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"Caldeirão" ferve, Marcelinho brilha e Fla é hexacampeão

Com 42 pontos do camisa 4, Rubro-negro bate o Tijuca por 90 a 77 e conquista seu 36º título carioca

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Foi difícil, de novo. Foi na raça e na superação, de novo. Foi em grande noite de Marcelinho, de novo. E o Flamengo é campeão carioca de basquete, de novo. Pela sexta vez consecutiva; pela 36ª vez na história, o Rubro-negro pode se orgulhar em ser o melhor do Rio. E, pela terceira vez seguida, sem perder um jogo sequer. Nesta quinta (16.12), a equipe da Gávea venceu o Tijuca, por 90 a 77, no Ginásio Álvaro Vieira Lima, casa do adversário, no bairro que tem uma identificação toda especial com o basquete rubro-negro.

Todos os seis títulos desta sequência foram conquistados na Tijuca: quatro no Club Municipal, um no Maracanãzinho e, agora, o primeiro no Tijuca Tênis Clube, o caldeirão rubro-negro, que mais uma vez, lotado, ferveu durante todo o jogo. Um apoio que fez a diferença e foi ressaltado pelo capitão e cestinha rubro-negro, Marcelinho, que anotou 42 pontos na final.

"Não há como descrever a emoção de jogar para essa torcida. Eles nos empurram, nos apoiam, mesmo quando a equipe não está bem na partida, e fazem a gente tirar força de onde até nós mesmos duvidamos para conseguir as vitórias. Esse título, assim como todos os outros, é para eles", disse.

Filme de quarta se repete
Quem achava que o jogo duro entre Flamengo e Tijuca na partida da última quarta-feira (15.12) havia sido um mero acidente, percebeu que estava enganado logo nos primeiros minutos do segundo confronto das finais do Carioca de Basquete, nesta quinta (16.12). A equipe da zona norte endureceu, novamente, as coisas para o atual pentacampeão. Prova disso é que o Alvirubro fechou o primeiro quarto na frente, com 23 a 22.

No segundo quarto, de novo, equilíbrio. O Flamengo chegou a passar a frente, marcando seis pontos seguidos e abrindo 28 a 23, mas os tijucanos não deixaram o time de Paulo Chupeta aumentar muito a diferença, que ficou sempre na casa dos dois a quatro pontos. Em parte por causa da competência do Tijuca, mas também por conta do alto número de erros de passe e arremesso do Fla, que mesmo assim, virou o placar e foi para o intervalo vencendo: 41 a 39.

Marcelinho brilha e decide
A história do jogo não poderia continuar daquele jeito. Era preciso reagir. O Flamengo sabia disso. Marcelinho sabia disso. Então, o camisa número 4 chamou a responsabilidade, pôs a bola em baixo do braço e resolveu colocar mais uma vitória e mais um título em sua conta. E quando ele está disposto a decidir, ninguém pode segurá-lo. Inspirado, ele comandou o time no terceiro quarto, que terminou com a maior vantagem rubro-negra no jogo: 67 a 55.

O último período começou com o Tijuca buscando diminuir a diferença no placar. Com bons lances individuais e marcando forte na defesa, os donos da casa cortaram a vantagem para apenas seis pontos: 69 a 63. Mas os jogadores e a torcida do Flamengo não se intimidaram. Seguiram em harmonia, quadra e arquibancada, e quando isso acontece, a bola as vezes parece sobrar sozinha para os rubro-negros, o aro parece ficar um pouco maior e a vitória fica mais fácil. No fim, 90 a 77 e festa em vermelho e preto no Tijuca.

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O Flamengo começou com: Fred (-), Helio (8), Marcelinho (42), Teichmann (11) e Bábby (11). Entraram:  Jefferson (3), Wagner (7), Guto (-) e Duda (8), Átila (-).