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Um hexacampeão de fato e de direito

Chupeta comemora sexto título estadual em seis temporadas à frente do basquete rubro-negro

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Desde que assumiu o time de basquete adulto do Flamengo, o técnico Paulo Chupeta nunca passou um ano sequer sem um título. De 2005 até 2010, foram nove troféus conquistados, sendo seis deles do Campeonato Carioca. Muitos podem argumentar que, em alguns anos, o Fla não teve adversários à altura. Mas independente disso, a equipe sempre se doou ao máximo, respeitou os rivais e valorizou cada conquista.

A deste ano não é diferente. Ainda mais depois de uma série final dura contra o Tijuca, que fez com que o título tivesse um sabor ainda melhor. Mesmo diante de uma equipe motivada, bem treinada e lutando contra um desgaste físico enorme neste mês, o time comandado por Chupeta buscou o título – mais um para o ciclo deste treinador à frente do basquete rubro-negro.

Satisfeito com mais este título, o treinador conversou com a equipe do site oficial e não escondeu a emoção ao lembrar do início, da confiança que todos no Flamengo depositaram em seu trabalho lá atrás, e 2005, quando poucos acreditavam que era possível bater o forte time da Telemar. Chupeta elogiou o grupo, a liderança de Marcelinho e pediu a Deus que possa continuar tendo sucesso com a camisa rubro-negra.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Trajetória –
A minha história aqui começou em 2005. O Pedro Ferrer era o diretor, o clube estava mal financeiramente, mas tínhamos a vaga na Sul-Americana e o Estadual, então precisávamos montar uma equipe. Queriam trazer um técnico de fora, de São Paulo, mas ele acreditou em mim, falou que eu era criado na base e apostou em mim. Então conseguimos aquela vitória espetacular contra a Telemar, tivemos uma crescente bem progressiva em estrutura e montagem de time.

Hexa - É um recorde para mim, claro que é uma conquista especial e essa sequência toda foi importante. Todos os títulos foram inesquecíveis, mas é claro que aquele primeiro, contra o Telemar, teve um sabor especial, por ser contra um time muito favorito, do jeito que foi, emocionante.

Patricia Amorim – A chegada dela à vice presidência de esportes olímpicos deu um impulso muito grande ao basquetebol, montando uma equipe forte em 2007, que foi coroada com a contratação do Marcelinho, que foi a grande estrela da companhia. Era um time montado para ganhar títulos e ganhamos tudo o que disputamos

Liga das Américas – O grande foco nosso é a Liga. Ganhamos todas as competições e só falta essa para coroar o trabalho deste grupo, que já está junto há quatro anos. Seria de grande importância para o clube também, para aparecer a nível internacional. Precisamos voltar o foco agora para as novas vitórias, novos títulos. Neste ano que passou conquistamos apenas o Estadual e temos que buscar a Liga das Américas e o NBB em 2011.

João Batista – Nós começamos juntos, com o Emanuel Bonfim, eu era o auxiliar de defesa e ele mais ofensivamente. Quando eu assumi, fiz questão de trazê-lo. Ele é sério, estudioso e só acrescenta. Nossa parceria vem dando muito sucesso. Ele passa a noite vendo vídeos, conversa comigo, monta as estratégias de jogo e graças a Deus vem dando certo.

Elenco – A montagem da equipe não foi apenas técnica, mas sim com caráter. Essa preocupação foi importante. Mas você também tem que dar sorte, conseguir as pessoas certas e ter os resultados. Hoje o Flamengo é a equipe a ser batida no Brasil. É um time forte, de torcida e isso faz a diferença.

Torcida – A torcida do Flamengo estava afastada das quadras, mas este grupo trouxe o torcedor de basquete. Hoje temos torcedores só de basquete, torcedores que entendem o basquete e que acompanham esse trabalho há quatro anos. É importante, sim, essa participação. Eles sabem a hora de apoiar, a hora de levantar o time, e os meninos dão o show em quadra para eles. A torcida é fundamental.

Marcelinho – O Marcelo é diferenciado. Ele é capitão do Flamengo, capitão da seleção, mesmo sendo reserva. É um grande líder, que sabe falar, briga em prol do grupo, é meu hábito falar nas preleções e abrir depois, e ele sempre fala. A experiência internacional dele é importante demais, ele cresceu muito e quando falo que ele é a grande estrela da companhia, ele merece. Na idade dele, correndo o que ele corre, trabalhando como ele trabalha, merece todo o crédito.

Futuro de Paulo Chupeta –
Peço a Deus que continue me iluminando e que consiga sempre ter atitudes corretas, opções que dêem certo e que consiga administrar o grupo enquanto Ele quiser, com as palavras certas e sempre buscando o melhor.