O grande momento do futebol é o gol. Quando as redes balançam, a massa explode e títulos são conquistados. Todos têm a chance de viver o momento de glória que é marcar um gol, mas os grandes responsáveis por causar o terror nos adversários são os atacantes. A eles, é indispensável um bom posicionamento e pés calibrados. Mesmo com apenas 20 anos de idade, Felipe Vizeu mostra que tem essas qualidades.

O jovem atacante rubro-negro não tem decepcionado em 2016. Mesmo recém-saído das categorias de base, mostra, nos profissionais, a razão de ter sido escolhido como melhor jogador da Copa São Paulo de Juniores. Mesmo concorrendo em uma posição que tem opções como Guerrero e Damião, Vizeu teve suas oportunidades e soube aproveitá-las. Nas 10 partidas em que jogou como titular no Campeonato Brasileiro, marcou cinco gols - quatro deles na pequena área.

O primeiro veio na segunda rodada do Brasileirão. Na linha da pequena área, o garoto aproveitou cruzamento de Éverton e abriu o placar contra a Chapecoense. Três rodadas depois, voltou a balançar as redes. Contra o Vitória, em Volta Redonda, Arão aproveitou bola rebatida, cruzou de cabeça e o camisa 47, mais uma vez bem colocado, apareceu na frente do goleiro para desviar, também com a cabeça, para o fundo do gol.

O terceiro e o quarto gols de Felipe Vizeu vieram no mesmo jogo. Em um confronto da parte de cima da tabela, contra o Atlético-MG, em Brasília. Ele abriu o placar em chute de esquerda de média distância. O segundo, que selou a vitória, veio mais uma vez de dentro da pequena área: Fernandinho driblou pela esquerda e cruzou. Vizeu se adiantou ao goleiro e mandou para a rede.

O quinto gol aconteceu contra o Santa Cruz, neste domingo (9), e repetiu a história do primeiro: aproveitando cruzamento de Éverton, o camisa 47 estava no lugar certo para desviar para o fundo da meta.

Assim, o jovem garoto do Ninho briga pela liderança da artilharia rubro-negra no Brasileirão. São cinco gols - quatro deles marcados de dentro da pequena área. E ele explica como isso acontece

"Vejo que, além de posicionamento, é muito trabalho. Eu, como centroavante, tento sempre estar nesta bola que passa pela defesa para  conferir. Fico atento, sempre que meus companheiros vão à linha de fundo, tento estar 'pesando' a área", conta.

O atacante elogia o trabalho feito nos treinamentos e cita também o entrosamento entre o elenco.

"Tento estar sempre na primeira trave. É questão de entrosamento, mas também de muito trabalho nos treinamentos. Lá, tento um balanço na segunda trave, uma ida na primeira, treino antecipação. Fico muito feliz por isto estar dando certo", diz.  "Fico feliz também com o Éverton. Foi meu segundo gol desse jeito. No meu primeiro gol no BR foi uma jogada parecida. Fico muito feliz", finalizou.

*Colaborou sob supervisão de Ricardo Taves