O GLOBO
Exibição de tirar o fôlego
Flamengo ignora altitude, faz 3 a 0 no Cienciano e se classifica na Libertadores
Legenda da foto: RENATO AUGUSTO (à esquerda) se abraça a Souza, que lhe deu passe para marcar o gol que assegurou a classificação antecipada do Flamengo na Libertadores
Legenda da foto: ENTRE DOIS adversários, Toró tenta levar o Flamengo ao ataque: o volante fez o segundo gol após grande jogada de Ibson
Carlos Eduardo Mansur
Apesar da falta de oxigênio, o Flamengo respirou aliviado. Com atuação de extrema lucidez e categoria, o time venceu a altitude de 3.360m e o Cienciano, por 3 a 0, ontem, no Estádio Garcilaso de la Vega, e garantiu sua classificação antecipada às oitavas-de-final da Libertadores. Enquanto o time peruano não perdia em casa há nove meses, o Flamengo celebrou sua primeira vitória como visitante desde que fez 1 a 0 no América-RN, em outubro do ano passado. Com dez pontos, contra nove do Nacional e sete do Cienciano, o rubro-negro só precisa vencer o Coronel Bolognesi, dia 23, no Maracanã, para terminar em primeiro no Grupo 4.
- O trabalho que a gente fez ajudou a suportar o jogo todo - disse Juan, autor do terceiro gol, o primeiro de falta do time no ano.
De calções pretos e camisas brancas de mangas longas, o Flamengo foi elegante desde a entrada em campo. Para atenuar a hostilidade os brasileiros ofereceram flores aos adversários, que as recusaram. Apesar da temperatura de nove graus, o jogo começou quente. Aos dois minutos, Toró e Bazalar já tinham cartão amarelo. Com Kleberson entre os titulares, o Flamengo se defendia em bloco à espera dos contragolpes. Aos 24, Bazalar chutou de fora da área e Bruno espalmou. Aos 37, o goleiro rubro-negro socou a bola perigosamente a córner, mas se redimiu com grande defesa em cabeçada da pequena área.
- A bola corre muito. Não podemos errar o passe e complicar lá atrás - disse Renato Augusto, no intervalo. - Temos que esperar a hora certa para chegar ao gol.
No fim, peruanos aplaudem de pé
A chance não demorou a se oferecer. Aos oito do segundo tempo, Souza deu ótimo passe para Renato Augusto, que dominou dentro da área e escolheu o canto antes de fazer 1 a 0, em chute cruzado. Em desvantagem, o Cienciano ofereceu espaços. Aos 11, numa retribuição do lance do gol, Renato deixou Souza livre, mas o atacante foi travado no chute. Após rebatida da zaga, Guevara obrigou Bruno a difícil defesa. Aos 17, o Flamengo ganhou mais fôlego com a expulsão de Bazalar, após falta em Leonardo Moura.
Com o time tocando bem a bola, Renato Augusto obrigou Flores a grande defesa. Aos 32, após grande jogada de Ibson, Toró aumentou em lance muito parecido com o primeiro gol. Aos 48, Juan cobrou falta com categoria para fazer 3 a 0. Junto com os poucos rubro-negros presentes, os torcedores locais aplaudiram de pé a exibição rubro-negra. Depois de subir o morro sob a ameaça de perder a vaga, agora o Flamengo desce embalado para a semifinal da Taça Rio, domingo, contra o Botafogo.
Cienciano: Flores, Guizasola, Solís, Marengo e Romaña; Bazalar, Ortiz (Guevara), Uribe e Sawa; Portillo (Corralles) e Vassallo. Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Toró, Íbson (Jaílton) e Kleberson; Renato Augusto (Marcinho) e Souza (Obina). Juiz: Sergio Pessota (ARG). Cartões amarelos: Bazalar, Ortiz, Vassallo, Toró, Juan, Fábio Luciano. Cartão Vermelho: Bazalar.
Sofrimento mais que desejado
Diante da série de jogos decisivos, Joel diz que Fla não deve reclamar do cansaço
Carlos Eduardo Mansur
Apesar do desgaste físico e emocional, a seqüência de partidas decisivas que o Flamengo terá ao longo do mês de abril está longe de ser motivo de lamentação para a comissão técnica rubro-negra. No domingo, o time enfrenta o Botafogo, no Maracanã, pelas semifinais da Taça Rio. Se vencer, o Flamengo terá pela frente a final da Taça Rio. Caso não conquiste o segundo turno e, assim, não assegure o título do Campeonato Estadual, o time ainda teria que fazer mais dois jogos decisivos. Antes, no entanto, terá que enfrentar o Coronel Bolognesi, na rodada final da primeira fase da Libertadores.
- Não dá para reclamar, ficar lamentando. Teremos dias muito difíceis pela frente. Mas estamos colhendo o que plantamos. No ano passado, estávamos na zona de rebaixamento do Brasileiro e tudo o que queríamos era ganhar algumas poucas posições na tabela. De repente, vimos uma mínima chance de chegar à Libertadores. Este time lutou muito e chegou. Agora, estamos onde sempre quisemos - adverte o técnico Joel Santana.
Embora o Botafogo viva melhor momento do que o Vasco, a comissão técnica rubro-negra acha que não há motivos para lamentar o fato de ter perdido o primeiro lugar do grupo na Taça Rio. Afinal, o cruzamento com o Botafogo permitirá ao Flamengo jogar no domingo, ganhando um dia de descanso após a viagem desgastante ao Peru. Caso tivesse terminado a Taça Rio em primeiro lugar na chave, o rubro-negro teria que enfrentar o Vasco no próximo sábado.
- Teríamos uma dificuldade grande na parte física - diz Joel.
A idéia do treinador é escalar o que o Flamengo tem de melhor para a semifinal com o Botafogo. No entanto, ele vai aguardar a reação dos jogadores, que voltam a treinar amanhã, para saber como se recuperaram da viagem. A idéia é ter um time que combine capacidade técnica e bom estado físico.
Cuidados para conter a rivalidade
É provável que os jogadores iniciem amanhã concentração para o clássico. Por enquanto, a rivalidade com o Botafogo é tema proibido.
- Não há razão para ficar tocando nisso. São duas equipes de muita qualidade e que vêm fazendo grandes jogos - avisa Joel. - As finais precisam ser um grande fecho para o Estadual. O futebol do Rio vinha se reerguendo e este é o momento de dar uma demonstração do poderio das equipes.
Contra o Botafogo, Joel pode promover a volta de jogadores que ainda não são titulares absolutos, como Marcinho e Kleberson.
- Temos dois grupos. Um é o dos jogadores do ano passado, que têm mais de oito meses de clube, deu uma resposta positiva, se conhece muito e está adaptado. Outro é o dos que estão há menos tempo e estão conhecendo ainda a forma de jogar - explicou o treinador.
Comedido, Joel diz que segundo tempo do time foi excelente
Ibson festeja atuação e afirma que até fim de junho só pensa no Fla
CUZCO, Peru. O Flamengo tomou suas precauções, que chegaram a parecer exageradas diante do clima que cercou a chegada da delegação a Cuzco. Após o jogo, o clima era só de agradecimentos e euforia pela vitória. O técnico Joel Santana estava comedido ao falar dos 3 a 0 e lembrava que o time sai de uma partida decisiva para outra no domingo.
- O Flamengo foi bem no primeiro tempo e teve excelente atuação no segundo. Já tínhamos jogado bem mas uma vitória aqui, por causa da Libertadores, dá mais destaque e moral. O time vai crescer muito e é bom lembrar que saímos de uma decisão hoje para outra no domingo, contra o Botafogo - alertou Joel.
A grande preocupação do técnico era ressaltar o bom tratamento que a delegação recebeu no Peru, dizendo que foi criado um clima de terror em torno de uma situação normal. Todos os jogadores receberam oxigênio no vestiário, mas nada que alarmasse. Ibson foi um dos que mais correram e não escondia que estava com a alma lavada pela boa atuação:
- O primeiro tempo foi complicado, mas no segundo Joel mudou nosso posicionamento e melhoramos. Quando o Ibson está mal, dizem que está com a cabeça no Porto. Quando o Ibson está bem, está com a cabeça no Flamengo. Quero deixar claro que até dia 30 de junho só penso no Flamengo.
Após o jogo, os jogadores agradeceram às duas torcidas. O time saiu aplaudido de campo até pelos peruanos, desfazendo a idéia de hostilidade local. Na chegada ao estádio, também não houve problema. O time foi escoltado por 150 policiais e encontrou ambiente tranqüilo. A tranqüila recepção talvez tenha sido resultado, também, de campanhas feitas na TV local.
- Fomos bem tratados. Tanto que fiz questão que os jogadores agradecessem à torcida peruana, que nos aplaudiu mesmo na derrota. Se erramos, peço que nos desculpem - disse Joel Santana.
Recepção pacífica surpreende o\ time rubro-negro\
Preocupação com turismo e campanha na TV explicam clima ameno
CUZCO, Peru. O Flamengo tomou suas precauções, que chegaram a parecer exageradas diante do clima que cercou a chegada da delegação rubro-negra a Cuzco. Na saída do aeroporto, não mais do que dez torcedores com camisas do Cienciano, além de taxistas e pessoas que trabalhavam no próprio terminal não fizeram mais do que vaiar os jogadores e gritar algumas palavras em defesa dos jogos na altitude.
Um esquema estava preparado para permitir à delegação pegar um ônibus na pista do aeroporto, caso houvesse indícios de uma reação violenta dos cusquenhos. No entanto, tal possibilidade logo se revelou desnecessária. Quem se manifestou, gritou frases como "a altitude não mata, o Cienciano sim", mas sem sequer ameaçar uma aproximação dos jogadores. O time seguiu para o hotel, onde ficou em quartos pressurizados de forma a simular uma altitude de 2.400m, ou seja, mil metros abaixo da altitude de Cuzco.
Na chegada ao estádio, também não houve problema. O time foi escoltado por 150 policiais e encontrou um clima tranqüilo. Houve vaias, gritos e até aplausos para os visitantes. Nas arquibancadas, em vez de isolados, os cerca de 50 rubro-negros se misturaram aos torcedores locais.
A tranqüila recepção ao Flamengo talvez tenha sido resultado, também, de campanhas feitas na TV local. Nos telejornais, a todo instante eram feitos pedidos para que os rubro-negros não sofressem agressões. A preocupação das autoridades da cidade era não criar uma imagem negativa para o turismo, principal fonte de renda de Cuzco. Muitos dos ingressos vendidos para a partida estavam, inclusive, nas mãos de turistas europeus, que formam grande parcela de visitantes da cidade.
O único susto ficou por conta do zagueiro Thiago Sales, que sentiu enjôo ao descer do avião. Ao que tudo indica, no entanto, sua reação foi à forte turbulência no trecho final do vôo e não à altitude.
Rumo ao título histórico
Fla elimina Boca Juniors e vai decidir Liga Sul-Americana de Basquete
Legenda da foto: DESTAQUE DO jogo, Marcelinho se atira sobre os companheiros, após a vitória que levou o Flamengo à final da Liga Sul-Americana
Na terça-feira, a inspiração foi o filme "Gladiador", de Ridley Scott; ontem, foi a vez de "Coração Valente", de Mel Gibson, embalar a vitória do Flamengo sobre o Boca Juniors por 72 a 66 (33 a 35 no primeiro tempo), no ginásio do Tijuca. Com o resultado, o rubro-negro fechou a série melhor de três das semifinais da Liga Sul-Americana de Basquete por 2 a 1, chegando pela primeira vez à final da competição. O clube, que é tricampeão estadual e duas vezes vice brasileiro, tentará seu primeiro título internacional dessa envergadura.
Na decisão, o rubro-negro vai enfrentar o Regatas de Corrientes, que ganhou a série contra o Universo/Brasília por 2 a 0. Como está invicto na competição, o time argentino jogará as duas primeiras partidas no seu ginásio, em Corrientes, na Argentina, dias 15 e 16. O terceiro e o quarto jogos serão no Rio, dias 22 e 23. A quinta partida, se necessária, voltará a ser jogada em Corrientes, dia 29.
- O segredo dessa vitória é o carinho entre os jogadores. O time foi mal no segundo quarto, mas, no vestiário, conversamos, falei para eles que tínhamos que voltar a jogar coletivamente, e induzir o Boca ao erro. Conseguimos. Isto é o Flamengo - comemorou o técnico Paulo Chupeta, reconhecendo que não conhece o adversário da final. - Não sei nada do time. Teremos que ver os vídeos. O importante é que temos que ganhar uma partida lá para decidir aqui.
Ala é destaque\ com double-double\
Destaque da partida, com 27 pontos e 11 rebotes, um double-double (dois fundamentos com dois dígitos), Marcelinho dedicou a vitória à torcida, que lotou o ginásio do Tijuca.
- Foi uma série muito disputada, já com ritmo de final. Mas se não fosse pela torcida, não teríamos ganho. É diferente fazer parte da história do Flamengo. Dizem que eu sou a estrela, mas a estrela só brilha em conjunto - disse o ala/armador.
O Flamengo foi arrasador no primeiro quarto, vencendo por 24 a 13. Se, na terça-feira, começou perdendo por 8 a 0, ontem abriu dez a zero em dois minutos de jogo.
Completamente perdido em quadra, o Boca Juniors reclamava muito da arbitragem. Sem conseguir fugir da forte marcação rubro-negra, desperdiçava seus ataques. Apenas Gutiérrez, astro da equipe, conseguiu jogar, fazendo 11 dos 13 pontos.
No segundo quarto, os papéis se inverteram. O Boca voltou melhor e passou a marcar e a impor o ritmo. Já o Flamengo, desatento, precipitou-se no ataque, errando muitas bolas tanto de dois quanto de três pontos. Faltando 4m47s para o fim, o time argentino passou à frente, com 28 a 26. O rubro-negro só foi empatar a 3m20s do fim, com uma enterrada de Maicon, fazendo 31 a 31. E, enquanto o time argentino marcou 22 pontos, o rubro-negro só fez nove. Marcelinho, cestinha do primeiro tempo com 13 pontos, só marcou dois no segundo. Para alívio dos rubro-negros, o primeiro tempo terminou apenas 35 a 33 para o Boca Juniors.
Na volta do intervalo, a partida ficou mais equilibrada. Apesar de erros dos dois lados, o Flamengo se apresentou um pouco melhor, atento aos rebotes e menos afobado, fazendo 24 pontos contra 15 do adversário. Faltando menos de um minuto para o fim, o Boca perdeu um de seus melhores jogadores, Funes, que cometeu sua quinta falta. O período terminou 57 a 50 para o rubro-negro.
Para armador, filme deu garra ao time
No último quarto, o Flamengo já começou marcando cinco pontos, elevando para 12 a vantagem no placar (62 a 50). Mais uma vez desconcertado em quadra, o Boca voltou a reclamar desde as faltas marcadas ao tempo de posse de bola do Flamengo. Em uma discussão, Marcelinho e Fernández foram punidos com uma falta técnica, cada um. Mesmo assim, o rubro-negro manteve a vantagem.
Faltando dois minutos, com duas bolas de três, os argentinos diminuíram a vantagem rubro-negra para três pontos: 68 a 65. A 1m30s do encerramento, Marcelinho acertou uma cesta de dois, voltando a aumentar a diferença. Com 30 segundos por jogar, Gutiérrez perdeu um ataque de três pontos, sacramentando a vitória rubro-negra por 72 a 66.
- Foi um jogo difícil, muito disputado, mas nosso time estava mordido com a derrota na Argentina (100 a 88). E o filme que assistimos ("Coração Valente") ajudou o time a ter garra para vencer - afirmou o ala-pivô Alírio, que fez um alerta: - Estamos na final, deu tudo certo, mas não podemos relaxar agora.
Segundo cestinha do Flamengo, com 13 pontos, o armador Hélio também fez a festa. Mas a batalha, disse ele, continua:
- É a primeira vez que o clube vai para a final. É inacreditável. E a torcida fez toda a diferença. Agora, não temos mais dúvidas de que o time tem todas as condições de disputar o título. Vai jorrar sangue na final.
Flamengo: Marcelinho (27), Hélio (13), Duda (8), Coloneze (4), Alírio (6). Entraram Amiel (7), Fernando (4) Mineiro, Maicon (2) e Fred (1). Boca Juniors: Fernández (6), Cequeira (7), Gutiérrez (23), Oroná (6) e Ford (3). Entraram Legaria (5), Funes (12), Alloatti e Reynolds (4).
FLAMENGO
BRUNO: Uma falha numa bola alta e três belas defesas, duas em cabeçadas quase à queima-roupa. 7.
LEONARDO MOURA: Atacou menos do que o costume e o time sentiu falta de lances pela direita. Defensivamente, cumpriu sua missão. 5.
FÁBIO LUCIANO: Bem na marcação ao ataque adversário. Ganhou a maioria das jogadas, mostrando boa colocação e senso de cobertura. 7.
RONALDO ANGELIM: Também jogou com bravura e eficiência, não dando espaços aos atacantes do time peruano. 6,5.
JUAN: Procurou atacar e esbarrou na forte marcação do Cienciano. Andou se irritando em lances bobos. Marcou um belo gol de falta. 7.
CRISTIAN: Foi bem na proteção à zaga, mas arriscou poucas subidas ao ataque. Numa das vezes em que atacou, bateu uma falta sem direção. 6.
IBSON: Discreto na primeira etapa. No segundo tempo, com mais mobilidade, passou a armar lances de perigo, coroando sua atuação com o contra-ataque do gol de Toró. 7,5. JAÍLTON entrou aos 46. Sem nota.
KLEBERSON: Manteve seu padrão com atuação discreta e eficiente. Mostrou muita disposição e no segundo tempo se soltou um pouco mais. Por pouco não marcou um belo gol, com um chute por cima do travessão. 6.
TORÓ: Levou um cartão amarelo com três minutos de jogo, desperdiçou um ataque rubro-negro com um chute bisonho para fora, ignorando a ótima colocação de Souza. No segundo tempo, aproveitou bem a chance que teve e fez o segundo gol. 6.
RENATO AUGUSTO: No primeiro tempo, errou quase tudo. Seus passes foram em sua maioria errados e os chutes não tiveram direção. No segundo, subiu de produção e aproveitou com tranqüilidade e categoria a melhor oportunidade que teve. 6,5. MARCINHO entrou no fim, mas cavou a falta do terceiro gol. Sem nota.
SOUZA: Manteve sua característica de lutar o jogo todo. Mas, jogando sozinho no ataque e sem jogadas pelas pontas, tinha dificuldades no primeiro tempo. No segundo, deixou Renato Augusto livre para marcar. Depois, fez outras boas jogadas e deu passes eficientes. Perdeu um gol incrível e outro por desatenção. 8. OBINA também entrou no fim. Sem nota.
JOEL SANTANA: Teve o mérito de não escalar o Flamengo apenas para se defender. Mesmo se poupando após o primeiro gol, o time soube controlar a partida. 7.
CIENCIANO
O modesto time do treinador Franco Navarro surpreendeu pela passividade e falta de ambição. Com poucos jogadores de talento, seu principal jogador é o veterano Bazalar, de 40 anos, que chegou a fazer algumas boas jogadas pela direita, com Guizasola. Com a expulsão de Bazalar, caiu ainda mais de produção e se entregou de vez após o gol de Renato Augusto.
ARBITRAGEM
O trio argentino comandado por Sergio Pezzotta controlou bem o jogo e coibiu a violência com rigor e autoridade.
Ancelmo Gois
Domingo, no Maracanã, antes do jogo com o Botafogo, a torcida do Flamengo, a pedido do ministro Temporão, vai estender uma bandeira de 35m x 40m na luta contra a dengue.
JORNAL DOS SPORTS
Com fôlego de sobra, Fla goleia e se classifica
Rubro-Negro joga com inteligência e acaba com trauma da altitude
Renato Augusto abriu o caminho para a goleada rubro-negra
É o fim de um trauma. Com uma atuação de gala, o Flamengo superou a altitude e goleou o fraco time do Cienciano, na altitude de 3.360 metros por 3 a 0. A vitória assegurou a classificação do time da Gávea para as oitavas-de-final da Copa Libertadores. Agora, o Fla é o primeiro do grupo 4 com 10 pontos. Renato Augusto, Toró e Juan marcaram para os cariocas.
O primeiro tempo foi de pouca qualidade técnica e ficou marcado pelos inúmeros erros de passe do Flamengo. O Rubro-Negro não se acertava na frente e tinha trabalho na defesa para afastar o perigo das bolas altas.
Com quase 60% de posse de bola, o Cienciano criou as melhores oportunidades. Aos 24, Balazar acerta bom chute de longa distância e Bruno espalmou para o lado. Aos 37, o camisa 1 rubro-negro operou um milagre. Romaña cabeceou livre na pequena área e Bruno voou no canto esquerdo para colocar a bola para escanteio.
Fla define no segundo tempo
O Rubro-Negro voltou totalmente diferente para o segundo tempo. Jogando com inteleigência o Fla não demorou muito para abrir o placar. Aos 8 minutos, Souza recebeu passe pela esquerda protegeu girou e tocou para Renato Augusto, livre, na direita. O apoiador teve tempo de levantar a cabeça e bater no canto direito, tirando o goleiro peruano.
O Cienciano se perdeu em campo com o gol. Erros de passe passaram a ser constantes no time local. E em um desses erros, o Fla aproveitou para fazer o segundo. Ibson interceptou jogada do adversário e partiu para o mano a mano com o zagueiro. Souza esperava na direita, mas Toró fez ultrapassagem pela esquerda e recebeu, sem marcação. O jogador teve calma e bateu cruzado, ampliando para os cariocas.
A partir daí o que se viu foi um Fla calmo, tocando a bola e só atacando na boa, deixando os peruanos na roda. A altitude parecia não existir e os rubro-negros se multiplicavam em campo na marcação.
Para coroar, aos 42, o Fla ainda chegou ao terceiro. Em cobrança de falta na entrada na área, Juan acertou belo chute no ângulo do goleiro Flores, que nada pôde fazer.
Mengão está na decisão da Liga
Vitória por 72 a 66 sobre o Boca Juniors garante vaga na final contra o Regatas, da Argentina
Pedro ivo almeida
Ùrsula Nery
O ala cubano Amiel, que atuou como pivô, teve grande atuação e ajudou o Flamengo a vencer
Com o apoio de sua torcida, o Flamengo se superou e derrotou por 72 a 66 (33 a 35) o Boca Juniors (ARG), ontem, no ginásio do Tijuca, e se classificou para a decisão da Liga Sul-Americana de Basquete, contra o Regatas, também da Argentina. O primeiro jogo da melhor de cinco é terça-feira no Rio. O técnico Paulo Chupeta e os jogadores dedicaram o título aos torcedores,que deram um show nas arquibancadas.
O Flamengo iniciou disposto a liquidar a equipe argentina e entrou marcando forte e com um contra-ataque bem encaixado. As suas armas ofensivas funcionavam e o placar ao fim do primeiro quarto chegou a 24 a 13. Parecia que seria um novo passeio, como no jogo de terça-feira.
Porém, o Boca Juniors veio com outra postura e sabendo que seria a sua última chance. Com boa atuação do craque Gutierrez, campeão olímpico, a equipe foi minando a diferença rubro-negra e chegou a virada no segundo quarto: 35 a 33, muito em função também da saída de Coloneze, pendurado com faltas.
Hora da torcida
Se os jogadores sentiram a reação argentina, a torcida não estava nem aí e se tornou literalmente o sexto jogador. Esse grito de incentivo incendiou os rubro-negros, que dentro da quadra, deram uma lição no Boca Juniors. Os irmãos Duda e Marcelinho Machado, este o cestinha com 27 pontos, ditaram o ritmo e o Flamengo foi avassalador no terceiro quarto.
A partir daí, foi só administrar a vantagem e irritar os adversários. Como sempre os argentinos perderam a cabeça e cometeram algumas faltas técnicas. O que apenas facilitou o caminho da equipe carioca, que pela primeira vez se classifica para uma decisão de uma competição internacional.
O sempre emotivo Paulo Chupeta, o estrategista, agradeceu à torcida. “Não tenho nem palavras para dizer o que representa essa torcida. Sem ela, com certeza, o Flamengo não conseguiria esse resultado. É um momento histórico para o clube e queremos dar de presente este título para a torcida.”
O armador Duda também adotou o discurso. “Eu estava bem desanimado. Mas basta olhar para essa torcida e encontrar motivação. Foi o que aconteceu e fico muito feliz de ter vencido esse jogo. Agora, vamos atrás do título, que marcaria a nossa passagem pelo clube. Esse grupo tem tudo para dar alegrias aos torcedores”, disse Duda, que é torcedor de arquibancada da equipe de futebol e está na sua segunda passagem pela equipe rubro-negra.
O DIA
Fla vence o Cienciano e garante vaga nas oitavas
Cuzco, Peru - Com atitude na altitude. Esse foi o perfil do Flamengo na vitória por 3 a 0 sobre o Cienciano, nesta quarta-feira, pela Copa Libertadores da América. Sem tomar conhecimento dos 3.360m da cidade de Cuzco, o rubro-negro foi superior e mereceu vencer. Com o resultado, o Fla foi aos 10 pontos e garantiu com uma rodada de antecedência a classificação às oitavas-de-final da competição. Os gols foram marcados por Renato Augusto, Toró e Juan. Agora, o Flamengo, já com a vaga na mão, enfrentará o Coronel Bolognesi, no Maracanã, dia 23.
Veja fotos do jogo
Embalado pelo barulho de sua torcida, o Cienciano começou na pressão. O time carioca tentava responder na mesma moeda. Mas, mesmo tentando ir à frente, não conseguia assustar o goleiro do Cienciano. Em uma dessas tentativas, Toró deu chute sem direção, aos 21 minutos. Logo depois, Romaña, de cabeça, deu susto no goleiro Bruno.
Mesmo sem produzir grandes jogadas, o time rubro-negro não se intimidava com as descidas do Cienciano, e saía para o jogo. Mas a falta de fôlego e de pontaria dificultavam as ações.
Num lance de muito perigo para o Flamengo, Bruno salvou o time: aos 24 minutos, Bazalar se livrou de Juan e mandou um chutaço, bem defendido pelo goleiro.
Aos 37min, Bruno fez outra grande defesa, numa cabeçada de Romaña, impedindo o gol do time peruano. O primeiro tempo terminou como começou: com os chutes sem direção de Renato Augusto e a absoluta inércia de Souza, que simplesmente não tocou na bola.
Logo no início da segunda etapa, um susto: Sawa se livrou da marcação rubro-negra e mandou a bola rente à trave direita de Bruno. Mas a dupla Souza e Renato Augusto acertou seus passos aos 8 minutos. O atacante deu ótimo passe para o camisa 10 da Gávea abrir o placar. Logo depois, Souza perdeu ótima chance, chutando a bola para cima do gol.
Perseguido por sua torcida, o Cienciano teve de sair para o jogo. Aos 15, Bruno, atento, defendeu um chutaço de Guevara. Mas o Flamengo queria mais, e aos 32, Toró ampliou o placar, depois de receber ótimo passe de Íbson. Nos acréscimos, Juan, de falta, fez o terceiro
Rodrigo Arroz, um exemplo de amor ao Fla
Rio - Ele é um exemplo de que a paixão pelo Flamengo está acima de tudo. Preterido por Joel Santana entre os inscritos na Copa Libertadores, e amargando a reserva desde o início da temporada, Rodrigo Arroz poderia buscar outros ares e até mesmo forçar uma transferência para outro clube, onde seria mais aproveitado.
Entretanto, o jogador nem pensa em sair da Gávea. O que mais surpreende é que ele não reclama de nada e procura não incomodar, ao contrário de muitos ‘bad boys’ que circulam em clubes por aí. “O fato de estar no Flamengo já me satisfaz. Amo esse clube e não me vejo fora daqui. Gosto do ambiente e do clima da Gávea”, conta Rodrigo Arroz.
Mas, apesar de não causar intrigas, a reserva já começa a incomodar. Principalmente porque Rodrigo Arroz sempre dá conta do recado, como fez na última partida, domingo, quando marcou o segundo gol rubro-negro no empate em 2 a 2 com o rival Vasco, pela Taça Rio.
“Procuro sempre estar motivado e pronto para servir ao clube e à comissão técnica. Gostaria de jogar sempre, mas, infelizmente, o técnico Joel Santana só pode escalar 11 jogadores. Minha família até me cobra de vez em quando, perguntando quando vou jogar, já que todas as vezes que consigo atuar, sempre faço minha parte. Mas não posso me abater. Não fosse a ajuda deles, talvez não estivesse aqui defendendo o Flamengo. Só me resta seguir buscando meu espaço”, ressalta o jogador, que espera ser inscrito na próxima fase da Libertadores.
Apesar da vontade em servir em todos os jogos ao clube que ama, Rodrigo elogia os atuais titulares da zaga e preferidos de Joel. “O Fábio Luciano e o Ronaldo Angelim estão muito bem. Estão afinados e erram pouco. Fica difícil barrar um dos dois”, afirma o zagueiro.
Ronaldo de malas prontas para o Fla
Marluci Martins
Rio - O sonho de atuar no Flamengo ainda não saiu da cabeça para o papel, mas o manto sagrado já está na mão. Ronaldo chegou ontem à noite ao Rio — conforme o ‘Ataque’ informou com exclusividade — e, para sua surpresa, ganhou de presente uma camisa oficial, personalizada, de um torcedor que o esperava no Aeroporto Internacional Tom Jobim.
“Antes de qualquer coisa, tenho que ficar bom, para somente então tomar qualquer decisão”, disse Ronaldo, que, apoiando-se numa bengala, evitou comprometer-se ainda mais.
Mas, se da boca do jogador — cansado da longa viagem de Madri para o Rio — saíram apenas frases curtas, seu site oficial não deixava dúvidas: ‘Ronaldo volta a falar em jogar no Flamengo’ era a manchete do site, confirmando a entrevista publicada na véspera no jornal ‘La Gazzetta dello Sport’.
Ao lado da namorada, Maria Beatriz Antony, Ronaldo gastou quase duas horas fazendo compras no Free Shop. Não tem pressa também em voltar para a Itália. Há dois meses recuperando-se de uma cirurgia no joelho esquerdo, ele nem sabe quando deixará o Rio.
“Sempre venho nas férias, mas agora está tudo preparado para eu ficar um bom tempo por aqui. Vou fazer fisioterapia. Sou o mesmo. As circunstâncias é que agora são diferentes”, disse o Fenômeno, que estará diariamente em sua clínica, a Fisio R9, em Jacarepaguá, sob os cuidados do fisioterapeuta Bruno Mazziotti.
O médico do Flamengo, José Luiz Runco, vai acompanhar o processo de recuperação de Ronaldo no Rio: “Ele trouxe para o Brasil uma bateria de exames. Chegou há pouco e está ajeitando a vida dele para que eu o receba e dê uma olhada no joelho. Posso dizer que está muito animado”, confirmou o médico, por telefone.
Tão animado quanto Ronaldo, o torcedor José Carlos Peruano deixou o aeroporto com o sentimento de dever cumprido. Há quase dois meses, ele tentava entregar ao jogador a camisa e uma bandeira do Flamengo, e chegou a passar uma semana em Paris, vagando pelas ruas, procurando em vão pelo ídolo: “Finalmente, consegui entregar a camisa. Dei-lhe também uma bandeira, que ele terá de devolver à torcida, quando assinar contrato com o Flamengo”.
Basquete: Fla vira série de três contra Boca e vai à final
Rio - O Flamengo derrotou o Boca Juniors, da Argentina, por 72 a 66, no ginásio do Tijuca Tênis Clube e garantiu vaga na final da Liga Sul-Americana de Basquete.
A equipe fechou a série das semifinais em 2 a 1 e agora enfrenta o Regatas Corrientes, também da Argentina, na decisão do campeonato. A vaga foi garantida após o time brasileiro derrotar o Boca Juniors por 72 a 66, no Rio de Janeiro.
Com o triunfo, o Flamengo, que perdeu o primeiro jogo na Argentina e deu o troco no Rio de Janeiro na última terça-feira, chegou pela primeira vez a uma decisão da Liga.
No jogo de hoje, o time brasileiro contou com uma grande atuação de Marcelinho Machado. O atleta, que já marcou mais de 1000 pontos com a camisa rubro-negra, foi o responsável por um duplo-duplo (dois dígitos em dois quesitos), com 27 pontos e 11 rebotes, além de três assistências.
Na decisão da competição, o Flamengo enfrentará o time argentino Regatas Corrientes, que na semifinal eliminou o Brasília.
Até o momento, o Brasil soma três títulos da Liga Sul-americana. O Vasco venceu duas vezes (em 1999 e 2000), enquanto o Uberlândia faturou a taça em 2005.
GAZETA ESPORTIVA
Fla goleia na altitude e se classifica\ Gazeta Press\
Cusco (Peru) - Superando o fantasma da altitude, o Flamengo foi a Cusco nesta quarta-feira e derrotou o Cienciano-PER por 3 a 0, resultado que assegurou matematicamente a equipe nas oitavas-de-final da Copa Libertadores. Os meias Renato Augusto e Toró e o lateral-esquerdo Juan fizeram os gols rubro-negros a 3.400 metros acima do nível do mar e deixaram o time brasileiro com dez pontos, na liderança do Grupo 4. Os peruanos continuam com sete, dois atrás do Nacional-URU.\ Os dois times jogam a última rodada da primeira fase no dia 23. O Rubro-Negro recebe o Bolognesi no Maracanã, enquanto o Cienciano visitará o Nacional no Uruguai. Antes disso, o Flamengo enfrenta o Botafogo, no domingo, pela semifinal da Taça Rio. Mesmo não altitude, o Flamengo não quis saber de retranca e iniciou a partida buscando até mais o ataque do que seu adversário. Incentivados pelo técnico Joel Santana, os rubro-negros arriscavam chutes de longe. Toró teve boa chance em contra-ataque aos dez minutos, mas chutou torno e desperdiçou.\
O Cienciano, por sua vez, apostava em cruzamentos seguidos para a área rubro-negra. Quando resolveu chutar de longe, o time peruano levou perigo pela primeira vez. Aos 24, Bazalar arriscou de longe e Bruno fez grande defesa para salvar o Flamengo. O goleiro rubro-negro voltou a se destacar aos 36 minutos, espalmando a forte cabeçada de Vassallo.
O jogo, apesar de não violento, era bastante disputado e com muitas faltas para parar ataques do adversário, além de muita reclamação das duas partes. Com menos de 30 minutos, o árbitro já havia distribuído quatro cartões amarelos.
E durante o primeiro tempo, a altitude não foi um grande obstáculo como os rubro-negros temiam. Na etapa inicial, apenas o zagueiro Fábio Luciano precisou fazer uso de um spray para aliviar a sensação de mal estar.
Na volta para a etapa final, o Flamengo renovou o seu gás e abriu o marcador aos oito minutos. Após boa jogada, Souza rolou para Renato Augusto, que teve tranquilidade para dominar a bola e bater no canto direito do goleiro peruano.
O gol serviu para atordoar o Cienciano, que passou a oferecer ainda mais espaços para o Flamengo. Em lances seguidos, aos dez e 11 minutos, Leonardo Moura e Souza perderam boas chances de ampliar para o time brasileiro. O destempero dos peruanos ainda causaria a expulsão de Bazalar, com menos de 20 minutos do segundo tempo.
Aos 32 minutos, Toró foi lançado por Ibson e invadiu a área para chutar cruzado e marcar o segundo gol do Flamengo no Peru. Ainda deu tempo para Juan, aos 48, cobrar falta e ampliar para o Flamengo. A partir daí só restou ao Flamengo esperar o apito final que trouxe alívio e a classificação para a segunda fase da Libertadores. Assim, os jogadores deixaram o gramado comemorando como se tivessem conquistado um título.
PELÉNET
Flamengo supera o Cienciano, altitude e avança na Libertadores
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
O Flamengo está classificado às oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. Ignorando totalmente a altitude de Cusco (cerca de 3.400 metros acima do nível do mar) e a pressão extra-campo, o Rubro-Negro, apresentando um belo futebol, derrotou o Cienciano-PER, por 3 a 0, nesta quarta-feira. Os gols foram marcados por Renato Augusto, Toró e Juan.
Com o resultado, o Flamengo pulou para dez pontos e assumiu a liderança do Grupo 4 da competição. Nacional, do Uruguai, é o segundo, com nove, enquanto o Cienciano, com sete, vem na terceira posição. O Coronel Bolognesi-PER, na lanterna, tem dois e já está eliminado.
Na próxima rodada, a última da fase de classificação, o Flamengo recebe o Coronel Bolognesi, dia 23 de abril, no Maracanã. Na mesma data, o Cienciano visita o Nacional, em Montevidéu.
Porém, antes, o Rubro-Negro tem compromisso pelo Campeonato Estadual. Neste domingo, a equipe pega o Botafogo, às 16h, também no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio, segundo turno do certame.
O jogo começou equilibrado com o Flamengo dando sinais que não estava sentindo os problemas da altitude Cusco. O Cienciano, por sua vez, também não incomodava Bruno.
Porém, aos poucos, os peruanos começaram a dominar as ações. O goleiro rubro-negro, com boas intervenções, evitou o primeiro gol do Cienciano. Na melhor chance, Bruno defendeu a cabeçada de Marengo.
"A partida está muito complicada. A bola está correndo demais. Mas acertando uma boa tabela, o gol vai sair. Podemos vencer o Cienciano", contou Renato Augusto, na saída para o intervalo.
E Renato Augusto tinha razão. Na primeira boa jogada do segundo tempo, aos oito minutos, o apoiador recebeu de Souza e não teve trabalho para abrir o placar para o Flamengo.
O Cienciano "acusou o golpe" e passou a ser dominado pelo time rubro-negro. Aos 17 minutos, após falta dura em Toró, Bazalar, que já tinha cartão amarelo, levou o vermelho e deixou a situação mais facilitada para o Flamengo.
Com um a mais, o Rubro-Negro, com muita tranqüilidade, soube segurar os chutões do Cienciano para dentro da área. Aos 32 minutos, num contra-ataque, Toró anotou o segundo gol. Aos 48, de falta, Juan marcou o terceiro e sacramentou a classificação rubro-negra.
Técnico Joel Santana ressalta o bom segundo tempo do Flamengo
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
Na vitória sobre o Cienciano-PER, por 3 a 0, em Cusco, que valeu a classificação do Flamengo às oitavas-de-final da Copa Libertadores da América, o Rubro-Negro teve dois tempos distintos. No primeiro, a equipe não foi bem, mas melhorou no segundo e "atropelou" o adversário.
"Na etapa final, conseguimos diminuir os espaços. No intervalo, pedi atenção ao time e melhoramos nossa saída de bola. Eles afrouxaram a marcação com a expulsão do Bazalar e saímos com a vitória", analisou, acrescentando.
"Eles perderam um jogador de qualidade. Com isso, tivemos uma supremacia no meio de campo. A partir desse momento, nós conseguimos cadenciar o jogo", explicou.
Por fim, o comandante rubro-negro elogiou o adversário e aproveitou para colocar um ponto final na briga de bastidores entre Flamengo e Cienciano, em função da altitude de Cusco (cerca de 3.400 metros acima do nível do mar).
"O Cienciano é uma equipe brilhante. Estava melhor na partida, mas fizemos o nosso gol e isso mudou o panorama. De qualquer maneira, jogar na altitude é sempre complicado. Aliás, preciso dizer que o povo nos recebeu bem. Em nenhum momento fomos agredidos. Se cometemos algum erro, pedimos desculpas", encerrou.
Juan comemora primeiro gol de falta do Flamengo em 2008
Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\
O gol marcado por Juan, o terceiro do Flamengo na vitória sobre o Cienciano-PER por 3 a 0, representa uma marca importante do Rubro-negro nesta temporada. Afinal, foi o primeiro anotado em cobrança de falta. A partida foi válida pela quinta rodada do grupo 4 da Copa Libertadores.
"Já estava treinando muito e há bastante tempo. Porém, ainda não estava tendo muitas oportunidades para tentar marcar", afirmou o lateral-esquerdo, que é um dos destaques do atual grupo.
A vitória do Flamengo sobre os peruanos garantiu a equipe comandada pelo técnico Joel Santana nas oitavas-de-final da competição continental. O Rubro-Negro fecha sua participação na fase de grupos no dia 23 de abril, quando encara o Coronel Bolognesi, às 19h30, no Maracanã.
Mas antes disso, o time da Gávea enfrenta o Botafogo, domingo, às 16h, no mesmo estádio, pela semifinal da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual.
Ronaldo chega ao Brasil para tratar de lesão de joelho
Das agências internacionais\ No Rio de Janeiro\
O atacante brasileiro Ronaldo, do Milan, chegou nesta quarta-feira ao Rio de Janeiro para se tratar da grave lesão sofrida no joelho que o manterá afastado dos gramados por cerca de nove meses.
O jogador do Milan continuará sua recuperação no Rio de Janeiro
O futebolista chegou ao aeroporto do Rio de Janeiro com uma bengala que utiliza desde a sua operação, realizada em Paris em fevereiro, e acompanhado do seu fisioterapeuta pessoal, Bruno Mazziotti.
O atacante do Milan disse ao jornal O Dia que tem 'tudo preparado' para ficar um 'bom tempo' no Brasil. Ronaldo não quis falar sobre o seu futuro quando voltar a jogar.
O jogador de 31 anos manifestou na semana passada a sua intenção de realizar a fase final da recuperação pelo Flamengo, antes do seu hipotético retorno ao Milan.
Os dirigentes do clube carioca, por sua vez, reiteraram o interesse em contratar Ronaldo, algo que já haviam feito meses antes da sua lesão. O vice-presidente do Flamengo, Kleber Leite, afirmou que aproveitará para conversar com o jogador sobre o seu futuro.
Precisamente, o médico do Flamengo - e também da seleção brasileira - José Luis Runco, estudará a lesão de Ronaldo durante a estada do jogador no Brasil e o orientará com o intuito de acelerar a sua recuperação.
Ronaldo rompeu o tendão rotuliano do joelho esquerdo no dia 13 de fevereiro, em uma partida do Campeonato Italiano entre o Milan e o Livorno. O jogador foi operado em um hospital de Paris, dias depois, para depois realizar os primeiros exercícios de recuperação em Milão antes de viajar ao Brasil.
GLOBO ESPORTE
Fla vence medos e se classifica na altitude
Time faz excelente segundo tempo e bate Cienciano por 3 a 0, nos 3.400m de Cuzco
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Cuzco entre em contato
Renato Augusto comemora primeiro gol do Flamengo contra o Cienciano
Medo de eliminação precoce, medo da falta de oxigênio. O Flamengo colecionou temores antes do jogo contra o Cienciano. Mas, com ar estocado e uma atuação ótima no segundo tempo, o time rubro-negro venceu por 3 a 0 e garantiu a classificação antecipada às oitavas-de-final da Taça Libertadores. A redenção aconteceu no estádio Garcilaso de la Vega, nos quase 3.400 metros de Cuzco.
Pressionado por ser porta-bandeira da luta contra jogos na altitude, o Fla passou por maus bocados moralmente até chegar à cidade peruana. A imprensa e a população local debocharam da campanha rubro-negra. Até um burro com um cartaz "altura não mata" foi recepcionar a delegação carioca no aeroporto.
A resposta veio em campo. Se no primeiro tempo a equipe carioca repetiu antigos erros, na etapa final a atuação foi exemplar. Renato Augusto, o até então criticado Toró e Juan marcaram e garantiram a vitória. Mas o destaque principal foi Ibson. O volante, vaiado pela torcida rubro-negra, reagiu com correria e passes precisos nos lances de dois gols.
O Flamengo pula para os dez pontos, assume a liderança do Grupo 4 e garante a classificação antes mesmo de enfrentar o Coronel Bolognesi, na última rodada, no Maracanã. Nacional (nove pontos) e Cienciano (sete) duelam na rodada derradeira e disputam a vaga restante.
Oxigênio guardado dos "medrosos"
A fama de covarde grudou nos rubro-negros antes de o jogo começar. Assim que posaram para a foto oficial, os jogadores ouviram os gritos de "maricón" das arquibancadas. Tudo pela insistente recusa do clube em atuar em altitudes elevadas.
Mas os "medrosos" começaram jogando de igual para igual com os senhores da altura. Com espaço no lado esquerdo, Souza e Renato Augusto armaram tabelas, mas os chutes não incomodaram o goleiro Flores. A postura surpreendente não durou muito tempo.
Souza deu passe para um gol do Flamengo
Com medo do ar rarefeito, os rubro-negros começaram a se poupar antes mesmo dos 20 minutos. Recuados, assistiram à melhora dos peruanos. Aos 23 minutos, Bazalar chutou de fora da área e Bruno saltou no ângulo esquerdo para salvar.
O duelo ideológico na questão sobre a altitude acirrou os ânimos entre os jogadores que estavam em campo. As faltas violentas multiplicaram-se e, assim como no jogo contra o Nacional, em Montevidéu, os rubro-negros exageraram nas reclamações com o árbitro argentino Sergio Pezzotta. Foram três cartões amarelos só no primeiro tempo.
Desestruturado em campo, o Flamengo só não tomou o gol aos 36 minutos porque Bruno fez linda defesa em peixinho de Romaña. Depois, o goleiro encarregou-se de retardar as reposições de bola enquanto os companheiros limitavam-se a dar chutes para o alto ou errar passes fáceis. Mesmo assim, ignorando a incapacidade de organizar qualquer ataque na maior parte da primeira etapa, o meio-campo Ibson classificou o desempenho como "bom".
Quem tem medo de altura?
O Cienciano não estava em seus melhores dias. O time peruano sentiu a falta de Chiroque, ponta esquerda que infernizou Leo Moura no Maracanã. Como ele estava machucado, coube ao japonês Sawa a função de cair pelo lado do lateral-direito flamenguista.
Lembra das tabelinhas de Souza e Renato Augusto no início do jogo? Enfim, uma funcionou aos oito minutos do segundo tempo. O atacante deixou um peruano caído e tocou para o apoiador.Tranqüilamente, ele dominou e bateu no canto direito de Flores.
Souza teve a chance de fazer o segundo aos 12 minutos. Ibson rolou, o atacante dominou mal e chutou prensado. Dono absoluto da etapa final, o time carioca perdeu outra chance com Kleberson.
Atônito com a blitz dos "medrosos", o Cienciano só ameaçou aos 15 minutos. Mas, novamente, o Bruno esticou-se para fazer a defesa em tentativa de Guevara. Aliás, o descontrole emocional do Flamengo no primeiro tempo transferiu-se para o time peruano. Bazalar foi expulso aos 18.
Na pausa, alguns rubro-negros, como Fábio Luciano e Cristian, fizeram uso do spray de\ oxigênio. Mas quem precisou de ar nos pulmões foi o goleiro Flores para poder saltar e\ espalmar o chute forte de Renato Augusto.\
Os minutos passaram e Ibson tratou de colocar Toró na cara do gol. Novamente, o canto direito ficou aberto e o Flamengo marcou o segundo.
Nos minutos finais, Joel Santana fez as substituições, os jogadores se abraçaram e comemoraram - acima da classificação - a goleada moral. Mas ainda havia o último ato. No último lance, Juan cobrou falta - novamente no lado direito - e marcou o terceiro.
Juan ignora temida altitude
Lateral-esquerdo diz que se sentiu bem nos quase 3.400 metros de Cuzco
Juan marcou de falta aos 48 minutos do segundo tempo e correu para comemorar a classificação às oitavas-de-final da Taça Libertadores. Sinal que os cerca de 3.400 metros de Cuzco não afetaram o lateral-esquerdo do Flamengo.
Ao fim do baile rubro-negro por 3 a 0 sobre o Cienciano, o jogador confirmou que não sentiu os efeitos do ar rarefeito.
- Felizmente, me senti bem. O trabalho forte que a gente fez no dia-a-dia me ajudou para que suportasse o jogo todo - declarou, após o jogo, à TV Globo.
O trabalho a que se refere incluía sessões de apnéia na piscina da Gávea. E Juan era justamente o recordista, com dois minutos e 40 segundos embaixo d'água.
O lateral marcou de falta. Coisa rara no Flamengo nos últimos tempos. O último gol desta maneira foi de Roger, no dia 4 de novembro, contra o Cruzeiro.
- Venho treinando todos os dias lá na Gávea depois dos treinos com o apoio do Joel. Fui feliz e consegui fazer o gol - diz.
Ibson: 'Só penso no Flamengo'
Volante ironiza ligação de sua boa atuação com 'esquecimento' do Porto
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Cuzco
Ibson teve grande atuação em Cuzco
Ibson passou por maus momentos nas últimas semanas. Chegou até a ser vaiado pela torcida do Flamengo no jogo contra o Madureira. Na altitude de Cuzco, teve atuação brilhante e foi um dos principais jogadores na vitória por 3 a 0 sobre o Cienciano, pela Taça Libertadores.
Correu, marcou e criou. Participou efetivamente de dois gols e saiu de campo festejado. Na entrevista coletiva, ironizou aqueles que dizem que ele está com a cabeça no Porto, clube que detém seus direitos econômicos.
- Quando o Ibson vai mal é porque está com a cabeça no Porto. Quando vai bem é porque está com a cabeça aqui. Tenho contrato até 30 de junho e até lá penso só no Flamengo - diz o jogador.\ Ele evitou os louros da vitória e alertou sobre a necessidade de repouso para o jogo contra o Botafogo, pela semifinal da Taça Rio.\
- Foi uma boa partida de todo o time. Praticamos um bom futebol. O negócio agora é descansar porque domingo temos outro jogo importante - afirma Ibson.
FOTO: Fla tem torcida até na altitude
Torcedores rubro-negros comemoram vitória e classificação antecipada
Os 3.400m de Cuzco não assustaram os torcedores do Flamengo que acompanharam de perto a vitória rubro-negra sobre o Cienciano no estádio Garcilaso de la Vega. E eles tiveram fôlego para vibrar bastante com o resultado
Joel: 'O segundo tempo foi excelente'
Treinador elogia atuação do Fla e diz que time atingiu o seu objetivo na Libertadores
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Cuzco, Peru entre em contato
Joel Santana no jogo contra o Cienciano
Após a vitória do Flamengo por 3 a 0 sobre o Cienciano, na noite de quarta-feira, em Cuzco, no Peru, o técnico Joel Santana conversou com a imprensa. No bate-papo, ele analisou o triunfo, falou da última partida da primeira fase da Libertadores e elogiou a postura da torcida peruana e dos rubro-negros que foram ao estádio Garcilaso de la Vega.
Atuação diante do Cienciano
- O jogo foi difícil nos dois tempos. Só que no segundo tempo, o time melhorou na marcação. Conseguimos diminuir as jogadas perigosas deles e marcamos um gol logo no início. Não demos liberdade na saída de bola. Fizemos um placar maior porque eles precisavam marcar um gol e afrouxaram a marcação.
Melhor atuação?
- Já tínhamos feito bons jogos. Em um jogo de Libertadores diante do Cienciano, posso dizer que atuação foi muito boa. O primeiro tempo foi uma equipe boa. No segundo tempo, um time excelente. Foi uma bela partida de futebol. O Cienciano é uma brilhante equipe e até marcarmos o primeiro gol, eles estavam muito bem no jogo. Em nenhum momento, o Cienciano partiu para a violência ou para a agressão.
Recepção e festa rubro-negra
- Fomos muito bem tratados aqui e bem recebidos. Criou-se uma novela grande e isso não é bom. A torcida foi carinhosa, receptiva. Temos que agradecer ao nosso torcedor que esteve aqui e fez uma grande festa.
Amistoso contra o Bolo?\ - Vejo que no futebol, cada jogo é uma decisão e cada decisão é uma responsabilidade. Estamos em primeiro lugar no nosso grupo e conseguimos tirar aquela vantagem de gols do Nacional. Atingimos um objetivo e vamos continuar com o nosso planejamento. Não tem nada de amistoso.\
Fla usa e abusa do oxigênio. E só
Jogadores rubro-negros não passam mal no vestiário e resistem bem à altitude de Cuzco
Márcio Iannacca Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Cuzco
Jogadores do Flamengo aplaudem a torcida após a vitória sobre o Cienciano
Leves borrifadas do spray de oxigênio. O Flamengo resistiu bem aos quase 3.400 metros de altitude de Cuzco. Após a vitória por 3 a 0, o médico Serafim Borges elogiou a preparação e o desempenho dos jogadores.
- Foi o resultado de um trabalho de 40 dias. Controlamos a alimentação, o descanso. E tudo deu certo - diz o cardiologista.
Em 2007, quando esteve em Potosí, diversos jogadores rubro-negros passaram mal, e a cena de alguns deles recebendo oxigênio à beira do campo assustou a todos. Desta vez, as reações foram bem mais brandas. Todos os jogadores fizeram uso do oxigênio. Mas nada de náuseas ou outras complicações do ar rarefeito.
Apesar do triunfo, Serafim aconselha que o Flamengo continue sua luta para proibir jogos internacionais nas alturas.
- Mesmo com a vitória do Flamengo, os clubes precisam manter a posição contra os jogos nestas condições - diz o médico.
Juan ignora temida altitude
Lateral-esquerdo diz que se sentiu bem nos quase 3.400 metros de Cuzco
Juan marcou de falta aos 48 minutos do segundo tempo e correu para comemorar a classificação às oitavas-de-final da Taça Libertadores. Sinal que os cerca de 3.400 metros de Cuzco não afetaram o lateral-esquerdo do Flamengo.
Ao fim do baile rubro-negro por 3 a 0 sobre o Cienciano, o jogador confirmou que não sentiu os efeitos do ar rarefeito.
- Felizmente, me senti bem. O trabalho forte que a gente fez no dia-a-dia me ajudou para que suportasse o jogo todo - declarou, após o jogo, à TV Globo.
O trabalho a que se refere incluía sessões de apnéia na piscina da Gávea. E Juan era justamente o recordista, com dois minutos e 40 segundos embaixo d'água.
O lateral marcou de falta. Coisa rara no Flamengo nos últimos tempos. O último gol desta maneira foi de Roger, no dia 4 de novembro, contra o Cruzeiro.
- Venho treinando todos os dias lá na Gávea depois dos treinos com o apoio do Joel. Fui feliz e consegui fazer o gol - diz.
Flamengo vai à final da Liga Sul-Americana
Torcida empurra, equipe carioca vence o Boca Juniors e vai decidir o título da competição
Gabriele Lomba Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
Flamengo pára o Boca Juniors e vai jogar a final da Liga Sul-Americana
Empurrado pela torcida, que não se calou um só minuto no ginásio do Tijuca, o Flamengo deixou a catimba argentina de lado e venceu o Boca Juniors por 72 a 66. Com o resultado da noite desta quarta-feira, a equipe carioca assegurou vaga na final da Liga Sul-Americana, quando vai enfrentar o Regatas Corrientes, também da Argentina, que fechou a série em 2 a 0 contra o Brasília.
- Não tenho muito o que falar. A animação da torcida já diz tudo. Não tinha como ser diferente com o apoio dessa galera - diz o armador Marcelinho, cestinha da partida com 27 pontos.
O Flamengo precisou dos três jogos para encerrar a sua série melhor-de-três. Na primeira partida, o Rubro-Negro foi à Argentina e perdeu por 100 a 88. No encontro seguinte, no Rio de Janeiro, os jogadores sabiam que não podiam vacilar e, com uma boa defesa, fizeram 83 a 58 e empataram em 1 a 1. Nesta noite, embalada pela chance de ir à final, a equipe marcou 72 a 66 e garantiu sua participação na decisão.
- No intervalo do segundo para o terceiro quarto tive que dar uma bronca no time. Falei para os jogadores que eles tinham que voltar a jogar com união, pois o Boca é melhor individualmente. E ganhamos porque cada jogador mostrou o carinho que tem pela equipe, cada um deu o seu máximo em quadra - conta o técnico Paulo Chupeta.
Catimba argentina não é suficiente para bater o Flamengo\ Ginásio do Tijuca lotado, palco perfeito para uma bela apresentação do Flamengo. E assim aconteceu! No primeiro quarto, o Rubro-Negro abriu 10 a 0 no marcador e intimidou o Boca Juniors. Mostrando muita disposição e motivação, a equipe se manteve na frente.\
Na etapa seguinte, o Flamengo começou ganhando de 24 a 13, mas se perdeu em quadra. Marcelinho não rendeu tanto quanto no quarto anterior, assim como Fred e Fernando. Nos cinco minutos finais, Gutierrez, medalhista olímpico da Argentina, conseguiu virar o jogo com um lance de três pontos e uma falta. Duda entrou em quadra e comandou a reação da equipe carioca, que levou a torcida à loucura.
O terceiro quarto foi o mais equilibrado. As duas equipes se revezaram na frente do marcador. No entanto, apresentando mais consistência, o Flamengou fechou o período em 57 a 50. Na etapa final, o Rubro-Negro administrou a vantagem, não entrou no jogo dos argentinos, que começaram a catimbar com provocações, e ficou com a vaga na final da Liga Sul-Americana.
LANCE
Fla bate Cienciano por 3 a 0 e se classifica
Com gols de Renato Augusto, Toró e Juan, equipe supera efeitos da altitude
LANCEPRESS!
Nem toda a questão da altitude assustou o Flamengo. A equipe Rubro-Negra venceu os 3.400m de Cuzco (PER), a pressão da torcida peruana e a partida contra o Cienciano por 3 a 0, na noite desta quarta-feira. Com gols de Renato Augusto, Toró e Juan, a equipe da Gávea chegou aos 10 pontos e garantiu a classificação antecipada do Grupo 4 da Copa Libertadores.
Devido a toda a polêmica, as duas equipes começaram a partida com muita disposição. O Cienciano, por jogar em casa, conseguiu um maior controle inicial embora o Flamengo tentasse assustar nos contra-ataques. No entanto, por causa do nervosismo, nenhum dos times deu trabalho ao goleiro adversário.
A primeira chance veio apenas aos 15 minutos. Guizzasola fez boa jogada na direita da área do Flamengo, mas pecou na conclusão da jogada. A equipe rubro-negra respondeu quatro minutos depois, em jogada de falta ensaiada que Cristian colocou por cima da meta.
Mesmo com o susto, era o Cienciano que tinha mais a posse de bola na partida. Tanto que aos 24 minutos, Bruno trabalhou pela primeira vez na partida, em um chute de Bazalar. O goleiro voou no ângulo direito para espalmar o remate para escanteio.
A partir dos 30 minutos, o Flamengo adiantou a marcação e passou a ter um pouco mais de domínio do jogo. Apesar disso, quem assustou de novo foi o Cienciano, com uma cabeçada de Uribe, que Bruno defendeu sem problemas. Aos 38, em outra cabeçada, desta vez de Romaña, o goleiro do Flamengo trabalhou outra vez.
No segundo tempo, o Flamengo abriu o placar logo no início. Aos 8 minutos, Souza fez boa jogada no lado esquerdo e tocou para Renato Augusto sozinho na área. Com calma, o apoiador teve o trabalho apenas de deslocar o goleiro Flores para marcar: Flamengo 1 a 0.
O gol fez com que o Cienciano partisse para cima. Porém, na base do nervosismo, os peruanos não conseguiam levar perigo. Pelo contrário, era o Rubro-Negro que teve ainda mais espaço para assustar nos contra-ataques. Como fez com Souza, aos 10 minutos, que concluiu por cima. Aos 13, foi a vez de Kleberson pegar errado na bola.
A pressão do Cienciano só teve efeito aos 15 minutos. Guevara, que tinha acabado de entrar, chutou no ângulo e Bruno espalmou para escanteio. Mas, com a expulsão de Bazalar aos 18, as coisas ficaram ainda mais fáceis para o Rubro-Negro. Com mais espaço em campo, a equipe passou a controlar o jogo. Aos 21, Renato Augusto quase ampliou em um chute de fora da área.
A vantagem aumentou aos 32 minutos. Ibson avançou pelo meio-de-campo e rolou para Toró. O apoiador invadiu a área e chutou cruzado: Flamengo 2 a 0.
A equipe da Gávea passou a controlar o placar para voltar para o Brasil com a classificação para as oitavas-de-final. No entanto, ainda teve tempo de marcar mais um. Aos 48, em falta na entrada da área, Juan cobrou com perfeição e finalizou o placar: Flamengo 3 a 0.
Agora, o Fla enfrenta o Coronel Bolognesi, no dia 23, para tentar ficar em busca do primeiro lugar do grupo. O Cienciano, por sua vez, irá para Montevideo lutar contra o Nacional (URU) pela outra vaga na próxima fase.
Rubro-negros se aventuram para ver o Fla
Torcedores que moram na Bolívia encaram viagem no bagageiro de um ônibus
Rubro-negros reunidos na Praça das Armas (Crédito: Rodrigo Benchimol)
Bruno Braz RIO DE JANEIRO
Cuzco amanheceu no clima do jogo e em qualquer esquina pôde-se ver alguém com a camisa do Cienciano. Mas quem virou atração turística num dos principais cartões postais da cidade foram os torcedores do Flamengo. Eles pararam a Praça das Armas, escolhida como ponto de encontro para seguirem rumo ao Estádio Garcilaso.
Entre os torcedores, dois vieram da Bolívia em uma aventura que ficará marcada em suas vidas. Estudantes de medicina em Cochabamba, Cláudio Pinheiro e Ramon Lima da Silva – ambos de 19 anos e naturais de Rio Branco, no Acre – viajaramumdia de ônibus até chegar a Cuzco. Porém, não trata-se de uma viagem tão simples assim.
– A estrada que liga Cochabamba a La Paz estava bloqueada. Tivemos de fazer um outro roteiro: fomos para Oruro, depois para La Paz e só assim chegamos. Acho que somos os únicos que conseguimos vir da Bolívia – contou Ramon.
O mais interessante, porém, foi o sacrifício que fizeram para conseguir chegar a Oruro.
– Não tinha mais lugar no ônibus de Cochabamba para Oruro.
Aí, tivemos de ir no bagageiro mesmo. Estendemos um colchonete e viemos nos equilibrando entre as malas. E o pior é que tivemos de pagar 25 bolívars (cerca de R$ 7). Passamos sufoco, tivemos momentos de medo, mas vale a pena para ver o Flamengo – contou Cláudio.
Com a construção da Estrada do Pacífico, que liga Rio Branco a Lima (PER), a vida de outros rubronegros foi facilitada. Uma van com sete torcedores percorreu os 700 quilômetros da capital do Acre até Porto Maldonado (PER). De lá, foram mais 40 minutos até Cuzco.
Diante destas histórias, o congestionamento que parou o trânsito de Cuzco foi facilmente encarado. Durante o dia, várias facções da torcida do Cienciano fizeram passeatas pela cidade. Taxistas enfeitaram seus carros e muitos largaram o trabalho para ir ao jogo.
Juan marca o primeiro gol de falta do Fla
Lateral anotou o terceiro da goleada do Fla de 3 a 0 sobre o Cienciano
LANCEPRESS!
A partida já estava definida quando o lateral-esquerdo Juan marcou o primeiro gol de falta do Flamengo nesta temporada. O terceiro gol da equipe na vitória de 3 a 0 sobre o Cienciano (PER), nesta quarta-feira, pela Copa Libertadores, apenas ratificou a classificação do Rubro-Negro para a próxima fase.
O lateral afirmou que vinha se preparando para quando surgisse essa oportunidade.
- Venho treinando há bastante tempo e o (técnico) Joel Santanta às vezes não queria deixar eu bater. Graças a Deus, consegui fazer o gol - afirmou o jogador após à partida.
Com a vitória, o objetivo do Flamengo agora é conquistar o primeiro lugar no Grupo 4, no dia 23, contra o Coronel Bolognesi (BOL), no Maracanã.
Ibson: 'Minha cabeça está voltada para o Fla'
Destaque da vitória sobre o Cienciano volta suas atenções para a Taça Rio
LANCEPRESS!
Nas últimas semanas, devido a algumas atuações irregulares, muito se falou que Ibson estaria pensando já no retorno ao futebol europeu, já que seu passe está vinculado ao Porto (POR). No entanto, o volante foi um dos destaques da vitória do Flamengo de 3 a 0 sobre o Cienciano, nesta quarta-feira, em Cuzco (PER). O jogador fez um desabafo após a partida, garantindo que seu pensamento está voltado exclusivamente para o Flamengo. Pelo menos, até 30 de junho.
- Se o Ibson vai mal, a cabeça dele está no Porto. Se o Ibson vai bem, a cabeça dele está no Flamengo. Tenho contrato até o dia 30 de junho com o Flamengo e, até lá, minha cabeça está voltada somente para o clube. Depois desse dia, os responsáveis pelo meu vínculo federativo que irão resolver este problema - afirmou.
O resultado desta quarta-feira garantiu ao clube a vaga antecipada para as oitavas-de-final da Copa Libertadores. Com o objetivo atingido, Ibson já pensa adiante. Mais precisamente no Botafogo, clube que o Flamengo enfrentará no próximo domingo, no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio.
Ibson falou que seu plano é conquistar a Taça Rio e garantir o título carioca sem ter que disputar a final.
- Foi uma vitória importante, mas agora vamos nos concentrar para o jogo de domingo. Vai ser difícil. A equipe se concentra logo na sexta-feira à tarde. Esse jogo é muito importante para nós. Estamos a dois jogos do título carioca - finalizou.
Torcida do Fla sem lugar no estádio em Cuzco
Rubro-negros estão no meio da torcida do Cienciano
Rodrigo Benchimol EM CUZCO (PERU)
Uma curiosidade chamou a atenção no estádio Garcilaso. É em relação ao espaço destinado à torcida do Flamengo: ele simplesmente não existe. Os torcedores rubro-negros estão no meio dos do Cienciano.
Sem lugar específico, a torcida do Flamengo – que tem entre 50 e 100 pessoas no estádio – conta com um pequeno cordão de isolamento dos policiais. No entanto, o clima entre os torcedores rivais é ameno e não houve confusão até o momento.
Do lado de fora do estádio, 150 policiais zelam pela chegada do ônibus do Flamengo ao estádio. Apesar das polêmicas por causa da altitude, a delegação rubro-negra pôde chegar para o jogo sem grandes contratempos.
Apesar das ruas estreitas ao redor do estádio, não houve tumulto até então. Há filas muito longas para entrar, mas povo é ordeiro e se respeita, apesar da livre atuação dos cambistas, que vendeam ingressos pelo mesmo preço.