Flamengo faz partida de pura raça e técnica, vence Mogi e leva semifinal para o quarto jogo
Olivinha atinge mais um duplo-duplo e Arthur Pecos incendeia partida explosiva do Orgulho da Nação
Por Lucas Dantas - emAqui não. Na Arena Carioca, de novo, não. Na noite desta segunda-feira, o Orgulho da Nação foi gigante, foi dominante e dono da partida. Com uma atuação de muita raça e união, o Flamengo superou o Mogi por 71 a 64 e reduziu a vantagem dos paulistas na série semifinal do NBB. Fácil não foi e nem tinha como ser. Mas é assim que os grandes times se comportam. O Mais Querido liderou o placar em quase a totalidade da partida, porém não conseguia desgarrar nos números. A maior vantagem foi de oito pontos, no terceiro quarto. Mas se não disparou, também não sofreu atrás. A defesa funcionou para travar o ataque adversário e o aproveitamento dos pontos foi bem superior que nas duas primeiras partidas.
A noite começou nossa. Já na saída, Varejão ganhou a bola ao alto e Olivinha abriu o marcador após pegar rebote. No lance seguinte, o mesmo camisa 16 pegou outro rebote e fez mais dois, sofrendo a falta. A Arena Carioca pulsava Flamengo. No ataque do Mogi, Marquinhos pegou o rebote e lançou quem? Olivinha. Mais dois na conta. Tyrone acertou de três e colocou o Mogi na frente. Ataque do Flamengo, rebote, Olivinha. Mais dois pontos.
"Vai começar a festa", ouvia-se da arquibancada. Olivinha era o melhor em quadra, marcando 13 pontos e pegando oito rebotes só nos primeiros 10 minutos, com todas as jogadas passando por ele. Com Mogi na frente, Olivinha pegou rebote, atravessou a quadra, deu para Marquinhos, recebeu de volta e colocou 16 x 15 no placar. A vantagem se manteve e fechamos a etapa na frente em 18 x 17.
O segundo quarto começou quente. Querendo manter a vantagem, JP Batista começou marcando para o Orgulho da Nação. Marquinhos ampliou de três. Rhett fazia as vezes de Olivinha garantindo os rebotes no garrafão. Pecos também mandou de longe e faturou. Era um Flamengo inflamado, com raiva, com sangue rubro-negro. Jogando a vida em quadra. Erro mínimo, aproveitamento já era de 60% e subindo. Mas não desgarrava. Com bom aproveitamento de três, o Mogi ficava perto durante o jogo todo.
O ritmo do jogo era elétrico. Os times usavam os 24 segundos, mas rodavam o garrafão com velocidade por conta da marcação fortíssima. Com 1:20 para o final, Neto mandou para a quadra Varejão, Marquinhos e Olivinha. E foi Pecos, de novo, que mandou de três, do fundo da quadra, para abrir cinco pontos (38 x 33), essencial para terminar o primeiro tempo em vantagem, com 38 a 35.
Volta do segundo tempo e Marquinhos foi Marquinhos. De três, colocou 41 x 35 no placar. O Flamengo fez na etapa sua melhor atuação na partida, no lado defensivo. Foram apenas 15 pontos deles. Olivinha chegou ao seu duplo-duplo e o Mengão não deixou o Mogi jogar. Marquinhos e Ramon acertaram a mão e combinaram para mais da metade dos pontos do time. O apoio da arquibancada foi explosivo e o time em quadra se alimentou disso. E quando o Flamengo joga com a arquibancada ao seu lado, ninguém segura.
Faltavam 10 minutos para acabar e consolidar o resultado. Mas o Orgulho da Nação, ferido quando começou o jogo, queria mais. Queria mostrar que cinco títulos de NBB não são à toa. A diferença foi aumentando. O adversário percebeu que esta noite não seria possível. Não havia mais duelo. Havia um Flamengo impossível em quadra. Pronto para mostrar ao Brasil a força do CRF no peito. MENGO gritava a Arena. Nunca ela havia escutado tanto uma torcida como nesta noite. Arthur Pecos estava em todos os lugares, arremessava de qualquer lugar e marcava, pegava rebote, se apresentava e multiplicava a camisa 23 na quadra. E Olivinha. Ah, é Olivinha. É sempre Olivinha. Faltando um minuto, ele pegou a bola, parou, pensou, bateu no chão e decidiu fazer a cesta. Invadiu o garrafão como se fosse uma manada de Olivinhas atropelando quem viesse pela frente e marcou 69 x 62 no placar. Dezoito pontos e 12 rebotes. Falar o que?
A vitória veio. Apertada, sim, mas valiosa demais. No basquete o impossível não existe. Nada está definido. Sábado, em Mogi das Cruzes, teremos o quarto capítulo desta história. Tem que acreditar!
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