O esporte rubro-negro em festa. Fomos campeões do mundo pela segunda vez. Primeiro no Futebol por volta dos anos 80 e agora no Basquete na chegada da primavera numa manhã de domingo. Feitos para nenhum adversário colocar defeito, criticar alguma coisa.

Pouco importa o intervalo de tempo entre essas conquistas memoráveis que com certeza ficarão escritas e guardadas na lembrança de cada um de nós. A liberdade de cada momento sendo retratada, a beleza desses instantes colorida de preto e vermelho, marcando a história desse grande e eternizado Flamengo. É bola no pé e na mão, é na rede e na cesta.

O ginásio cheio, a torcida empurrando, a massa rubro-negra regendo a orquestra de milhares de vozes, não desanimando nunca, nem parando de cantar seus hinos, torcendo com toda fé, perseguindo a esperança.

Nada como acordarmos no dia seguinte, felizes da vida com mais esse título. Não incomodava se fazia calor, se havia nuvens no céu, se tínhamos contas vencendo, se a fila do supermercado estava grande, se tínhamos decisões a tomar, situações ou problemas para resolver de imediato. 

Se o futebol, nosso carro-chefe, anda tão mal das pernas, o conforto nos veio na quadra, uma sensação de alívio sem palavras. Um time de guerreiros de várias origens fazendo valer a tradição, mostrando a raça de um Clube de ponta, vencedor por natureza. 

Corações batendo forte no peito de milhões de torcedores. Um desejo almejado por tantos. Um troféu levantado. Ousamos ser mais uma vez o melhor do mundo. A emoção contagiando porque aprendemos desde criancinhas que ser Flamengo é algo tão importante quanto a nossa própria existência, é o ar puro que respiramos todo dia. 

O Basquete rubro-negro nos passou uma mensagem a ser seguida, uma lição a ser decorada e aprendida. Nada é impossível enquanto acreditarmos que podemos ultrapassar nossos limites. Que a força dessa superação nos conduzirá a corrigir as nossas imperfeições. 

Quando existe ordem, gana, determinação, vontade e responsabilidade, uma paixão ao extremo, um amor que beira à loucura unindo um Grupo num pensamento único e caminhando sempre junto, é bem mais fácil cruzarmos a linha de chegada com a alegria nos olhos. Missão cumprida. 

O sonho se tornando realidade na euforia do grito de vitória. Uma história que ficará para ser contada com lágrimas de orgulho às futuras gerações. 

"O BRASIL CONHECIDO COMO O PAÍS DO FUTEBOL CURVA-SE DIANTE DO BASQUETE RUBRO-NEGRO".

Heitor Carlos Ramos Alves, escriba da FAT

06.10.14