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Clipp 16/setembro

Noticiário do Flamengo na midia

Por - em

O Globo

Unidos pela Argentina, separados pelo futebol

Torcedores de Fla e Vasco, adversários de hoje no Maracanã, argentinos lamentam que filhos torçam para rival

Legenda da foto: ALEJANDRO DUPONT é torcedor do Vasco e reclama que seu filho de dez anos seja fanático pelo Flamengo de Jorge Sápia, cujo filho é vascaíno

Gian Amato

Ao trocar o sol da bandeira pelo calor carioca, imigrantes da Argentina formaram uma colônia. Mas o que une dois argentinos em particular é a dor que nenhum pai gosta de sentir. Seja brasileiro ou não, o que perturba um fanático por futebol é ver o filho escolher outro time. Pior quando têm preferência por Flamengo ou Vasco, adversários de hoje no Maracanã, às 18h10m. Alejandro Dupont é vascaíno de Rosário, cidade onde nasceu Maxi, promessa de ídolo rival. Para seu desgosto, Ariel, 10 anos, veste com orgulho a camisa do time da Gávea. Jorge Sápia é rubro-negro desde que se tornou carioca, há 30 anos. Gabriel, 25 anos, não puxou o pai: prefere Conca e Dudar, hermanos de São Januário.

- Fizeram mandinga para meu filho virar Vasco. Ele foi cooptado pelos vizinhos e amigos - lamenta Jorgito.

- Prometi presentes, intimidei e até usei psicologia, mas nada. Os tios pressionaram. E ele virou Flamengo - desabafa Alejandro.

Ídolos argentinos são esquecidos pelos clubes

Os dois celebram o crescimento da participação argentina no futebol brasileiro. Em uma edição do campeonato nacional que registra 23 jogadores estrangeiros, seus conterrâneos são maioria, com sete em diferentes times do país. No Rio, são quatro, dois em cada time. Darío Conca e Emiliano Dudar pelo Vasco; Hugo Colace e Maxi Biancucchi no Flamengo.

- O Maxi é um traidor. Ele é de Rosário, como eu, e deveria estar no Vasco - provoca Alejandro Dupont, um massoterapeuta de 39 anos, que chegou ao Rio em 1988 e adquiriu a febre vascaína depois de casado, por pura implicância. - Meus cunhados são rubro-negros, eu faço oposição.

Professor de sociologia e fundador do bloco carnavalesco "Meu bem, volto já", Jorgito, 53 anos, é rubro-negro clássico. Torce pelo Flamengo por causa de Horácio Narciso Doval e pela semelhança com a camisa do San Lorenzo, seu time na terra natal. Na primeira vez em que esteve no Rio, em 1972, viu o argentino ser campeão carioca com o Flamengo. De volta ao Brasil definitivamente, em 1976, em busca de refúgio da ditadura em seu país, que começara naquele ano, ficou impressionado com a habilidade de Doval no Posto 9 - e na noite de Ipanema...

- Mandava nas areias. Adorava vê-lo jogar na rede em frente à Rua Vinícius de Moraes - lembra Jorgito. - Era meio malucão, tinha tudo a ver com o Rio daquela época.

Em 1976, Doval estava no Fluminense e marcou de cabeça o gol do título carioca. Contra quem? Vasco.

- Um argentino não deve fazer gols contra o Vasco - reprova Dupont, ainda fascinado com a biografia do goleiro Andrada, também natural de Rosário e que entrou para a história por ter sofrido o milésimo gol de Pelé.

O reconhecimento dado a Andrada e Doval pelos torcedores não é o mesmo dispensado pelas diretorias dos clubes. Nos sites oficiais (www.vasco.com.br e www.flamengo.com.br), o goleiro e o atacante sequer são citados nas galerias de ídolos.

- Argentinos sempre se deram bem na cidade. Rivalidade, só em campo - declarou Jorgito, introduzido no mundo do samba e da bossa nova por Toquinho, Chico Buarque e Carlinhos Vergueiro, companheiros das peladas no final da década de 70.

- Muita coisa mudou. A praia é mais iluminada, mas era mais pacífica. E o futebol-arte acabou. Mesmo com todos os argentinos - brinca Jorgito, com irreverência de carioca e sotaque portenho.

O desbunde de Ipanema virou mesmo história. Hoje, moram por lá os comportados Conca e Dudar. Este acabou de ter um filho, Santino, e está na torcida para o herdeiro não virar rubro-negro.

Clássico de caminhos opostos

Hoje, Flamengo e Vasco estão em caminhos e lados opostos da tabela. Enquanto o time de São Januário tenta ficar entre os quatro primeiros, posição que garante vaga na Libertadores, o Flamengo procura se afastar da zona de rebaixamento.

Se no rubro-negro a escalação de Maxi foi descartada e o apoiador Hugo Colace está confirmado no banco de reservas, no Vasco os argentinos têm presença garantida. O técnico Celso Roth irá começar com Dudar no lugar do zagueiro Vílson, suspenso. No meio-campo, Conca é titular. Roberto Lopes entra no lugar de Amaral.

No Flamengo, que repete o time que venceu o Cruzeiro, Joel Santana diz que o momento do Vasco é melhor. Mas sugere cautela nas previsões.

- O Vasco está mais completo, mais descansado e sua posição é melhor que a nossa. Mas em clássico, não arrisque palpites porque pode queimar a língua.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano (Thiago Sales), Ronaldo Angelim e Juan; Rômulo, Cristian, Jaílton e Toró; Renato Augusto e Obina. Vasco: Sílvio Luiz, Júlio Santos, Dudar e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Roberto Lopes, Perdigão, Conca, Marcelinho e Rubens Júnior; Leandro Amaral. Juiz: Marcelo de Lima Henrique (RJ).

TRANSMISSÃO: Premiere e Rádios Globo e CBN

Renato Mauricio Prado

Teste de fogo

O Flamengo escalará, uma vez mais, o seu meio-campo "criatividade zero" (Rômulo, Jaílton, Cristian e Toró), que deu certo contra o Cruzeiro. É uma boa oportunidade para conferir se a invenção de Joel Santana realmente funciona ou se o esquema "cinturão de castidade" foi salvo, no meio da semana, por uma excepcional atuação individual do lateral-direito Leonardo Moura.

É verdade que, apesar dos quatro brucutus na meia-cancha, o rubro-negro foi ofensivo e jogou bem.

Mas o Vasco de Celso Roth tem atuado com maior eficiência, neste Brasileiro, e, por isso, pisa o gramado do Maracanã, hoje à tarde, com leve favoritismo.

Nos confrontos deste ano, o Fla levou vantagem na decisão da Taça GB (vitória nos pênaltis) e perdeu na Taça Rio.

Por isso, a torcida costuma dizer que se é decisão, dá Fla, senão, dá Vasco. Hoje, o jogo é importante para ambos (por motivos opostos), mas não é decisão...

Jornal dos Sports

Vasco traz boas lembranças a Juan

Wallace Teixeira

Juan é o artilheiro do Flamengo no Campeonato Brasileiro com cinco gols

Artilheiro do Flamengo até o momento neste Brasileiro, com cinco gols, o lateral-esquerdo Juan reencontrará esta noite um adversário que lhe traz ótimas lembranças. O Vasco foi o time em que o jogador marcou o gol que consolidou o título da Copa do Brasil do ano passado. Mais de um ano após a façanha, ele ainda guarda aquele momento especial na memória.

“Foi marcante, não só para mim, como para o grupo. Nunca vou esquecer daquele dia, que foi muito especial e significante na minha carreira. Mas agora é bem diferente. Precisamos desses três pontos para ganhar mais confiança”, afirmou Juan.

Duelo com Wagner Diniz\ Para sair vencedor da partida de hoje, o lateral rubro-negro sabe que terá um adversário de grande qualidade pela frente. Do outro lado estará Wagner Diniz, que vem sendo um dos destaques do Vasco, nos últimos jogos.\

“É um grande jogador e precisarei tomar muito cuidado com ele. Torço para sair vencedor, mas prefiro não analisar o duelo individual. Nossas características são ofensivas, mas temos também muita responsabilidade na marcação”, analisou o lateral.

O bom momento já o faz entender que este é o melhor ano de sua carreira. Além de ter virado uma das referências do time, Juan ainda descobriu que também tem o faro de gol.

“Ser artilheiro é legal, mas logo o Obina e o Souza irão me ultrapassar. Minha função é deixá-los em condições de marcar. Estou amadurecendo, melhor fisicamente, e o bom futebol está reaparecendo”, avaliou.

Mistério na escalação no Clássico dos Milhões

Perdigão e Fábio Luciano ainda não estão confirmados. Definição só sairá minutos antes do jogo

Thiago Bokel e Pedro Veríssimo

Perdigão (foto) e Fábio Luciano dependem da liberação do departamento médico para jogar

No duelo entre duas velhas raposas do futebol brasileiro, Celso Roth e Joel Santana, o mistério nas escalações não poderia faltar para o clássico de hoje entre Flamengo e Vasco, às 18h10, no Maracanã. Enquanto o primeiro ainda aguarda a confirmação do cabeça-de-área Perdigão, que torceu o tornozelo direito contra o Grêmio, o segundo espera a liberação de Fábio Luciano, pelo departamento médico.

Todo o esforço está sendo feito para as equipes jogarem completas, já que uma vitória é essencial para o Flamengo entrar de vez na zona de classificação da Sul-Americana e o Vasco voltar ao G-4.

O capitão rubro-negro sentiu uma fisgada na coxa esquerda na vitória sobre o Cruzeiro e acabou virando dúvida. No entanto, no mini-coletivo realizado ontem na Gávea, o zagueiro treinou normalmente entre os titulares e praticamente garantiu presença.

Se o improvável acontecer e Fábio Luciano não puder jogar, Joel deve escolher o zagueiro Thiago Sales como seu substituto. Entretanto, o técnico quis deixar uma dúvida no ar e preferiu não antecipar a sua preferência.

“Para que vocês querem saber disso? Me diz a escalação do Vasco. Aposto que o Roth também não passou nada. Prefiro não dizer qual a minha opção entre o Thiago Sales e o Rodrigo Arroz”, despistou.

Roth ainda não confirmou o meio

E realmente Joel tem razão. Além de aguardar Perdigão até momentos antes do jogo, o treinador vascaíno ainda não se definiu entre Roberto Lopes e Xavier para substituir Amaral, que levou o terceiro cartão amarelo na derrota para o São Paulo. A tendência é de que ele escale o primeiro. Se Perdigão não puder jogar, Andrade entrará no seu lugar.

Celso Roth também não poderá contar com o zagueiro Vílson, uma das revelações da equipe no Brasileiro, que está suspenso. Em seu lugar, o técnico vai escalar Dudar, que se recuperou de uma lesão no joelho há pouco tempo.

Nesse clima de esconde-esconde, o clássico de hoje, no Maracanã, pode ser decidido no fator surpresa. Com a experiência de quem está no futebol há muito tempo, os dois técnicos sabem que pequenos detalhes podem fazer toda a diferença no final do jogo.

Fábio Luciano pode reforçar o Fla contra o Vasco

Dúvida para o clássico deste domingo, contra o Vasco, o zagueiro Fábio Luciano mostrou condições de jogo e atuou no coletivo deste sábado, no Flamengo. Joel Santana, técnico da equipe rubro-negra, preferiu optar pela cautela na hora de escalar o jogador.

“Vou esperar para definir até amanhã (domingo). O Fábio é um jogador experiente e saberá dizer se tem condições ou não de entrar em campo. O importante é que com ou sem ele estaremos bem servidos no setor”, comentou o treinador.

Na última quarta-feira, durante a vitória sobre o Cruzeiro, por 3 a 1, o zagueiro flamenguista sentiu dores musculares na coxa esquerda e, desde então, é dúvida para a próxima partida.

Marcos de Castro

Banho-De-Cuia

Quando quer

Marcos de Castro castro@jsports.com.br

Um jogador tem de querer jogar sempre que está em campo. Se estiver em campo e não quiser jogar, há duas hipóteses: primeira, está tendo problemas de relacionamento com o técnico ou com os companheiros; segunda, tem problemas de cabeça. Até onde se sabe, Roger, do Flamengo, não tem problemas nem com Joel nem com os companheiros. Logo — é o que nos ensina a lógica aristotélica mais primária —, a cabecinha é o problema.

Compare o leitor os jogos do Flamengo contra o Inter, em Porto Alegre, e contra o Cruzeiro, na última quarta-feira, no Maracanã. Contra o Inter, quando o Flamengo levou um banho de bola do time gaúcho e perdeu de 3 a 0, Roger estava em campo no 1o tempo. Estava mas não estava, segundo os jornais. Na verdade, andou em campo, ou, pior ainda, arrastou-se, como se diz de quem está alheio ao jogo. Foi substituído por ter sido uma nulidade nos 45 minutos em que jogou (?).

Não foram precisos mais do que três dias para uma transformação radical no espírito do time. O Flamengo foi escalado sem Roger para o jogo contra o Cruzeiro, no Maracanã. Vice-líder do campeonato, teoricamente o Cruzeiro no momento é um time melhor do que o Inter. Pois desta vez o Flamengo é que deu um banho de bola. Basta dizer que uma das situações de risco mais comuns em futebol é um time naufragar quando, ganhando de 2 a 0, leva um gol. O Flamengo levou um gol nessa situação e, em vez de naufragar, foi à luta e afundou o Cruzeiro, fazendo o terceiro gol num contra-ataque primoroso, bola de pé em pé.

Diz o vice-presidente de Futebol do Flamengo, Sr. Kleber Leite, que Roger vai de casa pro trabalho e do trabalho pra casa, não bebe, não tem uma vida extravagante, treina regularmente, ou seja, além de jogador de futebol, é um perfeito atleta. Ora, ninguém nunca disse, nem supôs, que Roger beba, ou pelo menos que o faça de maneira imoderada (pois um copinho de cerveja de vez em quando não faz mal a atleta algum). Nenhuma característica de Roger indica que ele seja um beberrão, jamais passou pela cabeça de alguém tal suposição, citada pelo cartola rubro-negro. O problema de Roger, brilhante tecnicamente, é jogar quando quer, atitude pouquíssimo profissional.

O Dia

Flamengo x Vasco: Vale mais que o título

Fla e Vasco fazem no Maracanã mais um capítulo do seu campeonato à parte

Ana Carla Gomes e Martha Esteves

Rio - Na Gávea ou em São Januário, a mesma lição é aprendida desde cedo: vitória sobre o eterno rival vale tanto quanto um título. Ainda nas divisões de base, os rubro-negros Renato Augusto, Rômulo e Thiago Salles e os vascaínos Vílson e Allan Kardec entenderam o peso de disputar o clássico de maior rivalidade do futebol do Rio. Até os argentinos Maxi Biancucchi e Hugo Colace, há pouco tempo na Gávea, e Darío Conca e Emiliano Dudar, já adaptados na Colina, sabem que o jogo das 18h10, no Maracanã, tem a mesma importância para Flamengo e Vasco.

O Rubro-Negro, em 14º lugar, pode subir na tabela e ganhar fôlego para buscar vôos mais altos. Com uma vitória, o time cruzmaltino consolida a sua posição de melhor do Rio e a provável vaga na Copa Libertadores.

Desta vez, o técnico Joel Santana não vai usar a velha arma de manter mistério. A única dúvida é o zagueiro Fábio Luciano, que disputou coletivo ontem e será testado. Se não jogar, Thiago Salles ou Rodrigo Arroz disputam a vaga. No ataque do Flamengo, Obina vai jogar ao lado de Renato Augusto, já que Souza está suspenso.

O meio-campo é o mesmo escalado na vitória de 3 a 1 sobre o Cruzeiro: Rômulo, Cristian, Jaílton e Toró. “Trabalhei nos dois clubes e sei da importância da vitória para cada um. O Vasco está em vantagem sobre nós no Campeonato, mas em clássico tudo pode acontecer. Espero ter mais sorte e vencer”, diz Joel Santana.

Obina, que se machucou nas semifinais da Taça Guanabara, depois de ter feito um gol contra o Vasco, espera ter sorte melhor. “A vitória será muito bem-vinda. Ainda mais com um golzinho meu”, salienta.

No Vasco, o técnico Celso Roth, que também já esteve do lado rubro-negro, espera um jogo difícil, independentemente de as duas equipes estarem em momentos diferentes no Brasileiro. Diante do arqui-rival, o clube de São Januário quer voltar a vencer no Brasileirão, já que vem de um empate e duas derrotas no campeonato.

“Não tem como o torcedor não interagir. A situação das duas equipes no campeonato vai resultar num jogo muito forte e intenso. Esperamos uma partida complicada e que prevaleça quem tiver as melhores oportunidades. Mas é claro que a expectativa é que o Vasco seja o mais equilibrado”, opinou Roth.

O volante Perdigão, recuperado de lesão no tornozelo direito, volta ao time. Roberto Lopes e o argentino Dudar ganham, respectivamente, as vagas de Amaral e Vílson, suspensos.

Longe da filha, Leonardo Moura passou por momentos difíceis e foi até vaiado

Janir Júnior

Rio - A pressão diária no Flamengo fez Leonardo Moura ficar com o lado psicológico abalado. A saudade da filha, Maria Eduarda, que deixou o Rio para morar no interior de Santa Catarina com a mãe, Juliana, jogadora de vôlei e ex-mulher do lateral, mexeu com o coração de Léo. O reflexo foi sentido nas pernas. O jogador caiu de produção, cometeu erros bobos, foi vaiado pela torcida.

Depois da grande atuação na vitória contra o Cruzeiro, ele sabe que hoje, contra o Vasco, é hora de selar a volta por cima. “Vai ser um time querendo traçar o outro. Precisamos mais do que nunca dessa vitória. Tenho personalidade e não vou deixar de criar e chutar em gol”, garante Leonardo Moura.

Sobre a vida particular, ele não se estende muito quando o assunto é o lado amoroso e o namoro com a funqueira Perla. “Estou bem, tranqüilo”, desconversa.

Já sobre Maria Eduarda, a filha de 1 ano e 3 meses, Léo Moura abre o coração. “Senti muito quando ela foi morar longe. Nunca imaginei que isso fosse acontecer. Já fiquei um mês sem ver a Duda. Às vezes, o torcedor vaia sem saber dos nossos problemas. Tudo que faço é para minha filha”, destaca.

Duda nasceu às vésperas do título da Copa do Brasil do ano passado. Léo Moura sempre leva uma camisa com a foto da filhota, cujo nome está gravado na chuteira, para os jogos.

Depois de uma série de atuações apagadas, Leonardo falhou grosseiramente na derrota para o Internacional, quando cobrou falta de forma displicente. O lance deu origem ao gol do adversário. “Foi um erro que custou caro, mas aprendi com isso”, garante o jogador.

O lateral conhece bem a pressão que é jogar no Flamengo. “Em 2005, algumas pessoas chegaram a me cobrar de forma mais exaltada”, recorda o lateral.

Ele tem noção do que representa o clube: “O Flamengo é muito grande para viver lutando contra rebaixamento. A gente dá um passo e depois volta. Isso desgasta”.

Criado na Vila Kennedy, Zona Oeste, Léo Moura viu alguns amigos optarem pelo tráfico de drogas. Com orientação da família, ele trilhou o caminho do futebol. Hoje, goza de conforto na Barra. Mas, ao contrário da límpida água da piscina do condomínio, a fase do Flamengo não é nem um pouco azul.

Gazeta Esportiva

Flamengo e Vasco colocam rivalidade à prova no Maracanã

Gazeta Press

Rio de Janeiro (RJ) - Apesar de válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, o jogo entre Flamengo e Vasco, marcado para este domingo, às 18h10 (de Brasília), no Maracanã, será o primeiro confronto entre as duas equipes na competição deste ano. Isso porque, devido aos Jogos Pan-americanos, o duelo do primeiro turno foi adiado para o dia 18 de outubro, o que gerou a revolta dos vascaínos, que queriam ter jogado em São Januário no primeiro semestre. O fato só aumentou a rivalidade histórica entre rubro-negros e cruzmaltinos.\ Neste domingo, o jogo continua sendo de muita importância, como sempre aconteceu na história centenária das duas equipes. Porém, o objetivo dos clubes na luta pela vitória é bem diferente. Com 39 pontos, os vascaínos querem voltar a figurar na zona de classificação para a Copa Libertadores. Já os flamenguistas, com sete pontos a menos, planejam fugir da zona de rebaixamento.\

Joel Santana, técnico do Flamengo, já participou várias vezes do clássico, pelos dois lados, e sabe que sair de campo vitorioso é muito complicado. Para ele não basta apenas ter um bom desempenho técnico e tático dentro das quatro linhas, mas também exibir uma raça fora do comum.

”Clássico entre Flamengo e Vasco não se ganha apenas com tática e técnica. Elas também são importantes, mas é necessário colocar raça e coração dentro de campo, acreditar em lances perdidos e ir sempre na bola. Calma e tranqüilidade são fundamentais. Frieza na hora de decidir”, analisou Joel Santana.

O pensamento do outro lado do campo é o mesmo. O técnico Celso Roth participa pela primeira da história do clássico pelo lado vascaíno e já percebeu que a realidade deste confronto é bem diferente das demais. Em 2005, treinando o Flamengo, ele superou o rival por 1 a 0.

“Percebi que, aqui no Vasco da Gama, este é jogo é completamente diferente dos demais e quem me mostrou isso foi o presidente Eurico Miranda. Trata-se de um título à parte que está sendo disputado e é como se fosse uma grande decisão”, disse Roth.

Os jogadores também não escondem que a motivação para uma partida como esta é sempre diferente. “Mesmo se fosse um jogo apenas para cumprir tabela, o interesse seria grande. Já joguei dos dois lados e sei que é sempre muito bom deixar o campo com os três pontos”, disse o lateral-direito Léo Moura.

Pensamento parecido tem o atacante vascaíno Leandro Amaral. Para ele, ganhar do Flamengo é importante para dar ânimo novo ao time. “Perdemos para o São Paulo num jogo em que merecíamos melhor sorte. Foi um resultado que a gente não esperava. Por isso, ganhar do Flamengo é de fundamental importância, pois precisaremos voltar a embalar na competição e ganhar moral”, analisou Leandro.

As duas equipes têm problemas para esse clássico. Joel Santana sofre mais, pois não poderá contar com o zagueiro Fábio Luciano, vetado com dores na coxa esquerda, os meias Ibson, com dores no tornozelo direito, e Roger, que continua recuperando a forma física, e os atacantes Maxi, estiramento na coxa esquerda, e Souza, suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo.

Celso Roth não terá o zagueiro Vilson e o volante Amaral, suspensos por terem recebido o terceiro cartão amarelo diante do São Paulo. Com isso, o argentino Emiliano Dudar reaparece na zaga e Perdigão no meio-de-campo. Tentando fortalecer a marcação, o treinador optou ainda pela entrada de Roberto Lopes na vaga de Andrade.

Renato Augusto dá susto, mas estará no clássico

Gazeta Press

Rio de Janeiro (RJ) - Se não bastasse a série de problemas para escalar o time do Flamengo, o técnico Joel Santana levou um susto no último treino antes do clássico deste domingo contra o Vasco, no Maracanã. O meia Renato Augusto cortou os lábios durante o recreativo realizado na manhã deste sábado, na Gávea, e teve que deixar a atividade sangrando muito. Porém, o atleta está confirmado para o confronto.\ “O Renato Augusto levou dois pontos na boca, mas não será problema e está à disposição do Joel Santana para o jogo. Ele sequer está com problemas para dar entrevista”, minimizou o médico José Luís Runco.\

Renato Augusto, que foi hostilizado por alguns torcedores no treino por causa de seu baixo rendimento nos últimos jogos, formará dupla de ataque com Obina, pois Souza está suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

Entretanto, a série de problemas do Flamengo não pára por aí. Três desfalques são certos para o embate com os vascaínos: os meias Ibson, com dores no tornozelo direito, e Roger, afastado para recuperar a forma física, e o atacante Maxi, com estiramento na coxa esquerda. Além disso, o zagueiro Fábio Luciano, com dores na coxa esquerda, fará um teste no vestiário para saber se tem condições de jogo. Se for vetado, dará lugar a Thiago Sales ou Rodrigo Arroz.

Com essa dúvida o Flamengo irá a campo neste domingo com: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano (Thiago Sales ou Rodrigo Arroz), Ronaldo Angelim e Juan; Rômulo, Jaílton, Cristian e Toró; Renato Augusto e Obina. Após o treino deste sábado começou o período de concentração para a partida.

PeléNet

Fla e Vasco jogam por metas no Brasileiro e 'campeonato à parte'

Da Redação\ No Rio de Janeiro\

Pela primeira vez neste Campeonato Brasileiro, Flamengo e Vasco enfrentam-se, neste domingo, às 18h10, no Maracanã. Além dos três pontos necessários para o sucesso de seus respectivos - e antagônicos - objetivos nesta Série A, os arqui-rivais buscam uma vitória para conquistar o "título" do "campeonato à parte" que está inserido a cada clássico.

Aliás, a "taça" em jogo neste domingo terá um valor especial para o vencedor. Além de conquistar três pontos e fazer sua torcida gozar a do perdedor, o time que ganhar vai atrapalhar bastante o objetivo do rival.

Neste sentido, a situação do Flamengo é mais delicada. A equipe ocupa a 14ª posição, com 32 pontos, apenas três de vantagem para a zona do rebaixamento. Por isso, se perder o clássico, pode voltar ao grupo dos quatro últimos colocados que caem para a segunda divisão.

"É um clássico de rivalidade muito grande. Precisa de uma preparação diferente. Hoje, temos mais necessidade de vencer. O Vasco está tranqüilo e nós não estamos em uma posição confortável. Não queremos mais chorar na segunda-feira porque voltamos para a zona do rebaixamento", comentou o técnico Joel Santana.

Já o Vasco é o quinto colocado, com 39 pontos, a apenas um da zona de classificação para a Copa Libertadores de 2008. Desta forma, uma vitória sobre o arqui-rival Flamengo pode recolocar o time cruzmaltino no grupo dos quatro primeiros colocados que vão disputar a principal competição sul-americana interclubes no ano que vem.

"Nós, que somos formados nas categorias de base do Vasco, sabemos que este jogo é considerado uma disputa de título dentro do clube. É uma partida que tem grande importância por ser contra nosso maior rival e que poderá representar nossa volta à zona de classificação para a Libertadores da América", observou o jovem lateral-esquerdo Guilherme, opção para o lugar do experiente Rubens Júnior.

Renato Augusto convence Joel a mudar sua posição no Fla

Da Redação\ No Rio de Janeiro\

Desde que começou a ser improvisado no ataque - neste ano, pelo ex-técnico Ney Franco -, o meia Renato Augusto passou a conviver com as críticas de que não demonstra o mesmo futebol atuando na frente. Diante disso, o jogador conseguiu convencer o treinador Joel Santana a mudar um pouco o seu posicionamento em campo.

No clássico deste domingo, contra o Vasco, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, Renato Augusto continuará improvisado no ataque, já que o time não terá Roger, afastado para recuperar a forma física, e Souza, suspenso.

No entanto, segundo a revelação rubro-negra, neste jogo, haverá uma pequena mudança em relação ao seu posicionamento. Para isso, também foi necessário alterar a colocação do meia Toró em campo.

"Ele [Joel] sempre me dá total liberdade. Falei para ele que prefiro vir um pouco mais de trás ou aberto, porque tenho de vir com a bola dominada de frente para o gol, e não de costas. Ele rapidamente pediu para eu abrir mais um pouco e conversou com o Toró", contou Renato Augusto.

O aval de Joel Santana parece ter animado bastante o meia. Tanto que ele prometeu voltar a arriscar mais os chutes de longa distância a partir do clássico contra o Vasco.

"Fui feliz nas vezes que arrisquei chutes de longe, como no clássico contra o Botafogo [pelo segundo jogo das finais do Campeonato Estadual]. Então, não custa nada arriscar de novo", afirmou Renato Augusto.

GloboEsporte

Fábio Luciano mostra que pode jogar

Zagueiro e xerifão rubro-negro não sente mais dores na coxa e motiva mais o time

O Globo\ Fábio Luciano caiu na graças da galera\

O zagueiro Fábio Luciano participou do coletivo realizado neste sábado, na Gávea, e com isso aumentaram suas chances de jogar pelo Flamengo neste domingo, contra o Vasco, no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Fábio sentiu dores musculares na coxa esquerda durante a vitória por 3 a 1 sobre o Cruzeiro, na última quarta-feira. Mesmo sabendo que o jogador está bem melhor, o técnico Joel Santana mostra cautela.

- Vou esperar para definir até amanhã (domingo). O Fábio é um jogador experiente e saberá dizer se tem condições ou não de entrar em campo. O importante é que com ou sem ele estaremos bem servidos no setor - explica, em entrevista ao site oficial do clube.

Caso Fábio Luciano seja vetado, o treinador pode optar entre Thiago Sales e Rodrigo Arroz para compor a zaga com Ronaldo Angelim.

Lance

Medidas anticonfusão para o clássico do Rio

PM proíbe garrafas de vidro e controla venda de ingressos pelas facções

Thiago Asmar

Os clássicos entre Flamengo e Vasco, geralmente especiais dentro de campo, muitas vezes são manchados por brigas entre facções das torcidas de ambos os clubes.

Preocupado com isso, o tenentecoronel do 6º Batalhão da PM (Tijuca), Roberto Alves de Lima, decidiu adotar novas medidas para o combate da violência nas redondezas do Maracanã para este domingo. E as mudanças serão definitivas.

Uma transformação já foi percebida pelos torcedores. Nos últimos jogos realizados no Maracanã, a PM proibiu a presença de ambulantes nas calçadas que ficam em frente às duas principais entradas do estádio, a rampa do Bellini e a rampa da Uerj, com o objetivo de evitar a concentração de muitas pessoas do lado de fora. A partir do clássico haverá outra mudança com este mesmo intuito: os chefes de facções de torcidas só poderão distribuir ingressos aos seus companheiros até meia hora antes do jogo.

– Minha meta com essas medidas é evitar multidões fora do estádio.

É melhor que o torcedor entre no Maracanã logo no momento em que chegar – explicou Roberto.

A PM também proibiu os donos de bares que ficam nas redondezas do Maracanã de venderem bebidas em garrafas de vidro a partir do momento em que faltar quatro horas para o início do espetáculo. Segundo o tenente-coronel, este tipo de objeto pode se transformar em arma na mão de um marginal.

Haverá 300 homens do 6º Batalhão da PM no lado de fora do Maracanã e o policiamento será reforçado nos locais mais críticos.

– Geralmente, os confrontos entre as facções de Vasco e Flamengo acontecem na estação de trem de São Cristóvão ou na Avenida 28 de Setembro, em direção a Vila Isabel.

Teremos uma atenção especial nesses locais – completou Roberto.

Flamengo e Vasco fazem clássico no Maracanã

Partida pode ser divisor de águas para os dois times no Brasileirão

Obina e Leandro Amaral são as esperanças de gol de Flamengo e Vasco, respectivamente (Crédito: Arquivo)

Rodrigo Mandarini e Rodrigo Mendes

Flamengo e Vasco fazem um clássico que por si só já desperta a atenção de todos. As duas maiores torcidas do Rio esperam ansiosamente pelos duelos entre os principais rivais do estado. No Clássico dos Milhões deste domingo, às 18h10min, no Maracanã, não será diferente. A partida será uma espécie de divisor de águas para os times: quem perder se afasta de seu objetivo no Campeonato Brasileiro.

Com 32 pontos, o Flamengo ocupa a 14ª posição, apenas três pontos acima da zona de rebaixamento. Mas, entre os rubro-negros, o momento é de esperança em uma subida que leve o time a brigar até por uma vaga na distante Libertadores.

- Vencer um clássico é importante demais. Estamos visando a uma vaga na Libertadores ou na Sul-Americana e queremos uma vitória para subirmos ainda mais na classificação - afirmou o lateral-direito Léo Moura.

Mais comedido, o técnico Joel Santana nega que esteja pensando na classificação para a Libertadores. Para o comandante rubro-negro, ainda é cedo demais para o time pensar em alguma coisa que não seja ganhar o maior rival para fugir do sufoco.

- Vamos sonhar baixo. Nada de empolgação, nada de oba-oba. Nem saímos ainda do sufoco. Temos o clássico e o Juventude. Aí sim vamos saber aonde poderemos chegar - desconversou Joel.

A prudência do treinador procede. Para o desafio contra o Vasco, o time terá importantes desfalques: Roger e Maxi estão entregues à preparação física, Ibson ainda sente dores no tornozelo direito e Souza está suspenso. Fabio Luciano ainda não é certeza para o jogo.

Já o Vasco, em quinto lugar com 39 pontos, precisa de uma vitória e ainda torcer por um tropeço do Palmeiras contra o Atlético Paranaense para voltar à zona de classificação para a Libertadores.

O técnico Celso Roth terá os desfalques do zagueiro Vilson e do volante Amaral, ambos suspensos com três cartões amarelos. Em suas vagas devem entrar Dudar e Roberto Lopes, respectivamente. Quem é dúvida para a partida é o volante Perdigão. O jogador está se recuperando de uma lesão no tornozelo direito. Caso não tenha condições de enfrentar o Fla, Andrade ocupará o seu lugar.

Por outro lado, Roth terá a volta do zagueiro Jorge Luiz, que cumpriu suspensão na última rodada, quando o Vasco foi derrotado por 2 a 0 pelo São Paulo. Com isso, quem sairá do time é o atacante Alan Kardec, com o esquema do time mudando do 3-5-2 para o 3-6-1, com Leandro Amaral isolado no ataque.

Apesar de o Fla estar bem abaixo na tabela de classificação, Leandro Amaral garante que a motivação no clássico não é piorar a situação do rival. Segundo o jogador, o time, que não vence há três partidas, precisa se cuidar para não se afastar da briga por uma vaga na Libertadores.

- Chegou o momento de voltar a vencer. Temos de nos preparar muito para vencê-los, voltar à zona de classificação para a Libertadores e, conseqüentemente, continuar na briga pelo título brasileiro - disse.

Joel desabafa e cobra lugar na calçada da fama

Técnico diz que já foi muitas vezes campeão e merece mais carinho

(Crédito: Ricardo Cassiano)

Rodrigo Campos e Rodrigo Mandarini

O técnico Joel Santana tem em seu currículo títulos no comando dos quatro times cariocas. Além disso, em 2005, livrou o Flamengo do rebaixamento que parecia inevitável. Apesar dos serviços prestados aos quatro times do Rio, Joel não acha que tem seu valor reconhecido.

- Sou o único técnico do mundo que ganhou títulos pelos quatro times cariocas. Não preciso falar mais nada, está tudo escrito, na história. Tenho 14 títulos no meu currículo, não é pouca coisa. O problema é que eu não fico divulgando - disse Joel, demonstrando mágoa com a falta de carinho que ainda sente.

Com seis títulos conquistados no Maracanã, Joel Santana ainda não entende por que o seu nome não está gravado na calçada da fama do estádio.

- Eu vou cobrar o meu nome lá. Tanta gente já colocou o nome, por que eu não posso colocar o meu? Acho que já fiz bastante coisa para ter o meu nome gravado na história do Maracanã. Quem sabe não se lembram de mim? Quero só o meu nome em um pedacinho, num cantinho já serve. O Maracanã é muito grande e acho que mereço uma homenagem como essa - desabafou Joel.

Uma das coisas que mais chateiam Joel Santana é quando dizem que ele é retranqueiro. Para o treinador, a afirmação é injusta.

- Eu não fico divulgando, fazendo propaganda e dizendo que jogo para frente. No futebol, vende-se muita abobrinha. Tem técnico que nunca ganhou um título ou ganhou apenas uma vezinha e já sai dizendo que joga para frente. O que eles precisam aprender é que não se ganha nada com a boca, mas com trabalho. Não passei por tantos times grandes e do exterior à toa - se exaltou Joel.

Obina relembra seu último Flamengo x Vasco

Atacante fez gol com um minuto e se machucou em semifinal da Taça GB

Obina será titular contra o Vasco (Crédito: Paulo Sérgio)

Hugo Perruso

O clássico entre Flamengo e Vasco traz boas e más lembranças para Obina. O atacante rubro-negro foi do céu ao inferno no último clássico que disputou, na semifinal da Taça Guanabara.

No primeiro minuto de jogo, Obina marcou um gol, mas acabou contundindo o joelho esquerdo, que o deixou de fora dos gramados por quase cinco meses. O atacante lembrou do lance e deu a sua opinião sobre o momento em que se machucou:

- Com um minuto, fiz o gol e me machuquei. Foi um momento de felicidade e tristeza ao mesmo tempo. Até hoje não sei direito o que aconteceu. Acho que me machuquei antes de chutar, mas falam que foi depois - afirmou o atacante.

Naquele jogo, Flamengo e Vasco empataram em 1 a 1 e o Rubro-Negro passou para a final ao vencer a disputa de pênaltis.

Jogadores de Fla e Vasco querem aparecer no placar

Quando atleta marca um gol, novo placar eletrônico dá destaque

Bruno Braz e Genilson Júnior

Fazer gol no Maracanã, hoje em dia, traz uma satisfação a mais do que a comum de balançar a rede no "Maior do Mundo": o autor do feito tem sua foto estampada, digitalmente, no novo placar do estádio, inaugurado para o Pan. Com opções de fotos do LANCE!, jogadores do Flamengo escolheram as que desejariam ver no telão. Já no Vasco, a expectativa gira em torno da imagem inédita de Leandro Amaral que, caso apareça, significará o fim de seu jejum de três jogos sem gols.

O alvoroço em torno do placar surge através das mãos de Felipe Goulart, operador principal do atrativo. Ele é o responsável por gerar as imagens que trazem a emoção do flagra de um simples beijo de um casal apaixonado até as lágrimas do torcedor por uma singela aparição. E ele faz uma ressalva:

– Só pensamos na paz. Nos clássicos, temos a preocupação de dividir a imagem do telão em duas, com passagens de ambas as torcidas. A idéia do coração sobreposto à imagem é para mostrar que futebol não é coisa apenas para macho, mas que também há casais, crianças e idosos no estádio.

Rivalidades à parte, o novo placar eletrônico do Maracanã dá um toque especial para o já charmoso Flamengo e Vasco. E os jogadores, que outrora eram observados apenas através do olhar clínico dos milhares de "técnicos" espalhados pela arquibancada, agora ganham análises que fogem um pouco das quatro linhas. Apesar de, por muitas vezes, serem de qualidade um tanto quanto duvidosa e pessoal...

– O Obina está maravilhoso na foto do telão! – declara Marcela Molon, 18 anos, estudante, torcedora apaixonada do Flamengo e fã número 1 do Anjo Negro da Gávea.

A equipe de engenharia da Suderj, formada em sua totalidade por rubro-negros, possui em seu arquivo, atualmente, fotos especiais de jogadores dos quatro clubes grandes do Rio de Janeiro. Os privilegiados são Ibson, Leonardo, Souza e Obina, do Flamengo; Leandro Amaral, Conca e Alan Kardec, do Vasco; Somália e Thiago Neves, do Fluminense; Dodô, Adriano Felício, Jorge Henrique, Juninho, Luciano Almeida e Lucio Flavio, do Botafogo.

Polícia preocupada com rixas dentro da mesma torcida

Thiago Asmar

Geralmente, em dias de clássicos, a polícia volta suas atenções para os confrontos entre facções de torcidas de clubes rivais. Mas, para o clássico deste domingo entre Flamengo e Vasco, o major Marcelo Pessoa, comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), também terá de se preocupar com possíveis con-frontos entre grupos das mesmas torcidas. Segundo ele, há rixas entre duas oraganizadas do Vasco e duas do Flamengo.

– Dentro do Maracanã, a maior preocupação será com relação a possíveis confrontos entre facções da mesma torcida. Mas creio que isso não acontecerá. Eu me reuni com líderes de todas as facções tanto do Flamengo quanto do Vasco e eles se comprometeram a não brigar.

Acredito que aprenderam com a punição aplicada em alguns jogos, quando não puderam usar faixas e bandeiras – disse o major, que garantiu que haverá uma linha de policiais separando as facções rivais.

Joel pede para torcedores terem cuidado

Maracanãzinho receberá evento no mesmo horário do clássico\ LANCEPRESS!\

No mesmo horário do jogo entre Flamengo e Vasco, no Maracanã, será realizado ao lado, no Maracanãzinho, o Disney on Ice, show infantil de patinação no gelo. E o técnico do Rubro-Negro, Joel Santana mostrou preocupação com a coincidência de horário do evento com o clássico.

O treinador chegou a fazer um apelo para que os torcedores e o público do evento tomassem cuidado.

- Na hora do jogo terá um evento com muitas crianças. Não é o que queremos, mas um tumulto pode acontecer e sobrar para todo mundo. Mas vai correr tudo bem - afirmou o treinador, preocupado e esperançoso.

Parcerias: um bem ou um mal para os clubes?

Dirigentes e especialistas analisam principais uniões entre clubes e empresas

Leandro Dias e Rodrigo Campos

Os clubes do futebol brasileiro cada vez mais buscam alternativas visando aumentar os rendimentos ou diminuir prejuízos. Já se foi o tempo em que as instituições lucravam apenas com as rendas nos estádios, projetos sócio-torcedor, venda de jogadores ou cotas de televisão. A parceria com uma grande empresa vem sendo apontada como a solução financeira para muitos desses clubes. Entretantos, nem todas as experiências foram satisfatórias.

O Palmeiras é uma exceção. No início da década de 90 deu o pontapé inicial nessa nova fonte de renda e colheu bons resultados dentro de campo. O Verdão ganhou títulos importantes ao lado da Parmalat, com três estaduais, o bicampeonato Brasileiro, em 1993 e 1994, Libertadores de 1999, dentre outros. Em entrevista à Rádio LANCE! Serafim Del Grande, vice-presidente geral do clube na época, lembra de alguns detalhes sobre a união.

- Foi um período de grandes alegrias ao Palmeiras e à Parmalat. Foi a única parceria que efetivamente deu certo no futebol brasileiro. O objetivo principal da Parmalat era fixar a imagem do produto. Eles não visavam somente o lucro financeiro, enquanto o Palmeiras visava a conquista de títulos. E foi o que aconteceu. Não concordei com a reforma estatuária que o presidente Mustafá realizou a partir de1997 e a Parmalat também percebeu isso e acabou saindo em 2001 - explicou Del Grande.

Outro clube que também se uniu a uma grande empresa para conquistar resultados dentro e fora de campo foi o Fluminense. Com o apoio da Unimed, o clube conquistou três títulos, sendo um, a Copa do Brasil, o triunfo mais importante, dando a tão sonhada vaga para a Libertadores ao Tricolor das Laranjeiras. Para o presidente do Flu, Roberto Horcades, o segredo para o sucesso da união é a cumplicidade entre parceiro e clube:

- Toda e qualquer parceria só funciona quando é boa para os dois lados. Muitas vezes, por uma má administração ou má relação, essas parcerias acabam se desfazendo. Nós já estamos há nove anos com a Unimed e não temos arrependimentos. É uma parceria que tem se consolidado a cada ano. A vitória é de ambas a parte. O sucesso disso é a humildade de cada um, parceiro e clube. Precisamos entender que um não pode ser maior do que o outro. Devem caminhar juntos, em harmonia - destacou o dirigente.

Em contrapartida, há parcerias nebulosas, que trouxeram desconfiança ao torcedor e até dirigentes, como a MSI, com o Corinthians, e a ISL, com o Flamengo. O colunista do Diário LANCE! Benjamim Back comenta esse modelo de parceria e a sua impressão sobre as uniões de clubes e empresas:

- Corinthians e MSI, na verdade, nunca foi uma parceria. O que aconteceu foi um arrendamento. No dia da votação da "parceria", como você pode definir o futuro de um clube como o Corinthians, quando o presidente não apresenta documentos, papéis, nada? Venderam que o Corinthians seria o time mais forte do Brasil, o time "number one", time de Seleção e falaram o seguinte: "Quem é a favor que a gente assine a parceria mantenha-se sentado. Quem é contra, fique de pé". Assim começou o negócio. Que fique claro que sou totalmente favorável às parcerias, pois acredito que esta seja a solução, mas o futebol brasileiro não está preparado para receber uma parceria. A mentalidade dos dirigentes dos clubes é pegar o dinheiro dos caras (donos das empresas) e depois dar um pé neles e pronto - alfinetou o colunista do LANCE! Benjamim Back.

O Flamengo também viveu a expectativa de se tornar um clube imbatível. A parceria com o grupo ISL era a certeza de alegrias, mas não foi o que aconteceu. O também colunista do LANCE! Roberto Assaf acredita que os dirigentes do Rubro-Negro se deslumbraram com o montante de dinheiro em mãos, mais de R$ 150 milhões na época para contratar reforços.

- Acho que houve um mau emprego do dinheiro. Uma quantidade de dinheiro muito grande a as pessoas utilizaram-no até com muita rapidez. Acabaram contratando jogadores que não tinha o desejo ou o compromisso de atuar no clube e vieram apenas em busca de uma grana fácil. Quando você tem uma quantidade de dinheiro muito grande nas mãos, precisa ser feito um planejamento para empregar esse dinheiro. Quando isso acontece aleatoriamente as chances de não dar certo é grande. A que mais deu certo foi a Parmalat com o Palmeiras. As outras, mesmo as menores, não conseguiram êxito.