A rubro-negra Dona Zica
Torcedora-símbolo do Flamengo ganhou o apelido de Zico
Por Comunicação - Site Oficial do Clube - em
No último domingo (29.07) a torcida do Flamengo compareceu em peso ao Maracanã para apoiar o time. Cerca de 40 mil rubro-negros saíram de suas casas sob chuva e frio - incomuns à Cidade Maravilhosa - para incentivar o time dentro de campo. Entre tantos torcedores, havia uma para lá de especial.
Figurinha carimbada da antiga geral, presença constante do novo Maracanã e torcedora-símbolo do Mais Querido. Essa é Dona Zica. Apesar de, para muitos, já dispensar apresentações, é provável que alguns não saibam o tamanho do amor dessa torcedora pelo Flamengo. Hoje, com 63 anos, Maria Boreth de Souza é dona de uma casa simples, sem grandes luxos, mas toda em vermelho e preto. Não é preciso visitar o lar de Dona Zica para perceber seu amor pelo clube, já que ela e a camisa do Mais Querido são inseparáveis. Mãe, avó e esposa, a torcedora é dona de uma família totalmente apaixonada pelo Flamengo. Todo esse amor e seu apelido têm uma explicação e ela começou há cerca de 56 anos.
Dona Zica saiu de casa quando ainda tinha sete anos de idade. Por problemas familiares, Maria acreditou que sua vida pudesse ser melhor longe de seus padrastos e, nos dez anos seguintes, decidiu que viveria nas ruas. Dormindo ao relento e conseguindo comer através da ajuda de outras pessoas, Dona Zica, que sempre se sentiu cativada pelo Rubro-Negro, juntou dinheiro de pequenos trabalhos que fazia e comprou, ainda quando pequena, sua primeira camisa do Flamengo.
Nos anos seguintes, Maria foi se apaixonando pelo clube. Começou a frequentar o Maracanã e até a viajar com torcedores escondida entre bandeiras no bagageiro dos ônibus de excursões. O uniforme virou sua roupa oficial durante muitos anos, até que a já surrada camisa rubro-negra com o número dez nas costas mudou sua vida.
Era véspera de Natal e de seu aniversário e Dona Zica decidiu entrar em um ônibus, sem rumo, apenas para passar parte da noite dormindo dentro dele. Algum tempo depois, Maria foi acordada pelo motorista para que descesse do ônibus e acabou tendo que passar a noite em um banco de cimento na rua. Mal sabia que havia adormecido em frente à casa da família Antunes Coimbra, onde foi acordada por Dona Matilde, mãe de Zico. A família ofereceu que a jovem Maria entrasse em casa, inicialmente para almoçar. O que era uma refeição, durou um dia, dois, três e de lá ela não saiu mais.
Zica, que já era fã do Galinho e do Flamengo, aumentou ainda mais sua paixão pelo Rubro-Negro a partir daquele momento. "Não tenho como definir aquela família e tudo aquilo que fizeram por mim. Me lembro que o Arthur naquele Natal me apelidou de Ziquinha, devido a minha camisa 10 do Flamengo. Mais do que qualquer coisa, a partir daquele meu aniversário ganhei um lar. Eles cativam a gente do nada, é sempre ótimo estar perto de qualquer um deles", disse Dona Zica.
O amor pelo Flamengo se tornou algo incondicional para Maria, que passou a frequentar o Maracanã ainda mais para torcer e vibrar pelo Rubro-Negro. Dona Zica se tornou uma torcedora tão diferenciada que em um determinado momento ruim do clube, brigou com São Judas Tadeu, padroeiro do Flamengo. "Sempre oro pra que ele proteja nossos jogadores, minha família e aí sim, peço para que me proteja. Apesar disso, houve uma determinada época em que estávamos muito mal em um campeonato e depois de pedir tanto a ajuda para o meu santo, percebi que não estava fazendo nada para mudar a situação. Guardei a imagem no fundo do armário e quando resolvi fazer as pazes com ele, disse em uma oração que seria a última chance que daria para São Judas Tadeu. A partir daquele momento, foram só vitórias", contou.
Dona Zica consegue dividir o status de fã e ídolo de jogadores e ex-jogadores rubro-negros por toda sua paixão pelo Flamengo. Além de Zico, a torcedora ilustre se diz fã de Dida, Obina e, do elenco atual, do capitão Léo Moura. Ela conta que quando o Rubro-Negro perde, prefere que ninguém fale com ela e que quando ganha é só comemoração, sendo capaz de virar a noite comemorando, passando em casa apenas para trocar de camisa do Mais Querido. "O Flamengo é uma crença. Nosso hino é uma oração. Não tem como descrever o que é torcer por esse clube, só vivendo para saber. Peço para que a torcida continue apoiando, assim como fez no último domingo (27.07), que tenho certeza que iremos longe", concluiu emocionada Dona Zica.
Figurinha carimbada da antiga geral, presença constante do novo Maracanã e torcedora-símbolo do Mais Querido. Essa é Dona Zica. Apesar de, para muitos, já dispensar apresentações, é provável que alguns não saibam o tamanho do amor dessa torcedora pelo Flamengo. Hoje, com 63 anos, Maria Boreth de Souza é dona de uma casa simples, sem grandes luxos, mas toda em vermelho e preto. Não é preciso visitar o lar de Dona Zica para perceber seu amor pelo clube, já que ela e a camisa do Mais Querido são inseparáveis. Mãe, avó e esposa, a torcedora é dona de uma família totalmente apaixonada pelo Flamengo. Todo esse amor e seu apelido têm uma explicação e ela começou há cerca de 56 anos.
Dona Zica saiu de casa quando ainda tinha sete anos de idade. Por problemas familiares, Maria acreditou que sua vida pudesse ser melhor longe de seus padrastos e, nos dez anos seguintes, decidiu que viveria nas ruas. Dormindo ao relento e conseguindo comer através da ajuda de outras pessoas, Dona Zica, que sempre se sentiu cativada pelo Rubro-Negro, juntou dinheiro de pequenos trabalhos que fazia e comprou, ainda quando pequena, sua primeira camisa do Flamengo.
Nos anos seguintes, Maria foi se apaixonando pelo clube. Começou a frequentar o Maracanã e até a viajar com torcedores escondida entre bandeiras no bagageiro dos ônibus de excursões. O uniforme virou sua roupa oficial durante muitos anos, até que a já surrada camisa rubro-negra com o número dez nas costas mudou sua vida.
Era véspera de Natal e de seu aniversário e Dona Zica decidiu entrar em um ônibus, sem rumo, apenas para passar parte da noite dormindo dentro dele. Algum tempo depois, Maria foi acordada pelo motorista para que descesse do ônibus e acabou tendo que passar a noite em um banco de cimento na rua. Mal sabia que havia adormecido em frente à casa da família Antunes Coimbra, onde foi acordada por Dona Matilde, mãe de Zico. A família ofereceu que a jovem Maria entrasse em casa, inicialmente para almoçar. O que era uma refeição, durou um dia, dois, três e de lá ela não saiu mais.
Zica, que já era fã do Galinho e do Flamengo, aumentou ainda mais sua paixão pelo Rubro-Negro a partir daquele momento. "Não tenho como definir aquela família e tudo aquilo que fizeram por mim. Me lembro que o Arthur naquele Natal me apelidou de Ziquinha, devido a minha camisa 10 do Flamengo. Mais do que qualquer coisa, a partir daquele meu aniversário ganhei um lar. Eles cativam a gente do nada, é sempre ótimo estar perto de qualquer um deles", disse Dona Zica.
O amor pelo Flamengo se tornou algo incondicional para Maria, que passou a frequentar o Maracanã ainda mais para torcer e vibrar pelo Rubro-Negro. Dona Zica se tornou uma torcedora tão diferenciada que em um determinado momento ruim do clube, brigou com São Judas Tadeu, padroeiro do Flamengo. "Sempre oro pra que ele proteja nossos jogadores, minha família e aí sim, peço para que me proteja. Apesar disso, houve uma determinada época em que estávamos muito mal em um campeonato e depois de pedir tanto a ajuda para o meu santo, percebi que não estava fazendo nada para mudar a situação. Guardei a imagem no fundo do armário e quando resolvi fazer as pazes com ele, disse em uma oração que seria a última chance que daria para São Judas Tadeu. A partir daquele momento, foram só vitórias", contou.
Dona Zica consegue dividir o status de fã e ídolo de jogadores e ex-jogadores rubro-negros por toda sua paixão pelo Flamengo. Além de Zico, a torcedora ilustre se diz fã de Dida, Obina e, do elenco atual, do capitão Léo Moura. Ela conta que quando o Rubro-Negro perde, prefere que ninguém fale com ela e que quando ganha é só comemoração, sendo capaz de virar a noite comemorando, passando em casa apenas para trocar de camisa do Mais Querido. "O Flamengo é uma crença. Nosso hino é uma oração. Não tem como descrever o que é torcer por esse clube, só vivendo para saber. Peço para que a torcida continue apoiando, assim como fez no último domingo (27.07), que tenho certeza que iremos longe", concluiu emocionada Dona Zica.