A busca pela paz e o amor pelo Mais Querido uniu cerca de 30 refugiados em uma torcida. A Fla-Refugiados, que veio a público na partida entre Flamengo e Vasco válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi oficializada como embaixada do clube na tarde deste domingo (27.09), uma hora antes de acontecer mais um Clássico do Milhões, este pelo Campeonato Brasileiro, em frente à estátua do Zico, no Maracanã.

Além da oficialização, com o intuito de manter viva a cultura de reunir torcedores para apoiar o Flamengo onde quer que eles estejam, o presidente do Rubro-Negro, Eduardo Bandeira de Mello, entregou ao representante da torcida um diploma e uma camisa em homenagem a todos os participantes. O objetivo é fazer com que a Fla-Refugiados e o Flamengo atuem juntos em ações institucionais a partir do momento da homologação da mesma como embaixada oficial.

O congolês Charly Kongo, representante da torcida, contou o porquê deles terem escolhido o Flamengo e falou sobre a emoção de receber essa homenagem do clube.

"Escolhemos o Flamengo porque ele é o time mais popular do Brasil e o mais conhecido fora do país. Receber essa homenagem e esse reconhecimento do clube representa muito para nós. Por ser o time mais popular, nós podemos aproveitar para passar algumas mensagens de solidariedade e de paz. Queremos sensibilizar os brasileiros para que eles conheçam um pouco da história dos refugiados. Somos pessoas sofridas, fugimos dos nossos países de origem em busca de paz e de oportunidades. Estamos aqui para experimentar uma nova vida e vamos aproveitar a parceria com o Flamengo para conquistarmos tudo isso", explicou.

Já Eduardo Bandeira de Mello falou sobre a alegria de oficializar essa organizada como embaixada do clube.

"Acho que é obrigação do Flamengo, com 40 milhões de adeptos, se posicionar ao lado que é certo. Fico muito feliz por eles terem escolhido o nosso clube, que é engajado não só por pagar suas dívidas, mas também por se importar com os problemas sociais do país e do mundo", finalizou.