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Intervalo redentor

Assistente técnico João Batista explica mudança de atitude no último jogo

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Quem estava na HSBC Arena, na última terça, foi testemunha de um fato inusitado. Bastou Teichmann pisar em quadra para o árbitro lançar a bola ao alto e dar início ao segundo tempo de Flamengo x Paulistano. Curiosamente, o time de basquete do Flamengo ficara no vestiário mais tempo do que o previsto. Alguns reservas e membros da comissão técnica perderam até mesmo os segundos iniciais do terceiro quarto. Mas o tempo a mais valeu a pena. O que o público viu na sequência foi uma equipe com uma postura diferente. A cobrança, segundo o assistente técnico João Batista, surtiu efeito.

"A equipe tinha entrado muito devagar no primeiro tempo. Sem desmerecer o Paulistano, mas eles estavam com um time muito abaixo do nosso nível, com muitos juvenis e reservas. E nossos jogadores estavam muito desatentos, parecia falta de motivação. Cobrei isso deles. Perguntei o que estava acontecendo", explicou o auxiliar de Paulo Chupeta ao site oficial do Flamengo.

Na volta, o que se viu foi um basquete mais próximo daquele que levou o clube a conquistar o bicampeonato nacional. Ao final de 10 minutos, a diferença subiu de nove para 24 pontos (74 x 50). O time passou a jogar com mais velocidade, explorando os contra-ataques. No último quarto, o Flamengo chegou a abrir 40 pontos de diferença - o placar final terminou com 105 x 70.

João Batista, ex-atleta do clube, é o encarregado de cuidar do sistema defensivo. "Ouso dizer que, no basquete, defesa é 99% resultado da disposição do atleta e 1% o lado técnico. Se eu não consigo passar isso para eles, a falha é minha e eu não tenho problema em assumir isso. Queria que eles mostrassem uma coisa diferente. E a resposta voltou em quadra. Conseguimos fazer um segundo tempo muito melhor para o grupo e para quem estava assistindo. Bastou um pouco mais de aplicação".

Em entrevista por telefone ao site oficial, o ala Duda e o armador Fred afirmaram que o próprio grupo se cobrou no intervalo. "Conversamos bastante. Tínhamos que mudar a atitude. Nossa defesa estava esperando o erro do adversário. E a gente tem que fazer com que eles errem", disse Duda. "Ninguém estava satisfeito e a conversa acabou se estendendo demais", completou Fred.