O GLOBO
Timemania: venda de cartelas tem início hoje nas lotéricas
Lula e Pelé participam do lançamento das apostas para salvar os clubes
Legenda da foto: A CARTELA da Timemania, com os números para apostas e os clubes
Luiza Damé
BRASÍLIA. Cercado pelos principais dirigentes do futebol brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou ontem a Timemania, em solenidade no Palácio do Planalto, com a presença também do garoto propaganda da loteria, Pelé. A Timemania, criada pelo governo federal para socorrer os times endividados, começou a ser vendida ontem nas lotéricas da Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo previsão da presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, a Timemania deverá arrecadar R$520 milhões no primeiro ano.
Do total, R$239 milhões serão destinados ao pagamento de prêmios aos apostadores. Outros R$114 milhões - 22% da arrecadação - irão para os 98 times que aderiram à Timemania, para pagamento de dívidas tributárias com a União, incluindo Previdência Social, Receita Federal e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A dívida dos clubes foi parcelada em até 240 meses, e o dinheiro da Timemania só poderá ser usado para outros fins depois de quitado todo o débito.
Pelé e Teixeira acertam reunião sobre Copa de 2014
Os clubes serão remunerados pela cessão do uso de imagem. Anualmente, os times terão de renovar, nos órgãos credores, as certidões de regularidade no pagamento da dívida. O primeiro sorteio da Timemania será no próximo dia 1º de março, em São Paulo, com transmissão pela TV.
Embora seja conhecido como um apaixonado por futebol, Lula não fez discurso na solenidade, o que coube ao ministro do Esporte, Orlando Silva, e à presidente da Caixa. Silva destacou que todos os times que poderiam participar da Timemania assinaram o convênio com a CEF, comprometendo-se a manter as finanças organizadas.
- A Timemania é o reconhecimento da importância do futebol para o nosso povo. O futebol é um instrumento de unidade nacional e de identidade do país no mundo - afirmou o ministro.
Os cartolas comemoraram a possibilidade de pagar as dívidas, algumas impagáveis, como disse o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas. O clube, segundo ele, deve mais de R$100 milhões. Eles fizeram questão de dizer que a loteria não tem recursos públicos.
- É uma solução inteligente que não envolve recursos públicos. O governo fez o seu papel e agora cabe a nós cumprirmos o que assinamos aqui - disse Bebeto.
- É preciso examinar com isenção e correção: não tem recurso público na Timenania - afirmou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, que falou em nome dos times.
Depois de agradecerem o socorro do governo federal para quitação das dívidas, os cartolas pediram empenho do presidente e do ministro para votar o projeto o mais rápido possível que garante ao time formador o primeiro contrato dos jogadores. Eles argumentam que muitos clubes europeus, com mais dinheiro, estão levando as principais revelações nas categorias de base, muitos com menos de 16 anos, idade em que podem assinar contrato, segundo a legislação brasileira.
Na volta de Brasília, em São Paulo, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e Pelé acertaram uma reunião nas próximas semanas para acertar a participação do Rei do Futebol na comissão organizadora da Copa do Mundo de 2014, que vai ser realizada no Brasil.
FINAL DA TAÇA GB: Zagueiros voltam às origens do clube, na sede de remo
As lições de heroísmo para o barco do Fla não virar na final
Fábio Luciano e Ronaldo Angelim celebram parceria e gols contra o Vasco
Legenda da foto: O CAPITÃO Fábio Luciano (à esquerda) e Ronaldo Angelim brincam com os remos: a dupla deu força e direção ao time no domingo
Pedro Motta Gueiros
No dia seguinte à vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, o Flamengo amanheceu sem energia. Por conta dos reparos na rede elétrica, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim, autores do gols, tiveram que atravessar a rua para ver a luz. Na sede de remo, a força que deu origem ao clube é inesgotável. Com a água suja da Lagoa até o pescoço, um funcionário segurou o barco para que os jogadores saíssem bem na foto. Na infância miserável na Paraíba, José Cardoso de Santana comeu cactos e bebeu urina antes de entrar na escola da cidadania rubro-negra. Com o orgulho de ter feito as duas filhas universitárias e campeãs pelo clube, e de não ter faltado a nenhum dia de trabalho em 33 anos na Gávea, ontem, ele atuou como um sacerdote ao batizar os zagueiros nas mais heróicas tradições do clube.
- Cheguei há sete meses, mas parece que já estou aqui há dez anos. É um clube que exige o máximo. Em todos os esportes, você tem que chegar ao limite - disse o capitão Fábio Luciano, que sofreu luxação no braço após ser chutado no chão por Edmundo - Na hora, pensei que tinha quebrado. O médico preferiu imobilizar mas eu não quis, tenho que treinar.
Em 1980, com a mesma camisa três, outro zagueiro paulista sofreu afundamento de malar e ainda tentou ficar em campo no primeiro jogo da decisão do Brasileiro. Dois anos anos antes, havia feito contra o Vasco o gol de cabeça que deu o título Estadual e abriu o caminho para a fase áurea do clube. Por tudo isso, Rondinelli ficou conhecido como o Deus da Raça. No último clássico, Fábio Luciano encarnou o mito tanto pelo sacrifício quanto pelo estilo com que invadiu a área para empatar o jogo. Fora de campo, ainda pede licença para entrar na galeria de heróis:
- Para ser ídolo, tenho que conquistar alguma coisa.
Ronaldo Angelim já tem os títulos da Copa do Brasil e do último Estadual, mas só agora, ao lado do companheiro, conquistou a confiança da torcida. A persistência o acompanha desde o nascimento, em São Paulo, em uma das muitas viagens da família de retirantes para fugir da seca no Ceará. Também pela força com que golpeia as bolas, Angelim é um típico cabeça-dura.
- Me chamam de cabeça de ferro. Dizem que parece chute. Nunca treinei, é de nascença.
A paixão pelo Flamengo também vem de família, embora o clássico contra o Vasco comece dentro de casa, em Juazeiro, onde o pai e dois primos são os únicos adversários.
- Liguei e disse logo: "Vice de novo, né papai?".
Fábio Luciano evita ironias. Respeitoso, admite saber pouco sobre as glórias do clube. Em Campinas, via o futebol do Rio com a mesma atenção que os cariocas dão ao Campeonato Paulista. Para superar a defasagem, faz consultas imediatas ao passado com uma agilidade que não há na internet.
- Temos a história viva no grupo - disse, referindo-se ao auxiliar-técnico Andrade, campeão do mundo e tetra brasileiro. - O Joel também é um ótimo contador de história.
Bolognesi e Nacional jogam hoje pelo grupo do Flamengo
Quase tão invisível à rotina do futebol quanto na ficou na foto, o funcionário do remo também é capaz de transmitir os princípios rubro-negros e de zelar pelos zagueiros artilheiros. Em 28 jogos pelo Flamengo, Fábio fez quatro gols. Angelim marcou nove em 98.
- Esse Cardoso é fera - disse Fábio, agradecido ao sair do barco sem se molhar.
Com o uniforme empapado pela água salobra, o funcionário estava de alma lavada:
- Foi bom eles terem vindo dar valor a gente, foi no remo que tudo começou. O Flamengo não são só as cores, são a pessoas. A alma do clube não está na tinta, que se apaga.
O metal dos troféus resiste. Por isso, Fábio Luciano espera pelo fim do contrato para dizer que atingiu sua meta de ter o nome eternizado. Antes disso, já pode se orgulhar de ter conquistado respeito. Quando o Flamengo estava na zona de rebaixamento voltou do futebol turco, não pela chance de estar perto do mar ou dos amigos:
- Vim aqui para trabalhar.
Dentro e fora de campo, sua postura serviu como base para reconstrução do time. Com ele, a defesa parou de sofrer tantos gols e críticas. Positivo, vê o Flamengo em condições de caminhar na direção do Corinthians pelo qual foi campeão do mundo em 2000. Pela Libertadores, o Nacional, derrotado na estréia pelo Cienciano, joga em Tacna, hoje, contra o Coronel Bolgnesi, que empatou com o Flamengo. Para o zagueiro, a juventude rubro-negra é sua maior virtude para evoluir em conjunto. Sozinho, Fábio Luciano não quer ir além da Gávea:
- Não tenho mais o sonho da seleção. Meu pensamento é só no Flamengo.
Para Angelim e Cardoso, estar no Flamengo também já é o bastante. Apesar da diferença de salários e de visibilidade, todos se dedicam com igual energia. Ontem, a falta de luz na sede deixou essa situação mais clara. Na beira da Lagoa, o barco apontava para a sede do Botafogo, na margem oposta. Se a canoa não virar, a tradição rubro-negra vai celebrar seus heróis no domingo.
Duelo de cavalheiros
Com respeito mútuo, Joel e Cuca transferem batalha entre Fla e Botafogo para o campo
Legenda da foto: JOEL SANTANA (à esquerda) e Cuca se encontram em programa e evitam provocações para a final de domingo
Rogério Daflon
Se os dois estivessem num ringue, seria aquela luta estudada, na qual os dois pugilistas se respeitam em demasia. Num estúdio de TV, lado a lado, os técnicos Cuca e Joel Santana travaram uma conversa cheia de sutilezas e pontuada pela troca de elogios. Por trás de tanta brandura, os dois estavam medindo cada palavra, esquivando-se da polêmica e de pôr lenha na fogueira da final da Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo, no próximo domingo, no Maracanã - um jogo que, por si só, já envolve um intenso nervosismo.
De certa forma, os dois explicaram o porquê de tanto cuidado, lembrando o apoiador Thiago Neves. Joel foi duro:
- Eu o coloquei no Fluminense. E ele extrapolou; faltou um pouquinho de delicadeza, principalmente com o profissional que tanto o ajudou. Foi muito arrogante dançar em frente à nossa torcida - disse o técnico do Flamengo, no programa "Arena Sportv", referindo-se à coreografia do jogador ao comemorar um dos seus três gols na goleada por 4 a 1 do tricolor sobre o rubro-negro.
Túlio diz que Jorge Henrique deve jogar
Cuca também criticou a postura do jogador. que demonstrou desejo de o Fluminense fazer a final da Taça Guanabara contra o Flamengo.
- Ele disse que queria fazer a final com o Flamengo, porque ganhar do Flamengo era mais gostoso. Ele passou por cima do Botafogo e do Vasco ao mesmo tempo - afirmou Cuca, acrescentando que não usou isso para motivar seu time na vitória por 2 a 0 sobre a equipe tricolor.
O efeito Thiago Neves trouxe certa timidez aos treinadores, que mantiveram o discurso excessivamente respeitoso.
- Votei nesta fera aqui como o melhor treinador do ano passado - disse Cuca, apontando para Joel.
Joel, é claro, devolveu:
- O Cuca é uma pessoa com muita qualidade. É um estrategista.
Cada gesto dois era tão estudado que a cena ficou um pouco engraçada. De cima do muro, os dois só desceram quando exibiram a sede por um título.
- Hoje o torcedor do Flamengo não quer só boa campanha. O time já sente o cheiro de perfume de campeão - disse Joel.
Cuca também mostrou olfato apurado:
- Também sinto o cheiro de perfume de campeão e, se Deus quiser, vamos sentir esse cheiro mais forte domingo.
Ontem, ficou claro que Lúcio Flávio e Ferrero, que sentem dores musculares, vão jogar a final no domingo. Com um lesão na perna direita, Zé Carlos também deu esperança de que vai se recuperar para a decisão. O caso mais grave é de Jorge Henrique, com estiramento na coxa esquerda. Mas ontem Túlio se mostrou otimista quanto à escalação do atacante.
- O Jorge Henrique está muito animado com essa final...
O Botafogo pôs à disposição pacote de ingressos pelo qual pode-se comprar a entrada na final e mais a de seis jogos do time no Engenhão na Taça Rio por R$140,00. Mais informações no Disque-Botafogo, no telefone (21) 2122-8020, das 9h às 21h.
Renato Mauricio Prado
Final dos melhores
Flamengo e Botafogo repetem, na decisão da Taça Guanabara, o duelo que concluiu o Estadual do ano passado. Uma final justíssima entre os dois times que foram mais eficientes no primeiro turno. Um clássico que, normalmente, não teria favoritos, mas pode acabar desequilibrado se Zé Carlos e Jorge Henrique não puderem jogar. Neste caso, Cuca terá que operar um milagre...
O elenco rubro-negro é bem mais completo e permite a Joel Santana um sortido leque de variações.
Foi o que se viu contra o Vasco, quando o técnico soube mexer na hora certa, avançando a equipe e lhe renovando o fôlego - ao trocar Tardelli por Marcinho, Kleberson por Obina e Jônatas por Cristian.
Já Cuca teve que fazer das tripas coração ao ser obrigado a substituir dois de seus principais jogadores - e ainda ver um terceiro, Triguinho, expulso.
Completo, justiça seja feita, o Botafogo vinha exibindo, de novo, o mais vistoso futebol do campeonato. Resta saber se, por ironia, desfalcado, será capaz de conquistar o que lhe faltou em 2007: o título. Tem tudo para ser um jogão!
O Flamengo está a procura de investidores dispostos a comprar 10% dos direitos federativos de todos os seus jogadores da base. Entende ser uma boa forma de reforçar o caixa, sem perder a garotada.
JORNAL DOS SPORTS
Fábio Luciano rasga elogios a Ronaldo Angelim
Wallace Teixeira/JS
Autor do primeiro gol do Flamengo contra o Vasco, o zagueiro Fábio Luciano foi só elogios ao companheiro de zaga Ronaldo Angelim. Na opinião do capitão rubro-negro, Angelim tem muita qualidade e ressalta a identificação que houve entre os dois.
“Já joguei ao lado de grandes zagueiros e o Angelim está nessa lista. Se me perguntarem o nome de um jogador com o qual me identifiquei, eu o citaria. Ambos são experientes, temos a mesma maneira de se posicionar dentro de campo”, elogiou Fábio Luciano.
Juntos, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim já somam três gols neste Campeonato Carioca. O camisa 3 rubro-negro marcou na estréia diante do Boavista e contra o Vasco. Já o companheiro fez o gol que deu a classificação para a final da Taça Guanabara.
Paizão gaúcho x paizão carioca
Estilos e famas que atraem e separam os técnicos finalistas da Taça Guanabara de 2008
Gabriel Branco, Jorge Lourenço e Nathan de Lima
Um chegou com calma e acabou dando às equipes que formou, uma característica toda própria. O outro, assumiu em meio a uma grave crise: o time estava muito perto de ser rebaixado à Segunda Divisão. Hoje, Cuca, do Botafogo, e Joel Santana, do Flamengo, são os técnicos com maior destaque em um futebol carioca que mostra recuperar o charme e o prestígio de outrora. Cuca, muito justamente, tem a fama de técnico de estilo ofensivo. Seu adversário, ao contrário, carrega a de retranqueiro, muito embora seu time atue com os laterais que são verdadeiros atacantes. No domingo, o Botafogo de Cuca e o Flamengo de Joel Santana decidem, pela terceira vez na história (veja matéria abaixo), a Taça Guanabara. E não por acaso,as equipes dirigidas por ambos chegam à decisão com as melhores campanhas entre os 16 clubes participantes. E, independentemente do resultado do jogo, ambos continuarão mantendo sua fama.
De conversa em conversa com o time
Todo técnico do Sul tem fama de durão. Mas este não é o caso de Cuca. Quando chegou ao Botafogo, em maio de 2006, ele não tinha idéia do que teria pela frente no clube. Talvez sequer soubesse que ganharia o rótulo de “paizão” entre seus comandados. Mas é assim que eles o enxergam, especialmente Wellington Paulista.
“A primeira diferença que notei no Cuca em relação aos outros treinadores com os quais trabalhei no passado foi seu estilo aberto de ser, um técnico que conversa com os jogadores”, explica o atacante.
“Cuca faz o estilo paizão. Sabe ser legal com a gente na hora certa, mas também sabe a hora de cobrar. E olha que quando ele cobra é muito!”, brincou Wellington, que falou sobre a importância de ter um treinador com este estilo.
“Quando um jogador entra em campo com um técnico como ele no comando, coloca ainda mais o coração na ponta da chuteira. Além de jogar por amor ao clube, ele também joga pensando no treinador, que está sempre lá apoiando”, afirmou.
A fama de “paizão” mostra a semelhança entre Cuca e seu adversário na final da Taça Guanabara, Joel Santana. No entanto, há uma diferença fundamental entre eles: o estilo de jogo. Enquanto o rubro-negro tem fama de retranqueiro, Cuca tem a de jogar com uma equipe bem ofensiva, sempre priorizando o toque de bola.
Ano passado, com Zé Roberto e Dodô brilhando, ele foi o responsável pela montagem do time que ficou conhecido como o Carrossel Alvinegro. Este ano, a única estrela do Botafogo pode ser a do seu escudo, mas o futebol ofensivo continua.
Resta saber se ele conseguirá superar o paredão defensivo do Flamengo na finalíssima da Taça Guanabara.
Broncas e brincadeiras na dose certa
É raro encontrar alguém que não goste de Joel Santana. Campeão em todos os quatro grandes do Rio, o treinador consegue formar uma ligação com as cores de cada time que dirigiu. Nessa sua passagem pelo Flamengo não é diferente e nos oito meses em que se mantém à frente do time, já ganhou, dos jogadores, o simtomático apelido de Papai Joel.
Ibson, um dos grandes destaques deste Flamengo que Joel formou, disse ao JORNAL DOS SPORTS, que ele é um treinador diferenciado, pois sabe a hora certa de agir e por isso conquista a todos.
“Ele é muito tranqüilo e brincalhão. Brinca quando pode brincar e fala sério quando é necessário. Joel é o tipo do treinador que, por onde passa, conquista os jogadores e sempre tem o grupo nas mãos. Ele dá oportunidade para todos, conversa com todos e não prioriza ninguém. Ele é um verdadeiro paizão”, disse Ibson.
Mas os muitos títulos na carreira não fazem de Joel Santana unanimidade entre os torcedores. Muito menis na chamada crítica especializada. A maior delas: é muito defensivo e prioriza um futebol considerado feio no Brasil. Porém, seus jogadores discordam. Para eles, a fama é injusta e as críticas não procedem:
“Discordo completamente deste rótulo. O time do Flamengo, por exemplo, joga com dois laterais bem ofensivos, Jônatas, Toró e eu marcamos mas temos características bem ofensivas. Defensivos mesmo são nossos dois zagueiros e o Jaílton. Mesmo assim, o Angelim apóia bastante, com o Juan pela esquerda, e o Jaílton também vai à frente quando necessário. No Flamengo, pelo menos, essa fama de retranqueiro não procede”, completou Ibson, que jogou pelo Porto, de Portugal, além de pelo Flamengo.
Mar revolto ainda não está totalmente superado
Depois da tempestade causada pela derrota para o Fluminense, no Campeonato Carioca, e pelo empate com o Coronel Bolognese, na Libertadores da América, a tripulação rubro-negra parece remar em águas mais calmas após a vitória sobre o Vasco. Agora, o objetivo é derrotar o Botafogo no próximo domingo. No entanto, os jogadores sabem que um mar agitado os espera.
“Se esses times chegaram à final é porque têm qualidades e fizeram por onde. É logico que vamos querer vencer, mas sabemos que a partida não vai ser fácil”, comentou Ronaldo Angelim.
“Os dois times são os mais regulares e merecedores de disputar a decisão. Temos de respeitar o Botafogo, que é uma grande equipe”, disse Fábio Luciano.
Os dois zagueiros concederam uma entrevista coletiva, na tarde de ontem, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Após a conversa com os jornalistas, entraram na água com um barco da equipe de remo do Flamengo. Utilizando um dos remos, Fábio Luciano, que sofreu uma luxação no braço direito, provou não ser dúvida para a final.
“Não temos certeza ainda de quem vai jogar pelo Botafogo. Eles estão com alguns problemas e por isso não sabemos quem vai entrar em campo. Será um jogo disputado”, completou.
Campanha pelo Fenômeno
Dedo indicador levantado e em movimento constante é a sua marca registrada nas comemorações. A Nike, fornecedora de material esportivo do Flamengo e sua patrocinadora, está usando esse gesto para promover uma campanha mundial visando apoiar do atacante Ronaldo, o Fenômeno, que passa por mais um momento difícil na carreira.
A campanha intitulada Nunca Desista, tem como objetivo fazer com que os atletas dos times patrocinados pela empresa norte-americana comemorem seus gols da mesma forma que Ronaldo faz, mostrando assim, que seus colegas de profissão acreditam em mais uma volta por cima.
No Brasil, o primeiro a aderir à campanha foi o zagueiro do Flamengo Fábio Luciano. Ao fazer o primeiro gol na vitória de domingo por 2 a 1 sobre o Vasco, o capitão rubro-negro tratou de esticar o dedo indicador e agitá-lo como faz o camisa 99 do Milan.
“Comemorei o gol imitando o gesto do Ronaldo porque foi a maneira que encontrei de dar forças para ele superar outro momento difícil na carreira. Ele é um atleta vitorioso, admirado por todo jogador de futebol, e um exemplo de superação. Ele vai dar a volta por cima. Continuará vitorioso como sempre foi, não vai querer encerrar a carreira machucado”, acredita Fábio Luciano.
Porém, a iniciativa da Nike não deverá ficar restrita às competições nacionais. Os organizadores da esperam espalhar a campanha pelo mundo, principalmente em competições tradicionais como a Liga dos Campeões da Uefa, que está na fase de oitavas-de-final. Ronaldo tem contrato vitalício com a Nike e um dos prédios da matriz, em Beaverton, nos Estados Unidos, leva o nome do jogador.
Dupla de zagueiros blindada e afinada
Foto de Wallace Teixeira
Sincronizados em terra e no mar, Fábio e Ronaldo formam uma dupla de zagueiros-artilheiros
Exemplos da conhecida raça rubro-negra, os zagueiros Ronaldo Angelim e Fábio Luciano, autores dos gols do Flamengo no clássico do último domingo, parecem formar uma dupla blindada. O primeiro é chamado de cabeça de ferro pelos companheiros, graças à potência de suas cabeçadas.
O segundo ganhou fama de braço de ferro da equipe, desde que, mesmo sofrendo uma luxação no local, continuou em campo até o fim da partida.
No entanto, o vigor apresentado contra os adversários, dá lugar a gentilezas e à troca de elogios.
“Já joguei com grandes zagueiros do futebol mundial e o Ronaldo Angelim é um deles. Somos muito experientes, temos a mesma idade, e ele tem muita qualidade com a bola no pé. Apóia bem e faz aquele trabalho de triangulação com o Juan como poucos fazem. Além disso, era o chefe da cozinha e recebeu-me muito bem quando cheguei”, comentou Fábio Luciano, que tem 29 jogos pelo clube e quatro gols marcados.
Sem conter a alegria por ter feito o gol da vitória contra o maior rival, o nono com a camisa rubro-negra, em 98 partidas, Ronaldo Angelim agradeceu os elogios do companheiro e fez questão de enaltecer o trabalho de todo o elenco.
“Um jogador não faz sucesso sozinho. O grupo tem que ser vencedor para que os atletas possam aparecer”, destacou o zagueirão, explicando melhor o motivo de ser conhecido como o “cabeça de ferro da Gávea”.
“Me chamam assim porque fico treinando cabeçadas e elas são muito fortes. Quem deu esse apelido foi o goleiro Diego. Ele sabe que, se me deixarem cabecear livre, como no domingo, fica bem dificil defender”, diz o zagueiro, com uma evidente felicidade no olhar.
Poucas mudanças à vista
Joel deve manter escalação que derrotou o Vasco, com a volta de Toró ao meio-de-campo
Diego Marrul, Nathan de Lima e Pedro Chiaverini
Arquivo/JS
Joel deve promover apenas uma mudança para domingo: o retorno de Toró
Mesmo com o sucesso que o Flamengo vem obtendo desde que Joel Santana assumiu, no meio ao Campeonato Brasileiro do ano passado, uma parte da torcida rubro-negra e alguns críticos continuam reclamando do esquema tático e, principalmente, das escolhas que o treinador vem fazendo. Na vitória contra o Vasco, pelas semifinais da Taça Guanabara, alguns jogadores como Jaílton, Jônatas e Diego Tardelli foram bastante questionados. Mas ao contrário do que se especula, dificilmente o técnico vai alterar a equipe para a partida decisiva de domingo, contra o Botafogo.
A única mudança que deve acontecer é a saída de Kleberson e a entrada do apoiador Toró, que volta de contusão.
As outras substituições especuladas, como as saídas de Jônatas e Tardelli, para as entradas de Cristian e Marcinho respectivamente, são muito pouco prováveis. Principalmente a de Jonatas, já que com ele na equipe, além de o poder de marcação do meio-de-campo do Flamengo se manter forte, a equipe ganha na criação, pois o jogador tem como principal característica o bom passe e os lançamentos longos.
Característica
Joel Santana tem quase que como regra, em sua longa e vitoriosa carreira, mudar poucas peças em seus times, principalmente quando “encaixam” como ele mesmo gosta de dizer.
Enquanto os titulares ganharam folga durante todo o dia de ontem, os jogadores que não atuaram no jogo do último domingo contra o Vasco, juntaram-se aos atletas que se recuperam de lesão e realizaram um trabalho físico na manhã de ontem, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca.
Volta
O cabeça-de-área Rômulo, que era titular no ano passado e sofreu uma grave lesão em um dos ligamentos do joelho durante o Campeonato Brasileiro, vai voltar a treinar com bola na tarde de hoje, mas dificilmente terá condições de jogo no domingo contra o Botafogo.
Durante a manhã de hoje, todos os jogadores participarão de uma atividade física na Praia do Leblon.
Angelim torce por recuperação de Jorge Henrique e Zé Carlos
Zagueiro do Fla quer enfrentar o Botafogo completo no domingo
O Flamengo fará a final da Taça Guanabara com o Botafogo, no próximo domingo. O time da Gávea promete ir com força total rumo a mais um título, mas a equipe de Cuca tem problemas. O técnico alvinegro não sabe se poderá contar com Jorge Henrique e Zé Carlos, ambos lesionados, e já sabe que Triguinho, supenso, está fora da partida.
Mesmo assim, o zagueiro do Flamengo, Ronaldo Angelim, espera que o adversário esteja com todos os jogadores à disposição. Na opiniuão do defensor do Fla, isso tornará o clássico ainda mais disputado e valorizado.
"Espero que os dois times estejam completos porque assim quem ganha é o torcedor.Temos que procurar fazer o nosso, com humildade e muito trabalho. Vamos enfrentar um adversário que está muito bem, assim como o Flamengo, e eu tenho certeza que será um grande jogo", disse Angelim, em entrevista coletiva cedida nesta tarde, na sede de remo do Flamengo, na Lagoa.
Joel Santana afirma que Fla mereceu a vitória
Treinador garante que seu time vem sendo o melhor da Taça GB
O técnico Joel Santana comemorou bastante a vitória sobre o Vasco, no último domingo. Após a partida, o Natalino afirmou com convicção que o Flamengo foi totalmente merecedor do resultado e da classificação à final. Segundo o treinador, o Fla foi superior ao Vasco em quase todo o jogo.
"Foi um jogo difícil, como toda decisão de campeonato. É uma rivalidade de muitos anos e conseguimos uma vitória muito dificil, mas merecida. Se analisarmos o jogo, pode-se ver que tivemos uma supremacia muito grande.De maneira geral, acho que a gente merecia porque fomos os melhores na fase de classificação. Os jogadores estão de parabéns, e o torcedor também", disse Joel Santana à Rádio Bandeirantes.
Poucas decisões: Uma vitória para cada equipe
Botafogo e Flamengo farão neste domingo a terceira final de Taça Guanabara em sua história. Embora lidere as estatísticas do torneio, com 17 conquistas, contra quatro do adversário, os dois clubes estão absolutamente empatados, quando o critério passa a ser a decisão entre os dois. Na primeira vez em que se enfrentaram, o Botafogo venceu por 4 a 1. O troco rubro-negro só aconteceu em 1995, com a vitória por 3 a 2, em uma noite na qual brilhou o artilheiro Romário.
O Botafogo foi campeão, derrotando o Flamengo em 1968. Na última rodada, o clássico entre os dois clubes terminou empatado em 0 a 0. Mas como o Flamengo ainda teria de enfrentar o Bonsucesso, sua conquista era dada como certa. Mas a surpreendente derrota por 2 a 0, forçou a realização de um jogo-extra, no qual o Botafogo, que teve de interromper uma excursão pelo interior do Brasil, goleou por 4 a 1, gols de Gérson (dois), Zequinha e Roberto. Dionísio descontou.
O troco veio em 1995, quando a Taça Guanabara foi apenas um troféu a ser disputado pelas duas melhores equipes da fase de classificação do campeonato. O Flamengo saiu na frente, com Romário fazendo dois gols. O Botafogo, na base da superação, conseguiu empatar, com dois gols de Adriano. Mas no final, valeu o talento de Romário, autor do gol do título.
Em 1989, o Flamengo foi campeão e o Botafogo vice, mas não houve uma decisão. Os vencedores fizeram 19 pontos, um a mais do que o segundo colocado, após 11 rodadas.
A Taça Guanabara foi disputada separada do Campeonato Carioca ou Estadual do Rio entre 1965 e 1971 e em 1980. Entre 1972 e 1979, 1981 e 1993 e a partir de 1996 foi o primeiro turno da competição maior e em 1994 e 1995 reuniu os dois melhores times de uma fase de classificação.
O Flamengo é o recordista de títulos, 17, enquanto o Botafogo só conquistou quatro, mas sempre que venceu a Taça foi campeão estadual. Vasco (11), Fluminense (8) e América, Americano e Volta Redonda, um cada, são os outros campeões.
Os títulos do Flamengo foram conquistados em 1970, 1972, 1973, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1984, 1988, 1989, 1995, 1996, 1999, 2001, 2004 e 2007. Os do Botafogo: 1967, 1968, 1997 e 2006.
Sergio Du Bocage
Taí o Que Você Queria
Viva a dança no Maraca
Sergio Du Bocage
Houve um tempo em que o Flamengo era freguês do Botafogo. Aí surgiu o Zico e a vantagem no confronto mudou de lado. Restou aos alvinegros a alegria de se dizerem sempre vencedores nos jogos decisivos. E aí veio o Campeonato Brasileiro de 92 e o Estadual do ano passado mudando um pouco essa história também – é bem verdade que, no último jogo do Brasileiro e na decisão regional, deu empate, mas o título foi para a Gávea, nas duas ocasiões.
Atualmente o Flamengo não só tem mais vitórias no confronto direto, como está 13 jogos sem perder para o Botafogo. Desde 14 de março de 2004, quando o Botafogo venceu por 1 a 0, são 3 empates (0a0, 0a0 e 2a2), 5 vitórias (2a0, 3a1, 3a2, 2a0 e 1a0) e 5 outros empates (3a3, 2a2 três vezes e 1a1). Ou seja, o Flamengo não perde para o Botafogo desde 28 de julho de 2004, sendo que, na última partida, o Souza ainda desperdiçou um pênalti.
Pelo lado alvinegro, o Flamengo não vence o Botafogo desde 11 de fevereiro de 2007, ou seja, pouco mais de um ano, quando começou a série de empates. No domingo, esse resultado, se acontecer, levará a decisão para os pênaltis, como no Estadual do ano passado. O engraçado é que, se o Botafogo ganhar, a mesma torcida que diz não ter perdido o título vai alegar que a escrita acabou. E assim é o futebol: vale o que está escrito, desde que seja favorável ao meu time.
A final entre Flamengo e Botafogo não surpreende mas, certamente, não era a mais esperada. Havia o Fluminense, franco favorito ao título. Mas vou fazer uma inconfidência: ao contrário dos anos anteriores, eu não confio no atual time tricolor. Alguma coisa não me convence de que as contratações foram as mais acertadas. A amigos já disse que o Fluminense terá um ano igual ao do Botafogo de 2007. Vamos aguardar.
Quanto ao jogo de domingo, por favor, nada de recriminar a dança do jogadores. Não é desrespeito ao adversário: é uma comemoração para o torcedor que está ali querendo ver um espetáculo. Pode não ser a melhor coisa do mundo aquele monte de homem se requebrando, mas o torcedor, que paga, gosta. Portanto, que vença o melhor, nesse jogo em que não há favorito. E que a gente possa ver no Maraca muita gente dançando e festejando com o futebol.
O DIA
Zaga de vento em popa
Janir Júnior
Rio - Tornar-se ídolo do Flamengo é uma tarefa difícil diante de 35 milhões de torcedores. Para zagueiros, a missão fica ainda mais complicada. Mas, com boas atuações e os gols decisivos contra o Vasco, Ronaldo Angelim, 31 anos, e Fábio Luciano, 32, fecham os buracos da zaga e tentam abrir um caminho que os deixe marcados na história do clube.
“Para jogar no Flamengo é preciso um algo mais, pois é um grande time. Não é toda hora que zagueiro faz um gol decisivo. Mas acredito que tenho mais alguns guardados”, afirma Ronaldo Angelim, que, em 98 jogos pelo clube marcou nove gols
“Ainda estou longe de ser ídolo, mas os sete meses que estou na Gávea parecem 10 anos. O Flamengo exige muito do jogador. Não é normal dois gols de zagueiros num jogo. Mas é resultado da dedicação que nós temos por esse time”, completa Fábio Luciano que, em 29 jogos, marcou quatro gols.
Joel ri por último: 'quem poupou se deu bem'
Rio - O mundo dá voltas e Joel Santana, mais do que ninguém, sabe disso. Mais uma vez, Joel respondeu críticas com resultados: após ser criticado por torcida e imprensa por ter escalado o time reserva na goleada de 4 x 1 sofrida para o Fluminense, no domingo retrasado, o técnico rubro-negro mostrou que o seu planejamento deu certo. "Quem poupou se deu bem", afirmou o treinador.
Joel não se refere só ao Flamengo: coincidência ou não, o Botafogo, que poupou o time titular nas duas últimas rodadas da primeira fase da Taça Guanabara, é o adversário do Flamengo na final da competição.
"O Botafogo tem um planejamento, e o Flamengo também. Os dois times que pouparam a equipe nas últimas rodadas de classificação estão na final. Fizemos uma pré-temporada como manda o figurino e estamos na decisão", sentenciou Joel.
O zagueiro e capitão, Fábio Luciano, autor do primeiro gol da semi-final contra o Vasco, por sua vez, acha que as duas equipe mereceram estar na final:
"O futebol mostra que é justo as duas equipes estarem na final, são as mais regulares do campeonato", declarou o capitão rubro-negro à Rádio Brasil.
Íbson tirou a concentração de Edmundo
Rio - Pouco antes de Edmundo bater o pênalti, Íbson se aproximou do atacante e o provocou ao pé do ouvido. Entre outras coisas, ele disse: “Vai perder, vai chutar para fora. Disse essas e outras besteiras e pedi que ele não me complicasse”, revelou Íbson, que cometeu o pênalti em Morais. O jogador disse que essa tática costuma dar certo, por desconcentrar quem cobra o pênalti.
Depois da folga de ontem, o time se reapresenta hoje. Praticamente recuperado das dores na coxa direita, Toró não deverá ser problema para a decisão. Com isso, Kléberson voltará para o banco. Mas Souza se queixa de uma pancada no joelho.\ Logo após a vitória sobre o Vasco, Joel Santana deixou escapar que pode fazer mudanças na equipe. Diego Tardelli, que ainda não está com ritmo de jogo ideal, é um dos que estão sendo observados pelo treinador.\
Angelim brinca com o pai vascaíno
Janir Júnior
Rio - Pai de Ronaldo Angelim, Seu Antônio é vascaíno, mas não assistiu à derrota do seu time para o Flamengo. Foi ver o jogo do Fortaleza, que perdeu para o Icasa. Ele somente soube que o filho tinha sido o herói do jogo no Rio graças a um telefonema. Depois, o zagueiro rubro-negro ligou para brincar com o pai. Nada, porém, que o tirasse do sério, ao contrário do pênalti perdido por Edmundo.
“Sou vascaíno, sim, mas torço pelo Ronaldo, que não é um filho, mas um pai para nós. O Flamengo proporcionou muita coisa boa para ele, que nos ajuda bastante. A casa onde moramos aqui em Juazeiro do Norte foi presente dele”, afirma Seu Antônio, 62 anos, pai de nove filhos. Hoje, a mãe de Ronaldo, Dona Francisca, completa 59 anos. “Eu sou flamenguista”, ressalta Francisca.
Seu Antônio diz que torcia por um empate, mesmo sabendo que a decisão iria para os pênaltis. Por falar em pênalti, ele revela que sua chateação foi com a cobrança desperdiçada por Edmundo: “Depois daquele lance, pelo que eu soube, a coisa piorou
Nos passos do Deus da Raça
Janir Júnior
Rio - Capitão do Flamengo, Fábio Luciano começou a carreira como atacante, mas, quando estava na Ponte Preta, Vanderlei Paiva precisou de um zagueiro e aproveitou a estatura do jogador. Da zaga, nunca mais saiu. Fábio agradece ao técnico, mas ainda acha que é cedo para ser comparado a Rondinelli, autor do gol, de cabeça, que deu o título estadual do Flamengo sobre o Vasco, em 1978.
“É preciso títulos para atingir esse status”, afirma Fábio Luciano, que viu de perto Edmundo passar por dois momentos delicados. “Estava no Corinthians quando ele perdeu o pênalti no Mundial jogando pelo Vasco. Agora, aconteceu de novo. Eu levei coisas positivas nesses casos, e ele, negativas”, afirmou.
O jogador não poupa elogios para Ronaldo Angelim: “Ele é um grande companheiro. Era o ‘chefe da cozinha’ e me recebeu muito bem, além de jogar com amor pelo clube”.
Ontem, o zagueiro ainda estava com o cotovelo direito inchado, depois de levar um chute de Edmundo. Ficar fora da decisão contra o Botafogo? Nem pensar. “Cheguei com o time à zona de rebaixamento, conseguimos vaga na Libertadores e agora disputarei minha primeira decisão”, disse o zagueiro que, ao dar algumas remadas com Angelim, brincou: “Se der certo sai uma fotinha bonita no jornal; se virar o barco, vai para o Jornal Nacional”.
GAZETA ESPORTIVA
Joel tenta ajeitar meio e ataque para a final\ Gazeta Press\
Rio de Janeiro (RJ) - Bruno, Leonardo Moura, Ronaldo Angelim, Fábio Luciano e Juan. A escalação do sistema defensivo já está na boca de todos os torcedores do Flamengo. Mas do meio para a frente, os rubro-negros têm enfrentado alguns problemas nesta temporada. O setor de criação e o ataque ainda não corresponderam às expectativas do técnico Joel Santana.\ Por isso, o treinador confirmou que poderá mexer para a decisão da Taça Guanabara, domingo, contra o Botafogo. No meio, Joel Santana espera contar com o retorno de Toró, que não enfrentou o Vasco devido a um problema na coxa direita. O jogador entraria no lugar de Kléberson.\
Enquanto o meio-de-campo luta para se recuperar de lesão, Jônatas não atravessa boa fase e Joel Santana já dá sinais de que pode substituí-lo por Cristian, titular durante boa parte do Campeonato Brasileiro do ano passado. No setor de meio-campo, um titular intocável tem sido o volante Jaílton.
“A gente trabalha para ser titular e não sair da equipe. E acho que vem dando resultado e estou conseguindo ajudar o Flamengo a conquistar as vitórias”, comentou Jaílton.
A maior dor de cabeça para Joel Santana, no entanto, está em encontrar um parceiro para o atacante Souza. No início da temporada, o técnico vinha escalando Renato Augusto, mas o jogador sofreu uma lesão no rosto e só voltará a jogar no próximo mês.
Marcinho foi a primeira opção, mas nos últimos jogos Joel tem optado por Diego Tardelli. Como este não rendeu ainda o que o técnico espera, Marcinho pode recuperar seu espaço e aparecer como titular no próximo final de semana.
Joel Santana já adiantou que não tem pressa para escolher os titulares que colocará em campo na decisão da Taça Guanabara. Enquanto isso, os jogadores rubro-negros se animam com a possibilidade de o adversário entrar em campo sem o meia Zé Carlos e o atacante Jorge Henrique, ambos se recuperando de lesão.
“São jogadores de muita qualidade e se eles não puderem jogar será bom para a gente. Mas independente disso, o Flamengo tem que entrar em campo determinado”, ressaltou Jaílton.
No Flamengo, o zagueiro Fábio Luciano afirmou que a pancada que recebeu no braço não o impedirá de disputar a final da Taça Guanabara. “Passei a noite com um pouco de dor, mas muito feliz. Não tem dor que seja maior que essa felicidade. Não será nada que me tire do jogo de domingo”, garantiu Fábio, que marcou o primeiro gol do Flamengo no clássico com o Vasco
Quem poupou se deu bem, comemora Joel
Rio de Janeiro (RJ) - Uma semana após poupar quase todos os titulares do Flamengo na derrota por 4 a 1 para o Fluminense, o técnico Joel Santana rebateu as críticas e sentenciou: “Quem poupou se deu bem”.\ O treinador se refere ao fato de o técnico Cuca também ter poupado os titulares do Botafogo nas rodadas finais da primeira fase da Taça Guanabara. O time alvinegro eliminou o Flu e decide o título com o Rubro-negro.\
“O Botafogo tem um planejamento, e o Flamengo também. Os dois times que pouparam a equipe nas últimas rodadas de classificação estão na final. Fizemos uma pré-temporada como manda o figurino e estamos na decisão”, elogiou Joel.
Para o treinador, as três alterações que promoveu foram importantes para o triunfo ante o Vasco. 'Colocar três jogadores descansados foi fundamental, pois o outro time era mais jovem e estava rendendo mais”, analisou.
Joel sacou Jônatas, Tardelli e Kléberson e colocou Cristian, Marcinho e Obina no segundo tempo. “Sabia que o time não mudaria muito com as mexidas. O Cristian entra sabendo o que fazer, e o Marcinho, apesar de estar aqui há pouco tempo, também rendeu”, encerrou o técnico.
PELÉNET
Fábio Luciano destaca sucesso da dupla com Ronaldo Angelim
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
Os gols marcados na vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Vasco, neste domingo, pela semifinal da Taça Guanabara, no Maracanã, deram a Fábio Luciano a certeza de que ele forma uma dupla entrosada com Ronaldo Angelim. Fábio foi autor do primeiro gol do time da Gávea, aos 41 minutos do primeiro tempo. Antes disso, os cruzmaltinos venciam o confronto por 1 a 0, com gol de Alan Kardec, marcado dez minutos antes.
O Flamengo virou o jogo aos 34 minutos da etapa final, quando seu companheiro no setor defensivo aproveitou cruzamento da direita e fez a rede cruzmaltina balançar pela segunda vez.
"Falo para todos que joguei com bons zagueiros na minha carreira. Com certeza lembrarei do Angelim como um jogador com quem me entrosei bem. Ele tem qualidade na saída de bola e isso foi mostrado no jogo contra o Vasco", ressaltou.
Na opinião do zagueiro, as semelhanças que fazem com que a dupla consiga mostrar eficiência em campo vão além do fator técnico:
"Ambos temos a filosofia de respeitar o adversário. Ele me recebeu muito bem no clube. Me incentivou para que as coisas dessem certo e espero formar a dupla de zaga com ele por muito tempo".
Antes da chegada de Fábio Luciano à Gávea, em agosto do ano passado, Angelim trocou de parceiro na zaga mais de uma vez. Moisés, Irineu e Thiago Gosling são alguns nomes que não tiveram sucesso ao seu lado.
Botafogo não vence o Flamengo há quase quatro anos
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
A final do Taça Guanabara, contra o Flamengo, será um duplo desafio para o Botafogo. Além da conquista do tradicional Troféu, que garantiria a vaga na final do Campeonato Estadual, o Alvinegro tentará acabar com um longo jejum: a equipe não vence o Rubro-Negro desde 14 de março de 2004, quando fez 1 a 0, no Maracanã, pela Taça Rio, gol do atacante Alex Alves, de letra.
Desde então, foram 14 partidas, com seis vitórias flamenguistas e oito empates, sendo cinco nos últimos resultados, em todos os encontros realizados em 2007. Dois destes jogos foram válidos pela final do Estadual e terminaram em 2 a 2. No dia 29 de abril, o Botafogo fez 2 a 0, gols de Dodô e Lúcio Flávio, mas o rival igualou, com Renato, de pênalti, e Souza.
Uma semana depois, Souza abriu o marcador, o adversário virou com Juninho e Dodô, e Renato Augusto deixou tudo igual. Nos pênaltis, o Fla ganhou por 4 a 2. Renato, Juan, Roni e Leonardo Moura marcaram. O goleiro Bruno defendeu as cobranças de Juninho e Lúcio Flávio. Túlio e Luciano Almeida fizeram.
O último duelo foi pelo Campeonato Brasileiro, no dia 29 de agosto, no Maracanã, e terminou 1 a 1. Juan abriu o placar, mas Jorge Henrique empatou. Souza perdeu um pênalti, defendido pelo botafoguense Max.
As duas equipes se enfrentaram 319 vezes. O Flamengo foi melhor em 115, perdeu 101 e houve 103 empates. Marcou 502 gols e sofreu 466. O primeiro confronto foi válido pelo Campeonato Carioca de 1913, no dia 13 de maio, em General Severiano, e a equipe da casa ganhou por 1 a 0, gol de Mimi Sodré. Foi o jogo de inauguração do estádio botafoguense.
Dos 319 jogos, 205 foram realizados no Maracanã, com 70 triunfos do clube da Gávea, 60 do Glorioso e mais 75 igualdades. Nos gols: 278 a 253. O Flamengo também lidera as estatísticas na história do Campeonato Carioca ou Estadual do Rio: foram 205 partidas, com 76 vitórias, 70 derrotas e 59 empates. Fez 332 gols e levou 312.
As maiores goleadas do clássico aconteceram na década de 20. No dia 15 de agosto de 1926, o Flamengo venceu por 8 a 1. Aché e Fragoso, com três cada, Nonô e Vadinho fizeram para o Rubro-Negro, que chegou a estar ganhando por 7 a 0. Neco anotou para os botafoguenses, que deram o troco no ano seguinte, no dia 29 de maio: 9 a 2. O show foi de Nilo, autor de quatro gols. Ariza e Joãozinho, dois cada, e Almo marcaram os outros. Moderato e Frederico deixaram suas marcas para os perdedores. Os dois jogos foram válidos pelo Carioca e realizados no estádio da Rua Paissandu.
Venda de ingressos para Fla x Botafogo começa nesta terça
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
Os 76.768 ingressos para a decisão da Taça Guanabara, entre Flamengo e Botafogo, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, serão vendidos a partir desta terça-feira, entre 9h e 17h, em seis postos.
Os bilhetes podem ser encontrados na sede do Flamengo, na Gávea; na sede do Botafogo, em General Severiano; na sede do Fluminense, nas Laranjeiras; no estádio Caio Martins, em Niterói; na bilheteria Norte do Engenhão e no guichê 8 do Maracanã.
Os preços são os mesmos das semifinais: cadeiras azuis a R$ 30 (R$ meia-entrada a R$ 15); arquibancadas branca, verde e amarela a R$ 40 (R$ 20) e cadeiras especiais a R$ 150 (R$ 75). Os menores de 12 anos, os maiores de 65 anos e os deficientes físicos têm acesso gratutito nas cadeiras azuis.
GLOBOESPORTE
Cuca: 'Fla tem grupo mais forte'
Técnico alvinegro prevê um novo confronto equilibrado na decisão da Taça Guanabara
Gustavo Rotstein
Botafogo e Flamengo fizeram as melhores campanhas de seus grupos na Taça Guanabara. Por isso, Cuca acredita que a final do primeiro turno seja justa. No entanto, ao comparar as duas equipes, o técnico afirma que o adversário tem uma vantagem.
- O Flamengo, por ter mantido a base que foi bem na última temporada e ter contratado jogadores importantes, tem um grupo mais forte. Mas vamos fazer o máximo para equilibrar isso dentro de campo.
Apesar desse fator, Cuca acredita que a decisão do próximo domingo será novamente equilibrada. No ano passado as duas equipes se enfrentaram cinco vezes, com cinco empates.
- Acho que o Flamengo foi melhor apenas no último jogo (1 a 1, pelo segundo turno do Brasileiro). Nos outros, estivemos ligeiramente na frente. Mas de qualquer forma, a tendência é que isso se mantenha na próxima partida.
Rodrigo já está sem gesso no braço
Zagueiro do Flamengo começa a fazer fisioterapia nesta quarta e torce pelo time na final
O zagueiro Rodrigo, do Flamengo, começará o trabalho de fisioterapia no braço direito nesta quarta-feira. O jogador, que se machucou no jogo contra o Volta Redonda, no Maracanã (assista ao vídeo), já está sem gesso e tenta se recuperar o mais rapidamente possível, segundo informa sua assessoria de imprensa.
Fora de ação, Rodrigo torce pelo time e espera o título da Taça Guanabara, no jogo contra o Botafogo, domingo.
- Mesmo fora, ficarei na torcida para que o título do primeiro turno venha para a Gávea. A torcida do Flamengo merece esta conquista e vai fazer uma linda festa.
Atletas vão homenagear Ronaldo após gols
Comemoração com dedo apontado deve ser vista pelo mundo. O primeiro foi Fábio Luciano
Numa forma de tentar manter o moral de Ronaldo (que acaba de passar por delicada cirurgia no joelho esquerdo) elevado, o fornecedor de material esportivo que patrocina o Fenômeno sugeriu a outros atletas com quem tem contrato uma forma de homenager o craque. A idéia é que, após os gols, os jogadores comemorem à la Ronaldo, com o dedo indicador apontado para a frente, balançando.\ A expectativa é que a campanha vingue em gramados do mundo inteiro. Neste domingo, no clássico entre Flamengo e Vasco, o zagueiro Fábio Luciano foi o primeiro a comemorar à moda Fenômeno, após marcar o gol que deu início à virada rubro-negra (assista acima).\
- Ele é um atleta vitorioso, admirado por todo jogador de futebol, e um exemplo de superação. Ele vai dar a volta por cima. Vitorioso como sempre foi, ele não vai querer encerrar a carreira machucado - diz Fábio Luciano.
Angelim não perdoa o pai: 'É vice'
Zagueiro se emociona ao falar com seu Antônio, mas não deixa de ironizar derrota do Vasco
Ronaldo Angelim tem oito irmãos. Todos são flamenguistas. Curiosamente, porém, o pai do jogador do Flamengo, Antônio Leite, é vascaíno. E teve de aturar as gozações do filho nesta segunda-feira.
- Liguei para ele e falei: é vice de novo, né papai? Vascaíno sofredor - diz, ignorando o fato de o duelo de domingo ter acontecido na semifinal - e não final - da Taça Guanabara.
O pai de Angelim mora em Juazeiro, no interior do Ceará. Ele acompanhou o gol do filho pela televisão e, no início da noite desta segunda-feira, conversou com o defensor rubro-negro no programa "Tá na área", do SporTV (assista ao vídeo acima).
O herói flamenguista não agüentou a emoção e chorou. Meio sem jeito, seu Antônio disse que comemorou o gol do filho.
- Sou vascaíno, mas achei bom. Tive que comemorar, não é? - declara
Fla x Botafogo: ingressos nesta terça
Decisão da Taça Guanabara acontece no domingo e preços variam entre R$ 30 e R$ 150
Os ingressos para o clássico entre Flamengo e Botafogo começam a ser vendidos às 11h desta terça-feira. Os times se enfrentam no domingo pela final da Taça Guanabara, no Maracanã, às 16h. Os bilhetes serão vendidos até as 17h. Confira os preços e postos de venda.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha a decisão durante todo o domingo, com blog direto das concentrações e depois acompanhamento em Tempo Real, direto do Maracanã.
Quanto custa:\ Arquibancadas R$ 40,00\ Cadeiras Inferior R$ 30,00\ Cadeira Especial R$ 150,00\
Onde comprar:\ Bilheterias da Gávea na Praça N. S. Auxiliadora\ Bilheterias da Gávea na Rua Mario Ribeiro\ Caio Martins\ Laranjeiras\ General Severiano\ Maracanã\ Universidade Estácio de Sá, loja Kappa (campus Tom Jobim - Barra)\
Ibson revela como 'secou' Edmundo
Volante desabafa e conta que, mesmo sem jogar, não dormiu após goleada para o Flu
Eduardo Peixoto
Milhares de vascaínos gritaram "Ah, é Edmundo!" momentos antes de o jogador cobrar - e desperdiçar - a cobrança contra o Flamengo. Porém, uma voz intrusa atrapalhou a concentração do Animal. Ibson, que cometera a falta em Morais, usou a tática para salvar a própria pele.
- Falei para ele: "Você vai perder, vai chutar para fora" e depois completei: "Edmundo, erra a cobrança porque senão me complica" - conta, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone (assista ao vídeo da malandragem do flamenguista acima).
A vitória era desejada também por outros motivos. Ibson sequer jogou contra o Fluminense na última rodada da primeira fase. Assistiu à derrota dos reservas por 4 a 1 da cadeira especial.
Agüentou uma semana inteiro calado ao que considerou desrespeito do tricolor Thiago Neves. Porém, depois de ajudar o Flamengo a se classificar para a final da Taça Guanabara contra o Vasco e "dançar o créu do alívio", o volante desabafou e criticou a atitude do colega.
- Fiquei muito chateado pela falta de respeito.
GLOBOESPORTE.COM: Afinal, o que você falou para o Edmundo momentos antes do pênalti?\ Ibson: Falei para ele: "Você vai perder, vai chutar para fora" e depois completei: "Edmundo, erra a cobrança porque senão me complica". Fui no ouvido dele dizer umas besteiras, precisava desconcentrá-lo.\
A tática, pelo visto, deu certo. Costuma fazê-la sempre?\ Não, foi a primeira vez. Eu tinha feito o pênalti e precisava tentar ajudar o Flamengo de algum jeito. Fiquei incomodando o Edmundo e deu certo.\
Durante a semana, o Bruno comentou que "se garante" dentro de campo. Realmente há essa confiança no camisa 1?\ Ele nos passa muita tranqüilidade. Mas não só no Bruno. Temos um grupo com 30 jogadores e confiamos em todos os que estão em campo.\
Obina, Leo Moura e Ibson dançam créu depois do triunfo sobre Vasco: alívio
No início do ano surgiram algumas críticas às suas atuações. Contra o Vasco foi sua melhor atuação em 2008?\ Posso dizer que sim. Domingo fui completo. Ajudei na marcação, fui à frente e quase fiz um gol. Peguei na veia, mas o goleiro salvou.\
E a dança do créu no fim do jogo? Foi uma resposta ao Thiago Neves?\ Fiquei muito chateado pela falta de respeito dele. A gente dança quando comemora gols, mas com a nossa torcida. Nunca na frente da adversária. Ele deveria aprender a não desrespeitar um rival porque as coisas mudam e um dia ele pode jogar aqui. A torcida do Flamengo é um espetáculo e jamais mereceria isso.\
Aquela derrota, mesmo em um jogo sem muito interesse, doeu tanto assim?\ Eu não joguei, mas senti na pele da arquibancada. Não dormi naquele dia, minha mulher está de prova. Os jogadores que entraram em campo ouviram muitas críticas. Aqui, quando perde, perde todo mundo.\
Fluminense e Vasco agora são passado. No domingo será a vez do Botafogo. Qual é a receita para a final?\ Será um jogo muito complicado. Mais um clássico pela frente e o Botafogo tem uma bela equipe. Assim como no jogo contra o Vasco, quem errar menos vai ganhar.\
Fábio Luciano: 'Não sei se sou ídolo'
Zagueiro é exaltado pela torcida do Flamengo e comparado ao 'deus da raça', Rondinelli
Eduardo Peixoto
Fábio Luciano e Ronaldo Angelim, do Flamengo, remam na Lagoa
Fábio Luciano tem sete meses de Flamengo. Porém, diz que parecem dez anos. A torcida concorda. No domingo, em diversos momentos do clássico contra o Vasco, o nome do zagueiro foi lembrado nas arquibancadas.
Capitão, líder e porto seguro da defesa. Se não bastasse, ainda foi à frente e marcou um gol. Nem o chute que levou de Edmundo no braço direito no primeiro tempo o tirou de campo.
A entrega o fez comparado ao deus da raça do Fla da década de 1970, Rondinelli.
- Não sei se sou ídolo. Acho que um jogador só atinge esse status com títulos. É isso que marca. Mas sei que a torcida tem simpatia por mim. Vejo isso diariamente nas ruas. Meu esforço é por eles - diz.
Na tarde desta segunda-feira, ele esteve na sede de remo do Flamengo, na Lagoa. O braço não tinha qualquer imobilização. Contudo, o local está inchado. Mesmo assim, Fábio se arriscou nas águas e remou ao lado do companheiro de zaga Ronaldo Angelim. Eles trocaram elogios.
- Com certeza vou lembrar do Angelim como um grande companheiro de zaga da minha carreira. Era o chefe da cozinha e me recebeu muito bem - diz Fábio.
Autor do gol da vitória, Ronaldo Angelim novamente encheu-se de modéstia para exaltar outros companheiros.
- Meu gol foi importante. Mas não dá para esquecer de como o Bruno e o Fábio foram fundamentais para a nossa vitória - diz.
Joel Santana e Cuca trocam gentilezas
Em entrevista, técnicos finalistas da Taça Guanabara apontam os segredos de Fla e Bota
Finalistas da Taça Guanabara e prontos para duelar fora das quatros linhas, o técnico do Flamengo, Joel Santana, e o comandante do Botafogo, Cuca, se encontraram nesta segunda-feira no programa "Arena SporTV". Pré-temporada, contratações, primeiro turno do Carioca, favoritismo e rivalidade foram alguns dos temas da conversa. Adversários na decisão do próximo domingo, no Maracanã, os treinadores trocaram elogios durante a transmissão e mostraram confiança nas suas equipes para a conquista do título. Abaixo, confira os melhores momentos do encontro.
LANCE
Flamengo e Botafogo empatam em decisões de Taça Guanabara
No entanto, nos dois anos em que decidiu torneio com rival,\ Rubro-Negro jamais conquistou o título carioca na seqüência\
LANCEPRESS!\ Finalistas da Taça Guanabara, Flamengo e Botafogo se enfrentaram apenas duas vezes em finais do torneio, com uma vitória para cada lado. Em 1968, o Alvinegro goleou impiedosamente por 4 a 1, com gois gols de Gerson. Já em 1995, Romário balançou a rede três vezes na vitória rubro-negra por 3 a 2.\
Curiosamente, o Fla jamais foi campeão carioca no mesmo ano em que decidiu a Taça Guanabara contra o Glorioso. Em 1968, o próprio Botafogo acabou conquistando o título estadual e em 1995, o Fla perdeu o Carioca para o Fluminense.
A Taça Guanabara foi criada em 1965 para definir o representante do Estado da Guanabara (atual cidade do Rio de Janeiro) na Taça Brasil. Mesmo após o torneio nacional ter acabado em 1968, a Taça GB continuou a ser disputada, quase sempre como primeiro turno do Carioca (isso não ocorreu em 1980, 1994 e 1995).
Fábio Luciano vive dia de herói no Flamengo
Zagueiro ajudou a virar o jogo contra o maior rival na semifinal da Taça GB
Fábio Luciano (à esq.) chegou a se machucar na semifinal, mas foi até o fim. Já Angelim fez o gol da vitória (Crédito: Gilvan de Souza)
LANCEPRESS!
O zagueiro Fábio Luciano foi um dos heróis do Flamengo na semifinal contra o Vasco, ao marcar o gol de empate, no fim do primeiro tempo. Ele e o zagueiro Ronaldo Angelim, que marcou o outro gol do Fla, deram uma concorrida entrevista coletiva conjunta na sede náutica do clube, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. Fábio comentou a homenagem ao atacante Ronaldo e garantiu que o gesto foi espontâneo, apesar de sugerido pelo patrocinador.
- A homenagem que a gente decidiu fazer ao Ronaldo, foi uma idéia do patrocinador que nós aceitamos muito bem, porque o Ronaldo é um exemplo de superação no futebol. Não tínhamos nenhuma obrigação, mas quem quisesse abraçar a idéia seria bem-vindo. Nada ia acontecer se eu não fizesse o gesto em homenagem ao Ronaldo - ressaltou Fábio Luciano.
O capitão do time afirmou também que vai continuar a manter a mesma dedicação na final do próximo domingo, contra o Botafogo. Segundo ele, a torcida sabe identificar quem joga com raça ou não, e sabe que só a conquista de títulos pode fazer com que seja tratado como ídolo pelos Rubro-Negros.
- Dentro do Flamengo tem que se dedicar para que a torcida reconheça. A nossa torcida é uma que vai muito ao estádio e por isso sabe muito bem quem se dedica ou não. Fico feliz pelas manifestações de carinho, mas ainda não me sinto ídolo, pois não conquistei títulos aqui. E no futebol não há história sem título - conclui
Toró espera voltar ao time contra o Botafogo
Contundido, apoiador não pôde enfrentar o Vasco na semifinal
Toró tem boa chance de atuar na decisão (Crédito: Gilvan de Souza)
LANCEPRESS!\ Um dos jogadores mais importantes para o esquema do Flamengo nesta temporada, o apoiador Toró não participou da partida de domingo por causa de dores musculares na coxa direita, sofrida em Tacna, no Peru.\
Mas quem pensou que ele iria assistir ao jogo em casa se enganou. O jogador esteve no Maracanã na semifinal diante do Vasco e já mostrou esperanças de voltar ao time na grande decisão da Taça Guanabara, contra o Botafogo, no próximo domingo.
– A pior coisa para um jogador é ficar fora de um jogo decisivo como foi este contra o Vasco. Mas se Deus quiser na semana que vem poderei jogar e ajudar o Flamengo a sair com o título da Taça Guanabara – disse.
Toró lesionou-se na partida da última quarta-feira, contra o Coronel Bolognesi, na estréia do Flamengo na Copa Libertadores. Pelo Carioca, ele já fez cinco jogos e marcou um gol, contra o Macaé. É um dos homens de confiança do técnico Joel Santana.
No Maracanã, Toró estava ao lado do apoiador Renato Augusto, que se recupera de uma cirurgia feita no rosto, e do zagueiro Thiago Sales, que não havia sido relacionado para o clássico contra o Vasco.
No Fla, jogadores concordam que final é justa
Times se encontrão na decisão da Taça Guanabara\ LANCEPRESS!\
Depois de decidirem o Campeonato Carioca do ano passado, Flamengo e Botafogo estão na final da Taça Guanabara de 2008. No clube da Gávea, o técnico Joel Santana e todos os jogadores concordam que as duas equipes merecem jogar a finalíssima.
- O futebol mostra que é justo as duas equipes estarem na final, são as mais regulares do campeonato - afirmou Fábio Luciano à Rádio Brasil.
- Pelas campanhas que fizeram são os melhores times, que apresentaram o melhor futebol. O jogo será decidido por quem errar menos - declarou o zagueiro Ronaldo Angelim.
Os jogadores do Flamengo também acreditam que o atacante Jorge Henrique jogará a decisão.
- Em jogos decisivos, os jogadores sempre se superam, Fábio Luciano é um exemplo disso na partida deste domingo - encerrou Angelim.
Juan bate na tecla de não existir favoritos
Lateral festejou fato de terem eliminado o maior rival do Fla\ LANCEPRESS!\
Campeão Estadual pelo Flamengo em 2007 contra o Botafogo, o lateral-esquerdo Juan repeliu o favoritismo atribuído ao Rubro-Negro para a decisão da Taça Guanabara contra o Alvinegro, revelando expectativa por um jogo equilibrado.
- Não tem favorito para este jogo. Os times estão bem encaixados e será um grande jogo - limitou-se a dizer.
Sobre a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, o camisa 6 rubro-negro mostrou um certo alívio com o triunfo e ainda falou da emoção de defender o Flamengo em um Maracanã lotado:
- Foi uma tensão muito grande, ainda mais por termos vencido o nosso maior rival. O time está de parabéns pela conquista. É difícil explicar a sensação de jogar pelo Flamengo no Maracanã, pois a nossa torcida nos contagia. Só posso dizer que eles nos passam um sentimento de luta e raça e é uma sensação muito boa.
Fabio Luciano revela que já foi atacante
Capitão do Fla, no entanto, se diz desacostumado a marcar gols\ LANCEPRESS!\
Ovacionado por ter marcado o primeiro gol da vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, o zagueiro Fabio Luciano revelou que já atuou como atacante, mas festejou o fato de ter sido deslocado para a zaga, fato que agradeceu a Vanderlei Paiva, que o treinou na Ponte Preta.
- Eu fui atacante, mas ainda bem que eu mudei. Se eu continuasse como atacante, acho que morreria de fome - brincou, emendando:
- Graças a Deus tive um treinador amigo (Vanderlei Paiva, na Ponte Preta), que me mandou para o ataque. Agradeço muito a ele.
Apesar de já ter atuado na frente, o capitão rubro-negro garante que não tem mais a mesma intimidade para balançar as redes adversários:
- É bom porque não é um lance que estamos acostumados a viver. É gostoso.
Angelim chora ao ser festejado pela mãe
Emoção, segundo o zagueiro, deve-se também ao fato de jogar pelo Fla
Angelim é o cabeça de ferro (Crédito: Paulo Sergio)
LANCEPRESS!
Muito festejado pelo gol que classificou o Flamengo para a final da Taça Guanabara, Ronaldo Angelim, ao falar com sua mãe, Francisca Simões Angelim, no Sportv, trocou os sorrisos pelas lágrimas, estas, é claro, de alegria.
- Juazeiro, onde 90% é flamenguista, está em festa - disse, após o choro provocado pelos elogios da mãe.
Angelim ainda explicou que a emoção não se restringia ao carinho da mãe, mas também ao fato de ter se destacado em um jogo decisivo pelo Flamengo, clube pelo qual, segundo o próprio jogador, jamais imaginou que jogaria.
- Não posso mentir: jamais esperava que chegaria aqui um dia e fico muito feliz por isso - encerrou.
Fabio Luciano se diz identificado com o Flamengo
Zagueiro se sente como se estivesse no clube há dez anos\ LANCEPRESS!\
Há sete meses no Flamengo, o zagueiro Fabio Luciano destacou a identificação que criou com o clube e com a torcida rubro-negra. O camisa 3 da Gávea ainda classificou ida para o Rubro-Negro como um marco em sua carreira.
- A oportunidade de vir jogar pelo Flamengo, trouxe um marco para a minha carreira: atuar pelo Corinthians e pelo Flamengo. E agora tenho minha primeira chance de título aqui, pois no Brasileirão, quando cheguei, não dava mais tempo. O grupo está pronto para disputar várias competições. Eu estou aqui há sete meses, mas parece que estou há dez anos. Dentro do Flamengo, tem que se dedicar para que o torcedor reconheça - pregou.
Ambientado ao clube mais popular do país, o capitão rubro-negro ainda não se considera um ídolo, atrelando a possível conquista deste posto ao levantamento de taças.
- Fico feliz com a confiança que a torcida tem depositado em mim. Eles confiam no meu trabalho e têm reconhecido isso. Ontem (domingo), ficou evidente. Mas só vou me considerar ídolo d