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Praia em plena terça-feira nem sempre é sinal de férias

Time de basquete do Flamengo trabalhou sob sol forte nesta terça-feira, na Barra da Tijuca

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Nada melhor neste calor escaldante que vem atormentando os cariocas há semanas do que uma boa praia, certo? Errado. Pelo menos para os jogadores da equipe de basquete do Flamengo. O que para a maioria das pessoas se torna um alívio, lazer e diversão sob uma temperatura acima dos 40 graus, para os jogadores rubro-negros significa suor, ralação e muito sofrimento. Depois de duas vitórias no Espírito Santo, os vice líderes do Novo Basquete Brasil começaram a semana trocando a quadra da HSBC Arena pelas areias da praia da Barra da Tijuca, visando à partida contra o Joinville, que será realizada apenas após o carnaval, dia 26 de fevereiro, no Rio de Janeiro.

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Mas apesar do calor insuportável que atinge o Rio de Janeiro, os benefícios dos treinos físicos na praia são fundamentais durante os jogos. Segundo o preparador físico Rafael Bernadeli, mais importante do que o ganho aeróbico e fisiológico, os exercícios na areia servem principalmente para quebrar a rotina do grupo.

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"Fundamental mesmo é a quebra da rotina. Aqui eles fazem um trabalho específico, diferenciado e num local diferente. Além do ganho de força nas pernas e de resistência, o trabalho na praia serve para renovar as energias e para motivar o grupo, que sai daquela rotina diária de treinos dentro do ginásio. Isso favorece muito o lado psicológico também", explicou Rafael.

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Se durante os exercícios as caretas e as reclamações são comuns entre os atletas, o resultado na prática durante os jogos compensa qualquer sacrifício. Embora a resposta na areia seja mais lenta do que na quadra, em contrapartida, a superfície aumenta a carga de intensidade dos exercícios, propiciando uma resistência muito maior dentro de quadra. 

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"O trabalho na praia não tem como objetivo aumentar a velocidade, e sim melhorar o condicionamento físico", ressaltou o preparador físico rubro-negro, que disse ainda que os exercícios na praia também servem para acelerar na recuperação de atletas com lesão, como Coloneze, Ian e Hélio.

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"O trabalho na areia libera os proceptores das articulações dos joelhos e dos tornozelos, fortalecendo as regiões lesionadas", completou Rafael. 

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Mas parece que nem a ralação dobrada e o calor de mais de 40 graus têm incomodado os jogadores rubro-negros. Recuperado de uma fascite plantar no pé direito, Hélio aprova os treinamentos na praia.

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"O importante é o time estar bem preparado. Treinar na praia é bom para nos dar mais resistência física. Quem mora aqui no Rio já está bem acostumado com o calor. Essa semana sem jogos vai dar oportunidade ao time de acertar algumas coisas e se preparar bem para o resto do NBB", disse o armador rubro-negro, que brincou: "Fazemos nosso trabalho por uma horinha mais ou menos, e depois dá pra aproveitar um pouco".