Fábio Aleixo SÃO PAULO \ Thiago Rocha SÃO PAULO \
Lancenet
O Flamengo está perto de se tornar o melhor campeão da História dos Campeonatos Nacionais.
Para isso, o Rubro-Negro precisa varrer o Brasília na final do Novo Basquete Brasil (NBB). A primeira partida da série em melhor de cinco será realizada nesta quinta-feira, às 12h, na capital federal.
Caso não perca nenhum jogo da decisão, o Flamengo encerrará o torneio com apenas duas derrotas, mesma marca obtida pelo Rio Claro no Brasileiro de 1992.
Naquela edição, porém, o time paulista realizou apenas 19 jogos, o que representa a média de uma derrota a cada 9,5 partidas. Já a marca do Rubro-Negro é de um revés a cada 17 jogos: são duas derrotas em 34 partidas disputadas.
O problema é que a última derrota aconteceu justamente para o Brasília. No dia 15 de março, no Maracanãzinho, o Fla caiu por 82 a 78. Três dias antes, os cariocas haviam conquistado a Liga Sul-Americana.
Desde o revés, são 23 partidas invictas, a maior marca de todos os tempos. O recorde anterior era justamente de Brasília, com 21 jogos.
– Somos um grupo predestinado. Ser o maior campeão de todos é possível. Vou usar isso na preleção como um fator de motivação – afirmou o técnico do Fla, Paulo Chupeta.
Destaque do time vencedor de Rio Claro e cestinha do Nacional de 1992, o ex-ala Paulinho Villas Bôas afirma que a equipe tem boas chances de se consolidar como a melhor de todas.
– O Flamengo é favorito nessa final pelo retrospecto e pelo conjunto que possui – apostou o ex-jogador.
Nem dívida atrapalhou
A campanha arrasadora do Flamengo no NBB chega a surpreender se for levado em conta que durante mais da metade da competição os atletas tiverem de lidar com o problema dos salários atrasados.
Essa, porém, não é uma dificuldade recente. Entre 2000 e 2001, quando defendeu o Fla, Villas Bôas também deixou de receber o pagamento.
– É bem complicado jogar com salário atrasado e é isso que me impressiona nesse time. O jogador tem de pensar que o Flamengo está devendo, mas um dia vai pagar, atrasado, na Justiça, mas uma hora paga – afirmou o ex-jogador.
O pivô Baby, que atuava na NBA e não estava acostumado com esse tipo de situação, disse que o espírito demonstrado pelo capitão Marcelinho foi fundamental para motivar os jogadores durante o torneio.
– Ele foi fundamental, caso contrário o time teria caído. Seu exemplo sempre nos motivou.