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Campeões do mundo mostram amizade afiada até os dias de hoje

Brincadeiras que sempre deram o tom no "Esquadrão de ouro" continuam a todo vapor 30 anos depois

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Minutos lado a lado já são suficientes para que sorrisos, gargalhadas, apareçam no rosto dos jogadores campeões mundiais pelo Flamengo em 1981. Com um elenco montado na base da amizade, além do talento de cada um, o Rubro-negro chegou ao principal título de sua história. Mas o Mundial de 1981 marcou por outra coisa especial, a coroação de uma geração de amigos, todos apaixonados pelo manto sagrado.

A cada encontro, os jogadores lembram de histórias do passado e revivem aqueles momentos especiais como se estivessem acontecendo nos dias de hoje. Um dos alvos do elenco, o atacante Peu arrancou gargalhadas novamente ao contar o famoso episódio do bigode, no Papo de rubro-negro, realizado nesta segunda-feira (12.12), na Gávea.

"Eu tinha só 20 anos e tinha chegado de Maceió há pouco tempo. Era flamenguista e sempre via o time jogando na TV. De repente, me vejo dentro da Gávea, ao lado dos principais jogadores da seleção. Tudo o que o Zico e o Junior falavam era verdade para mim. Eles disseram que eu teria que tirar o bigode para entrar no Japão e eu acreditei. Eles disseram que o Junior tinha conseguido autorização. Então eu tirei o bigode. Valeu a brincadeira e o título. Fui campeão sem o bigode", afirmou Peu.

Adílio, camisa 8 do time campeão mundial, também fez questão de lembrar algumas situações engraçadas.

"O Nunes, quando chegou, era o Joãozinho. Fazia muito gol e era mais velho que eu. Hoje, sou mais velho que ele. Como pode? Não entendo isso", brincou Adílio.

Nunes, por sua vez, falou sério. O "Artilheiro das decisões" lembrou que o time campeão do mundo pelo Flamengo brincava fora de campo. Dentro das quatro linhas, a brincadeira era apenas de tocar a bola.

"Trabalhávamos muito sério. Não é qualquer um que veste a camisa do Flamengo e vence como nós vencemos. O Flamengo não é brincadeira. Aqui a coisa é séria. É por isso que ganhávamos tudo. Não brincávamos dentro de campo. Ali, nossa única brincadeira era tocar bem a bola", finalizou o "João danado".