasse em cena. Para o jogo desta quarta-feira, ele vai preparar uma palestra especial. O assunto abordado será o caminho que cada jogador trilha.
– Nós escolhemos nossos caminhos. Se seremos legais, honestos ou bons. Vou fazer um vídeo que mostrará qual será o fim da escolha que for feita por cada um – disse.
Contrário ao comportamento que os jogadores vêm apresentando, Paulo Ribeiro afirmou que esse clima nervoso apresentado em campo não retrata o cotidiano dos jogadores na Gávea:
– Não estamos tranqüilos, mas temos a obrigação de vencer e de controlar a ansiedade.
Nélio faz visita à Gávea para matar saudade
Jogador foi campeão brasileiro em 1992 jogando pelo Flamengo
Nélio esteve presente ao treino do Flamengo nesta terça-feira (Crédito: Julio Cesar Guimarães)
LANCEPRESS!
O apoiador Nélio, que brilhou com a camisa do Flamengo nos anos 90, visitou a Gávea nesta terça-feira. Além de rever velhos amigos, Nélio relembrou seus tempos de jogador e disse que só esteve na sede do Rubro-Negro para matar a saudade do tempo em que atuava pelo seu clube de coração.
- Ainda tenho alguns amigos aqui e resolvi revê-los. No time, tenho como amigos o Ibson e o Rodrigo Arroz. Estamos sempre batendo papo e passei aqui para dar um abraço neles também - contou Nélio.
Ainda em atividade, embora esteja sem clube, Nélio relembrou os tempos em que atuava pelo Flamengo. Foi pelo time da Gávea, inclusive, que Nélio marcou gols em confrontos contra o Nacional, do Uruguai, que, coincidentemente, será o adversário rubro-negro nesta quarta-feira.
- Foram muitos gols. Bons momentos que vivi e que deixaram saudade - afirmou o jogador.
Contra o Nacional, Nélio, pelo Flamengo, marcou em dois jogos válidos pela mesma Copa Libertadores. As duas partidas em que Nélio deixou sua marca aconteceram em 1991 e 1993 e ambas foram disputadas em Montevidéu.
Zico está acompanhando o Fla da Turquia
Maior ídolo do rubro-negro acha que o time ainda precisa se entrosar
Mesmo de longe, Zico torce para o time de coração. (Crédito: Reuters)
LANCEPRESS!
O maior ídolo da história do Flamengo, Zico, mesmo de longe vem acompanhando o desempenho do rubro-negro na Copa Libertadores.
- Os jogos da Libertadores não passam aqui (Turquia) ao vivo, mas eu sempre acompanho os melhores momentos. O Flamengo se perdeu de forma primária. Eu acho que isso deve servir e lição, para que no Rio, não ocorra o mesmo que em Montevidéu e o Fla consiga os três pontos - comentou o técnico do Fenerbahçe, da Turquia, à Rádio Manchete.
O Galinho analisou também o elenco do Flamengo:
- No papel temos jogadores experientes e de qualidade. Além disso, o time já tinha uma base do ano passado. Mas uma equipe precisa de tempo para ter o melhor entrosamento - disse Zico.
Joel Santana tem apenas uma dúvida no Fla
Marcinho e Tardelli brigam por uma vaga; o primeiro saiu na frente\ LANCEPRESS!\
O técnico Joel Santana comandou um coletivo nesta terça-feira, na Gávea, visando o jogo da próxima quarta, contra o Nacional, no Maracanã, pela Libertadores. E o homem da prancheta tem apenas uma dúvida para definir o time: Marcinho ou Tardelli. Na atividade, Marcinho jogou como titular.
- O Marcinho é rapido, veloz e ajuda na marcação. Precisamos de jogadores que atuem dessa forma. O Flamengo chegou onde chegou por ter um time de operários e não queremos perder isso - disse Joel à Rádio Manchete.
A expectativa é que 50 mil torcedores estejam no Maracanã na quarta. Até a manhã desta terça-feira, 18 mil ingressos já haviam sido vendidos.
- Queremos uma torcida aguerrida e confiante. Vamos dar a ela raça e vontade. Isso é o que nós esperamos mostrar contra o Nacional - concluiu o Natalino