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Flamengo lança Projeto CUIDAR na Gávea

Diretor de Esportes Olímpicos, Marcelo Vido, fala da importância da campanha Anjo da Guarda Rubro-Negro para os atletas do clube

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Nesta quarta-feira (02.12), o Flamengo lança o CUIDAR (Centro Unificado de Identificação e Desenvolvimento de Atleta de Rendimento), na sede social do clube, na Gávea. Com a participação da Estácio e do Anjo da Guarda como apoiadores, o projeto terá Izabel Miranda Rohlfs como responsável. A profissional chega com a experiência de oito anos de trabalho no Minas Tênis Clube.

O CUIDAR vai aprimorar a interdisciplinaridade no esporte, unindo o treinamento de atletas com trabalhos de diversas áreas do esporte atuando em conjunto, que complementem a formação de cada um. A ideia é que, além de capacitar atletas, também desenvolva os profissionais envolvidos na lapidação de novos talentos. Para falar sobre o projeto, o diretor de Esportes Olímpicos do Flamengo,  Marcelo Vido, conversou com a equipe do site oficial do clube.

Confira a entrevista:

Quais são os principais benefícios para o clube com o projeto CUIDAR?
- O maior benefício é para os atletas. São o centro de tudo. Costumo falar de seis áreas: preparação física, técnica, tática, desenvolvimento intelectual, educacional e emocional. Tudo isso representa a ciência e tecnologia, ou simplesmente conhecimento, que vai formar o atleta de alto rendimento. Hoje, não se pode mais dissociar isso do rendimento.

Como um projeto tão científico pode melhorar o rendimento do atleta na prática?
- Quando se fala em ciência do esporte temos que estar baseados em ciência, mas também precisamos estar na piscina, na quadra... Enfim, tudo isso tem que chegar ao atleta. E todas as comissões técnicas precisam estar muito conectadas a este projeto. Ou seja, esse trabalho precisa estar integrado com o técnico, com o preparador físico, sempre como algo padronizado. Como os Estados Unidos chegaram ao ápice? Estão sempre investindo em tecnologia. E o USOC (Comitê Olímpico dos Estados Unidos) é um grande parceiro nisso. A Estácio também é uma grande parceira, do ponto de vista acadêmico e com recursos.

Já é o terceiro ano do Anjo da Guarda, que também foi importante para o CUIDAR. O que podemos falar para as pessoas que contribuem com os Esportes Olímpicos do Flamengo?
- É o terceiro ano de sucesso. Já é o programa com maior número de adesões de pessoa física. A gente sabe que no momento econômico que o país passa, isso pode nos afetar na captação de recursos com empresas. Por isso é fundamental a contribuição de cada rubro-negro para o projeto. Também temos como objetivo captar recursos de impostos de renda de pessoas jurídicas. Apesar disso tudo, a gente acredita que o número de adesões de pessoas físicas ainda tem muito a crescer.

 Os esportes olímpicos dependem apenas do Anjo?
- Estamos diversificando nossas fontes de renda. Hoje temos o que vem do imposto de renda (pessoa jurídica e pessoa física), ICMS (estadual), recursos da Lei Pelé, através da Confederação Brasileira de Clubes (CBC), e o patrocínio direto, além de parcerias com comitês (dos EUA e Inglaterra). Também temos a Escola de Esportes Sempre Flamengo, que traz um bom serviço para o associado e ajuda a trazer atletas.E, em tudo isso, é importante demais a parte de prestação de contas dos serviços para toda a torcida, indicando onde o dinheiro está sendo investido e mantendo esse ciclo virtuoso.

Com o Anjo da Guarda cada vez mais forte, qual o futuro do esporte olímpico do Flamengo?
- Estamos construindo um futuro muito melhor para os esportes olímpicos. Tanto para os atletas, quanto para as instalações: quadras, ginásios, etc. Buscamos uma modernização e padronização. Projetamos em 2020, data em que esperamos que o projeto esteja bem mais forte, uma Olimpíada com bastantes atletas formados pelo Flamengo. Tudo vem sendo construído desde 2013, Anjo da Guarda, projetos de incentivo, agora vamos pensar nos próximos anos. A consolidação vem no próximo triênio.