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Léo Moura fala de emoção na despedida

Lateral-direito exalta Wallace e diz que aconselhou Pará na saída

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Léo Moura, o homenageado da noite, falou pela última vez numa coletiva de imprensa como jogador profissional do Flamengo, na madrugada desta quinta-feira (0503), logo após o jogo marcante. Na conversa, falou de temas como o jogo contra o Nacional e da sucessão na lateral direita, além de lembrar momentos da carreira e falar do futuro.

Confira os momentos mais importantes da coletiva:

Nação 
Essa torcida sempre me surpreende. Confesso que não esperava tanta gente aqui numa quarta-feira. 30 mil pessoas, um jogo amistoso... E mesmo quem não pôde vir, acompanhou pela televisão. Quando saí debaixo do bandeirão de coração, não acreditei no que vi. Ali pude ver o quanto sou querido. Agradeço muito ao pessoal do marketing e da diretoria, que tiveram a ideia de fazer este jogo. Vai ficar marcado para sempre na minha vida.

Pará
Quando saí de campo, fiz questão de abraçar o Pará porque sei a responsabilidade que vai ter ao assumir essa lateral. Quis passar segurança e experiência e desejar sorte para que possa, um dia, também ser ídolo da torcida do Flamengo. A primeira coisa que disse é para que ele tenha paciência. É natural que a torcida cobre dele, está substituindo um jogador que ficou aqui por muito tempo. Mas ele tem qualidade para isso, está vindo para conquistar espaço no Maior Clube do Brasil. Não vai ser fácil, mas espero que tenha todo sucesso e que ele faça história aqui também.

Último dia como jogador do Flamengo
Confesso pra vocês que na vinda do hotel para cá, não consegui me segurar. Chorei no ônibus. Quando cheguei aqui e vi toda aquela torcida no portão... Entrando em campo com minhas filhas... Queria aproveitar ao máximo esses últimos minutos com a camisa do Flamengo. Até amanhã ainda estou lá no CT. Sexta é que não... Vai ser estranho acordar e não ir mais lá treinar com meus companheiros. É o lado triste de não poder defender mais o Flamengo. Aliás, não como jogador, porque como torcedor defendo com unhas e dentes.

As homenagens
Receber uma placa do Zico... Sem palavras. Recebi também um quadro com duas fotos muito legais: Uma quando eu era pequeno entrando em campo ao lado dele, e outra há alguns anos com o neto dele entrando em campo comigo. Fico muito emocionado. Agradeço a Deus por este momento, que foi super importante.

Companheiros dos últimos 10 anos
É impossível citar um só jogador. Seria até ruim da minha parte fazer isso. Dedico a todos os jogadores com quem joguei, cada um teve sua participação na minha história. Cada companheiro, treinador, diretor...

Ídolo do Flamengo
Foi uma passagem positiva demais e entro para um hall de ídolos que tiveram jogo de despedida, foram poucos então sei que não fui um jogador qualquer. O mínimo que tenho a fazer é agradecer de coração por tudo que fizeram por mim. Dos que ficam, acredito que muitos têm potencial para virarem ídolos também. Basta querer e lutar por isso.

Braçadeira de Capitão
Wallace tem este perfil. Não só ele, como também Paulo Victor, Alecsandro, Cáceres... São todos muito experientes e têm este perfil de liderança. Tenho certeza que com o Wallace, a braçadeira está muito bem representada.

O Moicano
Minha marca vai continuar! O cabelo tem que continuar. Mesmo na terra do Tio Sam, não posso mudar, já virou uma marca. Vi um monte de gente hoje com peruca de moicano, espero ter este sucesso também nos EUA.

Próxima etapa
Vai ser um desafio muito grande, até por não jogar na liga principal do país. Mas sou movido a desafio. Espero fazer por lá o sucesso que fiz por aqui. Inclusive escolhi a camisa 10 em homenagem aos dez anos que passei aqui. Um projeto que sempre tive é o de dar um futuro melhor para minha família. Minhas filhas, minha esposa, toda a família. E pintou uma boa oportunidade para isso. Meu pensamento é de dar a maior tranquilidade para elas, que possam desfrutar de tudo aquilo que não pude quando era pequeno. Nos próximos anos estarei lá.