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Artilheiro das Decisões mostra o caminho para o bi

Em entrevista ao site oficial do Flamengo, Nunes relembra grandes momentos do título de 1981

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Uma inspiração para o Império do Amor. Às vésperas da estreia do Flamengo na edição 2010 da Taça Libertadores da América, o site oficial do clube realizou entrevista com Nunes, artilheiro rubro-negro nos anos 80, famoso por deixar sempre sua marca nas partidas decisivas do time da Gávea. Campeão da Libertadores em 1981, Nunes falou sobre a estreia, relembrou momentos de 1981 e analisou as principais dificuldades de se disputar a competição.

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Para Nunes, é normal que a equipe fique ansiosa para o primeiro jogo, no entanto, depois disso, o ídolo rubro-negro acredita que este grupo tem tudo para deslanchar na competição. O Artilheiro das Decisões, que elegeu a partida contra o Deportivo Cali como seu jogo histórico no torneio, confia e está na torcida pelo bicampeonato. O segredo para isso? Paciência e união.

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Confira a íntegra da entrevista com o ex-jogador.

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Tensão na estreia: Todo começo de competição tem uma tensão grande, por parte de todos os participantes. E a gente também passou por isso, por essa ansiedade de começar com o pé direito a Libertadores e isso aconteceu. Nosso time era consciente, unido, com um conjunto fora de série, e nós nos preparamos para ganhar a Libertadores. Conseguimos isso com muita humildade e profissionalismo.

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O título de 1981: A gente assumiu essa responsabilidade e demos sequência nos jogos para alcançar esse objetivo. Até então, só o Santos e o Cruzeiro tinham conseguido, e nós fomos o terceiro clube brasileiro, comigo, com Zico, Adilio, Raul, Leandro... E fico muito feliz em fazer parte dessa história.

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A maior dificuldade: Libertadores é uma coisa muito séria, você tem que ser muito profissional e é um campeonato diferente de jogar. Enfrentamos Olímpia, Cerro, Cobreloa, Deportivo Cali, River Plate... A dificuldade é você não conhecer bem o adversário. Tem que estar atento e preparado para tudo. A reponsabilidade que se tem de representar o país e o clube internacionalmente.

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O time de 1981: Com todo o respeito, a gente jogava tranquilo. Os adversários não sabiam o time que eles iam enfrentar também. Eles não tinham noção do conjunto e do potencial que nosso time tinha. Eram jogadores de alto nível, e quando a gente chegava, não era surpresa para a gente ver a pressão dos adversários, mas dentro de campo nós éramos melhores. Mostramos um futebol bem jogado, um conjunto refinado e mesmo assim com simplicidade.

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Zico: Sabíamos que tinhamos o maior ídolo do Flamengo, mas ele era um cara simples, amigo, sempre ajudava os companheiros e a gente sempre foi uma família. Até hoje. Por isso que conseguimos esses objetivos. É preciso ter entrosamento dentro e fora de campo.

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Arbitragem: O jogador tem que estar bem preparado para jogar o futebol dentro de campo. Não deve se preocupar com árbitro. Tem que esquecer isso e estar ligado só em jogar futebol. Em relação à comunicação, é um pouco difícil, mas o nosso grupo tinha jogadores que falavam castelhano e, de vez em quando a gente soltava um palavrão nosso brasileiro... Existem vários segredos dentro de campo. Sempre pedi ao Isaias, Roberto ou Deni para fazer massagem na minha perna com cenoura, as vezes eu passava a mão e passava na vista do zagueiro.. Não precisa ser desleal. Futebol tem que ser jogado com respeito, profissionalismo e dignidade.

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Jogo inesquecível: Na Libertadores, acho que o jogo contra o Deportivo Cali, na Colômbia, porque ganhamos de 1 a 0, com gol meu, logo na primeira oportunidade que tive. Depois, o time soube suportar a pressão, jogar com inteligência, e acho que teve uma importância muito grande para a nossa campanha. Muita gente fala da série contra o Cobreloa, que foram três jogos de decisão, ganhamos aqui de 2 a 1, perdemos no Chile por 1 a 0, e agnhamos no Uruguai por 2 a 0, nos sagramos campeões da Libertadores, mas o importante é focar no objetivo e trabalhar para conquistar. Todo o grupo estava consciente e fechado em torno disso.

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Libertadores de 1982: A lembrança que tenho é do jogo contra o River, que foi um jogo muito corrido, fiz o quarto gol, uma arrancada do Marinho pela esquerda, dominei no peito e bati no canto do goleiro. Ganhamos de 4 a 1 do River lá em 1982. Ganhamos os dois jogos deles. Aí acabamos perdendo para o Peñarol aqui. Foi um jogo triste, mas o futebol tem dessas coisas. A virtude de um bom grupo é reconhecer a derrota porque o outro foi superior. Valorizar a vitória do adversário é importante.

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Catimba: É preciso ter paciência. A catimba é grande, irrita o jogador brasileiro, e o árbitro tem que ter atenção a isso e ser cobrado pelas autoridades do futebol. Se o Flamengo se preparar e focar no objetivo, isso não vai atrapalhar. Esse grupo tem condições de buscar a Libertadores.