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Base do basquete tem novo técnico

Treinador vai trabalhar com infantil e infanto-juvenil

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Ele conhecia Paulo Chupeta, João Batista e André Guimarães de muito tempo. Mas nunca tinha trabalhado na Gávea. Agora, aos 48 anos, o técnico Marcus Vinicius Hygino Junior estará mais presente no dia-a-dia do basquete rubro-negro, com uma missão: preparar e lapidar a garotada do infantil (14/15 anos) e infanto-juvenil (16/17 anos) que treina no ginásio Hélio Mauricio.

Formado em educação física pela Universidade Gama Filho, onde também tem uma pós-graduação, Marcus Vinicius sabe que tem uma responsabilidade grande. "A [presidente] Patricia Amorim queria um trabalho de mais experiência na base do basquete. O objetivo é deixá-los em condições de subir para o time profissional. Quantos mais garotos o Flamengo conseguir promover para o time de cima, melhor".

O trabalho é árduo. A base sempre tem jogadores talentosos em alguns fundamentos, mas ainda sem uma visão mais abrangente do jogo, segundo Marquinhos – como é conhecido apesar do tamanho de quem era pivô nos seus tempos de atleta amador. "Hoje, eu vou tentar passar para eles o jogo de basquete. Não basta ter um bom arremesso. Tem que ter noção de posicionamento, um passe adequado, perceber como joga o seu marcador, saber jogar sem bola, ter a visão de quem está bem no jogo e deve ser mais acionado", exemplifica.

Com a experiência de quem já trabalhou como auxiliar de treinadores como Emanuel Bomfim, Ary Vidal e Carioquinha, Marquinhos pretende trabalhar os fundamentos. "Não adianta sofrer falta e não saber bater lance livre. Não basta ser um exímio arremessador. Na hora da bandeja, tem que saber usar as duas mãos. Tem que saber marcar, infiltrar, tem que ser bom em tudo".

Marquinhos elogia a peneira recentemente promovida pelo clube. "O que apareceu de garoto bom de outros estados ou mesmo do Rio, que não era federado, e todos com vontade de jogar! isso mostra a grandeza do Flamengo", comenta.

Para o treinador, nem sempre os mais talentosos são os que prosperam na carreira. "Já vi muito jogador mediano na base e que deu bom jogador no profissional. Por isso, o que eu vou tentar passar para eles é ‘jogar o jogo’ de basquete. Daqui a três, quatro anos, esses garotos estarão no mercado e com muito mais amor à camisa que os jogadores contratados fora. E com melhor custo/benefício. Esse é o nosso objetivo".